Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 57
Happy new Year


Notas iniciais do capítulo

*Jurosolenementequenãovoufazernadadebom*
Olá pessoas... Não reperam a viajada que eu fiz nesse capítulo, ficou horrível, mas já já melhora.
Seguinte: Vou demorar um pouco mais para postar o próximo capítulo. Bem, a razão é que vou ter que fazer muito bem feito, e para isso vou ter que reler um capítulo do livro. o problema eu sei que eu vou me empolgar e vou acabar de ler o livro... Mas postarei o mais breve possível.
Fiz bem comprido para vocês aproveitarem *u*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/159992/chapter/57



CINQUENTA E SETE:


[N/A: Beijos para Cereja Envenenada s2, DannyCullen (e seu micro review), Blue Cupcake, Loho, Vivi Coelho, Lily_pwg, Marily di Angelo (VAI NICO!), Catherine Wright, aluadiny e MarinaWeasley... Muito obrigado pelo carinho e pela paciência]

[N/A2: Sim senhoras, Orlando estava MARA, mas perguntem para a amiga que foi comigo, eu não parei um segundo de pensar nas minhas leitoras lindas, e tudo lá me dava idéias esplêndidas para a Fic *-*]


Abri os olhos, relutante. Tinha medo de abrir os olhos e voltar a ver insetos saindo de minha pele, cadáveres pelo chão, sangue pelo meu corpo ou garras fétidas arranhando a minha pele.

Tomei ciência de um par de braços me acolhia, protetoramente, enquanto uma respiração quente batia contra meu rosto. E o cheiro de almíscar com maça verde me inundou. Como uma onda fresca em um quente dia de verão.

– Fred? – chamei insegura. Tinha sonhado tantas vezes com ele, tantos pesadelos e delírios, que estava certa que a qualquer momento algo horrível iria acontecer.

Lentamente, os braços se estreitaram ao meu redor, como se ele estivesse se espreguiçando ao contrário. Ele afastou o rosto de mim, apenas o suficiente para que me permitisse ver seu rosto.

Sorriso besta e um ar juvenil de quem acaba de explodir uma bomba de bosta em cima do velho Filch. Era o velho Fred. Não o bruxo responsável da Ordem que está no meio de uma guerra. Era o Fred criança que brinca de arremesso de gnomos com o gêmeo no jardim.

– Oi. – ele murmurou abrindo seu sorriso mais ainda. – como está se sentindo.

Meu corpo doía, eu tinha vontade de vomitar, estava tonta, minha perna latejava, eu estava morrendo de fome, e tinha a sensação de que eu tinha ouriços venenosos cravados pelo meu corpo.

– Bem. – menti. – onde estamos?

– Na casa do Gui e da Fleur. – ele disse ainda me abraçando – que também é a sede da Ordem.

Balancei fracamente a cabeça.

Péssima idéia.

A náusea pareceu tomar força e eu tive certeza que iria vomitar. Ergui a cabeça rapidamente, respirando fundo e olhando para o teto, tremendo um pouco e tentando me controlar.

– Você está bem? – o rosto dele era agora preocupado.

Acenei fracamente com a cabeça, ficando nessa posição, até que finalmente a náusea cedeu.

– Pronto, só preciso de um dia ou dois para me recuperar. – eu disse sentindo minha perna gritar em protesto. Parecia que ela gritava “Dois dias é a bunda do macaco, eu estou de recesso de uma semana no mínimo!”

Ignorei a dor. Sinceramente, essa dor física me parecia como cócegas comparadas aos delírios que presenciei nessa ultima semana.

Semana. Engraçado, para mim parecem ter se passado meses desde que eu briguei com Harry e Rony e fugi para casa da Liza.

– E os garotos? – eu disse preocupada. – e Draco? Luna? Como estão todos?

– Todos bem. – ele disse tranquilizadoramente – você é a que está empiores condições.

E então minha memória começou a trabalhar. Bellatrix surtando pela possibilidade de entrarmos no cofre dela, o sonho se tornando realidade, Voldemort com conversas esquisitas e...

– Dobby… - eu disse engolindo em seco, sem ter certeza se era mais uma alucinação. Infelizmente algo me dizia que não. – ele... Ele nos salvou não foi? E então...

Fred pareceu à beira de um colapso nervoso.

– Eu pedi ajuda à ele, já que barreiras não funcionam para elfos... Mas na hora da fuga... – Fred encarou seus sapatos, e mexeu suas mãos inquietamente. – Foi minha culpa.

Se tratando do Fred, eu sabia que nada do que eu falasse diminuiria a culpa dele em relação do elfo. Sendo assim, apenas o abracei – movimento que fez com que minha coluna reclamasse tão alto quanto a minha perna – e deixei que sua cabeça pendesse pesadamente sobre meu ombro, enquanto um silencio mortal se fazia.

