Mudanças escrita por Ana Botelho


Capítulo 22
Não importa


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem, MESMO, problemas em casa :xx
So, senti falta de alguns leitores aqui mimi, mas fico feliz com os que comentaram ^^
Eu sei que é triste gente, mas lembrem-se a vida é como uma montanha-russa, tem seus altos e baixos (:



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A noite logo chega e o meu telefone toca sem parar e eu sei que é ele, mas não me atrevo a pegar no aparelho e continuo deitada na cama, fraca. Logo o dia está clareando e eu finalmente crio coragem e levanto para tomar um banho, a água escorre pelo meu corpo em movimentos mecânicos termino o meu banho, desço até a cozinha, mas a fome não vem e isso só me faz ficar mais mal ainda, afinal não é nem um pouco facil tirar a fome de Sam Puckett, vou para a sala e ligo a televisão, mas sem realmente ver o que está passando.

O telefone continua a tocar de hora em hora e o dia passa e eu continuo sentada no sofá sem prestar atenção em nada, só querendo esquecer a dor que parece me matar aos poucos. Ouço um barulho na porta e vejo a minha mãe entrar em casa com um sorriso, ela passa por mim falando um oi, mas não se preocupa com o que está acontecendo, porque ela se preocuparia agora?

Levanto-me na querendo ficar na mesma casa que ela e sem falar nada corro porta a fora, o ar frio faz o meu corpo tremer e os meus olhos lacrimejarem, fazendo a vontade de chorar voltar, mas eu não volto para casa e ando sem um rumo certo.

Chego a um parque e observo o céu que começa a escurecer, vejo a lua que mesmo envolta de tantas estrelas continua solitária, será que eu estava destinada a isso? Ser solitária sempre e nunca achar alguém que queria me fazer companhia.

O Freddie queria a sua companhia, minha mente brinca comigo novamente. Não, ele só fez isso por causa da aposta. Você não sabe se isso é verdade, não o deixou contar a história. Que história ele poderia contar? A de que me fez de idiota? Ele não te fez idiota, ele te amo, escute ele. Eu não quero saber do....

- Sam? – ouço a voz dele carregada de magoa nas minhas costas, respiro fundo pensando em fugir, mas essa ideia não me parece boa.

Mesmo me magoando novamente eu não podia negar que quando deixei o meu muro cair aprendi muitas coisas e uma dessas é que fugir nunca vai resolver os seus problemas, porque eles sempre vão te alcançar, mesmo que você corra com todas as suas forças.

– Sam, por favor, me escuta. – o ouço falar e as lágrimas novamente caem pelo meu rosto, eu fui fraca, eu deixei esse sentimento tomar conta de mim e ele me machucou como eu tinha medo que acontecesse, mas mesmo assim eu me viro e sem medo o deixo me ver, cabelos bagunçados, olhos vermelhos de chorar e tremendo de frio. – Sam. – ele diz melancólico tentando chegar perto de mim, mas eu dou um passo para trás.

- Estou te escutando. – falo com a voz rouca por falta de uso e pelo choro.

- Eu fiz mesmo uma aposta, – ele fala de cabeça baixa. – mas é porque eu precisava disso, de uma ajuda externa. Eu nunca conseguiria te falar o que eu sinto se eu não tivesse esse empurrão.

- Então o que você quer dizer é que não sou boa o suficiente para você conseguir falar comigo, que precisa que te pressionem porque se não você tem medo de mim? – pergunto incrédula.

- Não é isso Sam. Eu tenho medo me mim. – ele fala chegando mais perto. – Tenho medo de ser um idiota...

- Bom você é um idiota. – falo o interrompendo.

- Eu sei. – ele bufa e recomeça. – Escuta, eu nunca fui bom com palavras. – ele bagunça o cabelo que agora que percebi não está na ordem de sempre. – Eu não sou homem o suficiente para você, não tenho coragem, sou fraco e nunca conseguiria lhe dizer o que sinto, - a voz dele começa a aumentar. – mas quando eu fazia aquelas apostas com você eu percebia que me transformava em outro, que eu tinha coragem para falar coisas que nunca conseguia. Então eu pensei que talvez se apostasse com alguém que finalmente iria me declarar para você eu teria coragem para fazer.

- Com quem você apostou isso? – pergunto e vejo os olhos dele vermelhos se arregalarem. – Quem mais sabe que eu estava sendo feita de idiota.

- Você não...

- Quem? – interrompo.

- Carly e Gibby, – ele suspira. – mas eles sabiam o porquê disso, sabiam que eu não queria te machucar, que eu te amava. Que eu te amo.

- Você fez uma aposta para falar isso também? – pergunto irônica. – Já que você disse que não tinha coragem o suficiente para falar comigo.

- Não! – ele exclama. – Sam me ouve. – ele pega no meu braço. – Eu te amo e não fiz uma aposta para te pedir desculpa, eu sei que foi errado, mas só assim eu conseguiria ser o homem que você merece.

- E qual é o homem que eu mereço? – pergunto chorando novamente. – O que não tem coragem ou o que mente pra mim? – termino de falar e desvencilho o meu braço da mão dele. – Não importa, os dois perderam a minha confiança. – saio correndo em meio às sombras do parque com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. 


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Notas finais do capítulo

Então? O que você faria???
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