Cigarros e Chocolates. escrita por Mayumi


Capítulo 4
Brigando


Notas iniciais do capítulo

Deixe de ser infantil, Mello!
Ah, claro! Eu sou infantil. Mas um garoto de treze anos que brinca com bonecos não é infantil, certo? Reclamei.
Então, você está mesmo com ciúmes do Near...
Cala a boca, seu bosta!
Mello, para de ser besta! Matt mudou o tom de voz meigo e compreensivo para um mais alto e violento. Foi a primeira vez que eu vi ele daquele jeito. Deu medo. Porque você não pode simplesmente aceitar os seus sentimentos? Porque você tem que se esconder atrás de uma máscara de agressões? Porque não aceita que gosta de mim? Ele completou.



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Não demorou muito para alguém abrir a porta da sala de música. Escutei alguns passos leves, fechei os olhos e me encolhi. Eu não queria falar ou ver ninguém. Eu estava irritado e ao mesmo tempo triste. Tudo por culpa daquele albino e daquele gamer... malditos.

— Mello... — A voz do gamer sussurrou e meu corpo estremeceu, o jeito com que ele sussurrava meu nome era tão encantador.

— Não quero falar com você. — Eu disse me encolhendo um pouco mais. 

— Você está aqui — Ele disse sentando-se ao meu lado. — Você correu tão rápido que nem deu para te alcançar... — completou. 

— Matt, me deixa! 

— Qual é, Mello! Você não está com ciúmes do Near, né? — Eu sabia que naquele momento ele estava com um sorriso vencedor no rosto. 

— Não seja idiota!

— Então o que houve? 

— Sai daqui, Matt... eu já disse que não quero falar com você. 

— Deixe de ser infantil, Mello! 

— Ah, claro! Eu sou infantil. Mas um garoto de treze anos que brinca com bonecos não é infantil, certo? — Reclamei. 

— Então, você está mesmo com ciúmes do Near... 

— Cala a boca, seu bosta! 

—  Mello, para de ser besta! — Matt mudou o tom de voz meigo e compreensivo  para um mais alto e violento. Foi a primeira vez que eu vi ele daquele jeito. Deu medo. — Porque você não pode simplesmente aceitar os seus sentimentos? Porque você tem que se esconder atrás de uma máscara de agressões? Porque não aceita que gosta de mim? — Ele completou. 

— Porque você está falando assim comigo? Porque está gritando?

— Eu não estou gritando! — Ele gritou. 

— Está sim! — Eu disse no mesmo tom de voz que o dele. — E eu não sinto nada por você! Quer saber, talvez eu até sentisse... mas você estragou tudo! Você não é alguém que pode se relacionar seriamente com as pessoas, Mail Jeevas! — completei me levantando. 

— Está dizendo que eu sou galinha? — ele também se levantou. 

— Estou! Porque é isso que você é, Matt! 

— Talvez eu seja um galinha, porque nunca achei alguém que eu amasse de verdade! 

— Você nunca vai amar ninguém de verdade, Matt! Você só está interessado em tratar as pessoas como peças de um tabuleiro. Você não quer nada além de sexo e de brincar com os sentimentos dos outros! — Uma lágrima escorreu pelo meu rosto — Você é um idiota! — Eu o empurrei e sai correndo pelos corredores com lágrimas escorrendo, eu já não as controlava. Aquela foi a primeira vez que eu chorei por alguma coisa. E era tudo culpa do Matt. 

Eu fui até o jardim, já estava escuro, seria difícil de me acharem. Se caso alguém me procurasse. 

— Matt idiota! Near idiota! — Eu disse á mim mesmo enquanto encostava meu corpo em uma árvore. 

— Mello! — Era a voz de Roger. — Mello, apareça! — Ele dizia. 

Obviamente que eu não respondi. 

— Escute aqui Mello... — Agora era a voz do L —  eu estou com todos os seus chocolates aqui. Se você não aparecer eu vou joga-los fora! — Completou. 

Meu corpo estremeceu — ESPEREEEEE! — Gritei — ISSO É CHANTAGEM!!! — Eu fui até ele. Ele não estava com meus chocolates. 

— Olá Mello. — Ele disse em deboche.

— Seu... Seu... Seu débil mental!

— Vamos, já está tarde. — Ele disse encostando a mão nas minhas costas e me guiando contra a minha vontade para dentro do orfanato. 

— Eu não quero voltar para lá. 

— Que pena. 

— Você não pode me obrigar.

— Sim, eu posso. 

— Não pode!

— Posso sim. — Ele disse. — E sabe porque? — perguntou. 

— Porque?! 

— Porque eu sou '' O maior detetive do mundo ''. — Ele se encheu de sí novamente. 

— Verme. 

— Mesmo você dizendo isso, eu ainda sou '' O maior detetive do mundo ''. 

— Vai tomar no cú, L. 

— Eu já disse, eu sou '' O cara ''. 

— AAAh, você é muito convencido! — reclamei. 

Quando dei por mim já estavámos na frente da porta do meu quarto. L me fitou e disse: 

— Boa noite, Mello. 

— Será mesmo? — Eu coloquei a mão na maçaneta e respirei fundo. Eu a girei e abri a porta. Matt estava lá e ao me ver entrar ele abaixou a cabeça e fitou o chão. 

Eu entrei no quarto e fui tomar um rápido banho. Quando voltei do banheiro, o ruivo estava jogando em seu mini-game. Era estranho estar no mesmo quarto que ele depois de tudo que havia acontecido. Eu fazia de tudo para não olha-lo nos olhos e ele fazia o mesmo. 

- Que droga. - Pensei. Resolvi ir para a cama e dormir. Apesar de que seria impossível para eu dormir depois de tudo que eu falei para ele... Que bosta, realmente, aquele dia havia sido uma bosta. 

Deitei-me na cama, me enrolei em um lençol, fechei os olhos e fui dormir, pelo menos tentei dormir, na verdade.


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Notas finais do capítulo

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Arigatô! ^.^


Beeijos!



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