Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 51
Escócia.


Notas iniciais do capítulo

*Jurosolenementequenãovoufazernadadebom*
Antes dos Avadas, convoco o direito de Parola.
Calma gente, eu tenho uma explicação.
estava eu, com 3 capítulos prontos, quando, meu PC trava. desespero total, eu idiota, tiro a bateria e coloco de novo para ver se funciona. resultado: Fuderam-se os 3 capítulos.
para melhorar, eu tive que preparar uma papelada para requerimento de bolsa do meu colégio ano que vem, e nem pude reescrever.
Fiz esse capítulo ontem de madrugada, espero que dê para segurar com ele até amanhã
*Desculpa de novo ToT*



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CINQUENTA E UM:


Pov’s Mione –


Madrugada do dia 27 de dezembro.

Eu havia chego à escócia. E isso era, definitivamente, bizarro. Eu já havia me recuperado da briga com Rony e Harry, ainda me sentia mal, mas se tudo desse certo, amanhã pela manhã eu já estaria com eles.

Droga, eu amo aqueles dois mais do que chocolate, eles eram meus irmãos.

E eu não iria escolher entre Harry e Draco, eu simplesmente iria socar os dois em uma sala, e fazer uma longa sessão de ‘reconciliação’.

Draco Malfoy, Rony Weasley e Harry Potter seriam Melhores Amigos ou eu não me chamo Hermione Jean Granger!

Ergui o braço e consegui um táxi. Abri a porta e adentrei o carro que estava super quente e aconchegante.

– Oi, boa noite. – eu disse fechando a porta e esfregando as mãos devido ao frio escocês.

O homem com um bigode, muito bem cuidado por sinal, despejou várias palavras, e eu não entendi absolutamente nada.

Tentei dizer-lhe o endereço, mas acho que ele não havia entendido, já que após dois minutos ainda estávamos parados no mesmo lugar e ele continuava me encarando, com suas negras sobrancelhas e seu cômico bigode.

– Você não fala inglês? – eu disse fazendo careta.

Angus Greead! – o motorista flou, pegando minha mão e sacudindo-a no ar.

Acho que era o nome dele... Ou ele estava me chingando.

– Hermione Granger! – eu disse sem jeito.

Ele falou mais alguma coisa em sua língua esquisita e eu revirei os olhos.

Enfiei o braço em minha bolsa e tirei de dentro um papel e uma caneta. Coloquei o endereço que eu lembrava de cabeça no papel e entreguei ao motorista.

– SIM! SIM! – O motorista de bigode se empolgou e sorriu perante o endereço, ariscando uma concordância em inglês.

–SIM! SIM! – Eu repeti empolgada, e me sentindo estranhamente otimista. – Yah, Yah! – eu comemorei, ainda empolgada, fazendo um grunhido que eu esperei soar como uma afirmação escocesa.

Mas estava mais parecido com um grunhido de acasalamento de gansos. Mas ainda assim me senti otimista.

Na verdade, eu não estava otimista, eu estava com sono. E eu com sono, sempre fico meio retardada.

O taxista falava durante o percurso, me mostrando os lugares da cidade, e muito empolgada me contava coisas, que eu não fazia idéia do que se tratavam. O homem de bigode era extremamente simpático, e um escocês apaixonado, que conversava comigo, fazendo-me sorrir, e lembrar depois de tanto tempo, como as pessoas podiam ser boas.

Era bom, depois de tudo, poder ‘conversar’ com uma pessoa, sem medo que ela tire uma varinha e tente te matar. Era bom, depois de tanto tempo, desfrutar da abençoada ignorância dos trouxas, que viviam suas vidas na mais pura inocência.

Mesmo que eu não entendesse um sílaba do que o gordo de bigode falava entusiasmado, eu me sentia bem em não ter que ter medo dele.

E interrompendo meu pensamento o homem de bigode começou a cantarolar algo que me soou como o hino da Escócia.

Tenho a leve impressão que ele não está exatamente sóbrio.

O carro parou e o homem apontou-me uma casa amarela simples, de um andar, mas extremamente elegante e bonita. O bairro era tranqüilo... Ou talvez só estivesse assim por que eram quase 2:00 da madrugada. Algumas arvores eram plantadas, e a modernidade contrastava com o ar medieval camponês, e a arquitetura que semelhava-se aos antigos castelos. Era como se um dragão fosse pousar na frente do táxi a qualquer minuto...