– Eu gostava mesmo dele. – murmurei.

– Lutou bravamente, até o fim, como um elfo livre.

***

– MIONE!

Catabum! Mal acabei de descer as escadas e Harry, Rony e Draco estavam em cima de mim, me abraçando e me apertando,tornando a poção que Luna me dera contra dor, praticamente inútil. Mas não vou mentir, eu estava mais do que alegre por ter aqueles coisos perto de mim novamente. Todos em segurança.

– Cerrrto, agorrra soltem a garrrota! – Fleur disse batendo palmas – vão acabarr mantando Ella desse jeito... Cheri, que bom que melhorrou.

Assim que Harry finalmente me soltou, e eles me ajudaram a me levantar do chão, fui dar um abraço em Fleur, que estava com vestimentas simples e brancas, um simples coque de cabelo, e algumas mechas platinadas caiam rebeldemente.

Ainda assim, a encarnação da beleza.

Ela me abraçou delicadamente, mas com firmeza, sorrindo abertamente ao me ver de pé.

Ela e Luna prepararam algumas poções para mim. Nenhuma delas com gosto bom, mas cá estava eu, nem um dia tinha se passado e eu estava bem.

Gui também veio entusiasmado me abraçar. Apertou-me até tirar meus pés do chão, me dando um estalado beijo na bochecha.

– Bem vinda de volta. – ele disse me colocando no chão. – e feliz ano novo.

E foi então que me dei em conta que todos estavam de branco. Gui com um suéter branco, posso apostar como foi a Sra Weasley quem tricotou. Rony com uma camiseta de manga curta, que modelava seus braços definidos. Harry com uma blusa parecida com a de Rony só que um pouco mais larga e com gola em V. Já Fred usava uma blusa social extremamente elegante, com seus cabelos ruivos alinhados, uma calça jeans que contrastava com o branco e um all star mais surrado que a minha mente. Detalhe, ele era vermelho berrante. Quase não se destacava em meio a todos de branco.

Fomos para a sala, todos festivos e alegres. Eles tinham passado na toca mais cedo, e todos estavam bem.

Tinha sido um bom começo de ano... Eu acho...

Jantamos. Lasanha a bolonhesa, com batata palha. A refeição ideal de um bando de adolescentes esfomeados. Fleur sabe cozinhar muito bem diga-se de passagem.

A lasanha estava fumegante, mas isso não impediu nenhum Weasley de enfiar pedaços e pedaços na boca.

– É o lema... – eu disse sorrindo – Antes queimaduras do que morrer de fome. – eu disse me lembrando da primeira vez que ouvira esse lema. Quando eu fui passar um final de semana na casa dos Weasley. Também lembro da idéia dos muffins instantâneos de Jorge: encher a boca de massa, e enfiar a cabeça no forno para assá-los.

Comecei a rir. Só me dei em conta do quão escandalosamente eu ria, no momento em que os gemidos de dor, devido ao calor excessivo da comida, cessaram.

– Hermione? – Fred disse em um tom levemente preocupado. Fleur e Luna começavam a rir da minha risada.

Aquilo apenas me fez rir mais ainda.

– Eu acabei – risadas escandalosas – de me lembrar – pausa para respirar e limpar as lágrimas - Muffins instantâneos... E queimaduras de terceiro grau também.

Estava feito o escândalo. Eu praticamente chorava de tanto rir. Antes que eu pudesse me acalmar, ou que pudessem dizer qualquer coisa em meio às risadas que explodiam pela mesa, palmas fortes ecoaram na porta da sala.

– Que absurdo! – a voz familiar chegou até mim – Lino, quero ela presa por plágio!

– Vou garantir que ela pegue cadeira elétrica! – outra voz extremamente divertida ecoou pela sala.

– Jorge! Lino! – Luna disse se levantando estrondosamente e correndo até eles. Apenas esbugalhei meus olhos.

Não conseguia acreditar que eles estavam ali.

Ambos meio magros e surrados, mas com um sorriso na cara que iluminava até a minha alma.

Abraços, beijos, cumprimentos, passados o choque inicial – e depois dos dois garoto s mortos de fome acabarem com o que sobrara da lasanha – começamos a conversar.

– Por que Gina não veio? – Harry quis saber.

– Como está Lilá? – Rony seguiu o exemplo do moreno, quase segurando Lino pelo colarinho.

– Estão todos bem. – Jorge disse tranquilizadoramente – só que eles resolveram passar as férias no colégio.

– Ao que parece, as namoradas dos senhores, andam treinando alunos novatos na sala precisa, e socorrendo outros casos mais graves.

– Casos mais graves? – foi Draco quem deu voz aos meus pensamentos.

