P.O.V. Elizabeth Wentworth Lee

-Ah meu deus, o que aconteceu?!- Perguntou Mione assustada.

– Nem imagino- Menti fingindo estar assustada.

Arrumei tudo enquanto brigava mentalmente com o sono que já me envolvera faz horas. Mione me ajudou e logo em seguida fomos dormir. Acordei bem cedo no dia seguinte e quando desci para o salão comunal junto de Mione, Harry e Ron já nos esperavam em meio a cochichos.

-Eliza- Começou Harry- Ontem anoite, você não nos disse o que aconteceu. - Disse Harry se referindo ao momento quando eu abri o diário

-E como você sabe que há um Basílio em Hogwarts?- Perguntou Ron e Mione o corrigiu – Um Basilisco Ron, não Basílio, Basilisco. – Ele deu de ombros. -Bem, eu encontrei um caderno velho jogado no banheiro da Murta Que Geme. - Ótimo, uma boa dose de mentira no café da manhã e tudo ficaria melhor. Como eu odiava mentir... – E de repente quando eu o abri, era como se uma pessoa falasse comigo, como se o diário pudesse escrever para mim- os três me olharam intrigados e eu continuei- E então, do nada, eu fui levada para anos atrás e vi quando um tal de Tom Riddle acusando Hagrid de ter aberto a câmara secreta. – Os três se entreolharam preocupados e então eu disse

- Mas acontece que nas férias eu resolvi pesquisar sobre Voldemort – Ron e Mione estremeceram com a menção desse nome – e Tom Riddle é o seu verdadeiro nome. Depois que terminei de falar os garotos passaram alguns segundos refletindo sobre o que eu disse quando Mione interrompeu o silencio: _ Isso só pode significar que foi Tom Riddle que abriu a câmara da primeira vez, e culpou Hagrid, o que fez com que o mesmo fosse expulso de Hogwarts.

-E também não foi o Malfoy quem abriu a câmara secreta desta vez- Eu disse.

-Como?- Harry perguntou atônito ao que eu acabara de falar, pois para ele, Malfoy sempre seria o culpado, e na maioria das vezes Harry estava certo. -Como eu disse, eu estava com o diário dele e só com uma noite ele me fez desmaiar e voltar ao passado- Comecei - E então ontem anoite meu quarto apareceu revirado e notei que o diário sumiu. O que só pode significar uma coisa, que Voldemort está usando o diário para controlar alguém, para que esta pessoa abra a câmara.

-Isso!- Disse Mione ao mesmo tempo radiante pela descoberta e desapontada por não ter sido ela quem a fez.

-E tem mais- Continuei- Só pode ter sido uma menina, pois garotos não podem entrar nos dormitórios femininos, e era alguém da Grifinória, pois ninguém mais conseguiria entrar aqui no salão comunal. -Mas e o basilisco, como você descobriu?- Ron perguntou curioso. Mas antes que eu pudesse dizer algo Mione disse:

_É obvio, Harry e ela são Ofidioglota, ou seja, falam com as cobras. E então de repente eles ouvem vozes vindas da parede, ou no caso, dos canos, e bum! Pessoas aparecem petrificadas. Só pode ser o Basilisco. Ou como você disse Ron, Basílio. - Ela disse e Ron fez cara feia para ela.

-E agora, o que nós faremos?- Harry perguntou.

-Esperaremos para ver qual será o próximo passo de Tom Riddle- Eu disse pensativa.

-E que tal irmos comer?- Sugeriu Rony se levantando do sofá e indo em direção ao buraco do retrato. E assim a semana foi passando, eu acordava cada dia mais preparada para destruir a primeira Horcruxe. Pensava em todas as estratégias e já tinha toda ideia pronta em minha cabeça. Eu ofereceria a todos o seu momento herói. Era sábado, melhor, era hoje! (¬.¬) digo, era hoje que Tom Riddle iria perder o primeiro pedaço da alma! Já era à tarde quando avistamos os dizeres em sangue na parede avisando que havia uma aluna na câmara secreta.

-Quem é?- Alguém perguntou.

-Gina Weasley- Outra respondeu e Ron quase teve um infarto ao meu lado.

-O que?! Nós temos que ir lá, agora!- Ele disse preocupado.

-E nós vamos- Eu respondi- Mas antes vamos voltar à torre da Grifinória.

-O que? Ficou louca? Minha irmã está lá na porcaria da câmara secreta e você quer voltar pra torre?- Ele estava descontrolado, fato.

-Para de escândalo Rony, o que vou fazer é pro bem de todos- Eu disse e me virei indo pra torre da Grifinória, sem me importar se iriam ou não me seguir. Não, eles não me seguiram. Só Hermione veio, ela correu a toda velocidade e parou ao meu lado. E confesso que isso doeu um pouco, mas eu respirei fundo e passei pelo buraco do retrato entrando no salão comunal que estava cheio. Subi em cima de uma mesa e comecei a gritar.

-O que vamos fazer?- Mione perguntou antes de eu subir na mesa.

-Você verá- Eu disse. -SILENCIO! SILENCIO POR FAVOR!- Ótimo, agora todos olhavam para mim.

-Pessoal, uma aluna da Grifinória, Gina Weasley, foi levada para a câmara secreta- Eu comecei a dizer e começou o tumulto. –SILENCIO! Eu sei como chegar até lá, e vim saber se algum de vocês tem coragem o bastante para ir comigo até lá e salvar a garota. - Eu disse e Percy saiu empurrando a todos enquanto brandia:

_ Não, sobe a minha vigilância ninguém irá até câmara nenhuma, não irão infringir as leis- Ele disse irritado e eu respondi:

_Percy, peço desculpas pela grosseria, mas eu não me importo se terei de passar por você, Apenas por um momento abra os olhos e veja o que realmente está acontecendo! A SUA IRMÃ MAIS NOVA ESTÁ PRESA NA CÂMARA SECRETA E VOCÊ PREFERE QUE ELA MORRA A DESRRESPEITAR AS LEIS!

-Não fale nesse tom comigo! Detenção para você! Detenção!- Ele disse irritado.

-Então é pra todos nós- Disse Fred vindo para o meu lado seguido por Jorge e mais uma meia dúzia de alunos.

-Nós desceremos até a câmara secreta, e ninguém nos impedira!- Disse Jorge.

Foi fácil passar por Percy. Nós descemos as escadas até encontrarmos com Harry, Rony e Hermione no meio do caminho, no mesmo lugar em que tinham ficado, mas Rony agora já estava louco.

-O que é isso?- Perguntou Rony e eu reuni todo o meu orgulho para passar silenciosamente por Rony e me virar para Harry e dizer:

_ Apesar de eu achar que você não vai querer me seguir, sugiro que venha, você sabe quem estará lá e só você pode derrota-lo.– Eu disse e Harry veio atrás de mim, junto de Rony.

-Eliza eu... – Harry começou a dizer, mas eu o interrompi.

– Não estou chateada com você, ele é seu amigo, eu entendo.

-Ele não poderia ficar sozinho aqui, faria uma loucura- Ele disse e eu sorri concordando. Entramos no banheiro da Murta Que Geme e eu e Harry abrimos a câmara.

Era agora, ou nunca.