Kimi To Boku escrita por Bei


Capítulo 2
Promessa


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que gostem do segundo e "final" capítulo, eu me esforcei bastante em escrevê-lo na aula de matemática AHSUHASUHASUHASUHASUSAH e agora tem até foto, super chique.
Boa leitura, minna ;3



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Anteriormente:

"– Gostando... De alguém...? – Ele disse, respirando vagarosamente e ainda tentando processar a informação – É da Shura-san...? Ou é da Shiemi...? – Ele riu – Se relacionar com alunos é muito tabu, você sabe né...

– N-não Nii-san, não é delas – Ele encarou o irmão, ainda corado – É-é... É de... Vo-você."


O moreno mudou a expressão. Não soube o que dizer, e também não tinha muitas forças para isso.

– DE-DESCULPE! – Gritou Yukio nervoso, que sem perceber, deu outro puxão na cauda que ainda segurava.

– Ahn, Yukio... – Gemeu o mais velho, com a dor intensa que tirava todas as suas forças e o deixava ofegante – Pare...

O semi-demônio não tinha mais forças nem para continuar encarando o irmão, caindo deitado sobre seu peito.

– Nii-san... – O rapaz de cabelos castanhos começou a sentir remorso. Se revirou para sair da posição e então levantou o irmão e o colocou na sua cama, para que pudesse descansar.

Na cozinha, Yukio encarava a sacola de compras, mergulhado em seus próprios pensamentos, “Eu não queria contar...”. Chacoalhou a cabeça para afastar os pensamentos e decidiu tomar um banho para conseguir pensar melhor.

– Agora, a merda já está feita mesmo – Ele resmungou, seguindo para o banheiro. Então se chocou – AH! A falta de educação da Shura está me contaminando também!

Entrou no banho com mil coisas na cabeça, saiu com duas mil. Após se trocar, Yukio entrou no quarto, seu irmão ainda estava dormindo, recuperando as forças. O irmão mais novo sentou-se na cama na frente de Rin, que apertava os olhos, provavelmente por algum sonho ruim. O de óculos colocou delicadamente suas mãos sobre os olhos e parte do nariz de seu irmão, para mostrar que estava tudo bem. Essa era uma coisa que o “pai” deles, o falecido Fujimoto Shiro, costumava fazer sempre que os meninos tinham pesadelos. Fazia isso e dizia que estava lá, que iria protegê-los.

– Posso não ser tão forte quanto você, Nii-san – Ele disse, abaixando o rosto e chegando perto da parte descoberta da face de Rin – Mas eu estou aqui... Tentarei meu melhor para protegê-lo.

O mais velho deu um sorriso contente, ainda dormindo, o que fez Yukio suspirar aliviado e triste ao mesmo tempo.

– Que bom que está tudo bem – Ele levantou o rosto – Desculpe pelo incômodo, Nii-san.

E com isso, deu um beijo na testa do irmão e saiu andando, tentando conter uma lágrima que insistia em correr por seu semblante. Foi interrompido por uma voz fraca que cortou o silêncio do quarto:

– Yukio... Você... Não é um incômodo... – Resmungou o irmão mais velho, ainda dormindo, misturando sonhos e realidades, coisa que ele costumava fazer – Você... É o meu onii-chan...

Essas palavras mexeram com o irmão mais novo, que corou e não conseguiu conter as lágrimas que surgiram, e então saiu correndo do quarto, desesperadamente confuso, chorando. Escorou-se na parede, sem saber o que fazer, sem saber como reagir, apenas chorando. Pegou o telefone e atendeu a chamada, era do diretor do colégio, o também exorcista, Mephisto Pheles.

– Moshi, moshi! – Disse a voz alegre e costumeira do diretor – Okumura-kun! Precisamos conversar, nesse exato instante! ~

– Me-Mephisto-san – Ele gaguejou, ao mesmo tempo em que tentava esconder a voz de choro – É algum trabalho importante...?

