Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 7
Don't Fucking Cry.


Notas iniciais do capítulo

THANS


"Jurosolenementequenãovoufazernadadebom*



Aqui estou ^^

Beijo especial para a Minha leitora oficial: HermioneWeasley



Boa Leitura:



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SETE:

Depois de passar alguns minutos rindo com Draco no banheiro feminino decidimos manter segredo, mas pude notar o quão feliz ele estava por poder contar comigo. Sim, ele sempre me odiou como sendo a irritante-sabe-tudo, mas nesses tempos, as pessoas se aproximam e esquecem as pequenas coisas, e Draco viu em mim o que ele não acha em nenhum dos seus amigos, ou comensais, ou familiares, ele encontrou compreensão. Não vou contar ao Harry sobre isso, pois não quero que o Draco acabe se dando mal, ainda mais depois que ele me contou como são as punições dele. Ele com seus 16 anos, já levou nove crucios. NOVE!

Cheguei à torre e os grifinórios ainda comemorando a sua vitória.

Jorge chegou correndo e me ergueu nos braços berrando uma música junto com os outros.

- Jogou voou muito bem hoje! – eu berrei devido a musica alta.

- Valeu! – ele me botou no chão e saiu para abraçar a Cátia.

Eu vi Harry tentando se esquivar da Romilda do outro lado do salão comunal. Eu estava longe e até eu chegar lá Romilda certamente já conseguiria ter beijado Harry, e eu, como amiga da Gina não podia permitir isso.

- HARRY! – berrei.

Ele me olhou aliviado com uma cara de “PELO AMOR DE MERLIN ME TIRA DAQUI!” não pude deixar de rir.

- VEM AQUI É IMPORTANTE! – eu gesticulei para ele.

Ele praticamente saiu correndo. Tenho a leve impressão que a Romilda me deu um Avada Kedavra mental.

Harry se espremeu até mim, chegando com um sorriso no rosto. Eu o abracei.

- Parabéns pelo jogo. – eu disse.

- Valeu Mione. Ah, e valeu por me salvar da Romilda.

- A Gina me mataria se algo acontecesse ali. – eu ri.

- A Gina? – ele me olhou.

Merda Hermione! Você fala demais.

- Eu não devia ter dito isso. – eu imitei o tom que o Hagrid usava quando falava algo que não devia.

Ele riu.

- Cadê o Rony? – eu mudei de assunto.

- Ali no meio daquela roda. – ele revirou os olhos.

Rony estava pulando feito uma criança no natal.

- Eu vou ali falar com ele. – murmurei.

Eu mal dei as costas a Harry quando vi uma cabeleira loira surgir na roda em que Ron estava. Meu sorriso murchou, e praguejei por não tê-la matado antes. Lilá puxou Rony pelo braço e ali mesmo, no meio da rodinha, o beijou. Esses beijos de cinema que se vai enfiando a língua e etc.

Escutei Harry assobiar atrás de mim e agradeci por ele não poder ver a minha cara de choro.

Ao invés de ir até o Rony e a Lila eu passei reto, esbarrando neles sem querer.

- Mione. – ouvi Ron dizer.

- Vai pro inferno. – eu respondi enquanto saia.

Saí dali escadas a baixo. Eu ia ver o Hagrid e tomar um bom balde de chá para me acalmar. Parei na escada do terceiro andar. Minha respiração sufocada e dolorida. Apoiei-me no corrimão de mármore com os cotovelos esticados. Meus olhos ardiam, mas eu estava me recusando a chorar. Minhas pernas fraquejaram e eu me sentei sobre os degraus, completamente desolada. Escondi meu rosto entre as mãos e senti algumas lágrimas quentes e grossas correrem pelo meu rosto. Fechei os olhos.

- Hermione? – escutei uma voz atrás de mim.

Era o Fred, enxuguei as lágrimas rapidamente e me levantei. Vi Angelina atrás dele com os lábios vermelhos, eu certamente estava interrompendo um amasso daqueles, e creio que eles não estavam exatamente indo ver o Hagrid.

Angelina me fuzilou com os olhos.

