Capítulo 42 – Elena Pierce, Damon Salvatore, Katherine Pierce, Stefan Salvatore e Rose Mikaelson

Parte 1 – Elena Pierce

Olhei-me no longo espelho, com Katherine e Rose atrás de mim.

-Estás linda, irmã! – disse Katherine com lágrimas nos olhos.

Eu nem queria acreditar que aquela no espelho era mesmo eu. Katherine e Rose eram as minhas damas de honor, e elas tinham feito um trabalho excelente.

-Elena, estás perfeita – falou Rose colocando o chapéu no meu cabelo e ajeitando a coroa de diamantes.

-Obrigada – falei num fio de voz.

-Vamos, Elena? – perguntou Katherine e eu acenei com a cabeça, nervosa.

-Eu vou casar – afirmei e as duas riram-se do meu nervosismo.

-Claro que vais – disse Rose. – E vais ser uma mulher muito feliz.

Acenei com cabeça e olhei para cima, evitando chorar de emoção.

-Vamos, antes que comecemos a chorar as três – falou Katherine e soltámos uma risada nervosa e cheia de sentimento.

Descemos e entrámos na carruagem branca, que tinha cavalos brancos a puxar-nos e tinha fitas brancas de seda em todo o lado, também em branco. A viagem foi curta: cerca de meia hora.

-Ai, Elena, depois tens que me contar tudo sobre a lua-de-mel! – pediu Katherine, antes de abrir a porta e lançando-me um olhar pervertido.

-Kat! – exclamei e ela saiu. Rose saiu logo de seguida e eu espreitei para a grande igreja.

Estava na hora, pensei. Eu iria casar-me! E ainda por cima com o homem dos meus sonhos. Respirei fundo e saí. O meu pai estava ali, com um sorriso no rosto.

-Elena, querida! – disse ele e encaixou os nossos braços. – Estás linda!

Katherine e Rose ajeitaram o meu vestido e Kat entregou-me o ramo de flores.

-Obrigada, pai – falei e as duas começaram a andar á minha frente.

Assim que elas entraram na igreja, a marcha nupcial começou a tocar e o meu coração começou a bater freneticamente. Um passo de cada vez era horrível. Eu mal podia esperar para chegar ao fim do corredor e dizer o “sim”.

Rostos familiares sorriam para mim e Caroline piscou-me o olho. Sorri mais para ela e vi que ao lado dela estava Klaus. Ele também sorriu para mim, mas percebi que ainda vivia assombrado com a morte do irmão. Ainda bem que ele tinha Caroline para o ajudar a ultrapassar a morte de Elijah.

Elijah. Quem me dera que ele estivesse ali. Parei de pensar automaticamente no assunto porque sabia que iria chorar se continuasse a pensar nele.

Olhei para o altar e vi-o. Estava lindo, elegante, com os olhos mais azuis do que nunca. O meu pai parou e pegou na minha mão, entregando-a a Damon. Logo atrás dele estava Stefan, e Katherine já estava junto dele. Ela deu-me um sorriso encorajador e eu desviei o olhar para Damon.

-Estás linda – murmurou Damon e eu corei.

O padre começou a falar, mas eu não ouvi uma única palavra do que eu disse. Eu estava com os olhos fixos nele, e pela maneira como ele também não desviava o olhar do meu, não estava a importar-se nada com o padre.

-Elena Pierce, por favor repita comigo – disse ele e eu comecei a falar o que o padre me mandava dizer.

-Eu, Elena Gilbert Pierce, aceito-te a ti, Damon Ferragamo Salvatore como meu fiel marido, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe.

E depois, foi a vez dele:

-Eu, Damon Ferragamo Salvatore, aceito-te a ti, Elena Gilbert Pierce como minha fiel esposa, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe.

Quando nos beijámos foi o melhor momento de sempre. Eu estava com lágrimas nos olhos de felicidade e quando os seus lábios tocaram nos meus, eu soube que o que eu estava a fazer não podia ser mais certo. Todos aplaudiram e separámo-nos.

Ele sorriu como se fosse uma criança de dez anos a receber o presente da sua vida, e eu não duvidava que estava com a mesma cara.

