Numb Of Love escrita por Mih Ward


Capítulo 19
Capítulo 18




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Meu coração batia forte no meu peito, não duvidava que todos os presentes pudessem ouvir. Draco estava ao meu lado, me olhando com sua habitual máscara de indiferença. Hermione, Ron e Harry estavam sentados no pequeno sofá a minha frente, os três me fitavam com curiosidade, e a Draco, com raiva.

– O que ele faz aqui Rose? - perguntou Harry, se referindo a Draco, e o olhava com repulsa.

– Eu tenho que contar uma coisa a vocês, e isso inclui ele também - suspirei, exasperada pela hostilidade do meu tio.

– Mas o que... Aii! - Ron foi interrompido pelo pisão de Mione.

– O que você quer falar Rose? - minha mãe perguntou preocupada.

– É complicado... - murmurei nervosa.

– Rose, fale logo, não quero ficar no mesmo lugar que sangue-ruins mas que o necessário - Draco falou com desdém enquanto sentava na poltrona ao meu lado.

– O que você falou Malfoy? - gritou meu pai indo para cima de Draco.

– Está surdo Weasley? - Draco pronunciou meu sobrenome com repulsa, se levantando com a varinha na mão.

– Parem! – gritei, sem sucesso. Houve um forte e luminoso feixe de luz ir em direção ao meu pai e tudo aquilo, iniciara o duelo.

– Rictusempra! – papai apontou sua varinha quebrada do qual produziu um feixe de luz, não tão forte quando o que Draco lançara.

– Protego! – um escudo transparente se fez protegendo Draco do feitiço, ele rapidamente se recompôs e voltou a atacar -Serpensortia!

E da ponta de sua varinha, surgiu uma pequena mas arisca serpente que rastejou para perto de Rony. Ele recuou um passo rapidamente e logo apontou a varinha para Draco:

– Estupefaça!

– Speculum! – outro feixe de luz se fez repelindo o feitiço de Rony voltando-se para ele.

Mione tentou avançar com a varinha em mãos, porém, Harry a segurou impedindo. Houve um estrondo que provavelmente, fora abafado pelas paredes da Sala Precisa. Fechei os olhos sentindo ciscos se espalharem pela sala inteira.

Abri os olhos pesadamente esperando que tudo houvesse acabado, mas rapidamente os feixes continuaram. A cobra continuava viva, movendo-se atordoada, porém, logo recuperou a noção e voltou a atiçar contra Rony.

– Verdimillious! – exclamou ele recuando mais passos tentando ficar longe daserpente.

Arregalei os olhos quando vi o jato de luz verde ir em direção a Draco vendo que o mesmo não teria tempo de defender. Corri ao seu encontro sentindo minhas pernas moverem-se com maior lentidão a cada minuto pois tudo parecia se mover em câmera lenta.

– Protego Horribilis! – senti as lágrimas começarem a rolar pelo meu rosto quando outra barreira transparente de fez logo a nossa frente, bloqueando o feitiço e causando um enorme estrondo.

– Vipera Evanesca! – Mione exclamou apontando sua varinha para a serpente que continuava a atiçar em direção a Rony. Rapidamente, a serpente se desfez como uma linha de fogo.

Rony deu um passo a frente, ofegante, apontando a varinha para Draco. Apressei-me e me coloquei em frente a Draco, com as mãos estendidas.

– Parem! – gritei. As lágrimas escorriam com mais força, sem controle – Por favor! Parem!

Eles paralisaram, estáticos. Tudo se silenciou e aos poucos, abaixaram as varinhas.

– Por que vocês sempre fazem isso? Por que não conseguem por um segundo conviver em paz? - gritei e eles me olhavam com confusão.

– Rose? - minha mãe me olhava preocupada, e foi se aproximando aos poucos, receosa de um provável ataque de minha parte.

– Eu não aguento mais isso! Foi sempre assim, e sempre será, isso tudo é inútil! - as lágrimas rolavam livremente pelo meu rosto, e eu amaldiçoava internamente Scorpius por ter me dado a ideia de contar a eles.

– Isso tudo o que? - Draco expressou tudo aquilo que eles pensavam.

– Rose, acho melhor a gente conver... - começou Hermione.

– Não! - a interrompi, eu iria contar a eles hoje, não podia adiar mais.

Todos me olhavam com uma fusão de preocupação e confusão. Até Draco, que sempre vivia com sua máscara fria, mostrava diferentes sentimentos, ódio ( provavelmente direcionados ao meu pai), confusão e... Arrependimento? Esse último passou brevemente pelos seus belos olhos, tão rápido que eu fiquei em dúvida se fora realmente verdade

– Sentem-se - murmurei, secando as lágrimas que ainda insistiam em cair - Por favor - completei quando vi que eles ainda estavam parados olhando para mim.

Vi eles acatando meu pedido, meus pais e Harry se sentaram no sofá que estavam antes, e Draco na poltrona onde havia sentado antes do duelo.

– Então... - Ron incentivou e logo recebeu outro pisão de Mione - Aii, de novo não - choramingou massageando o pé.

Em outra ocasião eu estaria rindo agora, mas no momento o nervosismo era muito maior que o humor. As lágrimas haviam parado de cair, porém, eu ainda me sentia prestes a chorar. Minha visão estava embaçada por causa das malditas lágrimas, eu odiava chorar, me sentia fraca chorando, pisquei algumas vezes tentando enxergar melhor, e consequentemente mais algumas lágrimas caíram. As sequei rapidamente e voltei a fitar as quatro pessoas a minha frente.

– Eu tenho que falar uma coisa a vocês - falei nervosa - Na verdade, contar de onde eu vim.

– Nós sabemos de onde você vem - Harry falou.

– Sabem? - perguntei confusa e temerosa.

– Claro, dos Estados Unidos, Nova York - Ron respondeu por Harry e eu quase soltei um suspiro de alívio, quase por que eu teria que contar de qualquer jeito.

– Não, na verdade eu não sou dos Estados Unidos - falei olhando para meus pés.

– Não entendo o porquê de você ter mentido, você é de onde? Canadá? E isso é motivo para tanto nervosismo? - Mione falava sem entender.

– Não, Não! Escutem, e não me interrompam - suspirei, tentando arranjar a coragem que eu devia ter, afinal, eu não era uma Grifinória? Essa não era a principal qualidade desta casa?

Os quatro me fitavam, esperando o que eu iria falar, três deles com curiosidade e confusão, e o outro, havia voltado a sua expressão de tédio.

– Eu não sou dos Estados Unidos, muito menos do Canadá, eu nasci aqui, e desde sempre morei aqui. Mas não é isso que eu me refiro, quando eu disse de onde eu vim, eu não quis dizer país, e sim época - murmurei desenhando alguns círculos no chão, sem querer olhar pra eles.

– Época? - perguntou Ron sem entender - Como assim época?

– Eu vim do futuro - falei alto, levantando meu rosto e encarando os quatro.



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