Apostando O Coração escrita por BiasC


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura, se é que alguém ainda lê isso, depois do tempo que eu demorei pra postar, né... E por falar nisso, explicações no fim do capítulo.



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A chuva fina bateu tranquilamente nos cabelos de Atena assim que esta
saiu do palácio da irmã, tornando os fios loiros um pouco mais escuros. A deusa
olhou pra cima, mirando o céu. As nuvens cinzentas davam a ele um ar triste,
melancólico. Deve ser pra combinar com o meu humor, pensou ela sarcasticamente.

A mente da deusa da sabedoria nunca estivera em tamanha desordem. Fato extremamente irônico, já que havia procurado Afrodite em busca de respostas. Mas não podia reclamar de sua irmã. Ela lhe dera as respostas que queria, não era sua culpa se Atena não conseguia aceita-las. Na verdade, Afrodite havia tentado, de todas as formas possíveis, fazer Atena aceitar o que ela chamava de destino. Atena preferia chamar de loucura. As duas tinham passado um longo tempo discutindo sobre o assunto, até Atena perceber que já eram quase dez horas, e que se não corresse, chegaria atrasada na aula de Poseidon. Era pra lá que ela se dirigia agora.

O punho de Atena bateu de leve na porta, e quase imediatamente, Poseidon a abriu. O coração de Atena quase parou de bater ao vê-lo. O deus era realmente lindo. Usava uma roupa simples, calça jeans e camisa, mas que lhe cabiam perfeitamente. “Que Poseidon te ama”, as palavras de Afrodite urgiram de
imediato na mente de Atena. Não era possível. Simplesmente não era possível que o deus parado a sua frente lhe amasse. Ela tentou se concentrar, esquecendo a conversa de Afrodite e focando em Poseidon, mas se arrependeu assim que o fez. Poseidon a olhava tão intensamente que a deixou envergonhada.
            –Hum, Poseidon?

X-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-X

Poseidon sobressaltou-se ao ouvir Atena chamando seu nome. Só então
percebeu que estava a encarando desde que abrira a porta. Simplesmente não
tinha conseguido evitar, ela era maravilhosa. Os fios molhados davam traços
mais sensuais ao rosto angelical, uma combinação rara e perfeita. E que só
servia pra deixar o deus mais confuso. Vinha tentando, assim como Atena,
entender o que acontecia entre eles, mas não tinha coragem de pedir ajuda de
Afrodite, não agüentaria ver o olhar presunçoso que, ele tinha certeza, ela
exibiria. Então, única opção que restava era esperar até o horário da aula com
Atena, e torcer para que a presença da deusa o ajudasse a decidir o que sentia.
Bem, ficar paralisado por sua beleza assim que a viu era um bom sinal...

–Hum, bom dia, Atena. –Bom dia? Isso é tudo que sabe fazer, Poseidon?, ralhou o deus consigo mesmo.

–Bom dia... Posso entrar? –A deusa ainda se encontrava parada na chuva.
Poseidon corou ao perceber a falta de educação e Atena fez o mesmo ao perceber isso. O deus deu um passo para o lado, dando espaço pra essa entrar. Eles andaram até a sala, mas ao chegar lá, um silêncio desconfortável preencheu o ar.

–Então, o qual vai ser a aula de hoje? –Esse era provavelmente o assunto
que Atena menos queria falar, mas o silêncio havia começado a incomodá-la.

Poseidon sorriu com a pergunta. Ele havia, de verdade, planejado decidir o que sentia por Atena naquela aula. Mas, é claro, ele não tinha paciência para deixar que tudo corress tranquilamente. Por isso, havia planejado uma aula que o ajudasse a entender seus sentimentos.

-Hoje você vai aprender a fazer algo importantíssimo.

-O que?

-Flertar.

Atena congelou. Poseidon sorriu.

-Como?

-Flertar. – Repetiu Poseidon, como se fosse a coisa mais boba do mundo. Mas logo depois deu um pulo e arregalou os olhos, e passou a olhar pra Atena um tanto assustado. –Você sabe o que é flerte, não sabe?

