Dossiê Dna escrita por Mirian Rosa


Capítulo 6
5- Revelação Bisonha


Notas iniciais do capítulo

Título autoexplicativo este... Me abstenho de maiores comentários... Hehehe Davi ainda dando trabalho...



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         Nery e Yuri voltaram ao escritório de Davi.

         — Poderia nos explicar uma coisa?— Nery começou de forma de “sutil”. Yuri só esboçou um sorriso pela “delicadeza" de seu colega e também pela expressão de espanto que tomou o rosto do empresário.

         — Como?— Davi não entendia nada.— Quem são vocês?

         — Agentes Nery e Costa.— o primeiro se apresentou e ao colega, ambos mostrando seus distintivos.

         — Ah, sim... O que vocês querem que eu explique?— perguntou Davi.

         — Por que você pôs dois de seus agenciados num quarto de hotel sendo que você reprovava relacionamentos entre eles?

         — De novo aquela historinha do Jefferson?— reclamou Davi, cansado do assunto.

         — Isso mesmo, cara. Explique-se.— disse Rodrigo.— Foi uma atitude um tanto contraditória, não?

         — Já disse isso para suas colegas que estiveram aqui uns dias atrás. E... Quanto ao Jefferson, estou pouco ligando para o que aconteceu com aquele perna-de-pau.— Davi estava emburrado.

         — Jefferson perna-de-pau?— espantou-se Yuri.— Só diz isso por ter sido chutado da carreira dele, suponho.

         — Humpf...— resmungou Davi.— Aquele pereba me tirou da jogada por não querer mais me pagar os cinco por cento de taxa de agenciamento!

         — E de quanto é essa taxa?— Yuri tentou pegar Davi desprevenido, mas...

         — Cinco por cento da renda líquida dele.

         — Mesmo se esse porcentual for o correto, cinco por cento de dezenas de milhõs todo o mês representam uima bela soma!— era o cético Nery.

         — Será que não havia nenhum outro motivo?— alfinetou Yuri.— Como ele perceber que foi usado para ajudar a promover modelo iniciantes...

         — Te garanto que não... Foi só aquela vez com a Lara.— disse Davi.

         — Voltando ao assunto... Por que você os colocou juntos em um quarto de hotel?

         — Eu já contei isso pras colegas suas, promover a carreira dos dois, especialmente a da Lara. Vida de inciante é fogo...— respondeu Davi com tom de displicência e cansaço na voz.

         — Promover carreiras às custas de escândalos sexuais?— perguntou Nery.— Que porra você bebeu pra ter essa ideia, cara?

         Yuri ria.

         — Isso é o de menos. Agora, deem o fora daqui que minha paciência se esgotou.— desconversou Davi enxotando os policiais pra fora do escritório.

—X—X—X—X—X—

         — Ô carinha estúpido!— esbravejou Yuri na saída.

         — Em breve lhe daremos o troco Valens.— gracejou Nery.

         — Com certeza, Vera.— Yuri também debochou do colega usando Nick Vera, o tira linha-dura/bonachão do Cold Case para apelidá-lo.

         — Falta um Jeffries e uma Miller naquela delegacia.— comentou Nery rindo da brincadeira.

         — A Gabriela fica com o posto da Miller e o próximo que agente que for trabalhar lá fica com o posto do Jeffries.— decidiu Yuri.

         — Negócio fechado, vamos voltar pra delegacia. As Rush, a Miller e o Stillman dever estar a fim de saber que fim levou nossa conversa com o bipolar do Davi.

—X—X—X—X—X—

         De volta à Delegacia...

         — E aí, Nery? Onde o Khadaffi está?— debochou Jotapê.

         — Pediu asilo pro presidente do Irã, cujo nome nunca vou conseguir pronunciar. Ahmadinejad ou coisa parecida.

         — Lillian, me diga que eu não ouvi isso, por favor...— pediu Gabriela, nervosa.

         — Desculpe, mas não posso fazer isso...— lamentou-se Lillian que, tal como sua colega, achara ridícula a piada de Rodrigo “Vera” Nery.

         — Ok, Enquanto o Yuri escreve o relatório da visita, você liga pro Obama.— decidiu Jotapê.

         — Beleza.— disse Nery.

