Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 10
Reconciliation


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

Então, aqui estou, mais um Cap pra vocês ^^

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/159992/chapter/10



DEZ:

POV’s Fred

Eu estava extremamente aturdido com o que o seboso disse. Não por que ele me afeta, mas pela primeira vez, ele disse algo com fundamento.

Eu tenho que admitir, fui um canalha com ela.

Anotação mental: Socar o Malfoy ao invés de gritar com a Hermione.

Eu estava agora sentado na mesa da sala de transfiguração, fui um dos primeiros a chegar. Eu estava com a cabeça atirada em cima da mesa e eu passava os dedos entre meus cabelos. Mil pensamentos começavam a latejar, podia começar a sentir o cheiro de queimado.

- Fredoca! – escutei Lino berrar no meu ouvido.

Eu realmente não estava com humor hoje. Não ergui a cabeça, apenas murmurei um “hm”.

- Fred? – Jorge me chamou. – Você está bem? – ele se sentou ao meu lado.

- Aham. – menti.

- Fredoca, meu amor, você mente mal. – Lino debochou.

Não respondi.

- Merlin! Sem piadinhas posteriores? Ele deve estar com febre. – Lino disse checando a minha temperatura fazendo um tom de voz trágico.

- Cala boca, Lino! – eu e Jorge dissemos em coro.

- Bom, não está tão mal assim. – ele riu.

- O que houve mano? – Jorge me cutucou.

- Eu briguei com a Hermione.

- Essa é boa. Com a Angelina você vive discutindo e não tá nem aí, agora a Hermione você discute e fica todo cheio das dores. Cara, seus valores estão meio invertidos. – Lino disse mais uma vez irritante.

- Via a merda Lino. – eu murmurei. – e eu voltei com a Angelina.

- Ok, ok. – ele jogou as mãos ao alto em forma de rendição.

Ele ia falar alguma coisa quando uma coruja preta entrou dando um rasante pela janela. Ela voou esguiamente até a nossa mesa.

Eu nunca havia visto aquela coruja antes. Ela tinha os olhos grandes e amarelos. Seus olhos pousaram em mim e ela andou desajeitadamente em minha direção. No meio da mesa, ela focou em Jorge. Seus olhos balançavam nas orbitas entre mim e meu irmão.

Ela deu um pio meio desesperado.

Isso não era um privilégio de corujas, algumas pessoas ficavam na mesma situação quando tinham que adivinhar quem era Fred e quem era Jorge.

A coruja andou até Jorge e lhe entregou a carta.

Jorge analisou o pardo papel.

- Foi mal corujinha. Gêmeo errado. – Jorge me entregou a carta.

Ela deu um pio alto para Jorge como se tivesse sido ofendida e seu ar arrogante me lembrou alguém.

- Obrigado mesmo assim. – eu disse bagunçando suas penas.

Ela inflou o peito satisfeita com o carinho e saiu voando por onde havia entrado. Eu abri o papel sem identificação, apenas com remetente e comecei a ler aquela carta com caligrafia singular.

Para: Fred Weasley

Lumbriga Ruiva;

Tenho um recado, e te escrevo contra a minha vontade.

Só estou fazendo isso pela Hermione, por que ao contrário de você, eu me preocupo com ela. – bufei ao ler isso. Agora consegui identificar o ar de arrogância que havia na coruja.

Bom, ela – por algum motivo que eu desconheço – parece gostar de você e ela me pediu que eu te pedisse para que você fosse conversar com ela.

Te aconselho a ser bem legal com ela ou eu juro que arranco essa maçaroca ruiva que você chama de cabelo.

P.S: Continuo te odiando.

 Ass Draco Malfoy.

- RIDÍCULO! – bufei irritado.

- De quem é a carta? – Lino estava espichando os olhos.

Dei-lhe a carta para que ele e o Jorge lessem. Eles leram e me encararam com uma interrogação no rosto.

- Eu discuti com a Hermione por que ela deu para ser amiga do Malfoy. Só que parece que depois da discussão ela passou mal e o Malfoy está querendo o meu pescoço. Digamos que isso – eu apontei o corte na minha boca – foi obra dele.

- Malfoy? Hermione? AMIGOS? – Lino praticamente berrou. –como assim? Eles estão namorando?

- Mais alto a Minerva não te ouviu ainda. – eu zombei.

- Na verdade senhor Weasley, eu escutei.

A voz aguda da Minerva soou atrás de nós. Eu olhei para a bruxa de idade que me analisava.

- Senhor Weasley, peço que vá até a Ala Hospitalar e verifique que a Senhorita Granger está bem, leve também essas atividades para ela. – ela me entregou algumas folhas. - Senhor Lino controle seus ânimos. E senhor Jorge... – ela procurou algo para dizer a ele. – ajeite a sua gravata.  – Ela torceu sua boca para a sombra de um sorriso.

Minerva tinha o típico sorriso de Dumbledore. Um sorriso de Mona Lisa, um sorriso de quem sabe mais do que aparenta. Isso pouco me importava, eu iria poder conversar com a Hermione e me desculpar com ela.