“Dragão? Af Hermione, cala a boca...” minha consciência sonolenta fez questão de deixar um sinal de vida.

– Muito. Obrigado. – eu disse pausadamente pescando um chumaço de euros, certamente o quádruplo do valor da corrida e entregando ao barrigudo de bigode, que soltou uma exclamação de surpresa ao ver a quantia que ali havia. – Pode. Ficar. Com. O. Troco.

O homem começou a querer me devolver algumas notas, mas eu balancei a cabeça vigorosamente, fazendo gestos, mímicas e caretas, tentando fazer com que ele me entendesse.

Saí do taxi após certa dificuldade, finalmente me despedindo com um aperto de mão, e desejando tudo de bom ao homem de bigodes pretos e bem cuidados.

Eu saí de perto do taxi, e observei ir embora, enquanto o taxista dava mais uma buzinada de despedida.

Povo simpático esse da Escócia... E meio bêbado também.

Adentrei o portão da casa amarela, com esplêndido quintal e parei em frente a uma porta grande e entalhada com desenhos psicodélicos. Típico dela.

Toquei a campainha.

Segundos de silencio se passaram até que uma luz se acendeu e eu pude ouvir o som de algo se quebrando, eu poda imaginar a cena dela batendo o quadril na quina da mesa, e derrubando as coisas ao seu redor.

Mais passos apressados ecoaram dentro da casa, e ela gritou algo na tal língua estranha que o taxista falava.

Finalmente a porta se abriu, revelando a moça de cabelos repicados, olhos sonolentos, embrulhada em um roupão felpudo azul escuro, enquanto ela encurvada colocava sua mão sobre a cintura, onde provavelmente ela havia batido.

– Hermione? – ela abriu melhor os olhos, olhando para o jardim.

– Eu vim sozinha. Preciso da sua ajuda. – eu murmurei torcendo a boca.

– Hã... Entra. – ela me puxou par dentro da casa, seus cabelos castanhos emaranhados na altura do ombro estavam um pouco mais compridos desde a ultima vez que eu a vira.

– O que faz por aqui, Hermione Granger? – ela disse sorrindo assim que nos sentamos no sofá da casa.

– Preciso de sua ajuda, Liza Spicy...

Contei-lhe tudo, Draco, a busca pelas Horcruxes, a conexão Harry-Voldemort, o taxista bêbado...

– E onde está Draco? – ela perguntou curiosa.

–Não sei, mas acho que ele vai te procurar. – eu disse bocejando.

– Ah, como sou idiota, você deve estar morta. – ela se levantou e tomou-me pela mão – quer comer algo, tomar banho, ou vai direto para a cama?

– Cama... – eu disse em meio a um bocejo longo.

– Se incomoda em dormir comigo? – ela disse enquanto me guiava corredor adentro, revelando uma luxuosa casa, ampla e bem cuidada.

– Pode ser. E os seus pais?

– Viajando pela Ucrânia, foram caçar. – ela deu de ombros. – Vê que maravilha? Meus pais saem para viajar pelo mundo e me abandonam aqui, mas eles vão ver só... Vou fazer uma festa só de teimosia e... – ela desembocava a falar.

– Seus pais caçam? – eu perguntei surpresa. Eram poucos os bruxos que caçavam. – como trouxas?

– Sim. Eles amam essa parte trouxa. Sabe, minha avó trouxa caçava e ensinou minha mãe, que ensinou meu pai, e eles têm uma sala cheia de armas, uma verdadeira coleção delas, e cabeças empalhadas, e armadilhas, logo ao lado do quarto de visitas. Uma barbaridade em minha opinião...

Ela desembocou a falar novamente.

Ela me deu uma espécie de um macacão de algodão, extremamente aconchegante e quente, que me aquecia do frio escocês. Eu acho que aquilo era um pijama.

E Liza ainda falava pelos cotovelos, contagianda com sua empolgação, comecei a conversar também, e ao invés de irmos dormir, fomos ver rei leão 2, como tínhamos combinado à meses atrás.

