Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 14
O problema é ele...


Notas iniciais do capítulo

Oiii *-* hehe' desculpem pela demora! Mas eu espero q gostem e boa leitura =)
A musica do capitulo: http://www.kboing.com.br/adele/1-1071155/#
Enjoy =*



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Já fazia quase 15 minutos que a aula de Poções começara, no entanto, ele ainda não chegara. Batuquei os dedos nervosamente na mesa. Não que eu estivesse nervosa, estava apenas impaciente.

Suspirei abrindo meu livro de Poções na página sobre a Amortentia. A porta da sala se irrompeu quebrando o silêncio absoluto.

Passos rápidos soaram e embora eu não me importasse, dentro de mim meu coração se acelerava mais e mais a cada instante, o ar faltava em meus pulmões e minhas mãos suavam.

- Desculpe pelo atraso, professor... – sua voz aveludada – e que soava tão bem aos meus ouvidos – disse em um tom formal e controlado, embora eu pudesse perceber que estava ofegante.

- Oh! Pode se sentar, Tom – sabia que naquele momento o Prof. Slughorn exibia um largo sorriso ao seu aluno predileto – Mas que isso não se repita. Tudo bem?

Os passos voltaram a soar e um ar fraco bateu contra os meus cabelos forçando-me a fitá-lo. Levantei os olhos em direção aos seus. Ele continuava em pé e mesmo que não demonstrasse nenhuma expressão ou emoção em seus olhos, sabia que se perguntava o que diabos eu fazia ali.

Seus olhos se fixaram há 3 carteiras atrás da minha e soube que localizara Abraxas, ao lado de Sue. Ele abriu a boca, prestes a dizer algo quando o Prof. Slughorn pigarreou reiniciando a sua matéria.

Tom apressou-se a se sentar ao meu lado e o calor que emanava de seu corpo me envolveu juntamente de seu perfume.

- O que diabos esta fazendo aqui? – sussurrou ele sob a voz alta do professor.

- Bom dia pra você também, Riddle – murmurei sarcástica – Eu estou ótima e você?

Ele bufou revirando os olhos de uma forma que pareceria infantil a qualquer outra pessoa, no entanto, o modo que ele fizera tornava-o mais sedutor ainda. Cerrei meus punhos bloqueando aqueles pensamentos sem nexo.

- O que esta fazendo aqui? – repetiu ele.

- Não percebeu ainda? – perguntei – Seu amigo está apaixonado por Sue.

- Abraxas? – perguntou ele perplexo.

- O único – revirei os olhos.

Tom abriu a boca prestes a dizer algo – que deduzi ser algo nada educado – quando o Prof. Slughorn iniciou a aula prática.

- Vocês farão a poção Amortentia, os ingredientes estão em seus livros, página 78 – falou ele com seu costumeiro sorriso largo – Individualmente. Boa sorte!

Ele largou seu livro na mesa e sentou-se em sua cadeira pegando seu outro livro e começando a lê-lo.

- Impossível... – murmurou Tom ao meu lado – Abraxas nunca se...

- Apaixonaria? – completei fitando-o – Não se controla o coração, Riddle. É errado amar, por acaso?

- No meu ponto de vista sim... – voltou ele a sua frieza enquanto acrescentava os ingredientes em seu caldeirão acesso – Amor é um sentimento tolo, estúpido que desvia nossos objetivos tornando-nos bobos apaixonados.

- É isso que pensa? – perguntei com incredulidade – Se não percebeu, você que esta sendo um tolo e estúpido!

Ele soltou uma risada seca, sem humor. Escárnio.

- Como sabe que amor é isso se nunca se apaixonou? – continuei e me arrependi pelo o que eu dissera, tarde demais.

- Sabe algo da minha vida, Srta. Legrand? – embora sua voz estivesse controlada, conseguia sentir a raiva e a rispidez emanar de cada palavra.

Engoli a seco amaldiçoando-me internamente.

- Não... – murmurei incerta – Quer dizer... Se essa é a sua percepção do amor, parece-me que nunca se apaixonou verdadeiramente.

