Viajem a eternidade escrita por sailorAmy


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capitulo quatro:

                       Reencontro nas sombras

Quinta feira, dia dos waffles, café da manha predileto de toda á família. Um vento frio e forte entrou pela janela. Eu acordei tremendo de frio. Eu acordei o mais cedo o pos-sível da minha cama e me levantei imediatamente, fechei a janela e depois fui até a porta. Abri a porta do meu quarto e olhei para o corredor, percebi que ninguém mais estava acordado naquela manhã. Eu aproveitei a chance para tomar o meu banho antes dos meus irmãos. Eu abri o meu guarda roupa – uma calça jeans escura, uma camiseta sim-ples e um casaco jeans que Will avia me dado de aniversario – e peguei a minha roupa, fui direto para o banheiro e tomei um bom e delicioso banho quente. Ao sair do banheiro coloquei a minha roupa e escovei os dentes.

Eu saí do banheiro e desci as escadas, ao descer as escadas comecei a sentir o cheiro fraco de waffles assando no forno. A mamãe já estava acordada e começava a as-sar os waffles. Ela estava com a sua camisola cor de rosa bem clara. Ela se surpreendeu um pouco ao ver que eu acordei tão cedo naquela manha.                                                                                                                                                                                                                     

–Filha. –disse Sophia olhando para mim. Ela arregalou os olhos. –Que surpresa ver você acordar mais cedo que seus irmãos. –acrescentou ela olhando para os waffles. –O que aconteceu afinal de contas para você acordar agora filha? Por acaso você teve algum pesadelo noite passada? –perguntou ela.

Aquelas palavras me fizeram lembrar do pesadelo que tive noite passada. Eu me lembrei muito bem daqueles sonhos estranhos, dos olhos vermelhos no canto do quarto e do terrível sonho com a garota e com o Eryck.

Eu fechei os olhos pro uns instantes para tentar esquece e suspirei. Eu abri os olhos novamente e a olhei.                                                                                                                                      

–Não mãe. –respondi colocando a mão na cabeça. -Foi o meu despertador que me acordou bem cedo hoje. –eu disse respirando fundo. –Nada alem disso. –acrescentei olhando para o chão.                                                                                                                                                                       

–Tem certeza filha? –perguntou ela olhando para o meu rosto. –Não é o que me parece querida. - disse ela com o tom de voz um pouco preocupado.

Eu bufei e disse:                                                                                                                                                            

- Eu tenho mãe. –respondi olhando para ela. –Você sabe muito bem que eu lhe contaria se tivesse um pesadelo ou algo parecido. –eu disse.                                                                                

–É. –disse ela com uma voz meio desanimada e suspirando. –Eu sei filha. –acrescentou ela olhando novamente para a comida.

Eu fui até ela e a abracei enquanto sentia o cheiro dos waffles ficar mais forte e me deixaram com água na boca. Alguns minutos depois, os waffles ficaram prontos e ela pe-gou um prato enorme. Ela separou alguns waffles e colocou os outros no prato.                                 

–Você poderia levar esses para a mesa, por favor? –disse ela me dando o prato com os waffles

–Claro que sim. –eu disse pegando o prato.

Eu o levei até a mesa e o coloquei bem no meio enquanto ela colocava os outros em outro prato formando uma pilha. Eu me sentei na mesa e ela se aproximou de mim colo-cando a outra pilha bem na minha frente.                                                                                                      

–Esses são para você filha. –disse ela dando um garfo para mim.                                                                                                         

–Obrigada mãe. –eu disse segurando o garfo.

Eu comecei a comer enquanto ela se sentava bem ao meu lado.                                          

–Coma direitinho filha. –disse Sophia abrindo um sorriso.

Eu sorri para ela enquanto uma brisa fria entrava pela janela da cozinha. Eu tremi um pouquinho e a minha mãe se levantou para fechá-la.                                                                            

–Minha nossa. –disse ela fechando a janela. –Que frio. –acrescentou ela.

Ela se sentou novamente ao meu lado enquanto um mal pressentimento subiu pelo meu corpo de um jeito que me fez estremecer ali naquela cadeira. Uma sensação de que eu conhecia aquela brisa e de que já tinha sentido aquilo. Eu respirei fundo e tentei igno-rar essa sensação estranha que estava sentindo.