Atena olhou pra ele indignada.

-É claro que eu sei o que é. –Disse ela, mas a firmeza desapareceu de seu rosto em poucos segundos. Poseidon ergueu uma sobrancelha, e Atena se forçou a completar. –Eu sei o que é... só não como fazer...

Poseidon riu da inocência da deusa, fazendo com que essa corasse. De  vergonha e de raiva.

-É por isso que eu estou aqui, querida. –Respondeu ele, com um sorriso sacana. –Então, vamos?

-Aonde?

-Ah, você não acha que vamos fazer isso aqui, né? É claro que não. Eu vou levar você pra almoçar.

-Almoçar? Ainda é manhã!

-Não no lugar em que eu vou te levar.

Poseidon pegou a mão da deusa e os dois desapareceram.
          ++++++++++++++++++

-Que lugar é esse? – Perguntou a deusa assim que eles reapareceram.

-Ora, será que isso é possível? –Rebateu Poseidon num tom irônico, guiando Atena até uma mesa já preparada pra dois. –A deusa Atena não reconhece a própria cidade?!

Própria cidade? Do que ele está falando? Não, não é possível, pensou
a deusa . Ela olhou em volta.

-O que... Poseidon... Eu... Atenas!

O deus riu.

-Pois é. Atenas. Achei que você fosse gostar de almoçar aqui. –Disse ele, enquanto puxava a deusa pela mão, levando-a até uma mesa.

-Mas e você? –Perguntou ela, se sentando na cadeira que ele puxara.

-O que tem? – Poseidon se sentou também.

-Bem, eu não achava que você gostava muito daqui. Já que perdeu a competição para pela cidade... pra mim.

Poseidon riu.

-Eu já superei aquilo. É claro que eu não posso falar que é minha cidade preferida, mas como eu já disse, imaginei que você fosse gostar.

Atena corou com a última frase. Desde quando Poseidon se preocupava com ela?

-Imaginou certo. Obrigado.

-De nada.

Um garçom se aproximou nesse momento, e Atena agradeceu aos deuses por isso, porque realmente não conseguia mais pensar em nada pra dizer. Poseidon falou algo com o garçom, mas Atena não ouviu.Estava distraída olhando a vista. Podia ver o Parthenon do local que estavam. Sorriu com a visão. Ainda não entendia o motivo, mas se a intenção de Poseidon fora, como ele dizia, a satisfazer, ela tinha que admitir que ele acertara em cheio.

-Atena?

-Hum? –A deusa se virou rapidamente para Poseidon, deixando a paisagem de lado.

-Podemos começar?

-Começar o que?

-A sua aula, claro. –Atena tinha se esquecido completamente da aula, e sentiu metade de sua alegria ir embora  ao ouvir aquilo.

-Ah, a aula. É claro. E o que eu devo fazer, professor?

A frase foi o suficiente pra fazer Poseidon abrir um sorriso sacana.





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Notas finais do capítulo

Bem galera, é o seguinte: Vocês devem ter percebido que eu e a BiJe (autora de algumas histórias dessa conta) temos andado meio sumidas. O fato é que eu realmente estava dando um tempo no Nyah. Não só pra postar fics mas também não tenho nem lido fics. O motivo pra tudo isso, é simplesmente que eu estou passado por um momento meio complicado. Eu tenho estado muito ocupada por conta da escola, curso de inglês e muitas consultas no médico. Além disso, eu tenho tido alguns problemas pessoais também.
Enfim, eu sinto muito não ter postado por todo esse tempo, e principalmente, por não ter dado nenhuma explicação pro meu sumiço. Eu estou tentando, aos poucos, voltar a escrever, então vou tentar manter as postagem, mas como as coisas ainda estão meio confusas por aqui, não garanto postagens rápidas
E se vocês tiveram paciencia pra ler tudo isso, muito obrigada (ficou maior do que pretendia). Eu espero que vocês entendam e me perdoem. Amo vocês. =*