A verdadeira história de amor.

Fechando meus olhos consigo lembrar de tudo que me aconteceu. Sei que de tudo não fui infeliz, pois tive Kristopher ao meu lado, e isso já me importava.

Era primavera, os jardins estavam floridos assim como minha vida. Eu estava completando dezesseis quando o conheci. Kristopher, o jovem aprendiz de jardinagem.

Caminhava por dentro do labirinto de rosa pela primeira vez, nessa primavera. Quando o vi, ele não se passava de apenas um criado que não reverenciou a princesa Catherine Aurea.

Ele sorri ao me ver. E foi inevitável eu não rir de volta. Foi então que eu vi a beleza que ele tinha. Seus olhos escuros guardavam segredos que eu teria que descobrir. E o sorriso em seus lábios era mais do que fascinante.

Olhei pela a janela do meu quarto e ela estava ele cuidando das flores. Corri até fora da casa para poder ver o meu amor impossível. Ele sorriu assim que me viu chegar.

“Alteza.” ele me reverenciou. Eu comecei a rir.

“Você que não precisa disso.” ele beijou as minha bochechas.

“Mas eu adoro ver seu sorriso.” sentei-me no banco que tinha ali mesmo no jardim.

“Kristopher, se eu te pedisse você fugiria comigo?” ele riu.

“Seria algo louco e imprudente.” ele segurou as minhas mãos. “Mas com você eu faria qualquer loucura, minha princesa.”

“Senhorita Catherine.” ouvi minha ama gritar de dentro do castelo.

“Tenho que ir.” ele me abraçou e seus lábios tocaram levemente os meus.

“Eu simplesmente te amo.”

Entrei em casa e um senhor de idade avançada estava sentado junto com meus pais. Ele se levantou e fez referencia a mim e eu cordialmente respondi. Sentei no meu trono ao lado dos meus pais.

“Catherine, esse é Alvaro.” disse meu pai.

“E quais propósitos o traz aqui?” questionei curiosa.

“Ele veio te propor casamento querida.” disse minha mãe. Comecei a tremer. Senti meus lábios se abrirem levemente. Casar? Não havia ninguém que eu queria me casar, a não ser Kristopher. Mas sei que isso é de tudo impossível, pois meus pais nunca me permitiram. Mas casar com uma pessoa de idade nunca.

“Desculpe se dei má impressões, mas estou aqui apenas como porta-voz do meu sobrinho.”

“Onde está ele?” disse meu pai.

“Mandarei ele entrar.” ele se levantou e saiu.

Logo ele voltou com um garoto de talvez 20 anos. Seus cabelos eram loiro escuros e sua pele era muito clara. Seus olhos eram verdes. É inegável que ele era realmente bonito. Mas não mais bonito do que Kristopher.

“Rei.” ele se curvou em direção do meu pai. “Rainha.” ele se virou em minha direção e sorriu. “Princesa Aurea.”

“Por favor me chame de Catherine.”

“Como quiser.” ele olhou diretamente em meus olhos.

“E qual seu nome meu jovem?” disse meu pai.

“Daniel Fournier.” ele disse ainda olhando diretamente a mim. “Sou o quarto herdeiro da coroa da frança.”

“Sim, querido nós já te reconhecemos. Seus pais eram muito honrados, então não se fique se gabando, não é algo muito prestigioso para um príncipe.” disse a minha mãe.

“Perdão rainha.”

“Por que vocês não dão uma volta no jardim?” propôs Alvaro. Olhei para meus pais e por um completo insulto a mim eles assentiram.

Levantei-me, e dei o me braço para Daniel que havia estendido o seu para mim.

Andei ao longo do jardim central. O silêncio tomava a nós. Apenas os pássaros eram ouvidos.

“Sempre sonhei casar-me com uma princesa bele como tu.” ele disse com o sotaque francês. “Serei um ótimo rei para o seu povo e um marido perfeito a ti.”

“Nós não iremos nos casar.” eu disse com até um pouco de arrogância na voz.

“Se não nos casarmos meu tio destruirá a ti, e ao seu reino.” ele disse se distanciando. “Não temos escolhas.”

“Então diga-o que venha. Pois estarei pronto por mim e por todos.”