Você é quem eu amo mais.

Nessie caminhou emburrada até o chalé. Vi Embry caminhar em direção da floresta. Esperei que todos se ocupasse e fui atras dele.

“Você tem medo de morrer?” ele disse se virando.

“Tenho. É normal ter, não sou de tudo imortal.” ele se sentou perto de uma arvore.

“Estranho, todos que eu perguntei até hoje disseram que não.” ele riu sarcasticamente. “É por isso que você escolheu..” ele não terminou

“Me alimentar de humanos?” ele assentiu. “Por isso e por outra coisa.”

“O que?” ele parecia curioso.

“Eu nunca contei como minha mãe morreu.” eu estava em prantos. Embry se levantou e me abraçou.

“Calma não foi sua culpa.” seus braços eram quente e se fechavam perfeitamente ao meu redor.

“Pior que foi.” eu me afastei dele. “Ela, por um milagre sobreviveu ao parto. Mas havia muito sangue espalhado, eu era pequena e sentia sede.” eu cai de joelhos. Ele era a primeira pessoa que eu contava. Uma fina chuva começou a cair na minha cabeça. “Eu não queria matá-la. Eu já a amava muito.”

“Xiu, não precisa falar mais nada.” ele me abraçou forte.

“Mas por favor eu tenho.”

“Mesmo?” assenti. “Então eu vou te ouvi, e quero que você saiba que nada disso me importa.”

“Eu bebi até a ultima gota do seu sangue.” ele me apertou mais contra os seus braços. “Quando eu percebi que ela estava morta eu quis que ela voltasse. Mas eu sabia que não dava.”

“Então foi ai que você se decidiu!”

“Foi. Depois de passar dias deitada ao lado da minha mãe morta eu decidi que morreria mas não mararia mais a minha mãe.”

“Te amo.” ele beijou a minha testa. Olhei para seu rosto molhado pela chuva e o beijei.

Não posso dizer que foi um beijo comum, ou simples. Esse era simplesmente diferente. Senti como se fogo rodeasse-nos. Abri meus olhos e sorri.

“Eu imaginei que nosso primeiro beijo seria diferente.” me levantei.

“Eu só não imaginei com tudo em nossa volta pegando fogo.” eu tentou não rir.

Olhei para trás e vi um circulo de fogo em nossa volta. Estendi a minha mão e fiz com que o fogo se apagasse.

“É melhor agente ir embora antes que eu coloque fogo na floresta.”

“Antes.” ele segurou meu braço. “Que namorar comigo?”

“Sim, sim, sim.” eu disse dando selinhos em seus lábios.

“Vamos.” ele me abraço por trás.

P.V. Seth

Ouvi a risada da Melissa e do Embry do lado de fora da casa. Ver eles entrando abraçados foi a pior coisa que eu pude presenciar. Ver a primeira garota que eu amei e ainda amo com outro foi a mais dura dor que alguém me proporcionou. Talvez até a morte do meu pai tenha sido mais fácil.

Mas ver quem amo feliz é o que importa para mim. Mesmo que eu pereça em dor vale a pena ver o sorriso em seus rostos.

P.V. Melissa

Todos começaram a nos olhar quando nós entramos na casa abraçados. Os olhares eram diversos: felicidade, – vindo dos meus avôs, tios e alguns da matilha – inveja, - vindo de alguns garotos do bando – raiva – vinda dos meus pais.

Mas penas um olhar me importava. Um olhar que emanava dor. O olhar de alguém que eu tive que escolher deixar para estar com Embry. Seth. Nossos olhos estavam preso em seu momento de compreensão. Até que ele olhou para o chão.

“Eu vou para o me quarto.” ele correu pela escada.

“Seth.” fui atras daquele que acima de tudo foi meu companheiro, meu amigo.

Abri a porta e vi ele deitado na cama. Seus olhos estavam vidrados no teto.

“É melhor você piscar.” eu disse sentando do seu lado. “Você lembra como ficou seus olhos.”

“É porque você jogou sal para eu fechar.” ele disse rindo.

“Era tão bom ser criança.”

“Eu não te amava. Só achava você a criança mais adorável.” ele puxou um caxo do meu cabelo.

“Eu ainda sou criança.”

“Não, mesmo que por idade sim, há muito tempo você cresceu.”

“Não quero crescer.” ele me abraçou. “É tão difícil.” eu já estava chorando de novo. “Eu cresci tão rápido.”

“Esse foi o problema.” ele riu.

“Foi?”

“Sim, você cresce rápido, muda de ideia rápido, se a apaixona rápido e desapaixona rápido.”

“Mas eu to parando.” me apertei mais no seu abraço.

“E isso significa que quando você parar terá que fazer suas ultimas decisões. E eu estarei para te apoiar.” ele secou as lágrimas e beijou cada olho meu.

“Você já tomou as suas?”

“Não. Eu parei de crescer, mas eu ainda posso voltar.”

“Mas você, não.” eu quase gritei. Abracei ele fortemente.

“Não, acho que envelhecer não é o que eu quero.” ele sorriu.

“Você sempre será meu melhor amigo e meu primeiro amor.”

“Sempre!” ele concordou.

“Espera.” eu disse e corri até meu quarto. Peguei o porta joias em cima da comoda. E voltei.

“O que é?” ele perguntou enquanto eu revirava ele.

“Isso.” eu disse pegando a aliança que ele havia me dado quando nós começamos a namorar.

“Não, é sua. Apenas guarde.”