Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 18
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Milena: Er, alguém ainda por aqui? Porque se tiver, por favor não nos matem, sei que prometi que ia ser rápido, então me desculpem, e se for pra lançar alguma maldição, avisa um pouquinho antes pra gente poder se preparar? Hah
Bom, estamos sem muita ideias pra nomes de capítulos, relevem isso, certo?
Mas, esperamos que gostem e comentem, nem que seja para nos ameaçar, serio.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/161088/chapter/18

- Vovô? – repeti novamente, dando um passo em direção ao maior dos quadros que havia ali. E eu, por um segundo, me perguntei por que até aquele momento não reparara no pano negro que ocultava o quadro. Ou talvez, aquela fosse a intenção de Snape.

- Madeleine! – vovô sorriu para mim. Estava sentado em uma poltrona macia cor de vinho, ainda usava os óculos de meia lua, a sua touca de dormir predileta, e suas botas brancas com fivelas de estrela. Estava... tudo normal, o que causou uma agitação anormal de dentro de mim.

Minha garganta se fechou e meus olhos marejaram, tive vontade de chorar mas percebi que não havia motivos para aquilo, ele estava ali, não ele realmente, mas sua imagem, sua presença, sua voz, sua calmaria, tudo, estava ali.

Era como se eu estivesse em casa novamente.

Ele deu uma leve risadinha e que me reconfortara instantaneamente, a mesma risadinha que sempre dava quando eu lhe dizia coisas estranhas e sem sentido ou quando ele estava feliz.

- Madeleine! – exclamou elétrico acenando em minha direção. Pisquei e esfreguei os olhos, atordoada. Sentia que tudo aquilo era alucinógeno demais, como um sonho. Era certamente um pesadelo, ele era como um sonho, mas na melhor parte, se acabaria, eu acordaria e aquilo me atormentaria pelo resto da vida.

Ou talvez, eu devesse parar de ser tão dramática. Dei um passo em direção ao quadro, só percebera depois que Snape havia se retirado da sala silenciosamente e eu anotei mentalmente que deveria agradecê-lo mais uma vez quando o visse.

- Está tão diferente... – murmurou ele sorrindo para mim, algo tremeu em meu peito e as lágrimas ameaçaram chegar.

- Você continua o mesmo – toquei a tela do quadro, exatamente em sua mão esquerda. Ele novamente deu uma risadinha – Desde quando seu quadro está aqui? – levantei meus olhos aos seus – Por que Snape nunca me contou que havia um quadro seu?

- Ah sim... – ele sorriu bondosamente – Cheguei á pouco tempo. Ninguém, exceto você e Severus, sabe que meu quadro está aqui. Queria vê-la mais cedo, mas ele achou que seria suspeito demais.

- Desde quando o chama de Severus? – indaguei, confusa. Para vovô, sempre fora “Professor Snape”.

- Devo muito á Severus, Madeleine – ele continuou com o sorriso, a calmaria que parecia ser perpassada para mim e naquela hora, eu não conseguira sentir raiva pelas suas palavras misteriosas, que tornara tudo ainda mais misterioso. Ele estava ali, nós estávamos ali – Você deve sua vida á ele.

- E você à sua morte – deixei escapar, minha voz saindo amargurada.

- Madeleine – vovô me repreendeu, olhando severo.

- Eu sei – suspirei frustrada - Me desculpe.

Vovô sorriu compreensivo, o que me fez ter vontade de abraça-lo, como eu sentia sua falta.

- É só que... – respirei fundo, não me permitiria chorar, vovô estava aqui – Todos querem que eu seja igual ao senhor e eu não consigo vovô, eu não sou o senhor.

- Claro que não – vovô negou, me olhando ternamente – Você nunca poderia ser igual a mim, imagine, você de barba?

Eu ri, um riso triste, que não passou despercebido aos atentos olhos de meu avô.

- Não cobre tanto de si mesma querida – ele repreendeu – Você não tem que ser igual a mim, você é minha neta, não minha cópia.

Eu sorri, dessa vez verdadeiramente.

- Obrigad...

- Aleto está vindo – Snape me cortou, adentrando a sala – Vá, rápido.

- Adeus Madeleine, não se esqueça do que lhe falei – Vovô murmurou antes de Snape o cobri-lo novamente.

- Obrigada – agradeci à Snape – Por tudo.

Ele assentiu e eu saí rapidamente de sua sala, me escondendo segundos antes de ouvir o barulho dos saltos de Aleto, que parecia irritada com alguma coisa.

-*-

- Por favor! - eu exclamei, batendo o pé como uma criança de cinco anos.

- Por que eu deixaria? - falou friamente, ainda sem olhar para mim.

- Por que eu estou pedindo? - eu tentei, sorrindo inocente.

Ele negou, voltando seu olhar para mim e eu sentia sua diversão ao me ver implorando.

- Draco... - eu choraminguei fazendo ele soltar a sua risada fria enquanto o sentimento de diversão crescia mais, o que me deixava irritada comigo mesma por ser tão infantil, mas eu precisava daquilo.

- Por que eu deixaria? - ele repetiu, se virando totalmente para mim e em seus olhos um brilho diferente estava presente ali, que eu nunca vira em seus belos olhos cinza, um brilho malicioso.

- Por mim? - eu tentei sorrir de modo sedutor e acho que deu certo, pois logo seus olhos foram para minha boca, me fazendo morder os lábios por reflexo.

Ele negou novamente, se aproximando mais.

- Ainda não me convenceu... - ele murmurou, ainda se aproximando.