– Semana passada, um garoto do quarto ano foi torturado e depois jogaram ele sangrando no meio da floresta proibida. – Lino disse em tom sério – Felizmente Lilá fez um acordo de paz com alguns centauros do lado oeste da floresta, e com a ajuda deles elas conseguiram ir lá resgatar o pobre coitado.

– Que horror... – Luna disse com os olhos azuis oscilando entre Jorge e Lino. – Mas elas estão bem? Não foram descobertas?

– Não, com elas está tudo bem, mas a sala precisa está transbordando de gente. – Jorge disse abrindo um sorriso para mim – e você hein? De volta dos mortos?

– Pra variar... – eu dei de ombros.

– Pior que é... to pra ver garota que fica mais machucada do que a Hermione. – Lino disse pensativo.

– Por que será né? – eu disse revirando os olhos.

– E sempre sobra para mim ir lá salvá-la – Fred disse inclinando-se para mim e apoiando o queixo no meu ombro.

Lancei um olhar gelado para eles.

– Fred, licença que a conversa ainda não chegou em você... – eu disse dando um tapinha na sua bochecha.

– Chamou! – Lino provocou.

– Disse que o pai faz torta! – Jorge cobriu a boca.

– Eu não deixava hein. – Harry disse rindo.

Em um movimento inesperado, Fred me jogou para fora da cadeira, fazendo-me rir mais ainda. Ele ficou por cima de mim, me prendendo com suas pernas.

– E agora, a conversa chegou em mim? – ele disse com um sorriso sedutor me prendendo contra o chão.

Com um movimento rápido, usei minhas pernas livres para impulsionar meu abdômen, desequilibrando o ruivo, jogando-o no chão, rolando em cima dele e prendendo-o rapidamente com minhas pernas, e segurando suas mãos com o peso do meu tronco.

– Não ainda não chegou em você. – eu disse sorrindo mais ainda, ignorando por completo a dorzinha chata em minha perna.

– Bom, aqui podemos ver claramente quem é o macho alfa da relação... dica: não é o Fred. – Lino provocou.

Todos rimos. Eu liberei Fred,e ajudei-o a se levantar.

– Ah, Lino... Eu estava com tantas saudades - eu disse contornando a mesa até ele, enganchando meus braços ao redor do seu pescoço, e apertando-o. – Luna, sabe o que agente devia fazer?

Luna leu o que se passava na minha cabeça e se levantou bruscamente.

– MONTINHO!

Pronto, lá estávamos nós, todos em cima de Lino, que tinha sido derrubado e estava estatelado no chão.

Ele gritando feito uma mulherzinha, eu rindo tanto que meu estômago chegava a doer, e Fred em cima de mim rindo gostosamente, e gritando para que Gui deixasse de ser chato e pulasse também no montinho.

– Eu sinto que Lino só será feliz depois que você der aquele pulo em cima dele! – Fred dizia rindo.

Gui tomou impulso e se jogou em cima de nós. Ouvi o gritinho rouco de Fleur que estava no topo.

– Eu vou te castrar Fred, sério... – Lino disse esmagado.

Quando finalmente resolvemos sair, Lino dizia que tinha quebrado duas costelas, e praguejava, dizendo que ia castrar Fred, como forma de castigar não só a ele, como a mim.

Tiramos no palitinho quem iria lavar a louça.

Eu e Gui ganhamos.

Após um rápido concurso de arroto, no qual Rony ganhou, com Jorge em segundo, catei o ruivo relutante pelo colarinho e fomos para a cozinha.

– Isso não é nada – Luna disse vermelha de tanto rir – meu pai me ensinou a arrotar o alfabeto.

Eu e Gui chegamos na cozinha, e paramos de escutar depois do ‘G’.

– Eu seco. – ele disse correndo até o pano de prato.

– Eu acabo de sair de um coma-semi-morte-insanidade e você vai me fazer lavar toda essa louça? – chantageei fazendo a cara mais manhosa que consegui.

– Sim. – ele disse dando de ombros. – você estava bem o suficiente para quase matar Lino soterrado.

– Vou contar para Fleur... Vou fazer com que você durma no sofá por semanas. – eu disse estreitando os olhos.

Ele abriu a boca, logo em seguida tornando-a a fechar. Fez isso umas três vezes.

– Pirralha do inferno você, hein? – ele disse jogando o pano de prato no meio da minha cara, enquanto eu ria mais um pouco.

Ele riu também, colocando o par de luvas amarelas de borracha e apanhando a esponja como se quisesse estrangulá-la.

– É bom te ter de volta. – ele disse começando a lavar um prato. – Ah propósito, eu achei isso. – ele me jogou o anel dourado em forma de gato que Fred reformara e me dera quando me pediu em namoro. Achei que o tinha perdido.

