Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 19
O pingente


Notas iniciais do capítulo

Hey povo, primeiro de tudo, ignorem esse titulo fail, to com dor de cabeça aqui e não consegui pensar em nada melhor. Segundo, obrigada por todos os comentarios, amei todos, serio. Se meu pc deixar (coisa que ele quase nunca faz) eu respondo, se não, me desculpem, e batam nesse computador dos infernos.
Esse nem demorou muito né? haha
Ah, eu gostaria que você ouvissem a ultima parte com a musica All I Need - Within Temptation http://www.kboing.com.br/within-temptation/1-1029034/
Eu aviso quando for pra dar play.
Bom, espero que gostem *.*



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- Pronto? – perguntei para Draco, que estava aparentemente inabalável em sua mascara de frieza e arrogância habituais.

- Um Malfoy sempre está pronto – ele sorriu ironicamente e suspirou, avançando um passo em direção à porta.

- Vamos lá – tentei parecer animada, mas a verdade era que estava com medo da reação dos meus amigos, eu ainda não tinha contado para eles que Draco havia entrando para a AD.

Abri a porta da sala o mais silenciosamente possível, tentando adiar a reação dos meus amigos. Puxei Draco pela mão, o deixando ao meu lado, ainda de mãos dadas e andando até o fim da sala, que era onde Gina, Luna e Neville estavam. Aos poucos os olhares se fixaram em nós, divididos entre olhar para Draco com repulsa, a mim acusadoramente ou a nossas mãos entrelaçadas.

- Sabia que isso iria acontecer – murmurei cansada, apertando sua mão de leve automaticamente.

Ele sorriu sarcástico e lançou um olhar superior a aqueles que nos encaravam.

Estávamos a poucos metros dos meus amigos quando Luna nos viu, sorrindo surpresa enquanto eu suspirava aliviada, pelo menos ela não falaria nada, como eu pensei.

- O que foi Luna? – escutei Gina perguntar, ao mesmo tempo em que se virava em nossa direção e arregalava os olhos – O que é isso? – ela gritou, seu rosto ficando da cor de seus cabelos.

- O que... – Neville parou de falar quando se virou também, seu rosto foi de incredulidade a raiva, fazendo com que ele ficar vermelho também.

Lancei um olhar suplicante pra Luna e apertei mais a mão de Draco, que ainda estava com sua mascara, mesmo com os sentimentos meio hesitantes.

- Bem Vindo a AD, Malfoy – Luna sorriu abertamente, dando um passo a frente – Que bom que você entrou.

- Como é que é? – Gina gritou, ficando ainda mais vermelha, o que eu jurava não ser possível.

- Madeleine – Neville parecia controlar a voz, pera, Madeleine? Oh ou... – Podemos conversar lá fora? A sós? – ele acrescentou quando eu fiz menção de puxar Draco comigo.

Suspirei frustradamente, soltando a mão de Draco e murmurando um volto logo.

- NÃO! – Gina e Neville exclamaram juntos e eu soltei um suspiro, coisa que eu estava fazendo frequentemente hoje. Luna já havia desistido de prestar atenção, olhando atentamente para, aparentemente, o nada.

- Era o único jeito de conseguir um lugar! – exclamei frustrada, por que eles não entendiam?

- Ele é um Sonserino! – Gina também exclamou, suas emoções variavam de incredulidade e horror.

- E matou Dumbledore! – Neville completou sem pensar no que dissera, logo se arrependendo ao ver que eu inconscientemente dei um passo para trás – Desculpe.

Eu respirei fundo, ignorando o que ele havia falado, não o deixaria me abalar, eu já havia perdoado Draco, eles tinham que aceitar isso.

- Ele mudou! – disse exasperada, nem precisa olhar para ver as expressões desacreditadas deles, obvio que não acreditariam – Eu sei que mudou, eu sinto isso... Ele quer uma chance, apenas uma chance de provar que mudou, que quer lutar pelo bem, não acham errado negar isso a ele? Todos merecem uma segunda chance, até mesmo Draco.  