Engoli em seco.

- Oi Fred. Oi Angelina. – eu abri um sorriso forçado.

- Você está bem? – ele perguntou.

- Sim – eu sorri. – me deu um ataque de alergia, e eu fiquei um pouco tonta, mas já passou.

- Viu Fred, ela está bem. Vamos indo. – ela puxou Fred. – Tchau Mione, fique bem.

Fred puxou seu braço;

- Angelina, eu vou conversar um pouco com ela... Eu te encontro mais tarde ok? – ele sorriu para ela.

Ela afirmou com a cabeça e deu um beijo nele, em minha opinião um beijo nada comportado. Ele enlaçou a cintura dela e finalizou dando um rápido selinho. Ver os dois só me deprimiu mais.

- Fred não precisa, eu estava indo ver o Hagrid, eu estou bem.

- Eu te acompanho até lá. – ele sorriu.

Angelina saiu dali contrariada e querendo o meu pescoço. Fred passou o braço pelos meus ombros e foi me guiando escadas acima novamente.

- Alergia Hermione? Assim você me ofende. – eu não o via, mas sabia que ele estava sorrindo.

- Eu estou bem. – menti.

- O que o Ron te fez? – ele perguntou nas escadas entre o sexto e o sétimo andar.

Eu me lembrei daquela cena, todos comemorando o beijo dos dois.

- Lilá o beijou. – eu senti meu rosto se contorcer e agora eu estava chorando novamente.

Ele sem nada falar, pegou minha mão e foi me puxando pelo corredor do sétimo andar, passamos pela mulher gorda, e eu me perguntei se o Fred iria lá dar um soco na Lilá. Então me lembrei que quem faria isso seria a Gina, o Fred não pode bater em mulheres, infelizmente já que um soco dele a arrebentaria muito mais do que um soco da Gina.

Passamos reto pelo quadro e ele foi me guiando, eu estava com um puta nó na garganta e com muita vontade de chorar. Sabe quando você sabe que se falar vai chorar? Então.

Meio entre soluços presos chegamos em frente a uma parede, reconheci-a como sendo a parede da sala precisa.

Ele fechou os olhos ainda de mãos dadas comigo.

- Costumava trazer a Angelina aqui quando ela estava triste – ele sorriu ainda de olhos fechados.

Conforme ele se concentrava uma porta de madeira entalhada com ferro surgia. Ele abriu os olhos. Eu ainda estava calada, meio sufocada pelo choro. Ele abriu a porta e me puxou para dentro.

Logo ao entrar vi um longo tapete preto, com pufes coloridos, almofadas felpudas e um lustre de cristal no teto, uma janela mostrava a noite escura ali fora. Havia uma mesa de centro redonda com o que parecia ser um aparelho de som trouxa. Ele foi me puxando até um dos pufes, ele caiu ali estatelado e me puxou junto, eu caí ao seu lado com a cabeça no seu obro.

- Se Angelina descobrir que você me trouxe aqui...

- Ah, mas não era aqui que eu a trazia. Tecnicamente eu imaginava uma sala diferente. Normalmente nem era uma sala.

Eu sabia que o que ele imaginava era de um quarto para pior. Mas por questões obvias decidi não perguntar.

- O que você quer fazer? – ele disse afagando meus fofos cabelos.

- Morrer. – disse automaticamente.

- Nem brinque com isso! – ele murmurou. – quem vai fazer as minhas pesquisas na biblioteca?

Eu suspirei.

- Então eu vou escolher. Vamos... – ele fez uma pausa pensativa. – ouvir música!

Eu dei um sorriso tristonho.

- Vamos Mione, apenas feche os olhos e imagine o cd que você quer.

Fechei os olhos.

- Red Hot Chili Peppers? – Ouvi Fred dizer.

Abri os olhos e vi que o CD que eu havia imagina tinha se materializado na mesinha.

- Que nome mais escroto para uma banda.

Revirei os olhos.

Era o CD que eu havia mostrado ao Harry e Ron quando eles foram dormir lá em casa pela primeira vez, um CD que eu mesma gravei na época em que estava viciada por esta banda.