– E amanhã, - ela disse apagando a luz e entrando nas cobertas ao meu lado, e dando play ao filme que passava em sua grande TV que estava em um armário na frente da cama. – eu vou cortar seu cabelo.

– Oh, você ainda lembra-se disso?! – eu disse rindo.

– Com certeza! – ela disse rindo.

Era bom estar com Liza, eu me sentia leve e acolhida.

***

Spicy agora babava ao meu lado, apoiando seu rosto no meu braço e ressonando fofamente.

Sem desampará-la, pesquei a minha bolsa que estava ao lado da cama, jogada, e pesquei a moeda dourada de dentro.

Concentrei-me e mandei a mensagem para Draco:


Estou na casa da Liza. Vê se aparece por aqui, estou com saudades. Durma bem... -H.G.


Observei a mensagem que chegou logo após:


Está ficando quente, Logo eu te acho. Boa Noite Analista. -F.W


Sorri e respondi sua mensagem:


Nos seus sonhos. Boa noite meu Físico. -H.G.


Apoiei a cabeça no travesseiro e sorri. Um misto de saudade e alegria se formava em meu peito. Tudo daria certo.

***

– Hermione!

– Ian!

Eu recebi o abraço caloroso do deus grego em minha frente.

– O que faz por aqui? – ele me soltou do abraço e pescou uma torrada que estava sobre a mesa de vidro.

Desconversei a história, omitindo diversos detalhes e me deliciando no café que Liza havia preparado.

– Mas você tem certeza que o Draco vai vir pra cá... Quer dizer, ele pode voltar para a mansão Malfoy.

– Nãã... – Liza murmurou com a boca cheia de comida. – Ainho é uio ouooo a ouar a ãnsão.

– O que? – eu disse com uma careta estampada na cara.

Será possível que todas as pessoas nesse mundo fazem questão de se comunicar comigo com a boca estourando de comida?

– ‘Draquinho é muito orgulhoso para voltar para a Mansão’. – Ian traduziu o que a garoto tinha grunhido.

– Só eu que não sei interpretar esse dialeto? – eu perguntei rindo.

Ambos deram risada, Liza se engasgando e tendo que tomar goles de suco para que a maçaroca de comida descesse pela sua garganta.

Depois disse narramos nossa noite anterior, o taxista, o filme de Rei Leão, o nosso lanchinho no meio da madrugada, a pequena guerra de leite que fizemos às 3:00 da madrugada.

– Não acredito que vocês viram o filme do rei leão sem mim! – Ian murmurava ressentido.

– Ow meu amor, depois eu assisto com você. – Liza fez uma voz aguda e meiga.

E lá foram os dois começarem a se beijar, me deixando ali, sozinha, comendo minha torrada, desviando o olhar, e me interessando subitamente pela xícara branca em minha frente.

–Ah! – Ian desgrudou da Liza e olhou para mim – e por falar nisso, como anda o Fred? Onde ele está?

Meu humor de tia velha segurando vela, apenas piorou com sua pergunta.

– Não sei dele. – eu disse dando um gole do meu café para disfarçar meu mau-humor.

– Como assim? – Ian murmurou desviando o olhar de mim para Liza, em busca de uma explicação. – Eles se...

– Não! – Liza disse rindo – na verdade eles estão em uma espécie de caça, ela é a caça e ele o caçador. Excitante não? – ela disse sorrindo ainda abraçada ao tal deus grego.

– Caça? – ele continuava confuso

E lá se foi minha intenção de omitir detalhes. Tive que dissecar todo minha vida nos últimos meses para por Ian a par da situação.

– Uh... – Ian disse perplexo – e que achava minha vida complexa.

Apenas esbugalhei meus olhos e balancei a cabeça em concordância exasperada.

– Sua vida é complexa é? – Liza disse pescando um chapéu aleatório que estava sobre a cadeira. Provavelmente de Ian.

– Com você por perto fica mais fácil. – ele disse andando até ela e acariciando seu rosto.

– Mesmo? – ela encostou sua testa na dele, e os dois trocaram o olhar.

E em resposta, ele a beijou, apaixonadamente.

E enquanto isso, eu saboreava um pão de queijo.

Eu era um candelabro humano, e enquanto os pombinhos se engoliam, eu sentia meu humor chegar a picos negativos.

