As Gémeas Pierce escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Preparem os vossos lencinhos.
Capítulo 23 – Narrado por: Katherine Pierce e Stefan Salvatore
Parte 1 – Katherine Pierce
Stefan chegou a casa com Elena e de mãos dadas. Cerrei os dentes tentando manter-me calma e não atirar-me para cima de Elena e acabar com ela.
-Stefan – disse quando ele entrou. – Podemos falar?
-Claro que sim, Katherine – falou ele e depois de uma breve troca de olhares com Elena ele seguiu-me. Entrei na biblioteca do pai dele e fechei a porta, olhando para Elena que nos fitava preocupada.
-Qual é o assunto? – perguntou ele.
-A minha irmã – disse, fingindo-me preocupada. – O Stefan nestes últimos dias tem estado com ela. Como é que ela está a ultrapassar a situação?
-Ela sente falta do meu irmão – respondeu Stefan e sentou-se na poltrona, um pouco incomodado com isso. – E eu não gosto muito disso.
-Porquê?
-Katherine, o que lhe vou contar tem que ficar só entre nós – pediu ele, levantando-se de repente e aproximando-se muito de mim. Tudo o que conseguia ver eram os seus olhos verdes musgo.
-Claro que sim – acenei.
-Os jornais dizem que houve um massacre enorme no Norte da Virgínia.
-Mas foi para onde o Damon foi – constatei em choque.
-Sim, exato. Eu tenho tentado evitar dizer isto a Elena e a si, mas se nós não tivermos notícias dele nos próximos dois dias… - ele deixou a frase por acabar.
-Oh, meu Deus – falei e sentei-me. – Ele não pode…
Damon. Ele não podia morrer. Eu odiava a Elena e desejava que ele morresse para a fazer sofrer, mas na guerra, afastado de todos os que ele ama? Posso ser cruel para com a minha irmã mas não para com os Salvatore. Eles podem ser um meio para atingir a Elena, mas neste caso também me atingia.
-Stefan, o que fazemos?
-Não sei, Katherine – disse ele e ajoelhou-se ao meu lado. – Mas agora precisamos de esconder isto de Elena. Consegue fazer isso?
Parte 2 – Stefan Salvatore
-Vou fazer por isso – disse ela e sorriu para mim. – E o seu pai, Stefan? Ele já sabe?
-Sim, já – falei. – Porque acha que ele nunca está cá?
Ela sorriu e olhou para as suas mãos que estavam pousadas nas suas pernas.
-Sim, agora já percebo.
Quando voltou a olhar para mim, o meu coração doeu. Pela primeira vez, Katherine estava a chorar.
-Quero que ele volte – admitiu ela e soltou um soluço. – Stefan, por favor, traga-o de volta!
Abracei-a, não conseguindo pensar noutra forma de a confortar.
-Ele vai voltar – disse-lhe, mesmo sem ter a certeza disso.
Bateram à porta e Elena entrou.
-O que se passa? – perguntou ela alarmada.
Katherine levantou-se e limpou as lágrimas.
-Nada, Elena.
Elena olhou para mim e depois para Katherine.
-Só sinto falta do Damon, é só isso.
Katherine sorriu para Elena, mas esta não ficou muito convencida do que Katherine estava a dizer.
-O jantar vai ser servido – disse Elena. – Vamos andando?
-Sim, claro – falei e aproximei-me dela. – Elena, a sério, está tudo bem.
Ela não acreditou em mim, vi isso.
-Vamos – disse ela e saiu da biblioteca.
-Katherine – sussurrei pegando no braço dela. – Por favor, não lhe diga nada até termos algo em concreto.
-Sim, claro – garantiu ela e saiu também da biblioteca.
O meu pai entretanto chegou, completamente abatido e eu olhei-o expectante. Ele negou com a cabeça e eu engoli em seco. Não era possível. Damon estava morto.
-Temos que lhes contar – disse o meu pai, entendo o meu olhar. Eu não me conseguia mover. Eu estava congelado ali e uma lágrima escapou dos meus olhos.
-Não – disse, negando a mim mesmo que o meu irmão não voltaria.
-Filho – disse o meu pai num tom grave e apertando-me o ombro. – Temos que lhes dizer.
-Não podemos ir lá confirmar?
-O corpo chega dentro de dois dias – informou ele. – para o identificarmos.
Acenei com a cabeça e o meu pai olhou-me por um longo tempo.
-Lamento, Stefan. Já perdeste muitas pessoas, não queria que também perdesses o teu irmão.
O meu irmão. Eu nunca mais o iria ver na vida.
-Eu vou contar-lhes – disse ele e apontou para a sala de jantar. – Ajudas-me?
Acenei com cabeça e mais lágrimas escorreram pelo meu rosto.
-Um homem não chora, Stefan – disse ele naquele tom grave que tinha. – Somos fortes.
Acenei com a cabeça e limpei as lágrimas à manga do casaco. Respirei fundo e fechei os olhos.
-Isso mesmo – aprovou o meu pai, mas eu estava desfeito por dentro. – Agora vamos.
Meu Deus, a Elena. Ela iria ficar destroçada. E Katherine? Mal lhe falei dos rumores, ela desfez-se toda. Como é que era possível contar-lhes esta tragédia?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Snif snif =(
Até domingo!