Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 9
I'm going to Kill him.


Notas iniciais do capítulo

*Jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

Desculpa, mas eu tinha que postar só mais um.

Vício, sabem como é...



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NOVE:

OITO:

POV’s Draco:

Sim, eu sei. Ela era uma Sangue-ruim e eu era um sangue puro. Mas isso não importava, não mais. Ela conseguiu destruir toda a educação que meus pais me deram, e acredite isso não é uma coisa ruim.

Ela era simples e verdadeira. Não precisava me preocupar, pois sei que ela era sincera. Eu sabia que podia confiar nela, acho que principalmente pelo fato dela ser uma grifinória. Às vezes me pego imaginando como teria sido se eu fosse da grifinória. Acho que teria sido mais fácil.

Antes que vocês pensem besteira, Hermione é apenas minha amiga. Na verdade não é apenas uma amiga. Ela é a amiga mais verdadeira que eu tenho. Uma das minhas preciosidades. Ela é como, acredite ou não, uma mãe para mim. E eu costumo cuidar muito bem da minha família, seja ela genética, ou afetiva. Sim, eu sou um cara meio careta e protetor, e eu não ia perder a única pessoa que me entendia.

Quando ao ruivo batedor? Minha vontade é de rasgá-lo em dois. Está obvio que ele é possessivo com a Granger, e a quer só para ele. Ponho minha mão no fogo como ele é apaixonado por ela. Fred idiota.

- Draco, eu estou um pouco tonta – eu a senti estremecer sobre meus braços.

- Já vai passar eu vou te levar até o dormitório daí lá você descansa toma uma água e...

Antes que eu terminasse a frase ela estremeceu violentamente, a ponto de se curvar, e antes que eu pudesse reagir ela estava vomitando algo incolor. Parecia água só que mais espessa.

- HERMIONE! – eu berrei deixando o desespero transparecer.

Tomei-a nos braços e comecei a voltar por onde tinha visto. Sentia apenas duas coisas no momento:

Medo. Por poder perder Hermione, por ela poder estar machucada. Pelo simples fato de ela estar desfalecida em meus braços, pálida, assim como muitos dos mortos que eu já vi.

Raiva. Era tudo culpa daquele palhaço ruivo. Eu já havia notado como Hermione gostava dele, e é obvio que ela ficou chateada quando aquele Troll foi escroto com ela.

 A maioria dos alunos estavam em aula ou nos jardins, então foram poucos os que me viram atravessar o terceiro andar com a Granger nos braços. Da onde eu tirava força para correr com cinqüenta quilos nos braços? Bem, alguns chamam de adrenalina, eu chamo de desespero.

-Madame Pomfrey! – eu berrei entrando de costas na ala hospitalar, empurrando assim, a porta com as costas. – Madame Pomfrey!

- O que está acontecendo aqui? Isso não é... – ela interrompeu a frase ao ver Hermione em meus braços. – O que você fez garoto?! – ela arregalou seus olhos.

-Não seja estúpida eu não fiz nada! – eu disse me aproximando dela.

- Ponha ela aqui. – ela indicou uma cama impecavelmente limpa.

Eu a coloquei sobre a cama como se ela fosse uma delicada boneca de porcelana. Ela estava muito pálida e suando, vez ou outra um calafrio percorria seu corpo.

Madame Pomfrey conjurou um pano úmido e botou sobre a testa da Hermione.

- O que aconteceu com a senhorita Granger.

- E-eu não tenho certeza. – eu disse apreensivo. – ela discutiu com um amigo dela, e disse que não estava bem, daí ela caiu no sexto andar e vomitou água, sei lá, então ela simplesmente desmaiou.

- De novo o senhor Rony? – ela disse irritada agora recitando um feitiço sobre Hermione.

Eu me choquei. De novo. Quer dizer que Hermione já havia ficado assim antes?

- Não. – eu murmurei. – o irmão dele. Fred Weasley. – olhei-a de canto.

- Certo, certo. Querido, espere do lado de fora eu falo com você em um instante. – ela murmurou apressada.

Eu balancei a cabeça e saí da ala hospitalar. Fiquei do lado de fora encarando as duas portas trabalhadas em ferro aguardando noticias. Se algo acontecesse a ela eu o mataria.

Passaram-se pouco mais de cinco minutos quando as portas se abriram e madame Pomfrey me convidava silenciosamente a entrar.

- Você poderia chamar algum amigo da Hermione, senhor Malfoy? – ela disse cochichando.

- Eu sou amigo dela. – murmurei de volta irritado.

Ela não conseguiu escondeu o olhar de surpresa, contudo se recompôs rapidamente.

