Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 6
Imortalis Amortis


Notas iniciais do capítulo

Ames mio,

Feitiço novo e MUITO fofo, modéstia parte...

Queria agradecer aos comentários fofos que eu estou recebendo. Fico feliz que estejam gostando *-*


Boa Leitura

[Dramioneiros, não criem esperanças]



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SEIS:

As semanas de aulas estão se passando rapidamente, Harry e Rony acham que eu tenho outro vira-tempo, pois estou conseguindo fazer todas as minhas tarefas, ajudar os dois com as deles, e ainda passar séculos na biblioteca fazendo algumas pesquisas para os gêmeos.

Infelizmente não posso contar a eles sobre a Pedra Boa-noite-Cinderela, mas ela está sendo a solução da minha vida. Não tem efeitos colaterais, exceto que o pigmento da pedra me deixa com a boca levemente vermelha, como se eu estivesse com frio, ou de batom.

Já mencionei que estou toda roxa por causa das aulas de esportes? Pois é. E eu ainda estou devendo uma surra ao Lino.

Rony? Bem digamos que ele ficou bem feliz quando eu disse para ele que ele – Ron – era meu melhor amigo, e que o Córmaco só havia grudado em mim por que ele não sabia nada de D.C.A.T. e me pediu ajuda.  Voltamos ao normal.

Harry continua tendo suas aulas com Dumbledore tentando achar um jeito de destruir Voldemort.  Coitado, ele está completamente estressado, eu o tenho ajudado o máximo que posso em tudo, quer dizer, quase tudo já que em poções ele continua sendo o melhor da turma. Se fossem outras épocas, eu já teria brigado com ele, mas ele está muito mal. Motivo? Gina e Dino voltaram.

Rony também passou para os testes do goleiro, com talento e um pequeno feitiço Confundus meu para o Córmaco... Mas isso não vem ao caso. Odeio quando o McLaggen vinha falar comigo se gabando que no quinto ano ele fora parar na ala hospitalar por comer meio quilo de ovos de fada mordente, e que ele ganhou a aposta e blá, blá, blá. Ele não é o que se pode chamar ser ‘ser pensante’.

Hoje seria o grande dia. Seria o jogo da Grifinória contra a Sonserina. Vai ser o terceiro jogo dele. E se antes a auto-estima dele era de elefante entre gazelas agora estava mais para Shrek perto do príncipe encantado.

- Rony, você precisa comer. – eu me sentei ao seu lado.

- Aham. – ele murmurou.

- A Hermione te pedindo para comer? É mano, você tá mal. – Gina disse se sentando ao meu lado.

Eu virei Rony para que ele olhasse para mim. Seus olhos amêndoa-esverdeado caíram sobre os meus. Minha barriga começou a borboletear. Eu gaguejei um pouco e me esbofeteei mentalmente para parar com isso.

- Olha. Não fique nervoso, eu sei que você vai conseguir.

- Por mim eu tinha saído do time. Eu sou a vergonha da grifinória.

- Não é não, eu me orgulho de você.

- Sério?

Foda-se. Eu o amo, e eu irei lutar por ele.

- Sim... Eu sempre me orgulhei de você... Eu... Na verdade...

- Boa sorte hoje Rony. – Lilá passou por nós com um sorriso no rosto.

E lá se foi a minha coragem. O sorriso besta dele surgiu de modo avassalador.

- Vou convidá-la hoje. – ele sorriu fracamente.

- Ah. – eu disse com um sorriso murcho. – vamos Rony, coma algo. – eu desviei meu olhar.

- Hermione tem razão Rony, você deveria comer. – Harry se manifestou se sentando em nossa frente.

Ele passou um copo com suco de abóbora para o Rony.

- Harry está certo, você precisa comer, você parece meio pálido. É por isso que você pingou isso no copo dele? – Luna disse surgindo do nada.

Ela estava com aquela sua cabeça de leão estranha.