Eu comi tudo o mais rápido o possível, peguei a minha bolsa e fui até a porta.                                        

–Tchau mãe. –eu disse abrindo a porta e acenando para ela. –Até o fim da aula. –acrescentei saindo de casa.

Ela acenou para mim enquanto eu já estava do lado de fora pegando o meu carro e saindo de casa. Eu fui direto para a escola e ao chegar lá logo avistei os meus amigos reu-nidos no carro de Darious. Eles olharam para o meu carro e sorriram enquanto se aproxi-mavam de mim. Eu saí do carro e todos me abraçaram.                                                                                   

–Rosy. –disse Wil se afastando de mim. –Que bom que você melhorou. –acrescentou ela olhando para todo o meu corpo.                                                                                                                –Sentimos a sua falta ontem queridinha. –disse Jane se afastando de mim.                                            

–É garota. –disse Ronald se afastando um pouco de mim. –Agente quase que tinha um ataque do coração. –acrescentou ele dando uma risadinha fraca e sem grassa.                                              

–Ele tem razão. –disse Nicole se afastando de mim enquanto dava uma risadinha bem fraca e sem grassa. –Você é a nossa líder e sem você agente não vive. –acrescentou ela.                       

–Há... gente... vocês podem parar com isso. –eu disse rindo um pouquinho. –Eu não sou nem nunca serei a líder de vocês. As vidas são de vocês e eu não sou nada além de uma boa amiga de vocês. –acrescentei.                                                                                                                      

–Isso mesmo. –interrompeu uma voz grossa atrás dos meus amigos. –Ela só não passa de uma boa amiga para todos nós. –acrescentou a voz enquanto os outros abriam espaço.

Darious apareceu do nada. Ele estava lindo com os cabelos lisos, loiros e arrepiados; pele pálida; as maças do rosto eram grossas e deixavam o seu rosto lindo; seus traços do rosto eram suaves; seus olhos eram castanhos; seus lábios rosados; ele usava uma cami-sa branca e uma calça jeans escura. Ele se aproximou de mim e disse:                                                         

- Oi Rosy. –disse Darious com uma voz doce e suave abrindo um sorriso. –É bom vê-la de novo. –acrescentou ele.                                                                                                                                             

–Também é bom ver você de novo Darious. –eu disse sorrindo para ele.

Eu olhei por trás dele e vi Eryck com os braços cruzados. Ele estava encostado na sua Mercedes a alguns metros de distancia de mim e dos meus amigos. Ele estava lindo com o cabelo espetado, igual ao dia em que o conheci, e usava uma camisa azul clara, uma jaqueta de couro escuro inglês, uma calça jeans azul escura. Eu suspirei enquanto ele olhava para os lados até encontrar os seus olhos encontrarem os meus e ele me olhar com aquele olhar frio que tinha. Eu respirei fundo e desviei, imediatamente, os olhos dele. Wil virou a cabeça e olhou para ele.

–Olha só quem tá ali. –disse Wil com desprezo. –O cara que mal entrou na escola e já vai direto para a detenção. –acrescentou ela.

Eu olhei novamente para ele, mas ele não estava mais olhando para mim.                                                                   

–Como assim? –eu perguntei.                                                                                                                                                                      

–Você não sabe Rosy? –disse Wil virado e olhando para mim. Ela levantou uma sobrancelha para mim. –Ele matou quase todas as aulas ontem e não compareceu a detenção à tarde. –acrescentou ela.                                                                                                                        

–Há vai ver que ele tinha coisas mais importantes a fazer do que ir a detenção. –interrompeu Nicole virando a cabeça e olhando para ele. –Tem muitas coisas que são mais importantes do que ir a detenção. –acrescentou ela.

Jane olhou para ela e disse:                                                                                                                                                                                                                                                                                      

- Mas ele podia ter pelo menos avisado ao diretor. –disse ela dando os braços.

Nicole se calou por alguns instantes e ele me olhou novamente. Eu respirei fundo e tentei ignorá-lo novamente, mas era impossível desta vez. O olhar dele era penetrante e bem profundo era como se ele estivesse tentando me controlar de alguma forma. Naque-la distancia os olhos dele me pareciam vermelhos como aqueles que vi no quarto na noite passada. Eu pisquei os olhos duas vezes para ter certeza de que estava vendo coisas ou se aquilo era verdade, mas logo em seguida os olhos vermelhos sumiram do olhar dele.

