Rediscovering Love escrita por Leticia Di Angelo, Now You See Me


Capítulo 6
A Mais Linda Das Princesas


Notas iniciais do capítulo

Gente me matem, eu deixo e mereço (Caixetinhaa). A culpa é toda minha por ter demorado, pq eu to com uma certa crise de criatividade e se nao fosse a Leticia di Angelo que tivesse começado o cap, ele nao tinha saido x: desculpe-me. Mas ta ai o cap.
Ele vai dedicado lindamente para a JuliaMed que mandou uma linda recomendação *-* brigada lindona *-*
agora... a leitura...



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POV Manu


Já havia se passado dois dias que estávamos no internato. As aulas iriam começar amanhã, por isso toda hora chegava gente nova. Annabeth fez uma amiga, acho que seu nome é Alice, sua companheira de quarto, o que me deixou feliz, já que ela veio para cá obrigada e teve que deixar seu lar e amigos.

Lucas ainda está sozinho em seu dormitório, parece que a vaga do quarto dele vai ficar vazia por um tempo. Percy está dividindo com um menino da mesma idade dele, surgindo outra amizade.

Todos eles estão fazendo isso por mim. Saíram do acampamento, de seus amigos, do seu lar, do lugar onde estão protegidos, correndo o risco de sermos atacados a qualquer momento. Tudo isso para me proteger, o que me deixa feliz.

Mas não importa o quanto de amigos bons eu tenha ao meu lado, querendo me proteger, eu só vou me sentir bem quando ele estiver ao meu lado. Fico esperando, contando os segundos, sem pressa. Eu sei que ele vai me encontrar.

Só que ele não deu mais nenhum sinal, nenhuma outra rosa, mas isso não vai me fazer desistir. Ana continua sendo a única que sabe sobre tudo isso, e ela me apóia muito. Percy desconfia, acho que ele até tem certeza, mas ele não diz nada, esse assunto não é tocado quando conversamos, parece que ele até esqueceu tudo isso, mas eu vejo em seus olhos que ele está preocupado.

A idéia de ficar aqui no internato não me agrada muito. Esse lugar não me traz boas lembranças, de toda vez que fomos atacadas, tiramos notas baixas, mas principalmente por sofrer com elas. No internato existem algumas meninas, para ser mais correta duas meninas, que eu tenho vontade de matar elas só de olhar para elas.

Parece filme americano, sabe? Aquelas patricinhas que usam roupas extremamente curtas e ficam rebolando por aí, tirando a atenção de todos os garotos. Garotas que são bonitas, mas não deve ter cérebro, e que sempre nos atormentaram. Meu pior pesadelo desse internato não são os professores e sim elas.

E para minha vida piorar mais ainda, elas ainda estão nesse internato.

–Parece que a idiota voltou. – uma delas, a Isabela, disse quando eu passei pelo corredor.

Ignorei a gangue e desviei, mas elas me impediram.

–Onde estava esse tempo todo? – a outra, Carol, disse.

–Em um lugar melhor do que aqui. – eu disse para mim mesma.

–Por que voltou, então? – a outra, Maria Luiza, disse. – Sentiu nossa falta?

–Tenha certeza que não, mas tive que voltar. – eu disse.

–Pensávamos que você estava presa ou até morta. – Carol disse.

–Pensaram errado. – eu disse.

–Pois então, sua vida vai ser um inferno a partir de hoje. - Isabela disse.

–Acredite, ela já é. – eu murmurei.

–E o que você ficou fazendo esse tempo todo? – Malu disse – Se drogou? Fugiu?

–Eu acabei passando pela maior aventura de minha vida. – eu disse.

–Oh! Salvou o mundo e encontrou seu príncipe? – Isabela disse com sarcasmo.

–E se foi? Algum problema? – eu disse e as três começaram a rir.

–Como se você fosse forte a ponto de salvar o mundo. – Carol disse.

–Ou bonita a ponto de alguém se apaixonar por você. – Malu completou.

–Posso não ser bonita ou tão forte – eu disse – Mas tenho uma coisa que vocês não tem: inteligência. E sim, alguém se apaixonou por mim.

–Ela está mentindo. – Isabela disse – Se alguém se apaixonou por você, prove!

Eu ia dizer alguma coisa, mas a Malu jogou um copo de suco na minha roupa.

–Ops! – ela disse – Foi um acidente, desculpa.

As três saíram rindo e murmurando coisas como: Se apaixonar por ela? Ou até: Como ela é idiota!

Virei para trás e acabei trombando em alguém, vi que era Percy. Ele me olhava com dó, vi que ele tinha visto tudo.

–Viu o porquê de eu não querer vir para cá!? – eu gritei e sai correndo.

Fui até meu dormitório e troquei de roupa, depois fui até o meu lugar e o do Nico, que nós nos encontrávamos.

Chegando lá, varias lembranças me invadiram. Quando eu vi o Nico pela primeira vez, quando ele me deu um susto, quando tentei ensinar ele como usar meus poderes com a água, quando demos nosso primeiro beijo, quando ele me pediu em namoro... Tantas lembranças que me fizeram começar a chorar.