Eu fiquei eufórico com a notícia. Eufórico e com medo.

Saí da sala aos tropeços, deixando para trás um Lino e um Jorge com sorrisinhos marotos.

Andei – corri – até a Ala hospitalar. Cheguei à frente da porta e hesitei. E se eu levasse outro soco? E se ela tivesse me chamado só para me esculachar, ou pior, para dizer que nunca mais vai olhar na minha cara. Draco poderia perfeitamente bem ter mentido na carta. Minha respiração se tornou ofegante e eu me senti como um garoto de cinco anos, prestes a contar aos pais que quebrou a vidraça da sala.

Como se fosse uma bomba relógio eu abri a porta delicadamente. E lá estava ela deitada com os cachos caídos sobre seu rosto que estava descontraído e harmônico.

- Senhor Weasley! Sinto muito, mas o senhor não pode ficar aqui. – madame Pomfrey brotou do nada e começou a ralhar comigo.

Eu me assusto com a capacidade das pessoas de aparecerem do nada. Creio inclusive que é algo combinado, como uma competição para ver quem me provoca um ataque cardíaco primeiro.

- Ordens da Minerva. – eu disse rapidamente.

- O senhor é o Fred? – ela apertou os olhos.

- Sou. Por quê? – eu estreitei o olhar.

- Sinto muito, mas não pode vê-la. Peço que se retire.

- Wow. Mas por que eu não posso vê-la? – eu disse irritado.

Ela se remexeu inquieta. Será que a Hermione pediu isso.

- Senhor Weasley, entenda. A senhorita Granger sofreu um grande estresse por discutir com o senhor, não creio que seja recomendável que ela lhe veja, até que esteja forte para fazê-lo.

- Eu já estou forte. – Hermione interrompeu a conversa.

Ela ainda estava deitada com os cabelos bagunçados. Ela estava pálida e com um olhar determinado.

- Madame Pomfrey, eu vim aqui por que a Minerva me pediu, e eu tenho que passar as tarefas para ela.

Eu tentei novamente cruzando os dedos.

- Não vou importuná-la. Só lhe peço dez minutos. – fiz o ar mais inocente que pude.

Ela se mexeu inquieta.

- Certo. Dez minutos. – ela disse com um tom rígido. – sem alterações de ânimos.

Ela foi para o escritório dela. A porta mal fechou e eu fui até o leito onde Hermione estava como se fosse feita de porcelana.

- Me desculpe. – eu falei, e para minha surpresa ela fez coro comigo.

- Não Mione, eu não devia ter descontado em você. Desculpe-me.

Ela deu um sorriso sem graça.

- Me perdoa? – eu murmurei me sentando no canto da sua cama. – eu não queria que você ficasse assim, eu sinto muito.

- Sim, eu te desculpo. – ela sorriu.

Ela estava com a respiração pesada, ela pegou a minha mão e entrelaçou nossos dedos.

- Bem, a Minerva te mandou esses exercícios. – eu disse meio sem jeito botando os exercícios sobre a cama.

- Certo. – ela bocejou.

Eu não sei o que estava acontecendo comigo, mas de repente eu me senti como no meu primeiro ano em Hogwarts quando o chapéu seletor estava prestes a decidir meus próximos sete anos de vida. Minha vontade foi de sair correndo, eu estava nervoso Merlin sabe lá por que.

Lembrei-me do dia que eu sem querer dei um selinho na Hermione. Foi algo estranho, assustador, inebriante, diferente de tudo que eu já havia feito na vida. Certamente fora tudo um grande engano.

- Bem, eu acho que vou indo, você precisa descansar. – eu fiz menção em levantar.

- Não. – ela apertou minha mão involuntariamente. – Fica comigo. Eu tomei uma poção do sono, já eu vou dormir.

- Tudo bem.

Ela ficou observando nossas mãos.

O silêncio com ela não era incômodo, era harmônico. Ela aos poucos foi fechando os olhos.

- Agradeça ao Draco por mim. – ela murmurou.

Depois disso, ela fechou os olhos e começou a respirar profundamente. Seus dedos firmes nos meus. E por um instante eu apenas fiquei olhando ela. E me assustei com o que vi. Ela não era mais a amiga dentuça do meu irmão. A pirralha divertida e sabe-tudo. Ela havia crescido, e eu acho que foi naquela sístole em que eu me dei em conta, que eu estava vendo ela com outros olhos.

Delicadamente soltei sua mão. Isso não era certo, ela confiava em mim e eu a estava traindo, eu estava me aproveitando dela. Isso era errado. E além do mais eu amava Angelina... Certo?

- Vamos meu jovem. – madame Pomfrey disse baixo. – deixe-a dormir.

Eu assenti.

- Você é um bom jovem. – ela disse como se pudesse ler meus pensamentos.