- Ele é um Comensal, Mady – ela tentou regular seu tom de voz, falando como se estivesse explicando a uma criança que não deveria colocar algo sujo na boca.

- Não! Ele não é mais um Comensal, Draco não segue mais ele, está do nosso lado agora. Eu vi isso Gina, nos olhos dele – falei suplicante – Eu sinto as emoções dele, sei que se arrependeu, sei que me ama, por favor, dê uma chance a ele.

- Eu concordo – Neville disse frustrado – Todos merecem uma chance de mudar, sei que Dumbledore faria o mesmo.

- Obrigada Neville – sorri em agradecimento – Gina?

- Se ele fizer alguma coisa suspeita, por menor que for, eu vou me esquecer do que você sente por ele, Mady – ela se rendeu, ainda  irritada – Entendeu?

Eu sorri verdadeiramente, aquele era o jeito de Gina de dizer que aceitava ele, que o perdoava.

- Vamos entrar logo? – Luna perguntou, voltando seu olhar para nós.

- Claro – assenti, abrindo a porta.

-*- (play)

As semanas passavam rapidamente, entre reuniões da AD, aulas controladas e castigos constantes. Eu estava preocupada com Harry, Ron e Hermione. O que eles estavam procurando afinal? Que missão era essa que meu avô não me falara? Por que eles haviam invadido o Gringotes? Por que eu sentia que a guerra final se aproximava rapidamente? Estaríamos preparados para ela? Poderíamos vencê-la?

 Eu estava sentada no Salão Comunal, imersa em pensamentos desde que Gina dissera que iria procurar feitiços novos na biblioteca com um feitiço de desilusão perfeito, o céu estava carregado e negro, sem deixar nenhum vestígio da lua aparecer por alguma fresta entre as nuvens densas o que a deixava praticamente invisível.

Eu não sabia quanto tempo estava ali, preocupada demais para perceber talvez, a pequena garota encolhida em uma das poltronas. Assim que me dei conta de sua presença, suas emoções me invadiram rapidamente, deixando-me sem folego por alguns segundos. A garotinha possuía longos cabelos negros e eu sabia que grandes olhos azuis emolduravam o pequeno rosto da menina, a deixando com um ar inocente e frágil. Era Anne, a menina que eu salvara no dia em que fomos descobertos na Sala Precisa.

- Anne? – chamei assim que me aproximei, cautelosa – O que houve?

Ela se virou para mim, seus lindos olhos banhados por imensas lágrimas.

- Por que está chorando? – perguntei cautelosamente, enquanto me ajoelha em sua frente – O que houve Anne?

- M-minha mãe – ela respondeu entre soluços – Ele a m-matou... A culpa é minha... Ele disse que se eu não o obedecesse ele a mataria... Ele cumpriu.

- Se acalme Anne, quem matou sua mãe?- eu perguntei, mas tinha absoluta certeza de quem era o ele que Anne se referia, Voldemort – Por que ele fez isso, Anne?

- A culpa é minha, minha – ela murmurava entre soluços, seus olhos vidrados no nada – Ele avisou, eu desobedeci, ele cumpriu...

Minha garganta parecia se fechar a cada segundo mais, me sentia impotente, sem saber o que fazer diante da menina que soluçava a minha frente.  Eu a envolvi em meus braços, enquanto dizia para ela se acalmar, sofrendo junto com a mesma devido a intensidade de seus sentimentos.

Depois de minutos, a garota parecia ter se acalmado um pouco, algumas lágrimas ainda banhavam seu rosto pequeno, mas ela já não soluçava mais.

- Quer me contar o que aconteceu agora? – perguntei cautelosa, não queria que ela voltasse a chorar.

Anne assentiu, saindo de meu abraço para olhar em meus olhos, respirando fundo e secando algumas lágrimas.

- Eu me chamo Anne Dolohov, filha de um Comensal da Morte e de uma prisioneira, pois era isso que minha mãe era. Eu cresci minha vida inteira com ela, apesar de ser bruxa, ela decidiu viver como uma trouxa, para fugir de meu pai. A única coisa que eu sabia sobre ele era seu sobrenome, apenas isso. Acreditava que éramos uma família normal, eu estudava em uma escola trouxa, tinha amigos e era feliz, mesmo com a ausência de um pai em minha vida.

