Apostando O Coração escrita por BiasC


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como estão? Já voltaram a ter aulas? Eu já. Eu até estava com saudades da minha escola, mas bastou uma semana de aulas pra me fazer morrer de saudades das férias... =P



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                -Sobre Poseidon?! –Repetiu Afrodite, incrédula.

                -É. –Atena respondeu brevemente.

                A deusa do amor tinha um sorriso leve no rosto, como se estivesse começando a entender o que se passava ali.

                -Hum, e o que aconteceu com o meu querido titio?

                -Nada, nadinha. Bem, mais ou menos... –Atena não sabia como começar aquela conversa.

                -Tem algo a ver com aquela aposta?

                Atena olhou pra ela.

                -Como você sabe da aposta?

                -Oras, fui eu que arranjei essas roupas maravilhosas pra você! Poseidon não te contou?

                -Ah sim, ele comentou. Eu tinha esquecido isso. E bem, sim, tem a ver com a aposta. O fato é que essa aposta acabou fazendo com que eu conhecesse Poseidon melhor e...

                Atena não conseguiu achar palavras para terminar a frase, mas não era preciso. Afrodite já estava praticamente pulando na cadeira, e seu sorriso, antes pequeno, agora ocupava todo seu rosto.

                -Ai, você se apaixonou por ele, não foi? Ahn, que lindo! Eu sabia que isso ia acontecer! E agora vocês vão ficar juntos e viver felizes para sempre! Vai ser tão perfeito! E vocês vão ter vários filhos e...

                A deusa da sabedoria escutava aquilo absolutamente chocada, mas achou melhor fazer Afrodite parar ao ouvir a palavra “filhos”.

                -Ei! Pode ir parando, Afrodite! Eu não disse nada disso. E como assim você sabia que isso ia acontecer?  -Perguntou Atena, num tom desconfiado.

                Afrodite pôs a mão na boca, surpresa, percebendo o que tinha dito. Sem mais opções, ela suspirou e já ia começar a se explicar, mas primeiro, achou melhor garantir que Atena não a fulminaria depois de ouvir tudo.

                -Atena, por favor, me prometa que não vai ficar irritada.

                Atena lhe lançou um olhar cheio de desconfiança, mas acabou concordando.

                -Tudo bem, eu prometo.              

                -Bem, eu sou a deusa do amor. Então, ás vezes, eu posso sentir algumas coisas, alguns sentimentos... E foi isso que aconteceu com vocês dois. Eu percebi há certo tempo, que todo aquele ódio que vocês diziam ter um pelo outro, não passava de uma tentativa de esconder o que realmente sentiam.

                -Isso não é verdade! Eu nunca gostei de Poseidon! Pelo contrário, sempre o odiei com todas as minhas forças!

                -Não, você sempre odiou o fato de não conseguir odiá-lo. –Diante do silêncio de Atena, que indicava que ela não havia entendido, ela continuou. –Eu não quis dizer que você sempre o amou como ama hoje, Atena. E sim, você o ama, admita. Eu quis dizer que por mais que ele fosse, pelos seus princípios, extremamente inadequado, você não conseguia deixar de admirar suas qualidades. Como quando ele nos ajudou a derrotar Tifão, mesmo que isso colocasse seu reino em risco. Você não pode negar que a atitude foi louvável. E era isso que te irritava, era isso que você odiava. Por mais que ele fosse “errado”, você não podia fingir que ele não tinha suas qualidades.

                Atena estava boquiaberta. Afrodite havia conseguido, em algumas frases, explicar tudo aquilo que ela tentava entender havia dias e expor tudo aquilo que ela tentava esconder havia séculos. Mas ainda restavam algumas dúvidas.

                -Ok, eu admito que isso possa ser verdade... Mas eu ainda não entendo como, nem por que, meus sentimentos passaram se admiração para... Outra coisa.

                -Para amor. –Atena fez uma careta diante dessas palavras, fazendo Afrodite exclamar. - Deixe de ser boba, assuma que está apaixonada por ele! E a resposta pra sua dúvida é simples. Por mais que você provavelmente ache impossível, Poseidon nutria os mesmos sentimentos que você. Você realmente o irritava, mas ele admitia que você tinha alguns pontos positivos. Então, quando eu fiquei sabendo que Poseidon passaria um tempo aqui no Olimpo, eu achei que essa seria uma boa chance pra vocês.

                Atena se levantou num pulo.

                -O que você quer dizer com isso? Você fez com que eu me apaixonasse por ele? Como pôde Afrodite? Você deveria saber que isso jamais daria certo! O que você queria? Me fazer sofrer? Bom, meus parabéns então! Conseguiu!

                Afrodite parecia estar dividida entre o espanto e a indignação.

                -Trate de se acalmar, Atena! Primeiro, eu jamais faria qualquer coisa que lhe causaria algum sofrimento. Pelo menos, não intencionalmente. E segundo, eu posso ser a deusa do amor, mas eu não crio sentimentos! A admiração que ambos sentiam um pelo outro, ia se transformar em amor de qualquer jeito! Essa é a ordem natural, tudo o que eu fiz foi acelerar um pouco o processo. Meu trabalho não é fazer novos sentimentos e sim, mostrar as pessoas os que já existem nelas mesmas.  Eu dei um empurrãozinho, mas o amor que vocês nutrem hoje, já existia em vocês. Só estava escondido, embaixo de camadas de orgulho.

                Atena respirou profundamente, voltando a se sentar.

                -Espera. Você disse que esse amor já existia em nós? Você está dizendo que...

                -Que Poseidon te ama. Isso.

                -Não, não pode ser!

                -Claro que pode. Ele se encontra exatamente na mesma situação que você. Na verdade, não exatamente na mesma, ele deve estar mais confuso, já que não tem uma irmã maravilhosa pra lhe ajudar que nem você.

                Ignorando a ironia de Afrodite, Atena não disse nada. Achava difícil que o deus dos mares estive mais confuso que ela, pois nesse momento Atena se encontrava muito, muito confusa. Não conseguia acreditar que o que Afrodite dizia fosse verdade, mas também não conseguia duvidar de suas palavras. Ela era, afinal, a deusa do amor! Deveria estar certa do que dizia. Mas ainda assim... Ela ainda custava a aceitar o fato de que amava Poseidon, o homem que sempre tentara odiar, e pensar que, segundo Afrodite, este também a amava, lhe parecia completamente impossível.

                Afrodite olhava pra deusa sorrindo. A incredulidade que tomava contava conta da expressão de Atena nesse momento chegava a ser engraçada pra ela. Mas não era nenhuma surpresa. Por mais que se passassem anos, décadas, séculos e milênios, sempre iria existir aquela pessoa mais racional, que diz não acreditar em amor, e que tudo isso não passava de bobagem inventada por iludidos. Alguns chegavam a dizer que amor era coisa de contos de fada e não do mundo real. Afrodite adorava ver o que acontecia quando essas pessoas se apaixonavam. Elas ficavam confusas, sem saber o que fazer, como se de repente, o mundo tivesse virado de cabeça pra baixo. E logo descobriam que não há nada mais real que o amor. E, Afrodite acreditava, era isso que iria acontecer com Poseidon e Atena.


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Notas finais do capítulo

E me desculpem pelo atraso. Eu to me sentindo super culpada, tinha prometido que ia ser mais rápida e tal, mas realmente não deu... É que minha avó, que mora em outra cidade, veio visitar, e ai eu fico meio sem tempo. E o tempo que sobra eu tenho usado pra ir ao médico, por causa de um probleminha no joelho... Bem, de qualquer modo, o capítulo finalmente saiu.
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