-Elena! – exclamou a minha irmã e eu desviei a atenção para ela. Kat abraçou-me a colocou as suas mãos no meu rosto. – Oh, mana, estou tão feliz por ti!

Eu não falei nada, apenas sorri, tentando a todo o custo evitar as lágrimas de felicidade de escorrerem pelo meu rosto.

-Filha – disse a minha mãe, aproximando-se de nós e eu desfiz o sorriso rapidamente. Ela era o motivo pelo qual o meu casamento tinha sido apressado. – Parabéns.

-Obrigada, mãe – respondi, sem vontade de lhe dizer nada.

Todos os convidados nos cumprimentaram e foram saindo da igreja. Apenas ficaram Stefan e Katherine, Rose e Kol. Sim, Kol e Stefan eram os padrinhos de Damon já que eles eram melhores amigos.

-Vamos? – perguntou Damon e entrelaçou os nossos braços. Quando saímos da igreja houve uma chuva de arroz por cima de nós e eu comecei a gargalhar assim como Damon, e ouvia Katherine e Rose a rirem atrás de mim.

Eu e Damon entrámos na carruagem branca e ela começou logo a andar. Agora seria a hora do copo-d’água.

-Ainda nem acredito – disse para ele e voltou a beijar-me com ternura.

-Já acreditas?

-Ainda não – falei e sorri.

-Eu também não. Acho que só com o tempo – afirmou Damon e rodeou-me a cintura com o seu braço. – Estás feliz, Elena? Quero dizer, era mesmo isto que querias?

-Não poderia querer outra coisa, Damon. És o homem que eu amo.

Ele sorriu todo presunçoso.

-E tu és única para mim. Tu és a mulher que eu amo – declarou ele e voltou a selar os nossos lábios.

Parte 2 – Damon Salvatore

Quando chegámos a casa, Elena abriu a boca de espanto e os olhos dela brilharam. Sim, a casa estava meticulosamente decorada, e o jardim não era mais o jardim da minha mãe, mas sim um grande espaço com tábuas de madeira de carvalho branco para a pista de dança, uma banda com todos os instrumentos musicais e as mesas tinham flores frescas, acabadas de serem arrancadas da terra. E o melhor de tudo: eram as flores preferidas de Elena – lírios.

-Adoro – murmurou ela, ainda fascinada. Fomos os primeiros a chegar, para além do meu pai, Isobel, John, Stefan, Katherine, Kol e Rose.

Mal tivemos tempo para respirar fundo, porque os convidados começaram a chegar, e voltaram a cumprimentar-nos. No meio daquela confusão toda eu não consegui falar com o meu irmão sobre outras coisas (lua de mel), e Elena estava com um sorriso tão terno e verdadeiro no rosto que me fazia pensar que eu estava num mundo totalmente diferente.

Quando nos sentámos, pude ver que Mystic Falls inteira tinha vindo e Elena soltou o ar.

-Estão cá todos – murmurou ela, ainda maravilhada com aquilo tudo.

-Tu mereces – disse para ela e peguei na sua mão, apertando-a delicadamente. – Estão todos aqui por tua causa.

Ela revirou os olhos e sorriu, fazendo covinhas no seu rosto.

-Eles vieram por nossa causa.

-O que vai dar ao mesmo. Somos um só a partir de hoje.

-E estou muito feliz com essa ideia.

-Eu também – corroborei.

Os empregados começaram a servir o jantar e tudo correu na normalidade. Depois da sobremesa é que todos se começaram a descontrair, não só por causa das bebidas alcoólicas, mas também porque já estava a anoitecer e a temperatura era tão amena que parecia que estávamos no pique do verão. Para além disso, a cidade dividiu-se em duas partes: os jovens e os anciãos, por assim dizer.

Um bolo branco enorme passou por entre os convidados e os empregados colocaram-no na mesa que estava bem no centro de todas as mesas.

Eu e Elena levantámo-nos e dirigimo-nos para o bolo.

Parte 3 – Katherine Pierce

Os dois estavam a pegar na faca de prata e desferiram um corte perfeito na primeira camada do bolo. Houve aplausos e percebi que Elena estava radiante. Aquele era, sem dúvida alguma, o dia dela e de Damon, mas apesar de tudo, era Elena o centro de todas as atenções. Gargalharam e acabaram de cortar uma fatia generosa.