Wil virou novamente a cabeça e olhou para ele.                                                                                     

–Agora o diretor vai escolher um aluno para ficar de olho nele na detenção de hoje. –disse Wil virando a cabeça e olhando para mim. ela levantou uma sobrancelha. –Seja lá quem for ele não vai conseguir escapar desta vez. –ela abriu um pequeno sorriso e respi-rou fundo. –Adoro ver os delinqüentes se darem mal, embora eles nunca aprendam a lição. –acrescentou ela.

Eu suspirei e disse:                                                                                                                                                                                                

- Não acho que ele seja delinqüente só acho. que ele não gosta daqui. –eu disse.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

–Você tem certeza disso Rosy? –perguntou ela.

Eu respirei fundo e olhei bem para ele.                                                                                                

–Tenho e você verá isso logo, logo. –eu disse abrindo um sorriso bem pequeno.                                                                 

–Espero que esteja certa Rosy. –disse Wil cruzando os baços.

Jane olhou para todos e disse:                                                                                                                          

- Agora vamos entrar antes que o sinal toque. –eu disse suspirando.                                                                                                           

–Está certo. –disse Ronald dando os braços.

Todos começaram a andar, mas eu fiquei ali por mais alguns segundos e depois comecei a andar atrás deles. Eu parei de andar, por pouco tempo, bem na frente de Eryck e o olhei.

–Obrigada por me salvar ontem, mas não sei se você fez a coisa certa matando aula. –eu disse suspirando.

–Se você veio até mim só para dizer isso pode ir. –disse Eryck olhando para mim. –Dá para ver a sua ingratidão estampada no seu rosto e no se tom de voz. –acrescentou ele.

Eu me calei por alguns segundos e voltei a andar. Eu entrei na escola e lá estava Wil me encarando com a sobrancelha levantada bem na entrada da escola.

–Então. –disse Wil batendo o pé no chão. –O que você estava falando com o delinqüente? –ela fez um biquinho e afinando os olhos. –Por um acaso você esta interessada em delinqüentes juvenis agora é? –perguntou ela.                                                                                                                 

–Não é nada disso o que você esta pensando Wil. –eu parei de falar por alguns segundos, virei a minha cabeça e o avistei lá fora do mesmo jeito que antes. –Eu só queria dar uma boa lição nele por ter matado aula e por faltar na detenção ontem. –eu disse virando a cabeça e olhando para ela. –Você sabe muito bem que eu jamais me interessaria por um delinqüente e que esta na detenção. –acrescentei.                                                                                        

–Mas você disse que não achava que ele era um delinqüente. –disse Wil abrindo um sorriso. –O que foi? Mudou de opinião agora é? –perguntou ela.

Eu respirei fundo e olhei nos olhos dela.                                                                                            

–Sim. Eu mudei a minha opinião. –eu respondi.

Ela estranhou um pouco o fato de eu ter mudado de opinião, mas não quis discutir sobre isso.

Alguns minutos depois, o sinal tocou e todos foram para as suas salas. Eu tinha a primeira aula com Nicole que era inglês. Nós duas nos sentamos uma perto da outra e fi-camos conversando até uma brisa fria entrar pela porta e o meu coração começou a bater cada vez mais rápido enquanto Eryck passar olhando para todos os lados até encontrar os meus olhos que estavam fixos nos dele. Ele começou a me encarar com aquele seu olhar frio e o calor começou a subir pelo meu corpo, mas isso não me impediu de respira fundo e encará-lo também. Aquele garoto era estranho e me comovia de uma forma estranha e isso me fazia pirar por dentro. Eu suspirei bem baixinho.                                                                                                                                             

–Não esquenta Rosy. Eu não vou contar para a Wil. –sussurrou Nicole olhando para mim e abrindo um sorriso.                                                                                                                                                      

–Do que você esta falando? –eu sussurrei retirando os olhos dele e olhando para ela.

–Há Rosy... –disse Nicole abrindo um sorriso. Ela segurou o meu braço. –não vem com essa não. dá para perceber que você gosta do novato e não quer contar par ninguém. Mas eu percebi isso só vendo o jeito que você olha para ele. –acrescentou ela.

Eu respirei fundo e disse:

-Não sei ao certo o que sinto por ele, mas vou descobrir logo, logo. –eu sussurrei olhando para ele. –Até lá pretendo tratá-lo como um aluno qualquer. –acrescentei bem baixinho e olhando novamente para ela.

Nós nus calamos enquanto o Sr. Highman entrava na sala.