- Eu... - tentei pensar em alguma coisa e ao mesmo tempo inebriada por seu perfume caro, à medida que ele se aproximava. Baixei os olhos, talvez eu me concentrasse se parasse de olhar para seus orbes pratas e me deparando com seu peito levemente musculoso sob a fina camisa branca que ele usava.

- Vamos Mady, você consegue... - ele sussurrou próximo ao meu ouvido, me arrepiando - Sei que pode oferecer mais que isso...

Voltei a mirar seus olhos, controlando minha vontade de colocar as mãos em seu peito e logo me perdendo na imensidão cinza.

Ele se aproximou mais e um sopro de sua respiração veio em minha direção, me deixando desnorteada e sem saber o que falar.

- Vamos Mady... - sua voz era rouca, e ele segurou meu queixo delicadamente com suas mãos pálidas e frias - Você consegue...

Ele se aproximou de meu pescoço lentamente, roçando seus lábios levemente e me fazendo arrepiar rapidamente. Fechei os olhos, totalmente envolvida naquela caricia. Ele trilhava um caminho que ia da minha orelha ao meu pescoço, desviando para minha perto da minha boca às vezes... Apenas roçando seus lábios em minha pele, me fazendo ansiar por mais, implorar por mais.

- Draco... - eu tentei falar alguma coisa coerente, mas apenas saiu um muxoxo baixo, como um pedido por mais.

- O que foi Mady? - sua risada de sinos preencheu a sala e, se possível, eu me arrepiei ainda mais.

Então eu entendi, ele estava me distraindo, tentando me fazer ceder aquilo que ele tanto queria, aquilo que eu não estava a deixar.

- Eu preciso... - eu murmurei, tentando clarear minha mente.

- De que? - ele sussurrou ao meu ouvido, sua voz rouca.

- Deixe... - eu murmurei fraco.

- O que eu ganharia com isso? - perguntou e deu uma leve mordiscada em minha orelha, apenas um encostar de dentes que havia me deixado desnorteada - O que Mady? - ele falava enquanto depositava beijos pelo mesmo caminho de antes e, se ele não tivesse uma de suas mãos em minha cintura, eu certamente já estaria no chão.

- Tudo... - eu falei por fim, era isso, eu havia perdido, mesmo não me lembrando muito por que eu não deixei logo de cara, naquele momento eu não conseguia ver o que havia de errado naquilo, tudo parecia tão certo quando ele estava me beijando.

Ele se afastou de meu pescoço, me fazendo dar um suspiro de insatisfação e sorriu triunfante.

- Tudo? - ele perguntou se aproximando de novo, dessa vez olhando diretamente para meus lábios...

Eu balancei a cabeça afirmativamente, incapaz de dizer qualquer coisa enquanto ele encostava levemente seus lábios aos meus, apenas brincando comigo, se divertindo as minhas custas.

- Você sabe o que eu quero - disse sem se afastar, ainda roçando nossos lábios levemente, me torturando - Quero entrar para a AD - terminou se afastando de mim rapidamente. Tão rápido que eu demorei um pouco para processar o que tinha acontecido.

Ele já estava na porta da sala e eu conseguia sentir o sentimento de vitória que o dominava.

- Foi bom negociar com você Dumbledore - ele se virou e sorriu cínicamente - A sala é sua - e saiu, sem olhar para trás.

Bufei, ainda aturdida pela nevoa que havia coberto meus pensamentos e me joguei derrotada no pequeno sofá que estava ali. Eu havia conseguido, arranjei um lugar para a AD treinar, já que agora a Sala Precisa estava sendo vigiada, mas o preço fora alto, agora eu teria que explicar a todos, o que um Sonserino, um Comensal e o assassino de Alvo Dumbledore fazia na armada do próprio.

Fechei os olhos, tentando organizar meus sentimentos e fui invadida por uma lembrança.

"- Não o julgue minha querida - escutei a voz do meu avô atrás de mim, enquanto eu ainda olhava com repulsa para o garoto Malfoy, eu sabia que ele estava tramando algo e sabia que ele era um Comensal da Morte, havia visto sua marca em um dia, quando por descuido, eu puxei a manga de sua camisa.

- Como posso não julgá-lo? - me virei para ele incrédula - Ele é um Comensal vovô!

- Nem tudo é o que parece Madeleine... - ele murmurou para mim, sorrindo e meus olhos foram para sua mão negra, me perguntando se aquilo também não era o que parecia.

Ele pareceu perceber, pois se virou também, analisando a mão com curiosidade.

- Você sabe o que ele planeja, não sabe? - eu deduzi, fitando-o acusadoramente.

Ele ficou em silêncio, se virando para o lugar onde Draco sumira a pouco e suspirou triste.

- É sobre você! - eu entendi de repente, o que quer que Malfoy planejava, era para meu avô.

Ele se virou para mim, me analisando com seus olhos genuínos por cima dos óculos de meia lua.

- Não o julgue - ele murmurou de novo e começou a se afastar, voltando para sua sala."

Agora eu entendia o que ele queria dizer e finalmente escutara seu conselho, eu não o julgaria mais, se ele queria entrar para a AD, se queria fazer parte do nosso "exercito”, se queria escolher o lado do bem, mesmo depois de tudo que fizera, se ele realmente se arrependera, eu não o deveria julgar.

O grande problema seria convencer os outros a não julgá-lo também, começando por Gina, Neville e Luna. Mesmo achando que a última não ficaria com muita raiva, Luna entendia, ela via que ele havia mudado, ela via que ele amava, amava a mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

So, reviews? Juro que vamos tentar não demorar ^.^
Hehe, kisses ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Radiance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.