Primavera escrita por Jules


Capítulo 8
As aparencias enganam


Notas iniciais do capítulo

Alguem sabe o que aconteceu com a raylokka? Ela sumiu gentem eu to muito preocupada com ela D:



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Cheguei em casa e fui ler um pouco. Já era tarde, passava das seis horas e eu não tinha idéia do que iria fazer quando Taylor chegasse.

Eu tinha um problema enorme. Eu não sei se Taylor é casado ou tem namorada ou sei-lá-o-que que ele pode ter, eu só sei que tive o imprinting por alguém que não me conhece e pior, que não teve o imprinting por mim.

Fui tomar banho e lavei meu cabelo. Coloquei um short jeans, uma blusa bege-rosada e uma sapatilha preta. De uns tempos pra cá, por causa do meu cabelo, comecei a usar maquiagem, só rímel – eu também não queria parecer um homem.

Penteei meu pouco de cabelo liso e comecei a arrumar a bagunça que eu tinha feito. Peguei minha carteira e coloquei-a no bolso de trás do short.

Ouvi o barulho de uma mota chegando perto da minha casa – uma moto muito potente aliás – ela parou na frente da minha casa.

- Jules? – Taylor chamou – você está ai?

Desci as escadas e – devagar – abri a porta.

Meu Deus.

Taylor usava uma camiseta azul escura e uma calça jeans preta. Ele em cima daquela moto era lindo demais.

- Oi! – ele disse animado. Desceu da moto e andou em minha direção, com a mão esquerda nas costas.

- Oi! – eu disse numa voz fininha.

Ele ficou a poucos centímetros de mim e eu olhei em seus olhos. Ele pareceu ficar sem ar e eu sorri envergonhada. Ele cambaleou para trás.

Sem graça ele tirou a mão das costas e me entregou um buquê com lírios, orquídeas e rosas.

- Espero ter acertado nas flores – ele disse sorrindo.

Eu sorri.

- E acertou – eu disse aproximando as flores do rosto e cheirando-as – obrigada.

Ele balançou a cabeça.

- Disponha.

Entrei em casa e coloquei água e as flores num vaso. Em menos de trinta segundos estava de volta à porta.

Caminhei até a sua moto.

- Que moto linda – disse olhando a tintura preta perfeita da moto.

Ele levantou uma sobrancelha.

- Você gosta de motos? – Ele perguntou incrédulo.

- Gosto. Eu até tenho uma.

Ele arregalou os olhos e depois sorriu.

- Bom, é melhor irmos – ele disse sentando na moto, depois pegou em minha mão – Vamos?

Assenti timidamente e subi em cima da moto.

Fomos em silêncio. Eu estava tão quieta por que não conseguia acreditar naquele lugar. Era tão lindo que parecia um sonho.

Passamos em frente do que parecia ser um parque de diversões e uma mistura de feira com jogos, doces e brinquedos.

- Chegamos – ele disse estacionando a moto.

- É aqui? – perguntei olhando para a roda gigante.

- É. Tem algum problema?

Balancei a cabeça.

- Absolutamente.

Nós entramos no parque e ele foi comprar as fichas. Eu fiquei admirando um urso enorme que estava em uma barraca de tiro ao alvo, o urso parecia comigo, tinha os olhos igualmente grandes.

O dono da barraca olhava para mim esperando a minha reação.

- Ei menininha – ele disse para mim. Por causa do meu tamanho ele devia achar que eu tinha uns 14 anos de idade, senão menos – Por que você não tenta uma vez? Se acertar o alvo o urso é seu.

Eu fiquei sem saber o que fazer.

- Hã... – comecei a dizer mas fui interrompida.

- Eu quero tentar – disse Taylor aparecendo de trás de mim – Se eu acertar o alvo o urso é meu certo?

O homenzinho assentiu e deu três bolas de plástico ao Taylor.

Taylor jogou a primeira e não acertou. Ele sorriu maliciosamente para mim, é claro que ele só estava mantendo as aparências. Jogou a segunda, nada. Quando foi a vez da terceira bola, Taylor jogou com tanta força que, numa pontaria perfeita, a bola atingiu o meio do alvo e até o amassou.

O dono da barraca nos olhava de olhos arregalados.

- Por Deus! Que coisa é essa? – ele sussurrou assustado.

Eu comecei a rir e só parei quando alguém encostou o ombro no meu.

- Tanãã – Taylor cantarolou, estendendo o ursinho para mim.

Eu olhei nos olhos dele e sorri.

- Muito obrigada.

Ele sorriu.

- Não me agradeça. A cara que aquele senhor fez – ele mordeu os lábios e balançou a cabeça – não tem preço.

Nós começamos a rir.

Andamos pelo parque, eu com o meu ursinho que era quase maior do que eu e ele procurando alguma barraca de comida. Até que vimos uma menina surtando perto do martelo de força.

- Olha só – ela gritava – É impossível uma mulher ter mais força do que eu! Só faltou um pouquinho para chegar ao máximo!

Mentira, ela não conseguiu chegar nem na metade das medidas do termômetro. O responsável pelo brinquedo revirava os olhos.

- Você acha que é mentira? Duvido que aquela ali consiga fazer mais pontos do que eu - Ela disse apontando para mim.

Aquela criatura estava me desafiando?

Taylor começou a rir.

- Coitada daquela mulher – ele disse se divertindo – Vai lá Jules – ele disse um pouco mas alto, para que a mulher pudesse ouvir – mostra pra ela o que é força de verdade.

- Segura meu ursinho – eu disse estendendo o braço com o urso pra ele.

- Eu faço questão de pagar – disse a mulher ruiva, de olhos castanhos e pequenos que se achava o Hulk.

Eu não disse nada. Ela pegou o martelo com as duas mãos, fazendo o maior sacrifício para não mostrar que era difícil pegar o martelo tão pesado e estendeu para mim. Eu estendi uma mão.

- Você acha que consegue pegar o martelo com uma mão só? – Ela perguntou sarcástica – Quanta inocência!

- Me da o martelo. – Eu disse fria.

Peguei o martelo sem sacrifício algum, ele parecia pesar apenas algumas gramas. Só para irritá-la joguei o martelo no ar e peguei. Taylor começou a rir e a mulher arregalou os olhos.

- Exibida – a mulher murmurou.

Ah ta! Eu?

Ainda com uma mão só, levantei o martelo e com toda minha força, bati na balança. O termômetro balançou e começou a soltar confetes e acender as luzes.

- Meu Deus! – o homem que cuidava do brinquedo disse – Parabéns! Com certeza você é a mais forte daqui.

A mulher ficou sem reação e depois bufou.

Taylor veio em minha direção com a mão levantada.

- Essa é minha na... – ele começou a dizer empolgado, mas depois arregalou os olhos e se corrigiu – essa é minha garota!

Eu sorri e bati na sua mão.

- Tem uma barraca de sorvete logo ali Taylor, vamos lá?


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