-Srta. Price! –disse o diretor me procurando.

–Estou aqui. –eu disse levantando a mão.

Ele olhou para mim imediatamente.

–Venha até aqui. –disse ele.

Eu me levantei e fui até ele. Ele me levou até a sua sala. ao chegar lá, ele se sentou em sua mesa e indicou com uma mão uma cadeira.

 –Sente-se ai, por favor. –disse ele. Eu puxei a cadeira e me sentei. Ele virou a cadeira um pouquinho e respirou fundo. –Como você já deve ter escutado por ai. Eu estou procurando um aluno ou aluna para vigiar o novato hoje na detenção. Mas essa pessoa tem de ser confiável e tem que ter uma falta. –ele virou a cadeira de volta. –Por isso eu a escolhi. Você é a única aula de confiança que tem uma falta. –acrescentou ele.

 –Mas como assim uma falta? –eu perguntei com a voz meia surpresa. –Eu nunca faltei nenhum dia. –eu disse respirando fundo.

Ele respirou fundo e disse:

- Você tem uma falta ontem. –disse ele com a voz um pouco grossa.

–Mas eu estava doente. –eu disse.

–Então a senhorita deveria ter ligado para avisar antes de colocarmos uma falta em seu boletim que agora só pode ser retirada se você me ajudar. –disse ele pegando um ar. Ele se acalmou e apontou para a porta. –Agora, por favor, volte a sua sala senhorita. –acrescentou ele.

Eu abri a porta e fui direto para a sala me queixando imaginando o porquê ele me disse aquilo para mim já que eu só estava doente. Eu entrei na sala e me sentei o mais rápido possível. Eu dei mais uma olhada em Eryck. Ele estava me encarando de uma forma fria.

                                                              ...

No recreio fui ao refeitório, peguei o meu lanche e sentei com os meus amigos. Eryck estava na mesa bem atrás de nós. Wil virou a cabeça e olhou para ele lá no fundo. Ela bufou e disse:

 - Ainda não acredito que o diretor lhe mandou tomar contar daquele delinqüente. –disse ela virando a cabeça de volta e olhando para mim. –Ele esta tirando proveito já que você disse que podia contar com você a qualquer momento. –acrescentou ela com raiva.

–Eu sei Wil. –eu disse suspirando e abaixando a cabeça. –Mas eu faltei aula sem avisá-lo. –acrescentei abaixando a voz.

–Mas você estava doente. –disse Jane afinando um pouco a voz. –Você não tem culpa de nada. –acrescentou ela.

–Ela esta certa Rosy. –disse Ronald olhando para ela. –Você não tem culpa de nada. –acrescentou ele.

 –Também concordo com eles. –disse Nicole olhando para mim. –É ele que tem que lhe pedir desculpas por lhe dar uma punição dessas. –acrescentou ela.

Darious respirou fundo e sorriu.

–Esta vendo Rosy. –ele olhou para todos na mesa. –todos nós concordamos que o diretor foi um idiota em fazer isso com você. –disse Darious olhando para mim.

Eu bufei, levantei a cabeça e olhei para todos os meus amigos.

 –Gente tá bom. –eu disse dando uma batida de leve na mesa. –Vamos parar com isso. – acrescentei suspirando e abaixando a cabeça novamente. –Eu não quero mais falar nisso esta certo? –perguntei abaixando o tom de voz.

Todos se calaram por alguns segundos enquanto eu voltei a comer o meu lanche.

 A Wil bufou e olhou para todos nós.

–Tudo bem. eu não toco mais no assunto. –disse Wil se calando por alguns segundos. Ela olhou para mim. –Mas assim agente não tem mais o que conversar. –acrescentou ela.

–Não. –disse Nicole levantando a cabeça e olhando para Wil. Todos olhamos para ela.  –Nós podemos falar do bale que vai ter agora no fim do ano. –ela olhou para todos e afinou os olhos. –E ai alguém já tem um par? –perguntou ela levantando uma sobrance-lha.

 –Eu já vou com a Michele. –disse Ronald levantando a mão.

–Eu vou com o Michael. –disse Wil levantando a mão. –Eu vou com Charlie. –disse Jane levantando a cabeça e olhando para todos.

–Eu... –disse Nicole parando de falar por alguns segundos enquanto olhava para Darious que estava sentado bem ao seu lado. Ela respirou fundo. –vou com o Darious. –concluiu ela e todos nós ficamos surpresos. –Eu também fiquei surpresa quando ele me convidou. Eu pensava que ele ia convidar a Rosy. –acrescentou ela olhando para mim.