– NÃO ACREDITO! – eu gritei. – ah Gui, obrigada – eu o abracei e me afastei logo em seguida, voltando a secar a louça. Só que com um sorriso muito maior na cara

– E esse coração ai? É sério o negócio com o meu irmão? – ele disse me passando o prato.

– Mais sério do que o Snape tirando pontos da Grifinória.

– Vocês pretendem casamento, ou algo assim?

Isso foi um chute no estômago. Veja bem, não é que eu não goste de casamentos, mas no momento, casamento parece ser a mesma coisa que grudar um alvo na testa do Fred. E mesmo depois que tudo isso passar, não sei se vou querer casar logo de cara. Queria poder aproveitar um pouco a vida, viajar...

– Não sei... Só tenho 17 anos... Ainda quero fazer muita coisa. – eu disse pensativa.

– Você pode fazer essas coisas quando casada. – ele deu de ombros. Sequei mais um prato e coloquei-o no armário.

– Sabe, há um tempo, eu era contra casamento. Ter vida de esposa, cuidar da casa, dos filhos, blá, blá, blá... Não é uma vida que eu ache que vá servir pra mim.

– Hm. – ele disse pensativo, esfregando um copo – eu pensava assim.

– E é como se prendessem algemas em você? – eu disse voltando meus olhos para os olhos amendoados do ruivo, não deixando de reparar, suas cicatrizes profundas em seu rosto.

– Não. É a mesma coisa, só que oficializada. Acho que morar junto deve ser mais impactante do que casar, por que para mim, foi apenas um pedaço de pergaminho que eu assinei.

Digeri as palavras dele enquanto guardava alguns copos.

– Mas, agora que você oficializou, todos vão saber que o meio mais rápido para te atingir, é machucando a Fleur. – eu disse com o olhar desfocado.

Um longo silêncio se fez.

Pelo visto ele não tinha pensado por esse lado. E agora tinha nos olhos, um olhar perturbado. Quis voltar atrás e enfiar as palavras dentro da minha boca novamente.

– Se bem que a emoção de dizer ‘sim’ no altar deve ser indescritível. – eu disse tentando mudar o foco dos pensamentos dele.

Fleur nunca me perdoaria se Gui se afastasse dela para tentar protegê-la.

– Ah sim. – ele disse aparentemente esquecendo sobre o que falávamos antes, seu rosto se iluminando com um sorriso aberto que mostrava todos os brilhantes dentes do rapaz. – foi como se nada mais existisse. Como se tudo ficasse em branco e só existisse ela. Tudo ficou bem.

– Own, que coisa mais fofinha... – eu disse rindo.

– Meu irmão te influenciou demais. – ele jogou espuma em mim.

Ri e me retraí com a espuma na minha cara. Enfiei a mão debaixo da torneira e joguei água no rosto dele.

E dali só piorou. Ele jogou farinha em mim, eu continuei molhando ele, até que finalmente ele me derrubou no chão, subiu em cima de mim, enquanto melecava minha cara com uma geléia que parecia ser de Damasco. Muito boa por sinal.

Eu gritava e tentava retribuir passando geléia nele, mas ele era muito maior.

– O que está acontecendo aqui? – uma voz soou atrás de nós.

Gui jogou a cabeça para o lado, tirando a franja molhada com geléia dos olhos e focalizou no ruivo parado na porta.

Estiquei meu pescoço para poder vê-lo direito também.

– Estou interrompendo algo?

– O que? – eu disse rindo – Ora, Fred. Não seja ridículo.

Achei patética a idéia de Fred ter ciúmes de mim, com o Gui.

Se bem que, para quem olhasse de fora, aquilo estava realmente bizarro. Gui em cima de mim, eu gritando e rindo ao mesmo tempo, ele próximo demais do meu corpo... Mas hey, era o Gui!

Gui meio que leu as feições do irmão, e tratou de sair de cima de mim, me ajudando a me levantar.

Fred abriu a boca, mas eu fui mais rápida e praticamente enfiei minha mão na sua cara.

– Olha o que o Gui achou! – eu disse entusiasmada. – O anel que você me deu!

Ele pareceu tranqüilizar-se e abriu um sorriso.

– Que legal.

– Você me pediu em namoro com ele lembra?

Fred riu.

– Lembro. Como eu poderia esquecer? – ele revirou os olhos. Ele veio me abraçar, mas eu dei um passo para trás.

– Amor, sério, eu estou com farinha, geléia, espuma, e deus sabe mais o que. Você tem certeza que vai me abraçar?

Nessa hora Lino brotou do além.

– Poxa... Por que você insiste em me manter fora das surubas Hermi... Cre-deus-pai, o que fizeram contigo? – ele disse esbugalhando os olhos. – Geral, corre aqui na cozinha, fetiche de comida rolando solto! – ele gritou.

Que vontade de pular no pescoço daquele infeliz. Não deram dois segundos, todos correram para lá e observavam o meu estado deplorável.

