Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 13
Não me acorde...


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora pessoal o/ mas eu espero q gostem e boa leitura =) hehe'
A musica do capitulo: http://www.youtube.com/watch?v=D5tveb4KwW4
Enjoy =*



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- Me diga então... – insisti.

Ele suspirou, levantando seus olhos para mim, fitando-me por sob os longos cílios negros.

- Eu sou apaixonado por Suzannah Rowle – declarou por fim.

- Sue? – perguntei repetindo a mim mesma, mentalmente. Os olhos azuis de Abraxas fitavam-me enraivecidos – Bom... O que há de mais nisso?

Ele soltou uma risada sem humor e virou-se para mim.

- Olhe para mim Legrand... – falou – Sou um idiota! Arrogante... Estúpido! Suzannah é a garota mais doce da Sonserina! Me responda... Por que diabos ela se interessaria por mim?

Ele se soltou do meu aperto e virou-se em direção a porta do banheiro prestes a sair. No entanto, segurei seu braço.

- Eu posso ajudá-lo! – exclamei.

- Não... – ele balançou a cabeça negativamente ainda sem me encarar – Não pode! E afinal... Por que quer me ajudar?

- Não quero que ela namore o idiota do Devon! – logo, percebi o que dissera e vi sua expressão desmoronar de vez.

- Obrigado, Legrand... – murmurou soltando-se de mim novamente e saindo do banheiro rudemente.

Permaneci longos minutos parada olhando para o meu reflexo no espelho empoeirado. Suspirei e por fim, andei para fora do banheiro empurrando a porta com violência.

Olhei para o lado encontrando os tão conhecidos olhos verdes. Abri a boca prestes a contestar e logo a fechei, percebendo que não haveria nada para se contestar.

E sem perceber, meu corpo se colidiu com outro e antes que eu caísse no chão, mãos firmes me seguraram e instintivamente olhei para cima encontrando olhos hipnóticos. Castanhos esverdeados. Uma combinação de cores perfeita que até aquele momento não percebera o quanto era bela.

Pisquei várias vezes forçando a mim mesma a sair da profundidade dos olhos de Tom Riddle. Podia sentir sua respiração morna bater contra o meu rosto e por algum motivo, forçava a mim mesma a não suspirar e controlar meus batimentos cardíacos absurdamente acelerados.

Afastei-me dele hesitante, porém, suas mãos permaneceram em minha cintura perpassando seu calor para mim.

Seus olhos se fixaram na porta do banheiro masculino e depois se voltaram para mim, fazendo uma pergunta silenciosa.

- Eu... – me calei – sei... Banheiro masculino...

Ele reprimiu os lábios tentando esconder o sorriso sedutoramente sexy. Suas mãos se soltaram de minha cintura.

- Às vezes... Há problemas que não podemos resolver – murmurou colocando as mãos para trás – No caso de Abraxas, é algo que apenas ele pode mudar...

- O que há de errado na família dele? – perguntei e ele balançou a cabeça negativamente soltando um risinho.

- Crises familiares, Srta. Legrand... – murmurou – Deixei-o...

Ele passou por mim esvoaçando sua capa preta e meus olhos instintivamente seguiram seus passos até ele dobrar o corredor.

- Sei que dói... – murmurava ele.

Era um sonho... Ou apenas uma alucinação de minha consciência. Ainda não havia me decidido entre os dois.

Poderia ser um sonho, por eu estar quase íntima de Tom Riddle. E poderia ser uma alucinação, por eu ter controle de tudo, como se eu entrasse em outro mundo.

- Como sabe? – indaguei de repente. Ele, que antes estava com os olhos fixos no nada virou-os para mim, fitando-me.

- Eu sinto... – falou e levantou a mão colocando-a no meu peito, sobre o bater arrastado do meu coração. Sua mão fria foi como um anestésico na ferida em meu coração. Ele se acelerou rapidamente e Tom sorriu – Esta vendo?

- O que você esconde? – perguntei em um sussurro.

- Por que quer tanto saber? – perguntou ele arqueando a sobrancelha.

Abaixei os olhos e fitei meus próprios pés. A verdade era que eu queria de uma vez por todas desvendar o mistério que havia nele, o mistério que tanto me intrigava a ponto de eu ter sonhos incomuns.

- Esta na hora de acordar, Michelly –acariciou meu nome e eu voltei meus olhos aos dele.

- Não quero acordar... – murmurei.

- Por que não? – deitou a cabeça de lado fitando-me com curiosidade – Pensei que não gostasse desses sonhos...

- Aprendi a gostar... – eu o cortei – Não quero acordar... Quero ficar aqui, ao seu lado.

Ele riu sem humor e pegou delicadamente minha mão levando-a até seu peito sobre as batidas aceleradas de seu coração.

- Esta sentindo? – perguntou e eu assenti – É você que me causa isso...

Ele aproximou seu rosto do meu e eu fechei os olhos sentindo sua respiração morna bater contra o meu rosto. E quando seus lábios roçaram nos meus, senti minha consciência voltar. Voltei a sentir o cheiro do perfume caro de Amanda, pairando pelo ar. Pude voltar a ouvir os passos saltitantes de Sue e sentir o vento frio bater sobre mim que passava pela janela aberta.

Abri os olhos lentamente e por algum motivo, me lamentei por ter acordado. Era totalmente irracional. Eu já não sabia o que sentia em relação a Tom Riddle. Ódio, rancor, uma paixão boba e passageira? Os sentimentos pareciam ter sido misturados tornando-se um só.

Mas, eu sabia apenas de uma coisa.

Ao lado dele, eu me sentia bem. Sem dor, sem tristeza... Apenas eu e ele.

Segunda feira. Eu estava ansiosa para ir a aula de Poções, talvez por que o Prof. Slughorn daria a matéria tão esperada por mim, a Amortentia, ou talvez por que Sue estaria ali comigo tagarelando ao meu lado, ou até por que era uma aula calma e a minha preferida, mas o verdadeiro motivo era por que Tom Riddle estaria ali. Sim... Irracional, sem dúvidas.

Mas, eu não me importava. Há muito tempo, as coisas deixaram de ser racionais para mim e desde então, vivi praticamente como um zumbi vagando pelo mundo com uma ferida cravada no peito e que se algum dia ela se curasse, sem dúvidas, ainda haveria a cicatriz.

Logo que adentrei na sala, senti alguém me puxando pelo braço de forma um tanto rude. Soltei-me rapidamente e olhei para o lado encontrando os olhos gélidos de Abraxas Malfoy.

- O que quer? – perguntei ríspida.

- Preciso que se sente ao lado de Tom... – sussurrou.

- Por quê? – perguntei.

- Por que aí... Eu – ele olhou para baixo – me sentarei ao lado de Suzannah...

- Por que eu faria isso?

- Quer me ajudar, certo? – ele voltou seus olhos para mim – Se quer... Faça isso..

Olhei para a carteira vazia logo à frente, onde Abraxas e Tom se sentavam. Engoli a seco e assenti minimamente. Apertei nervosamente a alça da bolsa.

- Hey... – ele continuou em um sussurro e fitei-o – Obrigado...

Ele rapidamente se afastou e foi se sentar ao lado de Sue. Ela, por sua vez, me lançou um rápido olhar confuso e eu apenas dei de ombros.


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