Sentei na grama macia, mas que agora estava um pouco amarela. Parecia até que a grama precisava de mim e do Nico para ficar verdinha. Usei meus poderes para pegar um pouco da água do lago e joguei na grama, ela não devia ter sido cuidada há muito tempo.

Um tempo depois, por pura mágica, a grama começou a ficar um pouco mais verde. Eu achei estranho, isso não pode acontecer. Mas aconteceu. A grama, aos poucos, ficou verdinha, como se tivesse alguma coisa na água. Passou-se mais um tempinho e uma flor começou a brotar.

Foi apenas uma flor. Deitei-me na grama e fiquei a observando. Passou-se 30 minutos e a flor se abriu por inteiro, revelando uma linda rosa negra. Ele esta brincando comigo? Como ele consegue ser tão perfeito? Como ele fez isso? Pediu para Perséfone?

Deitei na grama rindo que nem uma retardada, não esperava por isso, não mesmo. Fiquei com muita dó de tirar a flor da grama, então a deixei lá, paradinha. Senti alguém me observar e disfarçadamente olhei para a entrada.

Só dava para ver metade do rosto da pessoa que me observava, mas logo o rosto desapareceu. Eu reconheceria aqueles olhos verdes de longe. Percy vai ficar me observando e me seguindo até quando? Deixa eu ter minha vida, poxa!

Sai do meu lugar, feliz. Soube que ele esteve ali, e mesmo de longe cuidou de mim, e isso me deixava estranhamente bem. É o amor transforma as pessoas de um jeito incrivelmente bizarro. Elas ficam bobas e nem pensam nas consequências de realizarem certos atos insanos. Experiência própria.

Andava tranquilamente pelos corredores do internato, em direção aos dormitórios, pois ainda tinha muita coisa para arrumar e as aulas começavam amanha. Distraída, esbarrei, por azar do destino na ultima pessoa que gostaria de encontrar, desfazendo automaticamente meu sorriso. Encontrei seus olhos mas logo desviei e continuei a andar a passos furiosos.

– O que houve agora Manu? – perguntou-me ele me fazendo parar.

O que houve agora? – imitei-o com uma vós extremamente irritante – O que houve heim Percy? Já não basta me trazer de volta pra esse inferno, você ficar me espionando nas horas que eu estou bem e ainda tem a cara de pau de me pergunta o que houve? Ah, vá pro um inferno e diga que mandei um beijo a Hades.

Eu estava extremamente irritada. Sim. Sai de la pisando forte sem dar chance a sua resposta. Ainda estava com a blusa manchada por causa do suco que aquela vadia tinha jogado em mim. Fui até meu quarto, que estava vazio, pois a essa altura Ana devia estar com Lucas, e peguei outra blusa para me trocar. Na blusa tinha escrito “Fuck This Shit” e, sinceramente, eu achei muito apropriado para o momento (Na// Geeente, eu quero uma blusa assim!!!! mimimimimim!!). Peguei meu Ipod e fui escutar musica.

Resolvi dar uma volta, e como eu sou extremamente azarada acabei por esbarrar em uma garota.

– Desculpe – disse retirando os fones do ouvido e olhando em direção a garota – eu estava distraída não te vi ai...

– Tudo bem, sem problemas – disse ela me cortando. Parei para analisa-la, ela era um pouco mais baixa que eu, tinha cabelos negros como a noite e olhos incrivelmente diferentes. Era um castanho, mas parecia muito com vermelho, acho que cobre o descreve perfeitamente. Mas não um cobre comum. Cobre liquido. Lindo. Sorri.

– Sou Manu – falei estendendo a mão, ela rui com tal gesto.

– Alice – disse risonha estendendo o braço e apertando minha mão.

Alice, Alice, Alice! Já escutei esse nome...

– É você a colega de quarto da Annabeth? – perguntei lembrando-me de ela ter comentado sobre isso.

Ela sorriu confirmando com a cabeça.

– Sou sim, conhece ela? – apenas fiz um aceno com a cabeça – Ela é ótima.

– É mesmo...

E por ai foi, ficamos um tempão conversando, até que tocou o sinal de recolher, e eu tive que ir para o meu quarto.

Fiquei conversando com Ana sobre coisas banais mas não demoramos para irmos deitar, pois teríamos aula no dia seguinte.

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– ACORDA SUA MORTA VIVA – eu me levantei assustada com Ana pulando e gritando em cima de mim.

– Morta viva não – falei sacana – namorada de um fantasma – eu dei uma piscada pra ela, e me levantei indo em direção ao banheiro, abafando as risadas da Ana com a porta.

– ANDA LOGO – ela gritou batendo na porta – VOCÊ TEM 10 MINUTOS PRA FICAR PRONTA! – eu não respondi, e acho que ela entendeu aquilo como um “ok”.

Sai do banheiro enrolada em uma toalha e Ana já não estava no nosso quarto. Peguei uma calça jeans e vesti com a blusa do uniforme penteei meu cabelo e deixei ele como estava mesmo. Sai do quarto e fui em direção ao meu armário, pois estava atrasada e sem fome pra passar no refeitório pra comer alguma coisa.