Não respondi apenas saí dali imerso em pensamentos.  Obviamente não voltei para a aula, estava indo rumo ao dormitório, eu precisava de um bom banho.

- Oi amor. – senti um par de braços me envolver.

Era Angelina. Senti-me extremamente culpado.

- Oi Ange. – eu passei meus braços pela sua cintura e depositei um beijo no topo de sua testa.

- Então, como ficou o negócio do baile? – ela disse e continuamos andando.

- Eu ainda vou com a Hermione.

- Qual a sua Fred? Você me namora e resolve ir ao baile com outra garota. Agora eu vou ir com o seu irmão... Isso é um belo fiasco!

- Angelina. Eu já te expliquei. Ela é a Hermione poxa. É minha amiga.

Ela emburrou.

- Ange. – chamei-a – eu ainda te amo sabia?

Ela abaixou os olhos e deu um leve sorriso. Eu peguei em sua mão e a puxei pelo corredor. Fomos parar em frente à sala precisa.

Fechei os olhos e imaginei.

Quando abri meus olhos, uma simples porta havia aparecido, abri a porta e puxei Angelina para dentro. Havia um quarto simples, como se fosse um quarto de um hotel fazenda. Uma cama de casal estava no meio.

Ela abriu seu radiante sorriso.

Ela então enganchou os braços em meu pescoço e ficou na ponta dos pés para me beijar. Eu com um movimento nada gentil puxei-a para mim, ela passava os dedos com urgência pelos meus cabelos, eu senti os lábios dela macios e ansiosos. Com um movimento rápido segurei suas pernas longas e prendi-as ao redor do meu quadril. Deitei-a na cama e mordisquei seu pescoço. Ela riu daquele jeito lindo que ela ria e voltou a grudar nossos lábios travando uma intensa batalha entre nossas línguas. Invertendo as posições com uma elegância fatal ela depositou o peso do seu corpo sobre seus joelhos que estavam firmes na lateral do meu corpo, quando o ar fez falta eu a senti se afastar, apenas alguns centímetros.

Ela rapidamente desfez o nó da minha gravata e começou a abrir a minha camiseta. Ela passou os dedos sobre o meu peito e traçou uma linha de beijos do meu pescoço até o meu ombro. Neste ponto minha ‘alegria pulsante’ já estava mais do que acordada.  Ela havia se afastado de forma provocante. Eu enganchei meus braços ao seu redor e foi minha vez de beijar seu busto. Enquanto beijava e mordiscava cada centímetro de pele morena eu ia simultaneamente tirando sua blusa de uniforme até só sobrar seu sutiã branco de algodão.

Toquei com imensa sutileza o fecho de sua peça que se localizava entre seus fartos seios e pude sentir ela se arrepiar e soltar um baixo gemido. Ela grudou o seu corpo ao meu e quando dei por mim as peças de roupa estavam espalhadas pelo chão.

Eu fiz uma linha de beijos desde sua boca até o seu umbigo. Olhei-a e dei um olhar de malícia.

- Você não presta sabia? – ela disse ofegante.

Eu desci a trilha de beijos até o seu íntimo, que já estava pulsante e molhado.

Ela arqueou o corpo com esse contato.

- Eu ainda não presto? – sorri.

- Nem um pouco. – ela respondeu ofegante.

Passei a sugá-la com vontade enquanto minhas mãos passeavam pelas laterais de seu corpo e pela sua definida barriga, arrancando gemidos dela. Ela cravou as unhas nas minhas costas e arqueou ainda mais o corpo.

- Fred... – ela chamou entrelaçando os dedos nos meus cabelos.

Eu parei o que estava fazendo e me posicionei. Sem muita delicadeza comecei as estocadas, beijando seu pescoço e apertando seus seios. Ela começou a gemer mais alto, e enterrou o rosto em meu pescoço, mordendo e deixando marcas. Acelerei o ritmo até que ela começou a gemer alto demais. Eu a acompanhei. Depois de mais duas profundas estocadas senti suas paredes aveludadas se contraírem me gerando uma onde de prazer. Me deitei ao seu lado na cama com um braço na sua cintura.

- Você continua não prestando. – ela me beijou de uma forma meio feroz.

- Eu te amo sabia? – eu disse passando o dedo na sua bochecha.

- Eu também.

Eu fiquei meio decepcionado. Minha relação com a Angelina virou isso. Sexo. Ela se relaciona melhor com meu irmão do que comigo. Eu não sei, parece que eu não passo de um brinquedo ou algo do gênero.

 Suspirei triste. Ela nem ao menos notou. Apenas descansou o rosto sobre meu peito e buscou refúgio sobre meus braços.

Enquanto Angelina adormecia em meus braços comecei a acariciar seus cabelos morenos e lisos. Eram diferentes dos dela. Os cabelos dela eram fofos e rebeldes.  O que será que ela diria nessa situação. Será que ela apenas responderia um miserável “Eu também”?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem, eu queria dar as boas vindas aos novos leitores... espero realmente que vocês gostem ^^

*Malfeitofeito*