You Are The One That Im Waiting On escrita por Lu Meirelles


Capítulo 13
Discutindo sobre namoro numa hora inoportuna




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Ele sentou mais perto de mim e olhou meu machucado.


– Amor, não para de sangrar. Se continuar assim você vai desmaiar.

– Eu sei. Por isso eu estou apertando. Se ao menos eu tivesse um pedaço de pano pra parar esse sangramento todo, eu o amarraria e quem sabe parasse até a Nicolle chegar

– Espera. Acho que da pra fazer isso com a minha camisa.

– Ficou louco?

– Claro que não. É melhor.


Então ele tirou a camisa xadrez que ele estava e arrancou um pedaço dela. E depois limpou um pouco do sangue que tinha e amarrou ele no meu braço.


– Melhorou? – ele perguntou. –

– Bastante. – respondi – mas você não precisava ter feito isso.

– Por quê?

– Porque tinha um pedaço de pano bem ali. – eu ri –

– Ah. – ele riu também. – mas agora já foi. Prefiro perder essa camisa do que te perder.

– Você nunca vai me perder. Mesmo que você queira. Mesmo que qualquer coisa nos impeça de ficar juntos. Eu é que morro de medo de você me deixar.

– E você também nunca vai me perder. Se eu não queria te deixar de lado como amiga, imagina se eu vou querer você fora do meu caminho como a minha namorada.


Eu sorri. Aquilo era tudo o que eu precisava ouvir, da pessoa que eu queria que me dissesse. Quando eu menos esperei, ele tinha me beijado. Só que eu me assustei com uma voz que eu já sabia de quem era em kilometros de distância.


– Eu vim aqui pra fazer algum curativo ou ficar de vela? Se for assim eu chamo qualquer menino ali na rua e nós ficamos kits. –

– Não, Nicolle. – eu ri – Você não ta de vela.

– Ah pelo o que eu estou vendo, e pelo o que eu vi, eu tenho cara de castiçal.


Todo mundo riu.


– Me deixa ver como ta a situação desse corte. – a Nicolle disse.


E então eu desamarrei o pedaço da blusa do Carlos que estava no meu corte, e mostrei pra Nicolle como que estava. O machucado ainda doía, mas com menos intensidade. Então, a Ni disse que ela precisava de água pra lavar.


– Quer que eu vá buscar? – o Carlos disse

– Não, eu vou. – a Nicolle respondeu. – acho que a Lucy quer ficar mais com você do que comigo, vou deixar vocês sozinhos enquanto eu vou pedir água aqui no vizinho.


Ela saiu e ficamos sozinhos de novo. Eu estava quieta olhando pro meu machucado quando ele me chamou para sentar na frente dele, mas eu disse que não precisava. Levantei e sentei no banco que estávamos escondidos.

– Ta maluca? – ele sussurrou.

– Ela não vai voltar agora. – respondi normal. - a Samantha foi falar com ela.

– Mas ela vai te ver amor.

– Nem se ela quisesse. O efeito das drogas dela alterou alguma coisa na visão. E ela nem estava enxergando bem antes, que dirá agora.

– Menos mal. Não quero que nada de ruim aconteça com você. E nem piorar a situação de agora. Eu não iria suportar.

– Muito menos eu com você.


Ele saiu de trás do banco e sentou do meu lado. Daí ele segurou a minha mão e depois me deu um puxão de leve pelo meu braço bom. Eu deitei minha cabeça no ombro dele.

– Você acha que... – eu disse olhando pro nada – sabe... Eu e você, nós... Iríamos dar certo?

– Claro que iríamos.

– Foi tudo tão de repente sabe... Você disse que me amava...

– Ta duvidando do que eu sinto?

– Não! Claro que não! Eu só...

– Olha, eu te amo, de verdade. Sempre te amei, mais tempo do que você já me amava. E nós vamos dar certo sim, ok?

– Eu só queria ter certeza disso. – sorri


Então eu levantei a cabeça e olhei pra ele que estava olhando pra mim também.


– Eu te amo. – sussurrei.

– Eu também te amo, muito.


E quando íamos nos beijar, eu ouvi a voz da Samantha me chamando. Olhei na direção que ela vinha e ela estava correndo. Olhei depois para o Carlos e ele parecia que queria matar a Samantha se pudesse. Eu ri.


– Lu... cy... – ela estava arfando. – eu procurei... Ana... por toda.... a praça... e... eu to atrapalhando alguma coisa?

– Não, Sammy. – o Carlos respondeu impaciente. – pode falar.

– Então... Não a encontrei... Acho melhor vocês irem para casa enquanto dá tempo... Se ela encontra vocês, já viu...

– É, Carlos. Acho melhor a gente ir. – eu disse abraçando ele.

– E a Nicolle?

– É mesmo. Ah, eu ligo pra ela.

– Não precisa. – a Nicolle disse por trás de mim e do Carlos.

– Você demorou. – eu disse. – aconteceu alguma coisa?

– É, eu sei. Eu tive uma discussão com uma pessoa. – ela olhou pra Samantha.

– Ta bom. Ni faz o curativo logo, porque eu tenho que levar a Lu pra casa e vocês também têm que ir. – o Carlos falou enquanto soltava a minha cintura.

– Sim, senhor. - A Ni riu.

– Ah, acho que vou indo. – a Samantha disse.

– Pode ir, Sammy. Você me ajudou muito hoje, obrigada mesmo. Isso é o começo de uma enorme amizade. – sorri. – obrigada mesmo.



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