Capitulo 55: Longe.

E eu quero você de volta, você de volta

Mas você não pode voltar.

Julia Sheer – far Away.

         E mesmo que eu abra meus olhos agora o que vai me restar? Meus pesadelos vão continuar todas e todas as noites. Pois não possuo mais nada. Não tenho felicidade sem você.

P.V. Bella

         “Mãe.” sua prefeita voz soou novamente em meus ouvidos. Desta vez eu tinha certeza. Não tinha como não ser.

         Lenta e cautelosamente fui levantando a minha cabeça para ver mais uma vez aqueles olhos chocolates atentos a tudo em sua volta. Essa assim ela estava, olhando cada centímetro do quarto. Não pude acreditar no que meus olhos viam. Tive medo de estar sendo enganada pela minha mente de novo.

         “Mãe?” ela repetiu. “Tá tudo bem?”

         “Sim querida.” eu sorri.

         “Então por que eu estou tomando soro.” ela disse retirando cada micro tubo que ligava ela aos aparelhos.

         “Querida, não.” tentei impedi-la, mas já era tarde de mais.

         “Mãe seus olhos.” ela disse quando eu me aproximei. Olhei para o chão com vergonhado que eu havia feito. “Fala-me a verdade.”

         “Aconteceram muitas coisas desde que você dormiu.”

         “Dormi?” ela parecia confusa, e não era para menos.

         “Sim. Você dormiu por um mês.” ela colocou a mão na sua barriga.

P.V. Renesmee

         A cada palavra que era dita a minha esperança se perdia. Por mais que eu tentasse acreditar eu não seguia. Mas um filho que iria perder. Mas desta vez não haveria outra de chance.

         “Quando o seu avô chegar ele vai te explicar.” foi então que eu reparei que a casa estava silenciosa.

         “Onde está todo mundo.”

         “Foram cassar. Você está com sede?”

         “Não.” menti.

         “Tudo bem eu vou fazer alguma coisa para você comer.” ela beijou a minha testa.

         Levantei-me cuidadosamente. Olhei em volta do quarto e reparei que esse não era o meu. Segui o corredor até a porta do quarto que há muito tempo eu não entrava. O quarto de Jacob.

         Abri a porta lentamente. Tudo havia sido mantido da mesma forma de quando ele foi embora. Seu cheiro não estava mais presente. A única recordação que eu tinha era da nossa foto na cabeceira da usa cama.

         “Ness?” lentei meu rosto e vi Melissa me encarando. Ela correu até mim e me abraçou forte. Comecei chorar. A dor parecia a cada segundo maior. “Tudo vai ficar bem!”

         “Não, não vai.” me acalmei. Sequei todas as minhas lágrimas. Eu teria que ser forte. Por Aleph. “Cadê o Aleph?”

         “Ele está na sala vou chamá-lo.” ela saiu do quarto.

         Caminhei até a porta olhei pela última vez a fechei. Continuei caminhando pelo silêncio do corredor.

         “Mãe.” ouvi Aleph atrás de mim. Virei-me e ele correu e pulou em meus braços. Cambaleei para traz.

         “Como você cresceu.” eu disse beijando seu rosto varias vezes.

         “ECA.” Ele disse limpando onde eu havia beijado.

         “Nessie.” toda a minha família disse em coro. Todos correram para me abraça. Parecia que eu havia ficando muito tempo fora de casa.

         “E foi assim para todos nós.” disse meu pai obviamente lendo meus pensamentos. “Bem vinda de volta.” ele me abraçou forte.

         “Renesmee?” disse tio Jasper, olhei em seus olhos questionadores. “Por que você não está feliz?”

         Coloquei a mão no meu ventre e me virei. Todos se viraram e foram para a sala. Ouvi apena um passo atrás de mim.

         “Mamãe vai ficar tudo bem.” Aleph disse me dando a mão para entra no meu quarto. “O tio Ed me disse que ia ficar tudo bem com você e ficou, então vai ficar tudo bem com o nenê também.” ele se sentou na cama.

