Vampire Academy Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

Pessoal,
Não esqueçam que os horários de vampiros são invertidos...
Esse é o penultimo cap, ja estou com saudade do livro 01...



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Passei o resto do dia me sentindo péssimo. O meu habitual humor introspectivo se tornou em uma profunda irritação. Eu não conseguia ter paciência com nada e ninguém, por isso pedia a Alberta para passar o resto do dia, depois das aulas, e à noite, cobrindo turnos de guarda. Caminhar pelas fronteiras do campus, sozinho, poderia aliviar minha mente um pouco. Por mais que eu tentasse, os pensamentos em Rose não me abandonavam. Os tristes olhos dela pairavam diante de mim, a todo o momento. Eu realmente me sentia horrível. Quando amanheceu, eu entreguei meu turno para o próximo guardião de plantão e segui para o meu quarto, eu precisava tentar dormir um pouco. Quando cheguei ao hall do dormitório, lembrei que tinha deixado umas coisas minhas no escaninho do prédio dos professores. Fui até lá buscar pois, entre elas, estava o livro que eu estava lendo. Passei rapidamente pelos pátios, que ainda estavam quase silenciosos, ainda era muito cedo, tinha apenas alguns estudantes que se dirigiam à cafeteria para tomar café da manhã. Olhar para eles fez meu estômago revirar de fome e percebi que não havia comido nada.

Passei pela a área comum dos professores, uma ante sala de uma pequena cantina que tinha lá, cheia de mesas, que estava totalmente vazia, também devido ao horário. Estranhamente, uma caneca de café estava ao lado de um grande livro aberto, em uma mesa do canto esquerdo. Alguém provavelmente tinha saído às pressas e deixado aquilo ali. Fui até a mesa para pegar o livro e verificar de quem era, mas acabei tropeçando em algo. Quando olhei para baixo o espanto me varreu.

O Sr. Nagy, estava desacordado, estendido no chão. Eu me abaixei para checar seus sinais vitais e verifiquei que ele estava sem pulso. Ele estava morto. Sua pele estava totalmente pálida como se estivesse... sem uma gota de sangue. Fui rapidamente até seu pescoço e lá tinha as duas marcas das presas de um vampiro. Os olhos dele estavam abertos e vidrados. Cheguei rápido a conclusão que algum Moroi tinha bebido dele até matá-lo. Algum Moroi tinha se tornado um Strigoi, dentro da Academia. O corpo dele estava rígido e frio, indicando que já estava morto há um tempo. Entrei imediatamente em ação, segurando minha estaca firmemente. Sai correndo pelo prédio, meus olhos vasculhando cada canto, cada local. Não encontrei nada. O Strigoi não estava ali, mas certamente estava na escola. Ele não conseguiria sair, devido as wards. Parei na recepção, escondendo discretamente minha estaca, atrás das costas.

“Você viu algo diferente acontecer hoje de manhã aqui?” Perguntei casualmente à recepcionista, tentando manter minha calma.

“Algo diferente? Humm, não.”

“Alguém agindo diferente?”

Ela ficou pensativa “Hum, acho que não... Bem, hoje não. Ontem à noite, perto do toque de recolher. Aquela garota, Natalie Dashkov. Ela esteve aqui procurando o Sr. Nagy, disse que tinha um trabalho extra para lhe entregar e que estava atrasada. Eu achei estranho, pois ouvi dizer que ela estava em detenção, sem poder sair de seu quarto, mas como o assunto era escolar, achei que não tinha nada demais.”

“E você chamou o Sr. Nagy aqui?”

“Não. Ele estava na área comum, como sempre faz todas as noites. Eu mandei que ela fosse para lá, encontrar com ele.”

“E a que horas ela saiu?” Minha mente começou a girar a mil. Não era possível que Natalie tivesse se transformado em uma Strigoi. Mas tudo indicava isso.

Percebi que a recepcionista estava ficando um pouco nervosa, com meu interrogatório, mas não me importei.

“Err... eu não a vi saindo... como eu disse, foi perto do toque de recolher. Quando deu a minha hora, eu fui logo embora, nem lembrei que ela ainda estava lá.” Ela falou um pouco constrangida. Eu agradeci e sai caminhando rápido, tentando não chamar a atenção.

“Desculpe-me, Guardião Belikov!” Ainda ouvi a recepcionista falando, enquanto eu saia pela porta de vidro.

Claro Era óbvio que tinha acontecido. Noite para os Morois, significa que o sol está brilhando forte no céu. Provavelmente, Natalie, sendo um Strigoi, se escondeu em algum lugar, esperando anoitecer novamente para cumprir o seu plano, qualquer que fosse ele. E tinha acabado de anoitecer, os Morois estavam acordando, aos poucos, a escola estava ficando agitada. Enquanto me perguntava o que Natalie pretendia, corri para o prédio dos guardiões, mas Alberta ainda não estava lá. Quando eu estava saindo do seu escritório, escutei um som estranho, porém familiar, vindo do andar de cima, onde ficavam as celas da prisão. Era som de luta. E logo a resposta veio para mim de forma clara e precisa. Natalie estava tentando libertar o pai.

Sem pensar em mais nada, segurei minha estaca e, mais rápido que um raio, voei pelas escadas, até o andar de cima. Quando dobrei o corredor das celas, encontrei os dois guardiões que estavam em guarda caídos e desacordados. Foi quando eu vi Natalie segurando Rose e a arremessando contra uma parede. Tão rápido quanto a jogou, partiu para cima dela, com fome nos olhos, tanto que não viu que eu estava lá. Sem hesitar um segundo sequer, atravessei o corredor, com minha estaca em punho, pronto para o combate.

Percebendo minha aproximação, ela esqueceu Rose e se voltou para mim, em um rápido ataque. Natalie podia ser uma Strigoi e isso lhe dava força e rapidez nos seus gestos, mas ela, enquanto Moroi, não tinha tido treinamento algum, fazendo com que seus golpes seguissem apenas a sua intuição, não tendo técnica.

Forçando minha mente para não lembrar da antiga e frágil Natalie, travei com ela uma luta sincrônica. À medida que ela atacava, eu revidava, formando assim, um perfeito balé. Era quase como uma dança. Sempre que eu lutava, sentia meu corpo todo em alerta em perfeita sincronia com minha mente. Levei alguns golpes e dei outros tantos, somente esperando uma abertura. Uma chance que veio, poucos minutos depois e eu não a desprezei. Puxei minha estaca e, em um movimento quase que invisível aos olhos, a cravei em seu coração. Observei enquanto ela caia agonizante. Quando tive certeza que ela estava morta, retirei minha estaca dela e fui rapidamente até Rose, que assistia a tudo, quase que desfalecida, estendida no chão.

Eu tinha visto a força com que Natalie a tinha arremessado contra a parede e, certamente, seu estado era grave. Embora eu quisesse encher Rose de perguntas e tentar entender o que ela fazia ali, sabia que não tinha tempo para isso. Ainda sentindo a adrenalina da luta no meu corpo, corri para ela e a ergui nos meus braços.


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