- E você, Srta. Legrand? – virou-se ele para mim suspirando cansadamente. Suas sobrancelhas se arquearam – Já se apaixonou?

- Isso interessa a você? – rebati começando a me irritar com o rumo do maldito assunto.

- Claro que não... – ele abriu um sorriso de escárnio, que de alguma forma combinava perfeitamente em seu rosto.

Houve um minuto de silêncio entre nós, embora, as pessoas ao redor cochichavam em murmúrios baixos sobre o resultado de suas poções.

- Sr. Riddle, Srta. Legrand! – o Prof. Slughorn chamou a nossa atenção – Apressem-se!

Quebramos nossa troca intensa de olhares e nos voltamos aos nossos caldeirões.

- O que pensa que esta fazendo? – perguntei ao segurar o braço de Tom, antes que ele despejasse o pêlo de unicórnio no caldeirão. A aula já estava quase no fim, a aula semi vazia sobrando apenas nós e mais um dupla que tinha dificuldade em deixar a poção na cor que deveria ficar.

- Não se coloca pêlo de unicórnio na Amortentia, Riddle! – exclamei impaciente. Queria apenas acabar aquilo e sair daquela sala onde o cheiro doce e enjoativo inundava. Havia tantas fragrâncias que tornava a mim impossível de diferenciar uma delas, no entanto, o perfume de Tom se destacava entre todos os outros cheiros, e parecia mais forte do que o normal.

- Claro que se coloca, Legrand! – falou ele rude me fuzilando com os olhos – Não me contrarie!

- Você nem sequer esta com o livro! – apertei com mais força seu braço.

- Não preciso do livro – murmurou ele – Eu já sei de cor.

- Ah! Já decorou tantas vezes o livro que esta prestes a colocar pêlo de unicórnio na Amortentia – exclamei sarcástica.

Em um movimento rápido, não era eu que segurava seu pulso, era ele que segurava o meu em um aperto firme e forte. Seus olhos penetrantes sustentaram os meus e não ousei quebrar o contato visual.

- Vamos, então! – continuei em um tom de desafio – Coloque o pêlo de unicórnio!

Arqueei as sobrancelhas assistindo-o despejar o ingrediente no caldeirão acesso. A poção lilás aos poucos se tornou verde neon.

- Esta vendo? – perguntei esboçando um sorriso vitorioso – A poção deveria estar rosa choque – apontei para a minha poção.

Ele rapidamente soltou meu pulso agarrando seus livros e se retirando da sala de forma brusca. E sem pensar, fui logo atrás dele tentando acompanhar seus passos.

- Qual é o problema dessa vez? – perguntei seguindo-o para os arredores do castelo. O vento de outono soprava gélido.

Ele acelerava cada vez mais os passos, no entanto, continuavam majestosos e silenciosos. Segurei seu braço tentando pará-lo.

- Tom! – exclamei – Qual é o problema?

- O problema? – ele perguntou irônico virando-se para mim de forma brusca – Sabe qual é o verdadeiro problema? O meu problema é você!

A aquela altura já estávamos na beira do Lago Negro. O sol da manhã era fraco passando pelas altas árvores.

- O quê? – perguntei confusa.

- O problema, Michelly Christinny... – me arrepiei ao ouvir meu nome saindo de sua voz, como uma carícia – é você... – sua voz farfalhou e sua expressão até aquele momento fria, amoleceu.

Ele deu alguns passos em minha direção e meu corpo de repente, não obedecia mais as minhas coordenadas.

Fechei os olhos sentindo sua respiração morna bater mais perto. Suas mãos pararam em meus braços impedindo que eu me afastava embora eu não tivesse mais controle sobre meu corpo.

A respiração parecia mais perto a cada instante que pensamentos estranhos me vinham a mente. Mais perto...

Mais perto...

Seus lábios rapidamente colaram aos meus e seu perfume entorpecente entrou pelas minhas narinas fazendo com que a minha sanidade seguinte se esvaísse.


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