“Vamos para com a Putaria? Amiga encalhada aqui!” – minha consciência berrava.

“Eu não sou encalhada!” – protestei, bebendo furiosamente meu suco.

“HÁ-HÁ. Daqui a seis dias o Freboboca vai parar de te procurar, esqueceu, e você vai ficar sozinha até o fim da guerra... Se é que um dia esta budega vai acabar... E além do mais, você pode morrer antes de reencontrá-lo, ele pode morrer, ele pode arrumar outra namorada beeeem mais bonita que você ou...”

“CALA A BOCA CONSIENCIA!”

E passamos o resto do dia conversando – Eu, Liza e Ian ok? Não eu e minha consciência, eu esfaqueei ela depois da nossa discussão matinal - assistindo filmes e mais a noite fomos jantar fora.

Decidi que amanhã mesmo eu partiria para encontrar Harry e Rony. Draco eu iria achar mais dia menos dia. E fiz uma moeda para Liza, para ela me avisar caso Draco desse as caras por lá. e se isso acontecesse, eu e aqueles dois teimosos iríamos buscá-lo, e Harry e Rony pediriam desculpas de joelhos!

Harry e Rony iam engolir Draco Malfoy, ou eu não me chamo Hermione Granger.

***

Abri os olhos e encarei rapidamente o relógio na cabeceira ao lado da cama.

10:55, dia 28 de dezembro. Faltam 5 dias para a temporada de caça terminar.

A festa ontem tinha sido boa. Eu, Ian e Liza depois de voltarmos do nosso passeio noturno, ficamos até tarde comendo pizza, vendo filme, jogando twistter e depois ainda teve a sessão de tortura em que a Liza fez minhas unhas, alisou meu cabelo, fez uma maquiagem esdrúxula meio Katty Perry. Ian, aquele deus cruel, nem para me ajudar, só dava risada da minha cara.

Obviamente, depois eu me vinguei dele, e eu e Liza maquiamos ele enquanto ele dormia.

E foi tudo regado à Suco de maracujá, e Milk Shake de chocolate. Nem uma gotinha de álcool.

Se bem que, curiosamente, parecemos muito mais drogados com chocolate do que com álcool. Para vocês terem noção, depois do filme, Ian colocou as roupas de Liza, e fez um desfile.

Eu queria tanto ter uma máquina fotográfica ali. Colocaria a foto do lado da do Lino, chorando ao ver Titanic. E por falar nisso, que saudades que eu tenho daquele mala.

Como Ian resolveu dormir por aqui, eu fiquei no quarto de hóspedes. E que quarto.

Tinha tons claros, com uma cama de viúvo extremamente bem feita, com um edredom de plumas que me protegeu maravilhosamente bem do frio. Tinha uma lareira com fogo mágico mais ao canto, junto com uma mesa de carvalho antiga, um tapete felpudo que cobria o quarto e um banheiro amplo e elegante.

Espreguicei-me e lentamente comecei a guardar minhas coisas dentro da balsa, pensando desde já, aonde poderia encontrar Harry e Rony.

Decidi checar se eles ainda estavam na floresta do Deão, ou se já tinham ido atrás de Xenófilo Lovegood.

Escovei meus dentes, prendi meu cabelo – extremamente liso – em um coque escorregadio, lavei meu rosto, e me joguei na cama novamente.

Eu estava tão cansada, tudo era tão difícil, que tudo o que eu queria era enfiar minha cara naquele travesseiro limpo e com cheiro de alfazema, e dormir até que essa guerra maldita acabasse.

Depois de uns bons 15 minutos babando no travesseiro, finalmente me espreguicei e andei até a porta, dando uma última olhada. Meu quarto estava ok.

Saí porta a fora, segurando a risada, esperando ver a cara de Ian toda pintada. Mas assim que cheguei na metade do corredor, congelei.

Uma voz vinha através da sala. E não era uma voz que eu quisesse escutar no momento.

“Será que sabe que eu estou aqui?” eu pensei comigo mesma, considerando a hipótese de fugir pela descarga do banheiro.



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Notas finais do capítulo

TCHAN TCHAN TCHAN! Quem será que está na sala?
Bom, por hoje, eu acho, que é só :(
Até mais ver ^^
Malfeitofeito**