Primavera escrita por Jules


Capítulo 44
Caçadora


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo eu queria implorar o perdão de vocês por eu estar demorando muito para postar os capitulos, eu juro que vou postar mais depressa.
Segundo - eu queria pedir mil desculpas a joycegracindo porque ela me pediu uma foto da Juliet, só pra ela ter noção de como a Jules ficou. Só que o problema é que eu não encontro a Jules em lugar nenhum, nunca encontrei uma mulher igual a ela nem nada. Eu vou por o link das fotos ai embaixo mas a foto da mulher que eu vou por é da Winona Ryder e eu acho que ela é a mulher mais parecida com a Jules que existe mas, ainda sim, ela é muito diferente da Jules de verdade. Eu sinto muitissimo por isso, mais do que voces podem entender e mais do que eu posso explicar. Juro que até o fim de primavera eu vou postar a foto da Jules aqui.
MMAAAS ENQUANTO ISSO, EU VOU MOSTRAR A FOTO DA CAROL ANNE IGUALZINHA A ORIGINAL E AI VOCES VÃO FICAR CONTENTES, DEPOIS ME FALEM SE ACHARAM ELA BONITA
BJUNDA
OS LINKS ESTÃO AQUI:
http://27.media.tumblr.com/tumblr_m28gbiZhXZ1rtxz6qo1_500.jpg - a mulher PARECIDA com a Jules
http://29.media.tumblr.com/tumblr_m28d573Svr1rtxz6qo1_500.jpg - Carol Anne, no próximo cap. posto outra foto dela :D



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– Porque meus olhos estão prateados? – Perguntei tão assustada que meus lábios mal se mexeram.

Luis Henrique sorriu. Porque ele estava tão contente com a situação?

– É como eu disse... Você é muito mais vampira agora do que você era antes. Isso vai passar, com o tempo. – Ele respondeu – Você acaba se acostumando.

Eu balancei de leve a cabeça e me olhei no espelho com a esperança de que eu estivesse mais alta – nem se fosse só um pouquinho. Sorri ao perceber que estava mais alta, mas, quando olhei para os meus pés, vi que alguém tinha colocado sapatos de salto em mim e fiquei chateada. Parece que eu nunca ia sair do meu 1,65m de altura.

Minhas bochechas eram quase tão vermelhas quanto o vestido curto de seda que eu usava.

Taylor passou os braços firmemente por minha cintura, apertando os lábios contra o meu rosto.

Provavelmente não ia ser nada fácil me acostumar com o fato de que eu tenho olhos que parecem aço derretido e agora, esse era o menor dos fatos incríveis que andavam ocorrendo. Agora eu era mãe.

– Onde ela está? – perguntei – Carol Anne.

A expressão de Taylor ficou preocupada e meu estômago doeu.

– Eu ia chegar nesse ponto... – Henrique disse – Você precisa caçar, Jules. E urgentemente. Carol Anne é praticamente humana e...

– E vocês estão com medo de que eu tente devorar minha própria filha? – disse irônica – Entendi.

Eu queria vê-la agora que estava muito mais tranqüila por ter visto Taylor. Queria ter-la em meus braços e sentir sua temperatura.

Estremeci ao pensamento de ser capaz de querê-la como alimento. Minha bebezinha, minha pequena timidazinha; com quem eu tinha passado os melhores momentos da minha vida... Eu não seria capaz de colocar meus instintos a frente do meu amor por ela.

– Nós meio que já decidimos quem irá com você, mas... Com quem você prefere ir? – Perguntou Henrique.

Taylor apertou minha mão e eu o olhei.

– Você se sentiria muito mal se fosse comigo? – Perguntei.

Taylor sorriu triunfante e estonteante e Henrique bufou.

– Eu disse – Taylor vangloriou-se.

Eu o encarei e ele sorriu novamente.

– Vamos? – Ele continuou

– Aham. Só preciso de um minuto. – Eu disse levantando o indicador – Alice?

– Sim? – Ela respondeu dançando até mim.

– Você pode pegar outro vestido para mim? – Sussurrei – Não sei o que pode acontecer com este.

Em menos de dois segundos ela apareceu segurando o mesmo vestido que eu vestia, a diferença é que ele era preto.

– Ah! – Eu lembrei-a tirando os sapatos de salto – Quando eu voltar eu os recoloco.

Ela revirou os olhos mas sorriu.

– Vou acreditar em você então não me decepcione.

Nós sorrimos e eu fui até a janela onde Taylor me esperava.

– Vá primeiro – sussurrei e Jacob deu uma risadinha abafada.

Taylor, muito casualmente, se pendurou no galho da arvore que existia na frente da janela, se balançou para frente e para trás e arremessou-se caindo no chão com um baque surdo e flexionando levemente os joelhos.

– Jogue o vestido – ele disse.

Eu joguei o vestido e o tecido fino borboleteou no ar antes de Taylor pegá-lo.

Com cuidado, coloquei o pé no mesmo galho em que Taylor tinha se apoiado. Fiquem em pé nele e depois me lancei pelo tronco escorregando delicadamente até o chão. A textura do tronco era lisa e firme sob minha pele.

