PERCY

            Quando eu a vi, meu coração disparou, eu não acredito que realmente estava vendo a única pessoa de quem eu me lembrava, mas a dor e o cansaço foram mais fortes, e eu desmaiei.

            No meu sonho eu estava em uma casa, bom, pelo menos algum dia deve ter sido uma casa, ela estava toda destruída, com marcas de batalha, flechas caídas, uma jaula quebrada, como se estivessem travando uma batalha indígena, então me lembrei que Reyna tinha dito que na casa dos lobos houve uma batalha a alguns meses atrás, então ali poderia ser a casa dos lobos? Não sei, só sei que ao lado da jaula quebrada, havia um gigante, não uma pessoa grande, era literalmente um gigante, devia ter uns 9 metros de altura, tinha braços fortes e várias cicatrizes, seu cabelo ia até o ombro e nele, haviam diversas espadas, lanças e flechas, parecia uma forja, só que feita por piolhos, o gigante olhou para mim, e soltou uma grande gargalhada que ecoou por todo o local

-Então você é Percy Jackson, o herói que derrotou Cronos? Parece o pivete de meses atrás

Certamente eu não sabia quem era o tal pivete, ou quem era Cronos, mas aquilo me assustou, Cronos era um nome que me dava uma má impressão, resumindo, devia ser mais um dos monstros que eu tive que lutar, na minha vida de halterofilista ou de espadachim ou seja lá qual foi a minha vida

-Quem é você – perguntei

-Eu? – ele disse – Eu sou Porífero o gigante criado para destruir e tomar o lugar de Zeus

Seja lá quem era Zeus também não me dava uma boa impressão, mas o que realmente me assustava, a missão dizia que eu teria que destruir o que não foi destruído, será que eu teria que destruir esse gigante que foi feito para derrotar Zeus? De certa forma eu não sabia quem era Zeus, mas sabia que ele era forte, ele me dava a mesma impressão que Cronos, me assustava mesmo como se eu já tivesse lutado com ele

-Eu soube da sua missãozinha herói- Porífero disse – Você tem de destruir o que não foi destruído, eu devia ter sido destruído por Hera, mas estou vivo, então resumindo, você provavelmente terá que me destruir, você acha que é capaz disso heróizinho?

Eu percebi que ele estava tirando uma com a minha cara, e não sei por que isso me deixou furioso

-Sim, eu acho que sou capaz – respondi – Com a minha espada eu matarei você, ou te transformarei em pó, ou seja o que vier primeiro

Porífero soltou mais uma imensa gargalhada

-Sim, sim – ele disse – Você é bem corajoso, igual ao último, mas ele mal conseguiu me fazer um arranhão, eu acabei deixando ele fugir, mas você não terá tanta sorte, eu matarei você Percy Jackson, o herói mais odiado do tártaro

E derrepente o local mudou, eu estava em lugar nenhum, tipo, lugar nenhum mesmo, não tinha nada que eu pudesse enxergar, também não sabia se o que eu estava pisando realmente era chão, logo Juno apareceu em minha frente

-Eu tenho que destrui-lo, certo? – perguntei

-Sim, você deve destruir o gigante porífero, junto com seus companheiros e a nova integrante do grupo – Juno respondeu

- Annabeth, então ela realmente existe, não foi só um sonho – eu falei esperançoso

- Sim, ela esta junto com você nesse momento, você terá grandes revelações dela, mas lembre-se, você deve protegê-la, esse foi o único modo de fazer Athena deixar ela vir até vocês

-Eu protegerei ela – respondi

Juno parecia me analisar com os olhos, depois assentiu com a cabeça

-Está na hora de você continuar com sua jornada, jovem herói, mas antes quero adverti-lo, de que vocês sozinhos não conseguiram derrotar Porífero, precisarão de mais ajuda – Juno falou

- Mais ajuda? – perguntei – Mais alguém está vindo nos ajudar?

-Garoto, quando chegara a hora você entenderá o que isso significa – Juno falou – está na hora de eu ir, Júpiter já está dando minha falta

-Deixe me fazer só mais uma pergunta – falei

-Certo, faça – Juno respondeu impaciente

- Júpiter, seria Zeus na mitologia Grega certo? – Perguntei – Então, aquele gigante é tão forte quando ele?