Eu e Rony encaramos Harry. Ele deu de umbros e nos mostrou rapidamente o frasco da Felix Felicis.

- Rony, não! – eu disse.

Ele me ignorou e bebeu o conteúdo do copo até o fim.

- Obrigado por tudo. – ele piscou para mim e para o Harry.

Antes de sair ele me abraçou e beijou o alto da minha cabeça. Eu me derreti e me odiei por isso.

- Você poderia ser expulso por isso! – repreendi Harry.

- Não sei do que você está falando. – ele deu seu sorriso zombeiro de lado.

Eu poderia passar mais alguns parágrafos narrando quão perfeito Rony jogou, e o quão foi bom ver a besta da Pansy engolindo seus xingamentos contra o meu Rony. Quando a grifinória pousou em campo todos foram correndo abraçar, beijar e comemorar. E quando eu digo todos, são todos mesmo. Eu forte do jeito que sou – há. Não. – mal consegui me aproximar dos meus amigos. Não me chateei e decidi que depois eu falava com eles.

Girei em meus calcanhares quando senti algo engatar na minha blusa, virei-me e dei de cara com Rony.

Eu abri um grande sorriso e o abracei. Harry em meio a multidão se espremeu até nós e me abraçou também, e durante alguns segundos eu voltei no tempo.

Era eu, a dentuça mandona e sabe tudo. Rony, o ruivo abobado e desastrado. E Harry, o descabelado magrela e simpático.

Alguém puxou Harry para uma cadeirinha humana, e Rony logo depois teve o mesmo caminho. Fui seguindo a multidão e comemorando. Tomei alguma distância da ‘muvuca’ e fui seguindo calmamente para a torre da grifinória.

- Me deixa em paz Pansy! – ouvi aquela detestável voz mais a frente.

Eu intuitivamente me joguei atrás de uma gárgula para não ser vista. Meu coração pulsava firme, se havia algo que eu tinha aprendido, era de NUNCA ficar sozinha com dois ou mais sonserinos.

Pansy murmurou alguma coisa e saiu batendo pé. Malfoy pouco depois saiu correndo e entrou no banheiro feminino, o mesmo onde eu, Harry e Rony havíamos achado a câmara secreta no segundo ano. Silenciosamente, e sem pensar no que fazia saí e trás da gárgula e fui pé ante pé até o banheiro.

Parei ao lado da porta, escondida. Escutei Malfoy... Soluçando?

Eu enfiei minha mão no bolso da minha veste e apertei minha varinha, já como feitiço ‘Protego’ na ponta da língua.

Conforme eu abandonava a segurança da parede de concreto e avançava pelo banheiro eu pude vê-lo. Ele estava sustentando a cabeça com as mãos, seus pálidos cabelos lhe cobriam o rosto e seu peito subia e descia descompassadamente e sua respiração saia ofegante.

- D-Draco? - eu hesitei agora já com a varinha fora do bolso.

Ao ouvir a minha voz ele ergueu os olhos rapidamente e limpou as lágrimas que eu pude ver escorriam ferozmente.

- Vai embora Granger! – ele rosnou.

- Draco, me deixa eu te ajudar. – eu dei um passo à frente. – Por favor.

- Você não pode me ajudar! Ninguém pode! – ele berrou com o rosto se contorcendo novamente.

Seu tom não era mais arrogante e sim desesperado.

Eu andei até ele e fiz um amplo movimento para mostrar que eu havia guardado a varinha. Eu fui até o seu lado na pia e o olhei pelo espelho.

- Draco, eu não sou sua fã, mas quero que você saiba que em tempos como esses, eu não guardo rancores.

Ele fez uma cara de deboche.

- E eu estou disposta a te ajudar.

Ele me olhou, e sua careta de choro aumentou e ele abaixou o rosto. Eu meio atrapalhada levantei seu rosto com a mão. Essa era a primeira vez que eu tocava em Draco sem ser para lhe dar um soco ou algo do tipo.

