- Freddie. – sussurrei sentindo os lábios dele.

- Sam. – ele sussurra de volta.

- O que está fazendo? – pergunto tentando me afastar, mas sendo impedida pelo seu braço que contorna a minha cintura.

- Eu estou tentando entender o que está acontecendo comigo, estou tentando entender porque você não sai da minha cabeça. – ele fala chegando ainda mais perto, se é que isso é possível. – Me ajude a entender isso Sam. – ele diz rouco e logo depois toma os meus lábios pra ele.

Sua mão aperta a minha cintura e eu lhe seguro pelo pescoço, a dança das nossas línguas fazem meu coração bater mais forte e o ar me faltar, seu gosto, sua forma, seu cheiro, tudo é viciante e me fazem perder a linha do raciocínio. Ele move a mão na minha cintura a subindo até o meu rosto e acariciando-o, me fazendo arrepiar, ele sorri em meio ao beijo percebendo as minhas reações e depois separa nossos lábios com um singelo beijo que deixa um gosto de quero mais.

- Eu preciso de você para entender isso. – ele diz grudando nossas testas.

- E-e-eu... – gaguejo sem saber o que fazer.

Minha cabeça gira tentando assimilar tudo o que aconteceu, será que Carly estava certa, ele realmente gosta de mim? Meu peito sobe e desce tentando controlar a respiração falha e minha bochecha queima sentindo os olhos dele e m mim, mas eu ainda não sei o que dizer, não sei se estou pronta para aceitar isso, pronta para aceitar que nós dois nos gostamos, pronta para ver a minha vida inteira mudar de uma hora para outra.

- Eu não sei. – sussurro me desvencilhando dos braços.

Ouço o meu nome ser sussurrado por ele, mas mesmo assim não me viro, corro dele como se assim pudesse espantar o medo que essa situação está me dando, corro como sempre corri dos meu verdadeiros sentimentos. Eu tinha prometido a mim mesma que não ia mais correr do amor, que iria confiar nas pessoas, mas velhos hábitos são difíceis de largar e o medo ainda é presente como uma velha lembrança.

Não sei como cheguei à casa da Carly, mas eu um minuto eu já estava deitada na cama com lágrimas descendo pelos meus olhos, a vergonha e o arrependimento ardiam em meu peito me testando, me corroendo, mas eu não conseguia sair da cama, não conseguia levantar e fazer o que eu mais queria nesse momento: correr de volta pra ele, dizer que eu ia estar ao lado dele e que nós íamos descobrir esse novo sentimento juntos, mas eu sou fraca e tudo o que consegui fazer foi afundar minha cabeça no travesseiro e deixar as lágrimas escorrerem mais rápidas.