– Hermione... Que safadeza é essa hein? – Jorge disse em tom de falsa repreensão.

– Pois é Jorge, é eu te ver que meu lado analista aflora. – eu me abanei e revirei os olhos.

– Eu causo esse efeito nas mulheres.

Todos riram.

– Não só nas mulheres, seu delícia – Lino passou o dedo sedutoramente pelo rosto de Jorge, fazendo com que todos ríssemos mais ainda.

– Cheguei a ter uma ereção. – eu disse rindo.

– Eu tive duas. – Luna disse levantando os dois braços, simulando duas ereções.

– AAH! – Lino gritou do nada.

Paramos e olhamos para ele.

– Fujam grotas, enquanto os gêmeos ainda não corromperam vocês por completo! – ele dramatizou, esticando a mão e fazendo uma careta de dor.

– Tarde demais Lino, eu já malicio uma banana. – eu disse esbugalhando os olhos e usando um tom de urgência.

– NÃO! – ele caiu de joelhos – FRED SEU MISERÁVEL, TU ME PAGA!

O escarcéu se fez, enquanto todos riam. Draco coitado estava quase roxo.

Nesse clima bom, Gui e eu ignoramos a louça que faltava – uns dois ou três pratos – e fomos para a sala, jogar baralho.

– Vamos jogar dorminhoco! – Harry disse.

– Mas com batom! – Luna completou.

Dorminhoco para quem não sabe, é um jogo de cartas [AVÁ] em que o perdedor tem que pagar alguma prenda, normalmente é levar uma rolhada na cara. Se bem que sujar os garotos de batom parecia ser bem mais divertido.

– Pérrfeito! – Fleur disse rindo – Hérmione querrida, pegue no meu quarrto o baton vérrmelho.

– Pode deixar. – eu me levantei, livrando-me dos braços de Fred que estavam ao meu redor e corri escadas acima.

Peguei o tal batom, que estava sobre a penteadeira, e me dirigi novamente para a sala. Fiz uma rápida pausa no banheiro, tirei a meleca que Guia havia feito na minha cara, e massageei ao redor no machucado em minha perna que começava a reclamar novamente. Sentada na privada, eu apertei meus olhos, sentindo a dor aumentar.

Por um instante tive um medo anormal de um canto sombrio do corredor. Como se dali fosse se levantar demônios fétidos, aqueles que eu tive que conviver nos últimos dias.

Comecei a ficar ofegante, e como meio de me manter presa à realidade, apertei mais minha perna.

– Hermione. – uma voz veio da porta do banheiro. Abri os olhos, e lá estava ele. Meu ruivo, olhos dessa vez escuros, e o fantasma de um sorriso no rosto.

Forcei um sorriso, e respirei aliviada de tê-lo ali.

Ele adentrou o banheiro, e se abaixou na minha frente.

– Minha perna, está doendo um pouco. – eu disse, observando os olhos do ruivo fixos agora na minha perna.

Ele sacou sua varinha e murmurou um feitiço. Foi como se agulhas mornas adentrassem minha pele e largassem uma substância lá dentro. Senti meus músculos relaxarem e a dor ir embora.

– Melhor? – ele focou seus olhos profundos no meu rosto.

Lancei um rápido olhar para o escuro e me certifiquei que não havia nada lá.

– O que foi?

– Só um pouco assustada. – eu dei de ombros. – nada de mais. – eu disse brigando mentalmente comigo por ser tão medrosa.

– Sabe Hermione, poucas pessoas foram torturadas por Você-sabe-quem em pessoa, e conseguiram se recuperar em horas, ainda lavar louça e contar piadas. Até ontem você estava sendo torturada. Tudo bem se você ficar assustada.

– Você não ficaria assustado. – eu disse me sentindo ridiculamente infantil.

– Mione, querida, eu já teria morrido há uns três dias trás. – ele disse com um riso seco.

Engoli em seco, tomei o rosto do ruivo nas mãos e juntei nossos lábios. Quantos anos se passaram mesmo desde a última vez que eu o beijara?

Nossas línguas se emaranhavam enquanto eu corria com meus dedos pelos seus cabelos sedosos e estupidamente ruivos. Apreciava o gosto dele, como um cão sedento de água. Ele tentava ser delicado, mantendo as mãos no rosto, acariciando meus cabelos, e vez ou outra mordiscando meu lábio rapidamente.

– Senti sua falta. – ele disse pegando na minha mão.

Apenas sorri em resposta enquanto um saciava a sede na boca do outro. Senti como se o beijasse pela primeira vez novamente, borboletas começavam a se formar no meu estômago e a voracidade começava a tomar urgência.

Por que eu estava preocupada mesmo?