- Pois bem. Não sei se o senhor sabe, mas a senhorita Granger é introspectiva. Exageradamente introspectiva. – ela murmurou.

- E...? – eu disse impaciente.

Era obvio que Hermione era introspectiva, sempre guardando tudo para si, tentando ser forte.

- E que não é de hoje que quando a senhorita Granger passa por um forte... – ela ponderou as palavras. – estresse, ela acaba com crises.

Eu a olhei sem entender.

- Entenda senhor Malfoy, quando você sofre um machucado, e o ignora, ou tenta abafar a dor, você pode acabar um uma infecção. A senhorita Granger se faz de forte, mas isso acaba sendo descontado em enxaquecas, quedas de pressão ou vômitos.  – ela me olhou por alguns segundos.  – o seu agravante é que enquanto pessoas normais brigam e tiram satisfações ela internaliza tudo o que sente. A senhorita Granger vem parar na enfermaria uma vez por bimestre, no mínimo.

Tive mais vontade de socar o Weasley cópia. Era tudo culpa dele.

- Entendo perfeitamente. – engoli a raiva. – há algo que eu possa fazer?

Madame Pomfrey deu um triste sorriso.

- Não.

- Nesse caso, eu preciso resolver uma questão urgente. Se Hermione acordar diga a ela que eu venho vê-la mais tarde. – forcei um sorriso.

Dei as costas e saí andando furioso pelos corredores.  Eu fui aos jardins e lá estava aquele babaca, sentado sobre o velho carvalho, com os olhos fechados.

- SEU GRANDE IMBECIL! – eu gritei.

Ele se sobressaltou e me olhou primeiramente com curiosidade, mudando suas feições lentamente para ódio.

- EU DEVIA ARRANCAR SUA CABEÇA POR TRATÁ-LA ASSIM!

- Você enlouqueceu? Nem sei do que você está falando. – ele disse.

- HERMIONE! – eu agora estava em sua frente, ele havia se levantado e estava com a varinha em punhos. – ELA ESTÁ NA ALA HOSPITALAR POR SUA CAUSA, SEU POBRETÃO EGOISTA. COVARDE! SE VOCÊ GRITAR COM ELA NOVAMENTE EU LHE ARRANCO OS DENTES!

- EU NÃO FIZ NADA À ELA! – ele rebateu furioso, com um misto de choque em sua voz.

- VOCÊ NEM AO MENOS SABE COMO ELA É FRÁGIL NÃO É? – eu respirei fundo. – Você nem imagina, o quanto a machuca.

- Mas eu não briguei com ela pra valer. – ele estava se justificando, entre o ódio e o arrependimento. – e ela não é assim tão frágil. Hermione é forte.

- Ela tem que ser forte! Ela não tem escolha. Você Sabe ao menos o quão infeliz ela se sente? – eu me aproximei mais. – Não, pois ao invés de ser amigo, você fica bancando o palhaço!

- Não me venha falar de amizade! – ele me empurrou.

- Escute aqui. – eu disse ameaçadoramente. – não chegue mais perto dela.

- ELA É MINHA AMIGA, VOCÊ NÃO TEM O DIREITO.

Eu me irritei e sem pensar soquei-lhe a boca. Toda a ira que tinha eu descarreguei naquele movimento, fazendo o ruivo cambalear para trás.

- QUE TIPO DE AMIGO É VOCÊ, QUE DESCARREGA SUA RAIVA NELA A PONTO DE MANDÁ-LA AO HOSPITAL?

Ele se calou.

- HEIN? – Eu disse ainda gritando.

- EU NÃO SEI! EU SINTO MUITO! – ele passou os dedos entre os cabeços. – eu não queria que isso acontecesse. Eu vou ser melhor daqui em diante. Eu não vou mais machucá-la.

- você não tem muitas opções. – eu sibilei. – machuque-a novamente, que quem vai parar na ala hospitalar, é você.

Eu saí dali, antes que resolvesse mandar ele para a ala hospitalar hoje mesmo. Ela podia ser mais algo e mais forte. Mas eu estava com mais raiva.

Marchei até a Ala hospitalar, minha próxima aula começaria em poucos minutos, mas eu resolvi que daria uma olhada nela.

Entrei sem fazer alarde e caminhei até o seu leito. Ela estava com os lábios brancos e com os olhos fechados.

- Mione. – murmurei.

- Fred? – ela sussurrou fracamente.

- Não. – eu ajeitei uma mecha do seu cabelo que insistia em cair em seu rosto. – Draco.

Ela deu o fantasma de um sorriso.

- Que bom te ver. Me desculpe pelo trabalho, eu não queria incomodar.

- Você é minha amiga. Não foi incômodo.