Eu passei as mangas da minha camisa em seu rosto enxugando o máximo de lágrimas que eu podia. Ele reproduziu o que eu achei ser à sombra de um triste sorriso.

- Você não fica bem chorando.

- Eu fico bem de qualquer jeito Sangue... – ele se interrompeu. – Granger. Desculpe péssimos e antigos hábitos. – ele tentou brincar.

Eu dei de ombros. Alguns segundos se passaram, e ele me analisava atentamente.

- Seria tão mais fácil, se eu odiasse vocês. – ele disse triste.

- Mas você odeia. – eu disse me sentando na pia ao seu lado.

- Não. Não de verdade, e você sabe disso. – ele disse fechando sua cara novamente.

- De agora em diante Draco... Você vai ter que escolher entre o certo, e o fácil. – eu disse limpando outra lágrima que escorria.

Ele chorou mais. Era como se ele estivesse em uma guerra civil consigo mesmo.

- E eu gostaria muito de poder te ter do nosso lado, Draco. – eu murmurei.

- Granger, eu quero que você entenda uma coisa muito importante. E que você sempre se lembre disso.

Eu o olhei.

- Eles pegaram a minha mãe e a torturaram na minha frente. Eles iam me matar. Eles vão me matar se eu falhar. Você entende que eu não tenho muitas opções?

Um arrepio correu meu corpo. Imaginei o que eu faria para não ver meus pais sofrerem. Eu com certeza eu abriria mão da minha felicidade e faria tudo para vê-los salvos.

- Eu te entendo.

- Hermione. – foi a primeira vez que ele disse meu nome – Por favor, não me odeie.

Ele voltou a chorar. Só que soluçando novamente de modo compulsivo. Eu tirei a minha varinha do bolso e peguei ser braço esquerdo.

Ao mais mínimo toque contra seu braço ele se retraiu e arregalou os olhos, juntando a mão junto ao peito.

- Não vou te julgar. – eu disse pegando seu braço novamente.

Ele hesitante e chorando mais do que antes me deu seu braço. Eu desabotoei a manga da sua blusa levantando ela até os cotovelos.

E lá estava ela. A marca negra encravada na carne dele, como se tivesse sido marcada em brasa, sua carne viva e inflamada, de uma aparência repugnante que parecia doer muito.

- Dói? – eu perguntei sem tentar transparecer o meu pavor sobre o que aquilo significava.

- Muito. Arde todo o tempo, e não está cicatrizando. Minha mãe foi proibida de me curar, como punição pela minha hesitação em aderir. – ele abaixou os olhos.

- Asclépio. – Eu sussurrei baixinho, fazendo novamente que a luz arroxeada saísse da minha varinha contornando cada ferimento e o fechando como um zíper.

Ele deu outro sorriso torto de puro alívio. Ergui minha varinha novamente.

- Imortalis Amortis. – eu murmurei sobre o pulso esquerdo de Draco.

Fios finos foram se tramando entre si formando um delicado cordão verde escuro que se prendeu sobre seu pulso.

- É um feitiço de afeição. Enquanto eu me preocupar com você, esse cordão vai existir. – eu toquei o cordão com a ponta da varinha. – sempre que você se sentir mal por causa do que você teve que se tornar, olhe para ele, e lembre que quando isso acabar, eu não vou te julgar. Eu vou estar aqui. E se um dia, sua mãe estiver segura, e você puder lutar pelo lado certo, você será sempre bem vindo.

- E como eu vou te achar?

Eu ergui meu pulso e mostrei um cordão igual ao dele em meu pulso.

- Eles estão ligados. Você vai saber na hora.

Ele não chorava mais, ele estava com um sorriso no rosto.

- Até lá, você se importa em manter segredo? – ele perguntou.

- Se eu contasse ninguém acreditaria mesmo. Aliás, voou muito bem hoje. – eu disse me referindo ao jogo.

Nós sorrimos.


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Notas finais do capítulo

Bem, como ficou curtinho, vou postar logo mais um ^^