O que ainda tinha de delicadeza nele se foi, enquanto um movimento rápido se fez, e em alguns segundos estávamos de pé, ele me prensando contra a parede, seus lábios traçando uma trilha voraz de beijos pelo meu pescoço, enquanto eu começava a me sentir envolta em uma névoa de prazer e fome, e saciava o meu desejo de finalmente poder bagunçar os cabelos do ruivo. Eu precisava dele, e não sei como sobrevivi tanto tempo longe dele.

O nosso ar se mesclava na respiração um do outro, e aos poucos se esvaia, meus pulmões reclamavam e eu tinha ciência da falta de ar, mas eu simplesmente não conseguia me separar daquele ruivo.

– Hermione! – a voz do Rony ecoou das escadas.

Fred e eu pulamos, e nos separamos rapidamente e ofegantes como se tivéssemos acabado de completar a travessia do lago negro.

– Eu mato o Rony, sério. – Fred disse olhando para o teto e soltando um longo suspiro, abrindo um sorriso simples.

– Já to descendo! – eu disse não me agüentando e rindo também.

– Já estamos descendo? – Fred fez beiço, e voltou a aproximar seu corpo do meu, passando os braços ao redor da minha cintura.

– Sim nós estamos. – eu disse sorrindo e dando um selinho nele.

– Não... – ele manhou, emendando o selinho em um beijo de me tirou o ar dos pulmões e enviou descargas elétricas pelo meu corpo.

Suas mãos na minha cintura faziam com que meu ventre se remexesse, e a sensação de ter um estouro de antílopes dentro de mim era violenta. Sem falar no meu peito que chegava a doer, enquanto meu coração congelava enquanto batia tão forte que eu era capaz de senti-lo na minha boca.

CREC.

– Olha a safadeza! – A voz de Lino irrompeu logo depois o estrondo.

Eu praticamente voei para longe do Fred, enquanto minhas faces tomavam um tom escarlate e eu tinha vontade de me afogar, tamanha vergonha. Isso sem contar no susto que me fez pular violentamente.

Acho inclusive que deixei meu estômago cair em algum lugar... Se alguém achar, ele é rosinha, meio molhado, e é fundamental para a minha sobrevivência. Favor devolver.

Fred apenas mordeu o lábio e soltou uma risada, espalmando a mão nas costas do amigo.

– Ah Lino, eu senti sua falta! – ele disse em uma mistura de ironia, raiva e divertimento.

Lino fez uma careta de dor devido ao tapa.

– Notei. – ele disse rindo. – Vocês dois hein... Mas eu entendo. – Lino disse agora em um tom sério – há semanas sem se ver, a necessidade aperta, querem logo tirar o atraso...

– LINO! – Eu disse ainda mais vermelha, mas não podendo deixar de sorrir fracamente.

– Vai pro inferno. – Fred disse ainda rindo.

Lino andou até mim e colocou os braços ao meu redor.

– Mione querida, você ainda me deve um ménage... – ele disse sedutoramente.

– Que eu me lembre eu te devo uma surra... – eu disse não me agüentando e rindo – aliás, eu me arrependi de ter te dado aquela foto...

Lino diminuiu o sorriso.

A foto que eu tirei dele, chorando, enquanto assistia Titanic.

– Golpe baixo... Golpe baixo. – ele disse sério.

– Que foto? – Fred quis saber.

– Uma foto que... – não consegui terminar minha frase. Lino meteu a mão na minha cara e tampou minha boca.

– Então, tudo muito lindo, tudo muito bem, chega de papo, vamos jogar. – ele disse agora voltando a sorrir. – eu te deixo careca se tu contar isso para alguém. – ele cochichou.

Eu apenas me dobrei de tanto rir.

Antes que algo mais acontecesse, senti a horrível sensação de ser puxada para dentro de mim mesma, enquanto eu era engolida e logo depois fui cuspida no meio da sala. Lino ao meu lado, ainda braços ao meu redor, rindo.

– Finalmente! – Rony disse.

– Pois é... Mas a Mione quis por que quis o ménage, quem era eu para recusar?

Soquei-lhe o ombro enquanto caia na risada também. Fred aparatou logo em seguida.

– Hm... Fredoca, por que a demora no banheiro? – Lino voltou a provocar.

– HÁ-HÁ! Pergunta pra sua mãe. – Fred respondeu.

– AAAAAAAAAAAAI, CHAMOU! – Jorge disse fazendo uma careta engraçada.

O escarcéu não parou por ai. Jogamos, e continuamos as piadas internas. Nem a mãe do Draco escapou.

lembrando que os garotos estavam ficando cada vez mais sexy com batom vermelho nos lábios, e agora começávamos a desenhar flores vermelhas em suas bochechas, cada vez que algum deles perdia.

Felizmente, todos ali levavam na brincadeira, então quando finalmente fomos dormir, o clima era leve e confortável.