         “Vai sim.” eu sorri falsamente e beijei a sua testa. Ele revirou os olhos e bufou. “Esta passando muito tempo com a matinha não é mocinho?” ele gargalhou. Entrei no closet. Vi varias roupas novas e agradeci a minha tia.

         “Aonde você vai?” ele me perguntou indo até o closet. “Quero ir também posso?”

         “Claro que pode.” eu disse jogando um vestido em cima da cama.

         Estacionei o carro na frente da casa do Seth. Tudo estava tão silencioso e calmo que parecia que não teria ninguém. Bati três vezes na porta até ouvir pés pesados indo em direção da porta.

         “Nessie!” disse Seth pasmo ao abrir a porta. Ele me abraçou apertado. Fez me parecer que há anos eu não sentia algo tão bom. “E ai meninão.” ele bagunçou o cabelo de Aleph. “Tem bolo em cima da mesa.” em um segundo ele estava correndo para a mesa. “Por que você não me avisou que tinha acordado.”

         “Queria te fazer uma surpresa.” eu disse socando seu braço de leve.

         “Eu não consigo acreditar!” ele gargalhou. “Você está aqui.”

         “Eu também não.” suspirei.

         “E como está esse bebê?” ele pôs sua mão em meu ventre.

         “Parados até segunda ordem.” bufei. “Eu não entendo como tudo aconteceu. Eu no consigo.”

         “Vai ficar tudo bem.” ele me abraçou e pela primeira vez senti bem de novo.

         “Oi.” disse Leah abrindo a porta. Quando me viu correu até mim. “Nessie você acordou. Ninguém me avisou nada.”

         “Ninguém sabe ainda.”

         “Muito bom.” disse Aleph com o rosto todo sujo de chocolate.

         “Aleph.” eu o repreendi.

         “Oi tia Leah.” ele disse sem ligar para mim.

         “Pelo visto você comeu todo o bolo.” ela disse com as mãos na cintura.

         “Claro que não eu não sou como o tio Seth.” ele revirou os olhos. A campainha tocou. Leah correu para atender.

         “Você não precisa chamar para entrar.” ela disse doce.

         “É que eu ouvi vozes lá de fora e preferi não entrar.” tudo ficou silêncio.

         “Nessie.” me virei e fingi não estar prestando atenção neles e estar apenas limpado o rosto de Aleph. “Não precisa fingir que você não estava prestando atenção.”

         “Mais eu não estava. Eu estava aqui limpando o rosto do meu filho.”

         “Filho?” disse o garoto que estava do lado de Leah.

         “De adoção.” explicou a ele. “Nessie esse é Tayler meu namorado. Tayler essa é Renesmee Cullen.” ele pareceu abismado.

         “Essa é a tal chefe do bando?” ele disse fazendo desfeita a mim.

         “Provisoriamente.” ela disse dando uma cotovelada em suas costas.

         “E se for preciso permanentemente.” eu o afrontei. “To indo falar com o Seth.”

         Pisei nas folhas secas caídas em frente de onde era a casa de Jake. Tudo estava devastado. Mas agora não existia mais esperança nem para a casa e muito menos para mim.

         “Tudo bem?” Seth passou o braço pelo meu ombro. Eu apenas assenti. “Nós não deveríamos estar aqui.”

         “Não eu estou bem. Sinto-me bem aqui.” eu ri sem emoção. “é como se eu tivesse próximo dele. De novo. As lembranças são mais fortes aqui, onde era a casa dele.”

         “Nessie é difícil para você eu sei disso.” me direi e olhei em seus olhos.

         “É difícil para todos.” ele desviou o olhar. “Seth eu preciso que você seja sincero. Eu não posso viver com todos me escondendo isso.” seus olhos ficaram arregalados.

         “O o que?” ele gaguejou.

         “Eu preciso saber onde Jake está enterrado?”

P.V. Seth

         Senti um tremor percorrer meu corpo.  Sinceridade. Era isso que ela queria. Apenas a verdade. Mas também era a única coisa que eu não podia dar.