Eu sorri quando meus pés tocaram o chão.

Taylor sorriu também.

– Isso foi lindo... Até para você.

Até para mim? Vindo de Taylor isso era um ótimo elogio.

Ele pegou minha mão e começou a correr. Eu era tão veloz! Impressionantemente mais rápida do que antes, eu nem sabia que isso era possível. Taylor ficou para trás em poucos segundos mas eu desacelerei o passo, queria ficar ao lado dele, ver como ele corria sem perder o fôlego, parecendo um atleta profissional.

Quando percorremos cerca de um quilometro floresta adentro eu parei. Taylor correu mais alguns metros na minha frente mas depois também parou. Ele me encarava com uma sobrancelha arqueada. Era tão lindo, tão lindo, inacreditavelmente ainda mais bonito agora, depois de minha transformação. Agora eu podia ver os detalhes, todos eles sem exceção. Cada uma das cicatrizes dele, cada uma das marcas.

Cada uma das marcas e cicatrizes que ganhamos juntos.

Peguei em sua mão e puxei-o para mim, colando os lábios nos dele. Eu estremeci quando ele passou os braços por minha cintura e me apertou mais contra seu peito e eu me senti como em minha lua-de-mel:

Ele me envolveu nos seus braços, apertando-me contra o peito ardente. Nossos lábios moviam-se juntos, fundindo-se como se nunca fossem se dividir, como se a separação não fosse inevitável.

Era como o fluxo da rocha derretida abaixo da superfície da terra. Profundo demais para sentir-se o calor, mas movendo-se inexoravelmente, mudando as próprias fundações do mundo com seu avanço.

Nossos rostos se separaram e nós nos encaramos por várias batidas de coração.

Então eu senti um cheiro e esse me dominou completamente. Eu estava obcecada enquanto o rastreava, ciente apenas de que o cheiro era maravilhoso mas o dono dele era um mistério. A sede ficou pior, tão dolorosa agora que confundia todos os meus pensamentos, me deixando perdida e desnorteada.

Disparei em direção ao cheiro e pude perceber que Taylor me seguia. Um gorgolejo se formou em meu peito, meus lábios recuaram por sua própria vontade e expuseram os dentes.

Enquanto girava – quando puder ver o puma a apenas alguns metros de distância atrás de mim – o som crescente abriu caminho por minha garganta e saiu. O puma não pode nem ver o que o atingiu quando pulei por cima dele e a minha mordida o fez cair no chão.

Ele até tentou reagir, mas não conseguiu.

Suas garras pontiagudas eram macias em minha pele. Seus dentes não conseguiam me perfurar. Seu peso não era nada. Eu nem sabia que existia esse tipo de bicho nesse lado do país, muito menos naquela cidade.

Meus dentes cortaram o pelo, a gordura e os tendões como se nem estivessem ali.

O sabor era divino; não se comparava a nenhum sabor de comida humana. O sangue era molhado e quente e atenuou o fogo abrasador em minha garganta.

Apenas atenuou.

Quando fiquei de pé, com a carcaça entre minhas pernas, Taylor estava encostado em uma árvore, com os olhos cerrados e a boca rígida numa linha em uma expressão maliciosa.

Enxuguei a gota de sangue que escorria do canto de meus lábios e a coloquei na boca.

Ele sorriu.

– Essa, com certeza, foi a experiência mais interessante de toda a minha vida. – Ele disse olhando-me dos pés a cabeça, concentrando-se na lingerie que meu vestido arruinado deixou a mostra.

Eu ergui uma sobrancelha.

– Você ainda não viu nada.

Eu ainda estava com muita sede e quando ouvi outro animal, com um sangue ainda mais cheiroso do que o do puma, disparei como um raio, com Taylor atrás de mim. Quando cheguei perto deles eu parei e os observei. Cervos? No Brasil? Na minha cidade? Isso era bem estranho.

Meus ombros se mexiam como o do puma e minha boca ardia pelo desejo do sangue delicioso deles. Os cervos notaram a minha presença e correram em disparada para o oeste. Corri atrás dele e quando pulei em cima de uma pedra alta, na hora de descer eu já tinha quatro patas e voava. Violentamente peguei um deles com as patas e acabei com ele em menos de um minuto.

Quando me transformei de volta estava seminua. Vestia apenas a lingerie branca que Alice devia ter enfiado em mim em algum momento.

– Foi bom você ter pedido outro vestido para Alice – disse Taylor mordendo o lábio – Se bem que... – ele riu.

Eu o encarei com uma expressão ridícula e ele arqueou rapidamente as sobrancelhas e me ajudou a colocar o vestido reserva.


Nós apostamos corrida até em casa e quando chegamos perto eu pude ouvir alguns barulhos. Não eram risadas, de fato, mas era um som alegre que me dominou completamente.

O olhar de Carol Anne encontrou o meu, ela era a coisa mais estonteante da face da terra.



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Notas finais do capítulo

E PARABÉNS A NOSSA LINDA KRISTEN STEWART, QUE ELA TENHA MUITAS FELICIDADES E MUITOS ANOS DE VIDA ♥



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