Dna Angel escrita por angelaangel


Capítulo 5
Capítulo 5 - Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

turminha linda desculpa a demora pra posta
quero agradecer a todos os recados, amei todos
dedico esse capítulo para:Zenilda, Vivi Costa, Maria gustiesk e minha amada filha do coração Lady Catherine (Isa).
Espero q gostem do que lerem, e podem criticar vou gente
beijokas pra todos
PS: beijokas para os leitores fantasmas kkkkkkk



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Capitulo 4

Annabella POV.

Val e Sebastian estavam discutindo havia mais de vinte minutos; eu podia sentir o quanto estava sendo difícil para o Sen se controlar diante daquela situação. Seu corpo estava todo trêmulo e ele tinha as mãos em punhos. Mas a Val não iria deixar barato o que ele havia feito; ela falava tão rápido que pra mim já ficava difícil compreendê-la. Quando eu pude entender o que ela havia dito, resolvi interferir na discussão, pois sabia que a coisa poderia não acabar bem pra ambos os lados.

- Parem!!! – gritei fazendo com eles olhassem para mim.

- Você tem noção do que poderia ter acontecido com você hoje, Anna? – Val disse me encarando nos olhos. – Vocês sabem que com isso podem ter chamado a atenção dos Volturi?? – ela disse trincando os dentes.

- Se isso tivesse acontecido eles já estariam aqui, e pra mim estaria ótimo! Já estou cansado de estar fugindo deles. Pra mim eles não passam de parasitas como estes que acabamos de exterminar hoje!! – Sen disse com fúria na voz; seu corpo ainda estava trêmulo. Eu sempre soube o quanto era insuportável para ele ficar perto da Val... seu instinto de exterminador era insaciável e pra ele não importava se a vampira a qual nos dava um sermão não se alimentava de sangue humano.

- É muito bom saber o quanto você se preocupa com a segurança dela! - Val disse irônica.  Ela pegou em meu braço e começou a me arrastar pra longe dali.

- Aonde vamos?- eu disse olhando o Sen parado feito estátua.

- Pra casa.

- E o Sen?- eu disse e gritei o nome dele.

- Ela não é problema meu. - eu parei bruscamente e olhei para ela e para ele, as palavras dela me irritaram e fiz um gesto brusco com o braço pra que ela me soltasse e corri até o Sebastian.

Eu sempre me surpreendia com o seu tamanho... ele era dois anos mais velho que eu. – Ei! Está tudo bem, ok? – disse segurando em seu rosto e ele me olhou nos olhos com uma expressão triste.

- Vamos Anna!! E você lobo... limpe essa bagunça. Sabe onde nos encontrar. - Val disse já parada atrás de mim.

- Eu estarei te esperando em casa. – disse o abraçando forte. Senti o calor do corpo dele e o encarei.

- Nos vemos lá. – ele beijou o meu rosto e eu o dele.

(...)

- Calma Anna, calma! - Val disse segurando firme em meu braço, injetando mais uma dose de morfina em minha veia. – Calma... já vai passar querida, já vai passar.

Já fazia três dias que eu estava com as ondas de dores que sempre me atingiam seis meses depois de cada aniversário meu; isso começou quando completei treze anos.

- Deus, eu estou queimando por dentro! – eu falava entre os gritos. - A morfina não está fazendo efeito!! – eu me debatia amarrada na cama. Não era para minha segurança mas sim por causa da Val. No ano anterior, quando tive que enfrentar isso, eu quase a matei... se o Sebastian não estivesse junto naquele momento... ela não estaria aqui me ajudando a passar por isso novamente. E dessa vez eu teria que torcer pra que as amarras fossem fortes, já que o Sebastian não havia retornado da França. E sua ausência estava me intrigando... será que era isso que ele esperava? Que em um dos meus surtos eu atacasse a Val e sem ele aqui ela estaria indefesa?...

Finalmente a morfina começou a fazer o seu trabalho, mas seu efeito não era a longo prazo... meu corpo estava imóvel, mas a minha alma sentia a dor do meu corpo, eu já deveria ter me acostumado a isso, mas era impossível; a cada ano a dor aumentava e o anestésico ia perdendo seu efeito. Eu não sabia ao certo quantas vezes eu teria que passar por isso. Val sempre disse que eu era única e esse era o motivo da fúria dela com o Sen. Ela temia que os Volturi soubessem da minha existência. Ela sempre diz que eles são uma família poderosa e por eu ter poderes limitados, não teria chance de vencê-los. Mas como o Sen disse... uma hora eu teria poder ilimitado, então poderia acabar com todos eles.

Senti um calor em minha bochecha e logo minhas narinas captaram o cheiro dele. Abri os olhos com dificuldade devido às luzes fortes que havia no quarto e vi um vulto grande parado ao lado da cama; pisquei algumas vezes pra me acostumar à claridade e vi o seu lindo sorriso se dirigindo a mim.