Eu parei de comer e olhei para ela.

–Mas Nicole. –eu disse um pouco surpresa.

 –Por que me convidaria? –eu perguntei.

–E... por nada Rosy. Por nada. –interrompeu Wil. –Por que não falamos agora do vestido e das roupas que vamos usar? –perguntou ela.

–Há não. Assim estraga a surpresa. –disse Nicole batendo de leve na mesa.

–Ela tem razão Wil. –disse Darious colocando o braço por trás dela. –Assim estraga a surpresa. –acrescentou ele enquanto acariciava o ombro de Nicole.

Todos se calaram e eu voltei a comer. Ao terminar de comer ouvi o sinal tocando e respirei fundo. Eu me levantei e fui direto para sala de história geral enquanto os outros se dividiam e iam para as suas salas. Para a minha sorte Eryck tinha aula de geometria e tinha que dar uma boa desculpa ao professor por ter faltado à aula dele ontem ou talvez não precisasse.

                                                                 ...

Ao terminar as aulas fiquei direto para vigiar o novato. O carro dele estava estacionado na garagem, mas ele não estava na escola. Eu o procurei em todos os lugares da escola e depois fui procurá-lo perto da floresta, mas não o encontrei. Eu decidi deso-bedecer a minha mãe uma única vez e ir procurá-lo na floresta. Eu entrei floresta adentro e logo encontrei pegadas humanas bem embaixo dos meus pés. Eu as segui entrando flo-resta adentro e me perdi. Agora eu estava assustada enquanto alguma coisa começa a correr atrás de mim. Eu comecei a correr apavorada enquanto a pouca luz do sol que en-trava faiscava nos meus olhos e um piado invadia os meus ouvidos. A luz estava ficando cada vez mais forte enquanto eu estava ficando tonta. Eu desmaiei.

Alguns minutos depois, eu estava sendo carregada por braços fortes e bem muscu-losos que estava cobertos por uma jaqueta de couro. Eu abri os meus olhos lentamente e lá estava Eryck me salvando novamente. Ele estava me olhando com um sorriso no rosto que me ficar toda arrepiada enquanto um calor subia pelo meu corpo.

–Rosy que bom que esta viva. –disse ele enquanto o sorriso sumia. –Fiquei muito preocupado com você. –acrescentou ele piscando os olhos duas vezes e lançando um olhar bem quente. –Você esta bem? –perguntou ele.

Eu suspirei e disse:

- Sim estou bem. –eu disse enquanto ele me colocava no chão. Eu estava meia tonta. Eu coloquei a mão na cabeça. –Mas o que aconteceu comigo? Como você veio parar aqui? –perguntei olhando para ele.

 –Mas eu estava bem do seu lado quando você desmaiou Rosy. –respondeu ele suspirando. –E quando você desmaiou, eu a segurei. –disse ele.

 –Não. você não estava. –eu disse olhando fundo nos olhos dele. –Você tinha sumido e eu fui lhe procurar. –acrescentei.

–Mas quem vai acreditar em você depois de ter desobedecido a sua própria mãe. –disse ele com a voz grossa. Ele se segurou para não se irritar comigo e se acalmou. –Então o que você acha? –perguntou ele olhando por trás de mim.

–Como assim o que eu acho?-eu perguntei.

Ele indicou com a cabeça um lugar que estava bem atrás de mim.

–Disso. –disse ele com a voz um pouco fria.

Eu me virei e vi um campo enorme cheio de campinas e colinas. Era uma paisagem de tirar o fôlego de qualquer um que a visse. Era um lugar um pouco escuro, mas era cheio de vida, cheio de pinheiros, de cerejeiras, de belas árvores comuns com os troncos escuros e cheia de aves. Eu fechei os olhos, respirei fundo e girei.

–Eu adorei esse lugar. –eu disse respirando cada vez mais fundo e parando de girar. –Como você sabia que tinha um lugar como esse aqui? –perguntei.

Ele respirou fundo e disse:

- Eu o encontrei enquanto andava lhe carregando por esta floresta. –disse ele fechando os olhos por um tempinho enquanto virava a cabeça. Ele abriu os olhos e olhou para mim. –Achei que seria um bom lugar para parar um pouco e respirar um ar puro so-zinho, mas como você acordou acho que vai me pedir para voltar à escola agora para não perder a detenção. –acrescentei.