Rony e Harry dormiriam no mesmo quarto que Lino e Jorge – segundo Jorge, aquele ia ser o quarto do amor: suruba a noite inteira. Lino nessa hora mordeu os lábios sensualmente e passou o pé na perna de Harry, que fingiu estar extremamente excitado. Novamente ressaltando o quão sexy estava a cena: Lino com batom nos lábios e nos olhos, o que ficou parecendo uma maquiagem de prostituta. Harry também de batom, com as escritas: FAÇO TORTA e APERTE A MINHA BUNDA, escritas respectivamente na testa e na bochecha. Jorge tinha um sensual colar de batom, e tanto ele quanto Ron tinham bigodes sensuais.

Draco e Luna pegaram o quarto ao lado do quarto de Gui e Fleur, (Draco coitado, com batom até nos cabelos, enquanto Luna não tinha perdido nenhuma miserável vez) enquanto Fred e eu ficamos no quarto grudado ao dos garotos.

Estava absurdamente frio, com um vento cortante que assoviava violentamente do lado de fora.

Assim que acabei de trocar meus curativos, limpar o batos que lino esfregara pela minha testa e tomar minhas poções, me dirigi até a cama. Comecei a rir com a cena que vi.

Fred tinha deitado de lado, apoiando a cabeça na mão que estava apoiada na cama pelo cotovelo, ele fez os feitiços Abaffiato e Colluportus, soltou a varinha e arranhou o ar com suas garras imaginárias, soltando um baixo “Graw”.

Novamente, nunca esquecendo o detalhe que ele estava de batom e com um bigode sensual vermelho.

– Pára de rir poxa! – ele protestou se sentando na cama – eu estava te seduzindo.

Aquilo apenas fez com que eu risse mais ainda.

Ele se inclinou e me fisgou pela cintura, fazendo com que eu caísse deitada sobre ele. Ele fungou meu pescoço, me gerando arrepios e mudou as posições, ficando sobre mim.

– Vai parar de rir, e admitir que eu te seduzi? – ele levantou uma sobrancelha.

– Jamais pararei de rir! – eu disse apertando os olhos e rindo mais ainda.

– Você não me deixa escolha. – ele fez uma voz de mau e logo em seguida, um sorriso Weasley brotou lentamente em seus lábios.

Em caso de sorriso Weasley, mascaras de oxigênio cairão automaticamente, reze para dar tempo de fugir pelas saídas de emergência, localizadas nas partes dianteiras e traseiras desta aeronave.

Seus acentos são flutuantes.


Logo em seguida ele começou a me fazer cócegas, enquanto eu ria e me descabelava na cama, ele dava alguns beijos no meu pescoço e ombro.

Depois de uns bons cinco minutos implorando para que ele parasse e prometendo que eu pararia de rir, ele finalmente parou de apertar minha barriga.

– Seduzi ou não? – ele disse com a respiração forte, limpando seu bigode vermelho.

Eu ainda tentava recuperar meu ar.

Acenei positivamente com a cabeça.

– Demais. Quase morri tamanha sedução.

– É o preço por namorar Fred Weasley. – ele disse e se inclinou na minha direção, juntando nossos lábios, delicadamente.

Eu estava aonde queria estar. Nada no mundo importava. Guerra, conflitos, fomo, miséria, injustiça. Pode parecer mau da minha parte, mas eu não conseguia ser pessimista com ele. Eu tinha uma certeza absoluta que tudo iria ficar bem, que tudo daria certo.

Ele passou as mãos pela minha baixa cintura, brincando com a barra da minha camisa, levantando-a ligeiramente, afagando minha pele e deixando um rastro de fogo onde seus dedos me tocavam.

Saudade de tê-lo perto de mim. Um desejo incomensurável. Um amor que chegava a mal caber em meu peito.

Ele desceu os beijos até a curva do meu pescoço, beijando meu colo, enquanto acariciava provocadoramente a lateral do meu corpo, subindo com suas mãos até a base do meu seio.

- Você fica tão másculo com esse batom. - eu disse rindo, observando seus lábios ainda levemente vermelhos.

Ele não se aguentou e riu também.

- É por que você não me viu ainda de peruca, com meu tubinho preto de gala, cantando New York do Frank Sinatra.

Ri e continuei a beijá-lo, sentindo toda aquela felicidade louca tomar meu corpo, me fazendo sorrir bobamente, enquanto eleafundava o rosto no meu pescoço, gerando-me arrepios e me arrancandomais sorrisos.

- Start spreading the news, I'm leaving today - ele começou a letra, sentando-se, mechendo os obros ritimadamente.

- I want to be a part of it - eu continuei a musica, também sentada, com as pernas ao redor do rivo, inclinando a cabeça para trás e abrindo os braços teatralmente.