- Desculpe-me... eu fui um grande egoísta.

- Está tudo bem... eu estou bem.

- Não está nada bem! Valquíria tinha razão... eu coloquei a sua vida em risco. – ele juntou as sobrancelhas e tirou a mão do meu rosto.

Quando ele disse o nome dela, olhei em volta e estávamos só nos dois no quarto e as amarras já estavam soltas.

- Onde ela está? - levantei-me apoiando nele e sentindo o chão frio em meus pés. – Sem, onde está a Val ? - perguntei temerosa, olhando fixo nos olhos dele.

Ele me olhou e seus segundos em silêncio foram torturantes. Antes que ele me respondesse, me afastei dele e corri abrindo a porta; desci as escadas chamando por ela em desespero. Cheguei na sala e meus olhos analisaram o local rapidamente; o lugar estava impecável . Corri até a cozinha e encontrei ela preparando algo no fogão.

- Val!! – disse indo abraçá-la e sentindo o seu corpo duro e frio.

- Ei, o que aconteceu? - ela disse com a voz melódica me afastando e passando a mão em meu rosto, limpando as lágrimas.

- Ela pensou que tinha te atacado, como da última vez! – Sen falou     encostado no batente da porta. Eu lancei um olhar de irritação e fui até ele dando um soco em seu peito, mas ele sequer se moveu de onde estava. – Ei!! Cuidado pra você não quebrar a mão fazendo isso! – ele piscou e sorriu pra mim. Aquilo me irritou mais e passei por ele indo pra sala e saindo pela grande porta de vidro.

- Anna!!! – Val chamou.

- Eu estou bem. - gritei já caminhando rápido pela areia macia e quente indo em direção ao mar.

Fechei os olhos e cruzei os braços, sentindo a brisa fresca do vento que esvoaçavam os meus cabelos e o calor do sol aquecia a minha pele. Foi quando ele me abraçou por trás, segurou meus braços cruzados na altura do peito e beijou o topo da minha cabeça; eu ainda mantinha os olhos fechados, sentindo o calor dele e o ritmo do seu coração que podia ser sentido pelas minhas costas.

- Eu sou um grande idiota não é mesmo?

- Sim, você é um idiota. – inclinei a cabeça pra trás apoiando no peito dele; ele me abraçou mais forte.

 Afastei-me do abraço dele e caminhei até um coqueiro que havia crescido na areia fina da praia. Sentei-me em uma das pedras deformadas que havia ao pé do coqueiro. Ele me seguiu e sentou ao meu lado.

- Desculpa, eu não pensei direito, eu só...

- Eu sei. - olhei pra ele. – Às vezes me sinto tão cansada disso tudo... de ficar sempre me escondendo, de ter que passar por essa montanha russa. Uma hora tenho poder demais e logo em seguida sou só uma humana, isso é... frustrante.

- Bella eu sei como se sente e eu não estou te ajudando como deveria. Não foi correto o que fiz deixando você aqui sozinha, quando o meu dever era estar sempre seu lado... me perdoe! – toquei em seu rosto.

- Sen eu não estou te cobrando... você abriu mão de muita coisa pra estar nessa jornada que nem é sua de fato...

- Bella! – suas grandes mãos seguraram em meu rosto, me fazendo fitar seus olhos castanhos escuros. – não sinto falta do meu passado; eu estou exatamente onde eu deveria estar e porque quero estar. – ouvimos um barulho estranho e Sen deu uma gargalhada. – Isso é um protesto por comida! – ele falou mostrando uma linha de perfeitos dentes brancos em um sorriso.

Coloquei a mão em meu estômago e ele roncou novamente; levantei-me estendo uma mão pra ele. – Acho que não é só meu estômago que está nesse protesto... – disse ouvindo o estômago dele reclamar. – Vem !! Vamos comer e depois quero treinar... não vou ficar vendo TV e lendo livros enquanto espero voltar  ao “normal”. – fiz aspas com os dedos para palavra normal.

- Ok, mas pegarei leve com você, como sempre. – quando ele terminou a frase eu apertei a mão dele e dobrei seus dedos para trás e com a outra mão segurei em seu ombro ficando de frente pra ele; rapidamente dei uma rasteira nele, fazendo sua queda ser amortecida pela areia.

- Eu não pegarei leve com você, “lobo”... - falei com os joelhos sobre o peito dele e torcendo seu braço; ele sorriu e eu o soltei. Comecei a caminhar em direção à casa.

- Você me pegou distraído... – me virei e olhei ele limpando a areia do seu corpo; não pude conter um sorriso.

- Sempre alerta, escoteiro... sempre alerta! – ele grunhiu pela minha sátira e correu em minha direção. Eu já sabendo o que ele pretendia, disparei numa corrida fugindo dele. Eu poderia estar passando por isso novamente, mas treinar com o Sen sem meus dons só me faria ficar mais forte para o que ainda estava por vir. 


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