– Não chega a ser um trabalho, mas é de extrema importância – O exorcista não pode ver, mas ele soube que o diretor sorriu naquele instante – Não saia de casa e fique de olho em seu irmão ~ Um pássaro me contou que ele está sofrendo de “fraqueza caudal”... Cuide bem dele que ele irá melhorar!

– O-O-O QUE?! – Yukio corou violentamente, o vermelho ressaltando o azul de seus olhos por trás dos óculos – Co-Como sabe disso, Mephisto-san?!

– Oh, tenho de resolver uns assuntos urgentes, depois nos falamos!

– E-Espere...!

– Ja nee, Okumura-kun ~

A linha do telefone ficou muda. Junto com o choro do rapaz, que estava decidido a cumprir uma promessa feita anos antes. Prometeu parar de depender dos outros, se tornar mais forte. Ele iria resolver aquela situação por conta própria, conversando direito com seu irmão quando ele estivesse melhor. E falando em irmão, como ele estava descansando ainda, Yukio decidiu que iria fazer o jantar aquela noite.

Rin acordou com um cheiro estranho vindo de fora do quarto. Ainda um pouco dolorido da mordida em seu ponto fraco, levantou-se com certa dificuldade.

“Rin... Está tudo bem?” – Perguntou o Gato Sith que o adotara como mestre, falando por telepatia.

– Tudo sim Kuro – Ele sorriu – Só estou um pouco dolorido, e... QUE CHEIRO É ESSE?!

“Yukio.” – Respondeu o gato de duas caudas, tranquilamente.

O filho de Satã não pensou duas vezes em sair correndo e ver o que estava acontecendo com seu irmão e ajudá-lo. De repente, viu fumaça, e então seu coração acelerou e ele ficou ainda mais preocupado.

– YUKIO! – Ele gritou, enquanto descia a escada correndo – Onde você está, Yukio?!

– NII-SAN! – Respondeu, a voz abafada pela fumaça – Na cozinha, Nii-san! *cough*

Rin apertou os olhos azuis e atravessou a cortina de fumaça, demorando um pouco para achar o irmão agachado perto da geladeira, e pegando-o no colo, o levou para fora do alojamento para respirar direito. Voltou para a cozinha para controlar a fumaça e desligar o gás e conter outras coisas que poderiam ser perigosas. Ao voltar, foi recebido com uma tosse e lágrimas.

– Nii-san, e-eu...

– YUKIO, A MINHA COZINHA! – Ele choramingou, sentindo na alma o desperdício de comida e os estragos materiais à sua amada cozinha – O que aconteceu...?

– E-Eu resolvi fazer o jantar, já que você estava descansando...

– Mas... Nem o pior cozinheiro do mundo deixaria salmão queimar e encher a casa de fumaça!

– Me desculpe... E-Eu só não queria incomodar seu descanso... Eu já causei tantos problemas para você, eu só queria tentar me redimir e...

– AWWWWWWWN YUKIO! ~ ♥ - O semi-demônio sorriu e abraçou o irmão – Baka! Não precisa se desculpar, eu mereci uma parte... Mais importante que isso... Você está bem?

– N-Nii-san... – O mais novo corou e ficou sem reação – Graças a você, sim... Não queria sempre ter de ser salvo por você, nem causar tantos problemas... Me desculpe...

– Idiota – Sorriu – Pare de se desculpar por tudo! Não foi você que disse que iria se tornar mais forte? Demonstre sua força e encare a verdade de frente.

– Nii-san... Eu estou errado de amar você...?

– Se estiver... Então eu também estou – Ele apertou mais o abraço – Eu te amo,Yukio.





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Notas finais do capítulo

-MAS E AÍ? Esse é o final?
-Sim e não.
Sim, é o final dessa história. Você pode ler até aqui, isso é um final.
Não, se você não se conformar com esse final fofo, a parte ~ caliente ~ estará disponível (algum dia) numa outra fic. Eu lembrarei de postar aqui, eh.
Beijos e obrigado por lerem até aqui ♥