Apostando O Coração escrita por BiasC


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Gente, desculpem a demora, mas é que eu estava realmente enrolada com uns trabalhos pra escola.



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         Já era noite quando Atena saiu da biblioteca, planejando ir direto pro seu palácio. Ela andava tranquilamente pelo Olimpo, sorrindo ao ver as obras que sai filha havia feito. Annabeth tinha deixado tudo lindo, mais do que Atena podia ter imaginado. Fontes e jardins espalhados eram rodeados por bancos de mármore, onde ninfas e sátiros se sentavam olhando pra lua cheia que iluminava o céu. Uma cena enjoativamente romântica, pensou Atena. Certamente Afrodite não concordava, já que saltitava feliz pelas ruas e escadarias de Olimpo, fazendo sátiros e ninfas se apaixonarem e suspirando emocionada.

             Atena continuou andando, e já estava quase chegando a seu castelo quando viu seu caminho bloqueado por outra pessoa.

             -Não te vi na minha festinha de recepção hoje. –Atena não conseguia enxergar direito, já que as luzes estavam apagadas, mas a voz de Poseidon parecia vir de algum ponto muito próximo dela, o que a fez recuar alguns passos.

         -Eu estive ocupada, Poseidon.

         -Ocupada, sei. Na biblioteca imagino.

         -E se for? Você não tem nada a ver com isso.

          -Nossa não precisava ser grossa. –disse ele, fazendo Atena revirar os olhos. –Eu só estava pensando o que teria feito você faltar a minha adorável festa de recepção.

           -E o que você pensa que me faria ir a sua adorável festa de recepção?

             -Bom, eu não sei, talvez, educação?-rebateu ele, fazendo Atena se irritar.

            -Bom, então fique você sabendo que educação é algo mútuo. Faça para receber. E um bom começo é sair do caminho e me deixar passar.

            -Ok, não precisa se irritar. –disse ele num tom irônico.

          Atena realmente não estava com paciência para aquilo e por isso saiu andando. Ao chegar a seu quarto, no seu palácio recém reformado, Atena praticamente bufava de raiva. Quem ele pensa que é pra ficar se metendo na minha vida? Aonde eu vou ou deixo de ir não é da conta dele. Alias, nada que me envolva é da conta dele! Eu realmente não quero confusão, mas assim fica complicado!, pensava ela irritada. E com esses pensamentos felizes, Atena foi dormir

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                Atena estava na mesa da cozinha de seu palácio, tomando tranquilamente seu café-da-manhã. A boa noite de sono havia acalmado a deusa e a ajudado a por os pensamentos no lugar. Ela estava decidida a não ligar para as provocações do tio.

                Mas essa decisão durou pouco, muito pouco. Isso porque ao sair do palácio e ir dar uma volta nos jardins do Olimpo, ela encontrou Poseidon e Apolo, conversando sobre assuntos, na opinião deusa, ridículos e imaturos. A conversa se focava em uma das ninfas que tinha passado por ali há pouco tempo. Bom, na verdade, a conversa se focava em certos atributos da ninfa e em como os dois achavam que ela devia ser boa em certas coisas. E é claro que Atena não gostou de ouvir aquilo e por isso fez questão de passar em frente aos dois, com uma expressão superior e lançando um olhar de completo desdém aos deuses. Só que Poseidon também não gostou de ter aquele olhar dirigido a ele. Ele deixou Apolo falando sozinho e foi atrás da deusa.

                -Ei, Atena!- ela parou a ouvir ser nome ser chamado, mas ao reconhecer a voz de quem a chamava, recomeçou a andar, obrigando Poseidon a correr.

                -Atena! Atena! –ao perceber que ele não ia parar, ela parou de correr. –Além de mal-educada, você é surda também?

                -Não, não sou surda. Sou não estou com paciência pra falar com você!- Exclamou a deusa irritada.

                -E por isso você fica mal-educada?!

                -Eu que sou a mal-educada?! Pelo que me lembro, não fui eu que fiquei falando sobre... sobre assuntos inadequados no meio do Olimpo!

                Atena já estava possessa, mas tudo que conseguiu foi fazer Poseidon rir. E depois quando conseguiu se controlar do ataque de risos, ele falou:

                -Era isso? Você fez toda aquela cena por causa disso?

                -Só isso?! Você acha pouco? Acha pouco o modo como trata as mulheres? Acha pouco o fato de você ser conhecido como um galinha por todo o Olimpo?

                -Atena, eu não tenho paciência pra esses seus papinhos de deusa casta. E pode ter certeza que quem me chama de galinha, nunca esteve comigo, porque quem esteve não reclama!

                -É claro que não reclamam mesmo, porque quem fica com você, fica com tanta gente que nem lembra mais. E sabe por quê? Porque nenhuma mulher decente ficaria com você!-Era claro que os dois já estavam bastante exaltados e a chance deles fazerem algo que se arrependessem depois era grande, mas naquele momento, nenhum deles  ligava pra isso.

                -Você não sabe o que fala! Eu tenho todas as mulheres na palma da minha mão! Menos, é claro, aquelas que tem a mentalidade de uma menininha de 10 aninhos, como você.

                -O único que não sabe o que fala aqui é você! Não é porque eu não sou como as mulheres que você está acostumado, que eu tenho a mentalidade de uma criança.

                Poseidon estava vermelho, de tão irritado. Mas ao ouvir a frase de Atena, ele foi passando de irritado para pensativo, como se tivesse tido uma ideia.

                -Pois bem, vamos fazer uma aposta então. Escolha uma mulher, qualquer uma, aquela que você achar mais decente. E vejamos se eu consigo ou não conquistá-la.

                -O que eu ganho quando eu provar que estou certa, como sempre.

                Poseidon ignorou a piadinha de Atena e continuou:

                -Se você ganhar, você pode... Me transformar, no homem que você julga perfeito, em uma semana.

                -Como assim?

                -Ora, você pode me dizer como comportar, vestir e tudo mais. Mas...

                -Mas o que, Poseidon?

                -Se eu ganhar, eu tenho esse direito também. Te transformo na mulher que eu julgo perfeita.

                Atena tinha certeza de que algo daria errado, mas estava cega de raiva e tudo que imaginou foi que tinha a chance de transformar Poseidon em algo decente.

                -Fechado.

                E com um aperto de mão, os dois selaram a aposta.


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Notas finais do capítulo

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