-Para quem vai a primeira fatia? – perguntou Caroline, logo atrás de mim.

Elena e Damon trocaram um olhar cúmplice e eu senti-me a mais. Desviei o olhar para Stefan e ele olhou-me ternamente.

-Prometo que o nosso casamento será muito mais perfeito do que o do meu irmão.

Sorri, envergonhada e baixei o rosto.

-Para Katherine – disse Damon e eu levantei o rosto, fitando-os aos dois.

-Eu?

-Sim, claro. Para quem mais seria? – indagou Elena e eu peguei no prato com o garfo de prata e a fatia de bolo no meio. – Tu és a minha irmã, e futura cunhada de Damon. Para além disso, tu és a pessoa mais importante para nós os dois, para além de Stefan, claro. Seremos sempre e para sempre, o clã Salvatore.

Sorri para ela e abracei-a, tomando cuidado com o prato.

-Oh, Elena. Obrigada.

Todos aplaudiram.

-Vê lá se não está envenenado – brincou Damon, causando a gargalhada geral.

-Não teve piada, Damon – disse logo Stefan, tentando pegar no meu prato, mas eu recusei.

-Foi uma brincadeira – falei para ele. – Tem calma.

Com o garfo tirei um pouco de bolo e provei. Estava maravilhoso.

-Aprovadíssimo – disse e um dos empregados de Giuseppe começou a cortar fatias perfeitas para todos os convidados.

A banda começou a tocar, e Elena e Damon dirigiram-se para a pista de dança. Juntámo-nos todos em volta da pista, enquanto provávamos o bolo maravilhoso. Eles dançavam tão bem, e estavam tão felizes. Nunca tinha visto Damon tão feliz, com um sorriso tão radiante que era capaz de iluminar a cidade inteira por um mês.

-Eu amo-te, Katherine – murmurou Stefan ao meu ouvido, tirando-me o prato já vazio das minhas mãos e entregando-o com o dele a um dos empregados que tinha uma bandeja vazia. – Dança comigo.

-Com todo o prazer.

Entrámos na pista de dança, e eu troquei um olhar cúmplice com a minha irmã. Eu e Stefan começámos a dançar, e cinco segundos depois todos já estavam a tentar encontrar um par para dançar.

Parte 4 – Stefan Salvatore

Depois da dança, foi a vez de Elena atirar o seu ramo de flores para as solteiras de Mystic Falls. Todos os homens ali presentes juntaram-se e ficaram a ver a cena. Era até muito engraçado: um monte de solteiras de Mystic Falls a tentar apanhar o ramo.

-Preparadas, meninas? – perguntou Elena, gargalhando e virando-se de costas para elas. – Um… dois… três!

Elena atirou o ramo bem alto e foi Caroline que o apanhou. Elas começaram a rir-se da cara surpreendida de Caroline, e eu dei umas palmadinhas nas costas em Klaus, que estava com a mesma expressão que ela.

-Parabéns, amigo! – exclamei e ri-me dele. – Parece que vais deixar de ser solteiro!

Klaus tentou relaxar, soltando uma risada nervosa.

-Parece que sim. Tenho que ir comprar-lhe já o anel.

Ele e Caroline trocaram um olhar, os dois surpreendidos, mas tomando logo a decisão do casamento. Tudo isto num simples olhar, que não passou despercebido a nenhum de nós.

Parte 5 – Rose Mikaelson

Depois de Caroline ter ficado com o ramo de flores – o que foi impagável – Damon e Elena dirigiram-se para a entrada principal da casa. Todos nós os seguimos, incluindo os que tinham ficado dentro de casa.

Os dois estavam nervosos, eu conseguia ver isso. Ezra aproximou-se de mim e abraçou-me a cintura.

-Tão novos. Tal como nós éramos.

-E ainda somos – falei e acenei para o casal recém-casado.

Os dois entraram na carruagem e ela saiu da propriedade com os cavalos num trote majestoso, enquanto os dois nos acenavam, felizes e inocentes.

©AnaTheresaC