“Quando eu tinha nove anos, um homem estranho invadiu minha casa. Minha mãe assustada mandou que eu me escondesse no meu quarto e eu fui. Não entendia o que estava acontecendo, mas eu chorava enquanto ouvia os gritos da minha mãe no andar de baixo, mas tava assustada demais pra poder ir lá tentar ajuda-la. Depois de uns minutos, a porta do meu quarto foi derrubada e o homem entrou, não havia sinal da minha mãe e ele estava com um graveto nas mãos. Eu tentei fugir, mas ele me pegou antes que eu pudesse correr atrás da minha mãe e quando eu percebi, não estava mais no meu quarto. Eu tava em um lugar desconhecido, com um homem desconhecido, um homem que havia machucado minha mãe. Quando eu perguntei quem ele era e o porquê dele ter feito aquilo com minha mãe, ele disse que era meu pai e que fizera aquilo porque minha mãe havia fugido dele comigo.

Depois disso, ele me contou sobre a magia e me contou sobre o Lord das Trevas, disse que eu o deveria seguir independente de qualquer coisa, mas eu me recusava, eu nunca tinha visto ele, mas não obedecia meu pai, que sempre me batia por isso. Eu sempre perguntava sobre minha mãe, mas ele nunca me respondia, eu sabia que ela não tava morta pois pouco dias antes de Dolohov invadir nossa casa, ela me deu uma pulseira com um pingente de coração, ele representava que nós duas estávamos bem, mesmo afastadas e quando alguma coisa grave ocorresse com alguma de nós, ele se transformaria em algo.

Quando eu fiz onze anos, recebi uma carta de Hogwarts e eu me senti feliz, finalmente poderia me livrar do meu pai. Ele disse para eu entrar na Sonserina e disse que se isso não acontecesse ele machucaria minha mãe. Pela primeira vez em anos ele falou dela e como para me provar, me levou até um porão, onde ela estava presa e a torturou. Eu gritei para que ele parasse, mas só fez isso quando ela desmaiou e disse que seria bem pior se eu não fosse para a Sonserina. Então eu vim para Hogwarts e Chapéu Seletor me colocou na Grifinória, mesmo eu tendo implorado para ser uma Sonserina. Eu sabia que Dolohov havia torturado minha mãe, e nas férias de natal eu confirmei isso, ela parecia doente e nem me reconhecia mais. Eu chorei todos aqueles dias, era culpa minha ela estar assim. No ultimo dia das férias, Dolohov me levou para uma sala que eu nunca tinha ido, e eu encontrei ele. O Lord das Trevas disse que eu deveria espionar você, deveria descobrir algo se não ele iria matar minha mãe.

Eu estava assustada, não queria fazer isso, mas minha mãe era mais importante, eu precisava salvá-la, então eu entrei pra AD, pra poder espiar você e seus amigos. Mas você me salvou, poderia ter me deixado na Sala Precisa e fugir, mas em vez disso voltou para me buscar, eu vi que seria impossível contar algo sobre você para eles, você era boa demais para ser enganada assim, só de pensar em me sentia suja. Então eu menti, quando me perguntaram onde a AD estava treinando, eu disse que a AD havia acabado, você tinha desistido. No inicio eles acreditaram, mas alguém descobriu que eu havia mentido e contou pra ele.”

Ela levantou a manga de suas vestes, e uma pulseira de ouro estava em volta de seu pulso. Eu me aproximei mais, olhando assustada para o pingente.

Ele havia se transformado em raio. 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam da historia fail da Anne? haha, me perdoem, ficou meio sem noção, mas foi a melhor coisa que eu consegui pensar.
Ah, mais uma coisinha, eu e minha marida postamos uma fic nova ( o que não é muita novidade ), mas dessa vez é uma de terror e sobre os marotos, se puderem dar uma passadinha lá agradeceríamos ^^



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