Capítulo 43

Parte 1 – Elena Pierce

Chegámos ao hotel em Nova Iorque. Tinham sido uns bons dias de viagem e eu estava exausta, assim como Damon. Porém, assim que vi a energia que a cidade dava, não quis parar por um segundo sequer!

Quando chegámos ao quarto o meu estômago contraiu-se na expectativa de algo mais entre eu e Damon acontecer naquele momento, mas ele não deu quaisquer indícios disso. A primeira coisa que perguntou foi:

–Vamos passear?

Eu assenti e voltámos a sair do hotel. Entrámos na carruagem e demos voltas e voltas a Nova Iorque, a ver a beleza e o esplendor da cidade. Eu nunca tinha viajado para tão longe, e eu adorava estar ali. Ao contrário do Sul, o Norte era muito civilizado e contemporâneo. E a cidade cheirava a inovação e a coisas bonitas! Caminhámos pelo Central Park durante uma eternidade, visitámos o Museu de História e quando começou a arrefecer, voltámos para o Hotel.

O jantar foi servido no quarto, que era uma suíte enorme. Tinha dois quartos com cama de casal cada um, duas casas de banho, uma sala de estar e uma sala de jantar. Tudo estava decorado com cores fortes e suaves, fazendo um contraste agradável.

Damon foi agradável durante todo o jantar e houve um olhar dele, só um, em que eu percebi que ele também estava ansioso.

Eu tinha medo, eu estava aterrada de medo. A minha mãe tinha falado sobre as coisas que podiam acontecer, sobre o que eu devia de fazer, mas a verdade era que apesar de todas as falas dela estarem na minha mente, nenhuma se encaixava em mim na perfeição. Era como se tudo o que ela me dissesse fosse do século passado e eu não tinha sequer nascido no século passado!

O jantar terminou e o garçon retirou-se da nossa suíte. O silêncio imperou entre nós os dois. Os nossos olhares encontraram-se e eu vi o quão nervoso ele estava, mas também estava desejoso disso.

Eu não sabia bem o que fazer, mas quando ele se aproximou de mim e colocou as suas mãos no meu rosto e disse as palavras certas, eu deixei de ter medo.

–Não vamos fazer nada que não querias, Elena. Eu amo-te, jamais te iria magoar – disse ele e eu relaxei imediatamente.

Beijámo-nos, e eu esqueci-me de tudo. Não havia mais mundo para além de eu e ele, e entregámo-nos ao momento.

Parte 2 – Katherine Pierce

Eu e Stefan estávamos a aproveitar a tarde debaixo da árvore centenária. Estávamos os dois sentados e ele abraçava-me a cintura com as duas mãos enquanto que o seu queixo repousava no meu ombro.

–Eu amo-te, Katherine – disse ele, assim do nada.

–Eu também te amo, Stefan – falei e respirei fundo.

–Será que Damon e Elena já chegaram a Nova Iorque? – perguntou ele e senti-me inquieta por dentro.

–Espero que sim. E tu, não me vais dizer onde vai ser a nossa lua-de-mel?

Ele riu-se. Eu perguntava-lhe sempre que podia, e ele conseguia sempre desviar tão bem a conversa, o que me deixava ainda mais curiosa.

–Vai ser num lugar lindo, muito parecido com este.

–Atlanta?

Ele voltou a rir.

–Stefan! Não tem piada!

–Oh, acredita, tem sim! – disse ele e beijou-se o rosto. Deixou lá os seus lábios, e eu comecei a corar.

–Vais adorar. Mas que piada teria se eu te dissesse já onde seria? Não é melhor esperares para veres por tu mesma?

–Não sei – admiti. – Tu és tão misterioso quanto ao local, que é quase impossível eu resistir a perguntar-te.

–Eu não te pergunto sobre como vai ser o teu vestido de noiva. Porque perguntas onde vai ser a lua-de-mel?

–Não é a mesma coisa, Stef. E não desconverses, já te conheço muito bem.

–Quão bem, Kat?

Eu não respondi e corei ainda mais.

–Isso foi muito atrevido, Stefan.

–Tens razão. Desculpai-me, Miss Katherine.

Revirei os olhos.

–Mas eu gosto de ti atrevido – brinquei e virei-me para ele.

–Eu sei – ele entrou no meu jogo e eu semicerrei os olhos. – E eu gosto de ti assim: espontânea e alegre.

Selei os nossos lábios, como fazíamos já tantas vezes. É claro que nunca fazíamos isso quando corríamos o risco de sermos descobertos, mas esta árvore era a nossa cúmplice.

–Estás feliz, Katherine? Comigo aqui ao teu lado? – perguntou ele, e vi o quão vulnerável ele era.

–É claro que estou, Stefan. E ouve-me bem: não há mais ninguém com quem eu queira estar que não sejas tu. Eu amo-te.

–Para sempre.

–E sempre – completei e voltámos a selar os nossos lábios.

Parte 3 – Rebekah Mikaelson

Eu nem queria acreditar no que estava a ouvir. O meu cérebro não estava a processar o que Matt tinha acabado de dizer.

–É muito corajoso da sua parte vir ter aqui comigo e pedir a mão da minha filha em casamento – disse o meu pai. – É um gesto que eu respeito muito, rapaz.

–Obrigado, senhor – falou Matt e olhou para mim. Azul com azul. Nós éramos tão parecidos e éramos perfeitos um para o outro, mas estava eu preparada para tomar tal passo?

O meu pai virou-se para mim e sorriu.

–Parece que te vais casar, Rebekah.

©AnaTheresaC