- Draco, diga ao Fred, que eu sinto muito, e que eu peço desculpas.

- Você não fez nada errado.

Ela contorceu o rosto em choro.

- Mas eu não quero perdê-lo.

Eu suspirei. Não foi bem esse o recado que eu passei para Fred, mas de qualquer forma...

- Mione, eu vou para aula. Mais tarde eu volto ok? – eu murmurei lhe dando um beijo na testa. Ela não estava mais suando e não estava com febre.

- Você vai vir mesmo?

- Vou.

- E, por favor, fale com o Fred.

- Falarei. – eu me levantei. – agora descanse.

Ela assentiu e fechou os olhos, logo caindo em um pesado sono, fazendo um som que lembrava um leve ronronar.

Apressadamente saí daquela sala e fui andando em direção à ala do castelo, agora eu iria ter aula de poções.

Enquanto andava minha mente viajava e trabalha a milhões por hora. Minha vida estava de cabeça para baixo. Eu começava a desconfiar que o problema entre Fred e Hermione não era apenas amizade. Respirei fundo e entrei na sala. Automaticamente e sem pensar me sentei na mesa dos sonserinos. O burburinho parou assim que eu cheguei.

Aquele simples ato me preocupou, e eu voltei para a terra. Notei que todos me olhavam.

- Draquinho! – foi Pansy quem rompeu o silêncio. – Diga à eles que tudo isso é mentira e que você não está namorando a Sangue-ruim.

A pergunta se digeriu até que aos poucos fui entendendo. Alguém deve ter me visto com ela, ou deve ter me visto levando-a para a Ala hospitalar. Eu ri.

- Claro que não! – um suspiro irrompeu pela mesa da Sonserina. Meu sorriso se ampliou isso ia ser hilário. – Ela é só minha amiga.

Novamente um silêncio sepulcral se fez. Zabini teve um ataque de tosse e Nott teve que acudi-lo. Pansy fez um som que me lembrou um grasnado de ganso.

Acho que seria mais aceitável se eu tivesse dito que virei gay e resolvi usar um Tutu. Um Tutu cor de rosa e com cristais. Com cristais e rendas pretas.

- AMIGA?! – foi Goyle quem berrou, atraindo alguns olhares.

- Sim e queiram você ou não, eu vou continuar sendo amigo dela.

- Mas ela é suja, Draco! – Pansy choramingou.

- Ela não é suja. E eu não devo satisfações para vocês. – eu me irritei com o comentário dela. – E não quero mais ninguém importunando ela. – disse em um tom sério.

- Você está defendendo a Granger? Aquela sangue ruim, com cabelo de palha dentuça? Ora Draco, por que você precisa ser amigo dela quando tem à mim? – Pansy voltava a elevar o tom de voz.

- Ela é três vezes melhor que você! – eu disse me levantando. – E não ouse encostar nela, ou eu juro que vai se arrepender. – eu olhei cada um que estava naquela mesa. – e isto serve para qualquer um de vocês. – eu murmurei ameaçadoramente.

Felizmente minhas palavras surtiram efeito. Todos abaixaram os olhos voltaram aos seus afazeres, Nott inclusive me passou um caderno que eu havia perdido. Eles não seriam malucos de discutir comigo. Pansy ficou vermelha de raiva e teve que engolir o orgulho. Garota mimada irritante. Sua raiva reprimida a deixou com uma careta de ódio. Decidi que tomaria mais cuidado com a Hermione, afinal não sei do que esta louca é capaz. Acho que na cabeça dela eu sou sua propriedade e que nós vamos nos casar algum dia.

- Bom dia turma, página 114, por favor. – eu me sobressaltei ao notar que Slughorn havia entrado na sala.

Abri o livro sem prestar atenção no que eu fazia, minha cabeça estava cheia de pensamentos, e o meu prazo estava acabando.

Mas antes de me preocupar com Pansy, poções ou as barbaridades que me foram encaminhadas, eu arranquei um pedaço de pergaminho e comecei a escrever a contra gosto para aquela cenoura ambulante duplicada.

Para: Fred Weasley

Lumbriga Ruiva;

Tenho um recado, e te escrevo contra a minha vontade.

Só estou fazendo isso pela Hermione, por que ao contrários de você, eu me preocupo com ela.

{...}

Eu comecei a carta sentindo aquela velha raiva crescer.


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Notas finais do capítulo

CHEGA! AGORA EU VOU DORMIR!

IUEHEIUEHIUEHIUH'


Queria agradecer do fundo do coração aos leitores, tanto aos assumidos, quando aos gasparzinhos por lerem.

Até a próxima.

POR HOJE É REALMENTE TUDO PESSOAL!

*Malfeitofeito*