Ele botou o disco no aparelho de som. Ele parecia familiarizado com o aparelho, deduzi que Harry houvesse lhe dado algumas aulas.

Começou a tocar Dani-California. Eu estava atirada em um pufe imersa em boas lembranças, nostálgica e distante. Senti que Fred havia pegado minhas mãos.

O olhei confusa. Ele com um movimento puxou-me para cima me forçando a ficar em pé, não fosse por ele ter pego na minha cintura eu teria sido arremessada para o lado contrario da sala. Ele começou a se balançar no ritmo da musica e começou a movimentar meus braços. Ele dançava completamente desengonçado como se fosse um vovô dos anos cinqüenta.

Eu sorri para ele. Não tinha como ficar triste perto dele. Aos poucos comecei a dançar também como se estivesse nos anos 50. Ele pegou minha mão e me fez girar, isso ainda acompanhando o ritmo da música com um balançar de pernas.

- Lookin' down the barrel of a hot metal 45, just another way to survive… - eu cantei junto com a música, enquanto ríamos.

Cantei o refrão com maestria e seguimos com o nosso baile particular.

- Se alguém perguntar, nós estávamos treinando para o baile. – ele disse enquanto fazia o que me pareceu um passo de tango.

Eu gargalhei.

- Se você dançar assim no baile, eu acho que eu me jogo da torre de astronomia. – respondi.

- Então temos que treinar mais. – ele sorriu.

- Bem, não acho uma boa idéia. Acho que a Angelina pode se irritar e ao invés de me dar um soco, me lançar um Crucio no meio da cara.

Ele riu.

- A Angelina anda meio estranha comigo. – ele apertou a boca e apertou as pálpebras esquerdas fazendo uma semi-careta.

Olhei para o seu pescoço que tinha uma marca roxa mal escondida pelo cachecol.

- Uhum... Quem me dera eu me desentendesse assim com o Rony. – ironizei.

Ele riu. Ficamos ali mais alguns minutos, conversando, cantando, ele sentado ao meu lado. Ele era como um patrono para a minha tristeza. Ela não conseguia se aproximar quando ele estava por perto. O disco por fim acabou e a sala ficou silenciosa.

Olhei no relógio redondo que tinha na parede.

- É melhor irmos andando.

Ele concordou e foi me puxando para a porta.

Saímos da sala olhando para os lados, para ver se ninguém havia nos visto.

- Jogou muito bem hoje – eu disse me virando para olhá-lo de frente.

-Muito obrigado senhorita, mas se quiser autógrafos tem que falar com meu agente. – ele murmurou.

Eu dei um soco em seu braço.

- Vamos? – ele me deu o braço.

Eu fiquei parada em meu lugar.

- Eu tenho que passar na biblioteca, um resumo para a amanhã de DCTA.

Ele suspirou e deu de ombros.

- Boa sorte com a Angelina. – eu sorri.

Ele me abraçou e eu retribui.

- Nos vemos mais tarde. – ele disse.

Ele deu de costas e saiu pelo corredor até a torre da grifinória. Eu esperei até ele sair de vista e me senti mal por mentir para ele. Eu não fui a biblioteca ao invés disse meus pés me levaram para as escadas da sala de poções – não me pergunte o motivo, meus pés são meio chapados e costumam me levar para lugares aleatórios.

Eu me sentei ali nas escadas e desabei a cabeça sobre meus joelhos. E fiquei ali pensando sobre tudo. Comecei a cantarolar uma música trouxa da Adriana Calcanhoto a qual o nome eu não lembro no momento.

- Hermione. – ele me chamou. – Você está bem?

Eu ergui meus olhos e vi aquele par de olhos verdes me encarando por trás dos oclinhos redondos.

- Oi Harry. – sorri. – estou sim.

- Eu fiquei te procurando que nem louco, não te achava no mapa. – ele disse se sentando ao meu lado.

- Ah, eu estava na Sala precisa com o Fred.

Ele me olhou de canto de olho e sorriu maliciosamente.

- Mione, Mione, ele tem namorada. – ele riu.