- New York, New York! - eu e ele cantamos juntos - eu fechando os braços ao redor do seu pescoço e me dependurando nele. ambos caímos novamente na cama, rindo bobamente e retomando um beijo.

E eu que achava que era impossível eu amá-lo mais do que já amava.

Eu passava agora as unhas pelas suas costas, fazendo com que ele se arrepiasse, e intensificasse ainda mais os beijos e mordidas que se aproximavam cada vez mais dos meus seios, simplesmente me preocupava em sentir o corpo quente dele colado ao meu. Sua respiração quente contra minha pele. Suas mãos gentis nas minhas.

Eu me sentia cada vez mais embriagada, o cheiro dele, um misto de almíscar com maçã verde, era inebriante e o simples toque dele me gerava frêmitos, faziam-me fechar os olhos tamanho prazer. Era como se injetassem algum tipo de droga em mim, como se me dessem uma injeção de dopamina.

É frustrante. Estou perdendo meu tempo tentando descrever o quão extraordinário é poder sentir a pele quente dele contra a minha. Não é nada comensurável, muito menos comparável. É único e singular.

Como se eu sentisse tudo e nada ao mesmo tempo, é a mistura de todos os antagonismos do mundo, uma obra surrealista, que mistura todos os sentidos possíveis e imaginários, chegando a ser uma sensação exaustiva de tão forte que é.

Não adianta. Você tem que amar para saber do que eu estou falando.

Por mais magníficas, detalhadas e expressivas que as minhas palavras possam ser, elas me parecem insuficientes e vazias. Como se sempre houvessem reticências no final de cada relato.

Sinto muito, mas não consigo relatar como é maravilhoso sentir sexo – algo tão banal hoje em dia – tem um significado diferente e especial para nós. Sentir o toque, por mais que voraz, carinhoso dele contra minha cintura. Os movimentos tão carnais, assumirem um toque da mais pura ternura. O jeito que os dedos dele deslizam-se sobre meus cabelos, e o jeito em que ele perde-se em meu olhar, com os olhos agora verdes e profundos...

RETICÊNCIAS.

Não consigo descrever como é estar apaixonada por Fred.

Pobre Camões, imagino o quanto ele não deva ter sofrido, e se martirizado para que pudesse transmitir, em apenas um soneto, a idéia do que seria amor.

Corajoso Camões que se propôs à arriscar descrever o Amor.


Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?


E ainda assim, aposto que depois de muitas noites mal dormidas, pensando em seus versos, e tentando combinar estética com sentimentos, como deve ter sido frustrante ter que acabar o que eu considero sua obra prima, com um ponto de interrogação.

– Te amo – A voz dele acariciava meus ouvidos, já não havia mais batom em sua boca.

A noite já havia corrido, enquanto eu ainda repassava o poema em minha cabeça, e me dava em conta de como Fred era importante para mim.

– Hermione? – o ruivo ao meu lado murmurou sonolento.

Dormíamos sem nada, apenas grossas cobertas sobre nós, eu deitada sobre o peito dele, apenas inspirando profundamente seu cheiro.

– Hm. – respondi sentindo-me aérea.

– Tudo bem? – ele disse estreitando seus braços ao meu redor.

Suspirei e senti o sorriso besta ainda na minha cara.

– Hu-hun. - afirmei. – Te amo. Mesmo que você se vista com um tubinho preto, passe batom, e vá cantar Frank Sinatra.

E lá estava eu novamente, querendo fazer um discurso para deixar bem claro de como eu o amava. Mas eu sabia que não seria suficiente. Então apenas deixei que a risada melodiosa e sonolenta dele preenchesse o ar.

Levantei minha cabeça, sonolentamente e bocejei. Inclinei-me sobre ele e beijei ele, calmamente.

Foi um longo e enroscado beijo, em que nenhum dos dois tinha pressa em terminar, cada um explorava a boca do outro curiosamente. Por fim ele se virou, ficando de frente para mim, encostando sua testa na minha, roçando nossos narizes.

Argh.

É como se eu relatasse o vento, quando estou no olho do furacão.

Como se relatasse o mar, quando estou em meio ao tsunami.

Como se relatasse a chuva, quando estou no meio de um alagamento.

– Boa Noite, Analista. – Fred sussurrou, suas mãos enlaçadas nas minhas.

– Boa Noite, Físico. – eu disse com um sorriso cortante no rosto, sentindo o calor dele me acolher e me dizer, silenciosamente, que tudo acabaria bem.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

HOLA CHICAS CALIENTES!
Então, cá estou eu, com mais um capítulo para vocês... Desculpem a viajada que eu dei ali no final, mas é que eu ando lendo muita poesia ultimamente e eu não pude evitar.
Pelo menos mataram um pouco a saudade do nosso casal delícia, certo?
MAS POR HOJE É TUDO PESSOAL :(
*Malfeitofeito*