-Sim, Júpiter é Zeus, e sim, aquele gigante é forte o suficiente para combatê-lo, e por isso vocês precisarão de mais ajuda – Juno disse – Bom, agora eu tenho que ir, boa sorte em sua jornada, Percy Jackson, que os Deuses estejam com você

            E assim eu acordei, estávamos no mesmo local, me senti mal por atrasar a todos, Nico estava dormindo, e lá fora montando vigília estava Annabeth e Reyna, eu me ergui e fui para fora do que parecia uma tenda, quando Annabeth me viu, meu coração quase pulou fora da minha boca, ela se levantou e veio correndo até mim e me abrçou, me deitando no chão junto com ela

-Percy! Estou tão feliz que esteja bem! – Annabeth dizia, ela estava muito emocionada, quase tanto que nem eu, ela realmente existia, mas logo que ela se ergueu um pouco ela fez algo inesperado, ela me beijou, e isso confirmou o que ela era de mim, Annabeth era minha namorada. Assim que nossos lábios se separaram, eu vi que ela chorava, só não sabia se era de felicidade ou de emoção

- A-Annabeth – eu disse – você existe, eu não acredito, achei que eu tinha imaginado você

-Percy, você realmente está sem suas memórias. Certo? – ela falou

-S-sim, eu não me lembro de nada que aconteceu, é como se eu tivesse vivido apenas 3 dias – eu respondi

-Então eu vou contar sua história para você – ela falou

Eu me senti intrigado, mas ela ainda chorava, ela realmente devia estar abalada, será que eu era tão importante assim para ela? Bom, isso não importa, eu assenti com a cabeça, e ela me contou sobre todas as aventuras que eu tive, desde o primeiro ano em que eu entrei no acampamento meio-sangue, e tive que lutar com o deus da guerra para provar minha inocência, no segundo quando lutei com um ciclope que tinha raptado meu melhor amigo, no terceiro, quando tive que agüentar o peso do céu, no quarto quando Cronos possuiu o corpo de meu amigo Luke, e no quinto quando eu derrotei Cronos na luta final no Olimpo, por mais estranho que pareça, ela parecia dar ênfase no que eu fiz, como se eu fosse o cara mais incrível do mundo, mas eu tinha a impressão de que não era bem assim. Mas não importava, eu finalmente estava junto de Annabeth, e isso já fazia tudo valer a pena, nós passamos o resto da noite abraçados, e contando histórias, ela parecia tão feliz, ela era linda, e quando sorria ficava mais linda ainda. Até que amanheceu, Nico e Reyna levantaram

-Você manteram vigília a noite toda? – Perguntou Nico

- Sim – eu respondi

Logo atrás deles veio o cavalo com asas na qual Annabeth estava montada

-ei chefe, você está bem! – o cavalo falou, bem na verdade ele não falou, a voz pareceu surgir na minha cabeça

-ah! Tá certo, você esta sem memórias, bom, eu me chamo Blackjack sou um Pégasos, e eu te salvei diversas vezes, e graças a isso você me chama de chefe e sempre me dá cubos de açúcar – Blackjack disse

- Mas você me chamou de chefe. E Annabeth não contou nada sobre você ter me salvado diversas vezes – eu disse

Annabeth soltou um riso pequeno

-Na verdade é justamente o contrário – Annabeth disse – Você o salvou e por isso ele te chama de chefe

­-Mas você me dá cubos de açúcar igual – Blackjack disse

-Tá, ta, assim que eu tiver um cubo de açúcar eu te dou

-Iuuuuuuupi, você é o melhor chefe do mundo – Blackjack disse

Reyna olhava entre mim e Blackjack

-Você está falando com um pégasos – Reyna perguntou

-É que Percy é filho de Poseidon, Poseidon criou os cavalos e graças a isso eles conseguem se comunicar de certa forma – Annabeth disse

-Poseidon? Ah, sim, Netuno, você deve ser do acampamento grego – Reyna disse

Derrepente ela pareceu se lembrar de algo, algo perturbador

-Se você é de lá! Você deve conhecer o Jason!