–É. Eu quero voltar para a escola. –eu disse abaixando o tom de voz. –Mas acho que vou ficar aqui só mais um pouquinho. –acrescentei sorrindo para ele.

Ele sorriu novamente saiu andando.

–Vem. –disse ele me chamando. –Eu acho que deve ter um lugar melhor por aqui para apreciarmos melhor a paisagem. –acrescentou ele subindo um morro.

Eu o segui e ele me levou até um lugar incrível onde dava para ver a paisagem inteira dali. Uma brisa fria e agradável bateu no meu rosto, eu fechei os olhos e respirei fundo. Eryck se sentou bem ao meu lado e ficou apreciando a paisagem enquanto eu abria os olhos. Eu me sentei ao lado dele e também fiquei apreciando a paisagem en-quanto escutava os pássaros piando apavorados com alguma coisa.

Ele estava quieto e calado como não ligasse para o que estivesse ao seu redor. O vento batia em seu rosto e só alguns fios de cabelos se mexeram um pouco. Ele piscou os olhos duas vezes e deitou-se todo estirado no chão enquanto abria um sorrisinho no ros-to. Vê-lo naquela posição, de alguma forma, me agradava muito. Ele ficava mais lindo daquele jeito e eu me sentia estranha. O meu corpo ficava cada vez mais quente. Eu o olhei enquanto ele fechava os olhos. “O que ele ta fazendo? Por que esta nessa posição que me deixa tão estranha?”, eu pensei enquanto ele, acidentalmente, abria os olhos e me pegava observando-o. Ele olhou para mim com um olhar estranho. Um olhar profun-do que me levava de alguma forma, até os seus lábios que me pareciam saborosos en-quanto ele se aproximava dos meus e fecha os olhos. Ele abriu a boca enquanto colocava a mão na minha cabeça e me puxava para perto dele.

Eu fichei os olhos e virei o rosto e ele abriu os olhos, virou o rosto enquanto coloca-va sua mão sob a minha mão que estava parada sob o solo. Ele picou os olhos três vezes e sacudiu a cabeça.

–Perdoe-me Rosy. Não sei o que ouve comigo. –disse ele parando de sacudir a cabeça e olhando novamente para mim. –Mas lhe garanto que isso não vai mais acon-tecer. –acrescentou ele.

–Você me garante? –eu perguntei.

–Eu prometo. –disse ele seriamente.

Quanto ele falou daquele jeito eu senti um arrepio subir pelo meu corpo acompa-nhado de um calor imenso. Eu fiquei vermelha de vergonha pelo beijo que quase ia acon-tecer, mas mesmo assim eu voltei a olhá-lo. Os seus olhos estavam bem fixos no meu pes-coço nu e liso. Aquele olhar, de alguma forma, penetrava a minha pele e a minha veia, es-quentava o meu sangue. Enquanto ele me olhava umas imagens estranhas invadiam a mi-nha mente. Umas imagens de um pescoço branco, liso e nu com dois furos; uma rosa branca com algumas pétalas vermelhas e outra rosa vermelha com três pétalas brancas como a neve enquanto pétalas de rosas brancas meladas de sangue caiam lentamente e enfim os olhos vermelhos que vi noite passada apareceram. Eu desmaiei, pois fiquei tonta ao ver aqueles olhos novamente.

Eryck me balançou um pouco e eu acordei com o sol faiscando nos meus olhos. Eu pisquei os olhos duas vezes enquanto um piado bem fino e bem alto invadiu os meus ou-vidos. Ele segurou a minha mão e olhou nos meus olhos.

–Nunca mais me de um susto desses. –disse ele com a voz grossa. Ele olhou para o canto e bufou tentando se acalmar. –Rosy, soube que você esta sem par para ir à festa de fim de ano. –ele olhou para mim e suspirou. –Você que ir comigo? –perguntou ele com a voz baixa e um pouco fraca.

Eu olhei para ele um pouco gozada.

–O que você disse? –eu perguntei um pouco espantada.

–Eu lhe perguntei se você quer ir ao bale comigo? –disse ele com uma voz doce e suave.

Eu me calei por alguns segundos enquanto estava surpresa com o que ele acabara de me pedir. Eu pensei bastante no que ele acabou de me ouvir enquanto o meu rosto es-tava vermelha de vergonha.