- Não é nada disso! Eu estava meio mal, e ele foi me animar. – eu o olhei. – e tudo sem quebrar nenhuma regra. – acrescentei antes que ele pensasse que Fred havia feito um strip ou algo assim.

Ele riu.

- Mione. – o tom dele se tornou mais sério. – Você gosta do Rony? – ele perguntou cautelosamente como se eu pudesse explodir.

Eu pigarreei forte e me engasguei com a minha própria saliva.

- Eu... bem...

Eu ia inventar uma mentira e negar até a minha morte, quando Harry me olhou por cima dos óculos, um olhar de sabe tudo. Um olhar que só ele e Dumbledore conseguem fazer. Aquele olhar: “Não negue, eu sei mais do que você imagina.”

- Ok. – eu desviei o olhar. – eu gosto.

- Hm. – ele murmurou e ficou quieto.

- E você tinha contado para o Fred? – ele falou com uma pontadinha de ciúmes. Afinal ele era meu melhor amigo e não o Fred.

- Na verdade, ele descobriu. Eu não contei para ninguém. – eu o olhei. – Você é a primeira pessoa para quem eu conto isso. – acrescentei esperando que ele entendesse o quanto ele significava para mim.

Ele meio que ruborizou.

- Bem... Hã... Eu acho então que é por isso que você não gosta muito da Lilá. – ele disse mais para si mesmo.

Eu suspirei. O Harry era um amor de pessoa, mas não tinha tato algum. Só ele mesmo para mencionar o nome da dita cuja em uma hora dessas quando eu estou a um passo a me dar de comida aos explosivins.

- É Harry, é por isso. – eu murmurei.

- Bom, eu acho que você combina muito mais com o Rony do que ela. – ele disse meio sem jeito.

Eu dei um triste sorriso.

- Eles ainda estavam ficando quando você saiu do salão para me procurar? – eu perguntei.

Ele ponderou e escolheu cada palavra.

- Bem, acho que sim, eu não observei direito. – ele disse diplomaticamente.

Meu rosto se contorceu um pouco e tive mais uma pontada no peito.

Harry ia abrir a boca para me consolar, mas não sabia exatamente o que dizer. Eu entrelacei nossos dedos e dei um sorriso triste.

- Como você se sente quando vê a Gina com o Dino? – eu olhei para o teto buscando segurar as lágrimas.

Ele suspirou baixo. E balançou a cabeça como se ele compreendesse o que eu sinto, afinal ele sabia como eu me sentia, melhor do que ninguém.

Risadas histéricas ecoaram pelo corredor em que estávamos e eu levantei o rosto para ver quem era. Eu nunca tive tanta vontade de morrer. Lilá estava grudada no Ron meio que saltitando de costas olhando para ele, e ele abestado olhando para ela. Lilá olhou para frente e oscilou o olhar entre eu e Harry.

- Opa, parece que aqui já está ocupado. – ela riu.

Rony viu que eu e Harry estávamos ali e abriu um semi sorriso.

- Legal esses pássaros. – ele murmurou apontando para os MEUS pássaros de papel.

Eu me levantei, entre furiosa e com coração sangrando.

- Oppugno! – eu gritei acenando a varinha como se ela fosse uma espada.

Os meus delicados pássaros que flutuavam em sincronia fizeram um leve zunido e todos se lançaram contra Rony. Rony infelizmente foi rápido e ao invés deles acertarem a cara do Rony – podendo ter arrancado um olho, ou quem sabe atravessado o crânio – eles se espatifaram na parede atrás dele.

- Você é doida! – ele gritou saindo de mãos dadas com a Lilá que observava tudo aquilo com seus grandes olhos arregalados.

Observei os dois irem embora. Eles mal saíram da minha vista e eu desabei sentada ao lado do Harry. Ele fraternalmente me abraçou e beijou o alto da minha cabeça. Eu tive vontade de morrer.

[N/A: Capítulo que eu dedico a todos os lindos que estão lendo a fic, beijos 'A la Phelps' para vocês]



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Notas finais do capítulo

Agora durmam bem.



*Malfeitofeito*