– Imagina – eu sempre quis ser sua amiga, mas a Ana me ameaçava muito. Desculpa Lu, Carlos e Nicolle se eu fiz algum mal pra qualquer um de vocês, realmente não era a minha intenção. Mas a Caroline tinha o poder de convencimento e chantagem dela era muito forte. Eu não queria mesmo fazer tudo que eu fiz.

– Tudo bem, Samantha. – o Carlos disse. – mas nunca se inferiorize assim pra qualquer pessoa de novo. Você tem tudo pra se dar bem na vida, não deixa as pessoas fazerem isso com você nunca mais. Promete?

– Prometo. Nicolle? E você?

– Eu te desculpo mesmo você não tendo feito nada pra mim. E eu só não gostava de você porque a Lucy sempre ficava mal por sua causa. Mas se vocês já estão de bem, eu também estou.

– Ai, isso é tão bom! Eu to tão feliz! E Lucy, você...

Levantei e abracei ela. A Samantha nunca me pareceu que era aquela patricinha de nariz empinado. Ela tinha um bom coração.

– Eu vou ficar bem. E eu devo meu namoro com o Carlos a você. Não sei como te agradecer por isso. Se não fosse você eu não estaria nem aqui. Obrigada, de verdade.

– Ta chega. Vou ficar com ciúme assim. – a Nicolle disse. – Samantha acho melhor nós irmos para casa e deixar os pombinhos sozinhos. E já que a minha casa é caminho pra sua, vamos juntas.

– Ok, tchau Lu, Carlos. Obrigada por tudo.

– Tchau. Boa noite.

Então elas foram embora e eu não queria ficar mais lá. Estava tarde e eu queria dormir.

– Vamos pra casa também, anjo. Ou eu vou sozinha se você não quiser me levar.

– Ah, claro. Até parece que eu vou deixar de te levar pra casa no meu primeiro dia de namoro com você.

Então levantamos, demos as mãos e fomos pra casa. Chegando de frente pra porta de casa, ele parou na minha frente e pegou minha outra mão. E ficamos nos encarando por um tempo, até eu falar uma coisa.

– Hoje o dia foi tão... Estranho.

– Estranho? – ele perguntou. – como estranho? Estamos juntos, isso é estranho?

– Claro que não, dã. Eu to dizendo assim, que mais cedo eu fiquei super feliz de ter te visto depois de tanto tempo. Depois, você descobriu que eu gostava de você, e meus cortes, daí eu chorei muito. Daí eu voltei ao normal, e fomos pro campas. E então eu fiquei muito brava com a Samantha de ela ter feito aquilo com você, daí eu fiquei triste por que eu achei que tudo que tinha acontecido era culpa minha. Depois fiquei feliz por que você disse que me amava e a gente se beijou daí aconteceu tudo depois até agora.

– Mas, você ta feliz agora?

– Claro que eu to. E mais uma coisa, você não precisava ter me trazido até aqui.

– É lógico que eu precisava... Saiba de uma coisa: você é a minha namorada agora e eu quero ser sempre a última pessoa fora de casa que você vai ver.

– Se depender de mim você vai ser a ultima pessoa que eu vou ver até mesmo antes de dormir. – sorri- Assim, antes de fechar os olhos.

Ele riu.

– Esse foi um dos melhores dias da minha vida, sabia? – ele me disse. – foi como exatamente eu imaginei, exceto os cortes. E o outro maior.

Olhei pros meus cortes. Sinceramente eu não precisava ter feito aquilo, por que foi o jeito mais difícil de dizer pro Carlos que eu gostava dele. Depois de tudo que a gente tinha passado juntos, era meio injusto tanto pra mim do que pra ele. Eu confiava tanto nele, fiz isso de bobagem.

– Ta pensando o que?

– Ah, sei lá. Foi uma bobeira eu ter feito isso. Eu confio tanto em você. Mas a minha idiotice foi maior do que isso. Eu devia ter te falado antes.

– Lu, não se preocupa com isso. Já passou.

Então ele encostou a testa dele com a minha, e ficou me olhando. Eu soltei minhas mãos e coloquei nos ombros dele, e ele me abraçou pelas costas. Estávamos quase nos beijando quando o meu celular tocou.

– AAAAI, mais que raiva! – eu gritei.

– Atende amor. – ele me disse querendo me acalmar. – quem é?

– Minha irmã chata.

*- O QUE VOCÊ QUER? – eu gritei.

– Credo sua grossa! – ela disse. – onde você ta?

– NA FRENTE DE CASA, NÃO ME LIGA MAIS. TCHAU.*

Desliguei na cara dela, e olhei pra janela do quarto da minha irmã. Ela tinha que atrapalhar logo a segunda melhor parte do dia. A Stacy era realmente complicada. Depois olhei pra ele, vermelha.

– Nossa você desligou na cara dela? – ele perguntou rindo.

– Sim! – eu disse num tom mais baixo – ai ela estragou a melhor parte do dia.

– Awn Lucy, não fica de bico assim, bravinha. A gente tem todo o tempo do mundo pra ficar junto assim.

– Ah mais hoje a gente não deu um beijinho decente! – eu ri.

– O da arvore não conta?

– Claro que conta, mas, a Ana interrompeu depois a Nicolle, depois a Samantha, agora a Stacy. E você sabe que eu não gosto que me interrompam em nada principalmente quan-

E sem falar nada ele me puxou pelo meu braço bom e me deu um dos melhores beijos da minha vida, isso se não foi o melhor. Foi igualzinho o da árvore. Acho que se ele me soltasse eu iria voar, e também que a gente demorava muito pra se beijar, então ele foi lá e acabou com o assunto. E ele fez isso bem na hora que eu estava falando. Jeito ótimo de começar o namoro.

– Quando te interrompem tipo assim? – ele disse depois de se afastar de mim, rindo.

– Assim mesmo, mas você não conta. – sorri. – vem, vamos pra dentro.

Então seguimos em direção a porta e entramos.