–E... –eu disse respirando fundo e pesando cuidadosamente nas palavras. –Eu ou pensar no seu caso. Afinal de contas não sei muito sobre você para sairmos juntos. –eu olhei bem para o seu rosto enquanto ele abaixava a cabeça. –Espero que isso não lhe magoe. –acrescentei.

Ele levantou a cabeça, olhou para mim e suspirou.

–Tudo bem Rosy. Eu também faria o mesmo se uma pessoa que mal conheço fizesse isso. –disse Eryck abrindo um sorriso meio que forçado.

Aquele sorriso não me convenceu de que ele tinha se conformado com a minha res-posta, mas mesmo assim eu considerei como se ele tivesse se conformado.

Quando ele sorrio algo estranho, uma sensação estranha de eu já tinha visto aquele sorriso de algum lugar, mas não nessa vida e sim em outra. Os olhos dele estavam com um brilho especial e o seu sorriso já não era mais forçado e sim verdadeiro como se ele estivesse feliz por algum motivo. “O que deu nele agora? Esta agindo tão estranho comi-go e esta sendo, de alguma forma, gentil e romântico. Romântico ao ponto de querer me levar ao bale de fim de ano” – eu pensei enquanto ele olhava cada vez mais fundo nos meus olhos. Ele parecia que estava lendo alguma coisa que estava estampada na minha testa. Eu achei aquilo muito estranho. Ninguém nunca tentou fazer aquilo comigo.

–O que esta fazendo? –eu perguntei um pouco gozada.

–Há nada. –respondeu ele piscando os olhos duas vezes e sacudindo a cabeça. –Não foi nada. E... que eu pensei ter visto alguma coisa em seus olhos. –ele piscou os olhos mais duas vezes enquanto pegava o celular. –Minha nossa. Olha só a hora. –ele olhando para o relógio do celular. –Acho melhor voltarmos para a escola antes que mandem uma equipe de busca atrás da gente. –acrescentou ele.

–Também acho. –eu disse com o tom de voz bem baixo.

Ele suspirou, levantou-se dali e estendeu a mão para mim. Eu peguei a mão dele e ele me levantou com um único puxão que me fez tropeçar numa pedra. Eu quase cai de cara no chão, mas ele me segurou com aqueles braços fortes e sarados que ele tinha enquanto os nossos lábios, novamente, quase se tocaram.

–Olhe por onde anda. –disse ele com a voz grossa e me soltando no chão.

–Desculpe-me. –eu disse o encarando.

Ele saiu andando na frente e eu o segui até voltarmos à escola. Ao voltarmos uma sensação estranha de que se eu continuasse falando com ele alguma coisa ruim e alguma coisa boa iam acontecer comigo enquanto um arrepio subia rapidamente pelo meu corpo. Eu tremi um pouco enquanto uma brisa fria e úmida invadia o espaço. Ele olhou para mim, recuou um pouco e retirou a sua jaqueta.

–Tome isso. –disse ele colocando a jaqueta nas minhas costas.

–Obrigada. –eu disse olhando para ele.

Ele não falou nada e andou até a porta da escola. Ele abriu a porta para mim e eu entrei, ele entrou logo em seguida. Ao entrarmos o Sr. Highman estava nos esperando com os braços cruzados, sobrancelha levantada e nos encarando, com o pé batendo dire-to no chão. Aquela excreção dele que dizia “VOCÊS DOIS ESTÃO ENCRENCADOS” me dava muito medo. Eryck foi até ele e disse:

- Sr. Highman. Eu posso explicar. A Rosy não teve nada a ver com a minha falta hoje na detenção. –disse Eryck virando um pouco a cabeça e olhando para mim. –Ela só não estava aqui porque estava me procurando. –ele virou a cabeça e olhou novamente para ele. –Sou eu quem merece ser punido e não ela e você pode contar com ela para tudo, mas você não pode contar comigo. –acrescentou ele.

Ele me olhou enquanto o Sr. Highman também me olhava aliviado. Eu retirei a sua jaqueta das minhas costas e devolvi a ele. Ele vestiu a jaqueta enquanto me acompanha-va até o meu carro. Ele abriu a porta para mim e eu entrei. Logo em seguida ele fechou a porta e voltou para a escola para cobrir o tempo que ficou fora da detenção.

Eu voltei para casa imediatamente enquanto, ainda, esclarecia o que tinha aconteci-do conosco naquela floresta.


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