Andei tranquilamente, com meus fones de ouvido em apenas um ouvido, até o meu armário que ficava perto da porta da escola. O corredor já estava cheio de gente, parei discretamente na frente do meu armário e abri-o. Peguei um caderno e quando ia pegar outro, quando senti um vento frio adentrando nos corredores devido ao fato de a porta ter sido aberta, senti todos os olhares na direção da porta, mas eu não estava nem um pouco afim de saber.

Percebi os olhares vidrados das meninas que estavam perto de mim, e as bufadas de indignação dos meninos, e por pura curiosidade, resolvi olhar.

Me virei lentamente, esperando encontrar qualquer garoto mesquinho que adora quebrar o coração de meninas e todo aquele blá blá blá que vocês conhecem, mas a cena que eu vi me deixou paralisada. Pasma. O caderno que se encontrava em minha mão, logo pousou no chão sem ao menos eu me dar conta. Lagrimas brotaram nos cantos dos meus olhos ao ver meu querido Nico entrando pela porta da escola, com uma típica calça preta, uma blusa branca com uma jaqueta preta por cima, seu tênis da Vans, e pra completar a minha imagem do paraíso, ele estava segurando uma única flor negra.

Seu olhar vagou pelo corredor a procura de algo e descansou em mim. Com um sorriso magnifico fechou as portas atrás de si, deixando muitas garotas suspirando, o que me deu uma certa raiva. Ele caminhou, então, todo sexy em minha direção. Não sabia o que fazer, se andava até ele, se chorava (coisa que eu a estava fazendo sem ao menos perceber), mas estava tão petrificada que não consegui me mexer.

Mas logo minha visão foi interrompida pela puta da Malu, aquele que havia jogado suco em minha blusa, e parou em sua frente. Ela falou alguma coisa que eu infelizmente não escutei e ele respondeu e deu um beijo na bochecha dela sorrindo. Aquilo esquentou meu sangue outra vez, mas infelizmente não foi o suficiente para eu me mexer. Ela falou outra coisa e ele se abaixou um pouco, para ficar na sua altura e sussurrou algo em seu ouvido que a fez se virar em minha direção e olhar diretamente pra mim, quando me viu seu olhar se tornou chamas e ele saiu de perto dela e continuou a caminhar em minha direção.

Ele chegou perto de mim e abriu o maior sorriso que eu já vi, e sem nem dizer nenhuma só palavra me segurou pela cintura e me levantou um pouco pra ficar em uma altura perto da dele, fazendo com que eu ficasse na ponta dos pés e colou nossos lábio num beijo sôfrego, num misto tão grande de saudade e amor que eu me asfixiei. Não havia nada ao meu redor, não escutava mais nada, não ligava pra mais nada só pra ele ali do meu lado, com os lábios nos meus como eu sempre quis que permanecesse para a vida inteira.

Nos separamos por causa do ar escasso e olhamos em volta. Todos nos olhavam. Um com expressões de raiva, outros com umas caras fofas, mas maioria era com uma cara de WTF? Eu comecei a rir e ele sorriu, e passou a mão na minha bochecha.

– Senti tanta falta do seu sorriso – ele disse com uma voz rouca. Eu sorri envergonhada e ele me deu um beijo na testa – Senti tanto sua falta meu amor, tanta...

– E eu você não imagina o tanto – sussurrei fechando os olhos com seu carinho, ainda em seu quente abraço apertado.

Com meu olhar periférico, vi Percy nos olhando carrancudo de longe, mas não entendi o porque de ele não ter interrompido. Mas não vou reclamar certo.

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– O que aquela vadia queria com você? – nós estávamos no nosso canto, com ele sentado no banco, e eu entre suas pernas com minhas costas apoiada em seu peito, conversando a um longo tempo e cabulando aula.

– Quem? – perguntou ele confuso. Me virei para olha-lo.

– Aquela guria, que te parou la na frente! – ele riu, percebendo meu ciúmes. E passou a mão nos meus cabelos colocando-os atrás da orelha.

– Ela se apresentou, dizendo que seu nome era Malu e eu fui educado, me apresentando...

– Apresentou até de mais... – eu resmunguei esperando que ele não escutasse. Mas ele escutou, riu e me deu uma mordida, na qual eu fiz uma falsa cara de indignação, que o fez rir mais.

– ... e me perguntou se a linda rosa tinha dona. – ele terminou e ficou calado. Não falou mais nada. Ficando com uma cara de falsa seriedade. O que me deixou curiosa porque eu sabia que não tinha acabado.

– Continua!!! – eu quase gritei tirando mais risos dele.

– Ai eu falei pra ela – ele chegou bem perto de meu ouvido e sussurrou – A mais linda das rosas, para a mais linda das princesas. – com isso ele me entregou a rosa que ainda segurava em sua mão, ajeitando-a delicadamente atrás de minha orelha, roubando um beijo avassalador de meus lábios.





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Notas finais do capítulo

Sinceramente, achei a minha parte uma bosta (a que ficou mais pro final) desculpe-me qualquer coisa.
mas e ai? voces gostarem? mereço review? recomendaçao?