As Gémeas Pierce escrita por AnaTheresaC


Capítulo 24
Capítulo 24




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Capítulo 24 – Narrado por: Katherine Pierce

Stefan e o seu pai contaram-nos tudo. Elena correu para o quarto a chorar e Bonnie estava a ampará-la. Ouvia os seus gemidos do outro lado da parede e aquilo estava realmente a irritar-me, não do lado negativo, mas porque aquele sofrimento também era meu, contudo, eu tinha a garganta num aperto que nem um som conseguia proferir.

Virei-me na cama e desisti de tentar dormir. Levantei-me da cama e peguei no meu robe vermelho escuro. Coloquei-o sobre os ombros e saí do quarto. O quarto de Stefan era mesmo á frente do meu e eu bati á porta.

-Entre – disse ele e percebi pelo seu tom de voz claro e cristalino que ele também não conseguia dormir.

Abri a porta e espreitei lá para dentro. Estava tudo escuro, apenas a claridade da lua entrava pela janela e iluminava o seu semblante, tornando-o numa perfeita escultura. Ele estava sentado na cama, com as costas encostadas às grandes almofadas e olhava para as mãos.

-Katherine – disse ele, não parecendo surpreendido por me ver ali. – Também não consegue dormir?

Neguei com a cabeça. O nó na garganta já tinha melhorado só de o ver, mas mesmo assim era-me difícil pronunciar algo.

-E a Elena?

-Também não – consegui finalmente dizer numa voz rouca.

Ficámos um longo momento em silêncio e finalmente questionei-o:

-Posso sentar-me ao seu lado?

Ele pareceu surpreendido pela minha proposta mas ajeitou as almofadas a seu lado. Sentei-me, mas de maneira á minha cabeça pousar nas almofadas. Fixei o teto.

-Sinto muito, Stefan – comecei. – Nestas últimas horas tenho pensado na minha relação com Elena. É certo que nem sempre nos damos bem, mas perdê-la…

-Eu sei a sua história com ela – afirmou ele, o que me obrigou a fitá-lo.

-Posso saber de onde?

-Matt é o meu melhor amigo. Ontem finalmente consegui tirar-lhe a verdade – disse Stefan, sem qualquer emoção na voz. – Não a culpo, Katherine. Eu também teria ficado assim. Contudo, acho que já passaram demasiados anos para realmente isso ter alguma importância.

-Matt foi o meu primeiro amor, Stefan. E Elena roubou-mo – disse, semicerrando os olhos.

-Não. Foi escolha dele.

-Não sabe do que fala. Não esteve lá.

-Katherine – proferiu ele e olhou-me com os olhos mais brilhantes que nunca. – Perdoe a sua irmã. Não quer saber que a sua irmã morreu, sabendo que nunca lhe disse as duas palavras.

-Que palavras?

-Eu amo-te.

Ofeguei. Daquilo eu não estava à espera. Stefan enterrou-se nas almofadas e fitou o teto.

-Eu amava o meu irmão e deixei o orgulho subir-me ao cima, cegando-me da verdade e quando ele partiu, não fui capaz de lhe dizer o quanto eu o amava e… - ele parou e lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. – Desculpe, Katherine, não é suposto ver-me assim.

-Não – disse e virei-me para o encarar melhor. Limpei as lágrimas do seu rosto de anjo e fitei-o. – Diga, Stefan. Diga tudo o que lhe vem aí de dentro.

Desci a minha mão até ao seu coração e percebi o seu batimento cardíaco acelerar.

-Eu amava-o, Katherine, e apesar de tudo o que passámos, não queria que ele morresse – disse ele e soluçou.

-Oh, Stefan – murmurei e pousei a minha mão na sua face. – Eu não consigo imaginar a sua dor.

-Não queira, Katherine – disse ele sentou-se muito direito na cama. – Mas tenho que ser forte. O meu pai precisa que eu seja forte.

-O seu pai é demasiado duro consigo – denunciei e ele olhou-me surpreendido. – É a verdade, Stefan. Damon acabou de... Stefan acabou de o perder e é claro que não está em condições de ser forte. Ninguém está à espera que o seja.

-O meu pai está.

Sentei-me também.

-Como eu disse: o seu pai é demasiado duro consigo.

-Não quero conflitos, Katherine – afirmou ele.

-E não estará a criá-los de for verdadeiro.

Ele finalmente esboçou um sorriso.

-Obrigado, Katherine.

Sorri.

-De nada, Stefan.

Ele pegou-me na mão, o que me surpreendeu.

-Fica aqui comigo esta noite?

-Quer dizer, o resto dela?

Ele acenou com a cabeça e alargou mais o sorriso.

-Claro que sim.

Escorregámos os dois para pousar as nossas cabeças nas almofadas e eu encostei-me ao corpo dele. Peguei-lhe na mão e entrelacei os nossos dedos, apertando-os gentilmente.

Com a sua pele quente e a sua respiração regular, comecei a acalmar-me e os problemas e sofrimento foram-se dissipando da minha mente. Acabei por adormecer, sem sonhar com nada.


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Notas finais do capítulo

Eu sou má, não sou? Depois dos MILHARES de comentários (que eu agradeço, já agora) do capítulo anterior a implorar para Damon não estar morto, eu ainda não revelei a verdade: estará ele morto, ou não?
Gostaram do momento Steferine? Vêm como a Kat afinal tem coração? Irá ela deixar o ressentimento para trás ou não?
Tantas dúvidas e mais uma semana de tortura (para vocês, caras leitoras)
Bjs, e até para a semana!