—X—X—X—X—X—

         Três dias depois de começarem as investigações, João Paulo começou a estudar a probabilidade de Jefferson ser pai daquelas crianças. A vida amorosa do Atleta sempre parecera pacata. Típico solteirão despreocupado com sexo. Fez as contas. Quando a primeira criança foi
concebida, o atleta estava na Alemanha, jogando contra o time de Frankfurt por um campeonato Europeu e assim foi. Em todas as possíveis datas, o atleta estava em território Europeu no meio de uma competição. Um enorme ponto de interrogação surgiu sobre a cabeça do Delegado.

         — Eu, hein?— disse, confuso com o que descobrira.

         — Qual o problema, Jotapê?— perguntou Lillian que passava em frente a porta do gabinete do Delegado quando o viu com a expressão intrigada.

         — Esse caso do Jefferson, Lillian. Definitivamente alguém o está passando pra trás. Ele realmente estava na Europa jogando quando essas crianças foram concebidas. Espero que o Advogado dele saiba disso.

         — Nossa, que estranho. Que tal chamarmos essas mulheres pra depor?

         — Boa ideia. Proceda as intimações dessas oportunistas.

         — Lillian chamou Gabriela e, munidas de dez intimações, foram às casas das dez mulheres a intimando para depor na delegacia. No dia seguinte...

—X—X—X—X—X—

         Ela nunca estivera em uma delegacia antes. Arquiteta bem-sucedida, Leandra, 34 anos, era mãe solteira de um menino de oito anos e meio. Esperava pacientemente para ser chamada, mesmo tomando alguns sustos com os “tipos” que lá entravam. Ela estava em uma Delegacia não em um salão de beleza, também...

         Passados alguns minutos, uma mulher foi chamá-la. Confirmou a identidade e a levou para uma sala escura onde dois homens a esperavam: João Paulo Lima e Rodrigo Nery.

         — Pois bem, dona Leandra...— Nery tentava dar um tom de terror ao interrogatório.— Alguma vez na vida você foi pra cama com Jefferson Lipreri?

         — Eu? Lógico que n]ao! Mas que absurdo! Jamais eu dormiria com um homem que não conheço!

         — Ah! Que estranho... Se nunca transou com ele... Como pode afirmar que ele é o pai de seu filho? Se o DNA der resultado negativo, você que vai ter de pagar uma indenização pra ele!

         — Eu não transei com ele, mas na clínica de fertilização me disseram que era sêmen dele que seria utilizado.— disparou a arquiteta.

         — Produção independente, não? Agora a situação aperta e você corre atrás de um ricaço pra arrancar uma pensão?— disse Paula, bravíssima, também participava do interrogatório.

         — Não tem nada a ver com dinheiro. Meu filho queria saber quem era o pai dele. Decidi entrar com a ação. Pra ser honesta, nem sei como é a cara desse tal Jefferson Lipreri.

         — Assista aos jogos do Barcelona que você vai saber. Camisa nove.— contou João Paulo.

         — Voltando à vaca fria, em que clínica você fez o procedimento?

         — Foi na Fertilizae.— disse Leandra.

—X—X—X—X—X—

         Deitada na maca, Leandra estava nervosa. Duas funcionárias manipulavam tubos de ensaio e um galão de nitrogênio líquido. A fertilização in vitro resultar em três embriões mas um foi descartado, por não parecer aos olhos da embriologista, em bom estado. Os outros dois foram implantados e durante o processo, um rapaz entrou na sala:

         — Qual é o código desse doador, Anne?

         — É o Jefferson Lipreri, Amanto, esqueceu?

         — Ah, é verdade. Obrigado.

         — Por que está perguntando isso?

         — Formalidades. Tenho que marcar na lista, Júlia. Senão o Doutor Roger acaba com a gente.

         — Ah, é verdade. Tinha me esquecido disso.
Desde que ele contratou vocês dois eu fico praticamente só no laboratório...

—X—X—X—X—X—

         — Bem, foi isso.— disse Leandra.— Mais alguma coisa?

         — Por enquanto não. Mas, aguarde, poderemos te chamar de novo em breve.

         — Ah, sim. Ajudarei no que for possível.— disse Leandra saindo da sala. Paula a levou até a saída.

—X—X—X—X—X—

         — Era só o que me faltava! O bonitão lá esqueceu de falar de doação de sêmen!— disse Lillian, que ouvira o depoimento de fora da sala.

         — Assim que ouvirmos as outras, o chamaremos aqui para esclarecer essa questão.


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Notas finais do capítulo

Reveiws? Prometo responder a todos!



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