Primavera escrita por Jules


Capítulo 45
Carol Anne




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http://27.media.tumblr.com/tumblr_m28gbiZhXZ1rtxz6qo1_500.jpg - Pra quem não conseguiu ver a foto da mulher parecida com a Juliet.

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http://29.media.tumblr.com/tumblr_m28d573Svr1rtxz6qo1_500.jpg - Carol Anne

Eu não conseguia nem piscar, não queria perder nada.

Era a coisa mais inacreditável que eu já tinha visto na vida, um anjo, uma boneca.

Eu estava presente em cada um dos traços – menos na cor dos olhos e nos lábios. Os olhos daquela criança me olhavam com interesse e inteligência que nem deveriam existir numa criança com pouco mais de quatro dias de vida.

Eu ofeguei.

Renesmee conversava animadamente com Rosana e Bella, Carol Anne estava em seus braços. Ela era pequena, mas suas feições eram inacreditáveis! Ela não tinha a típica carinha de joelho que todo recém-nascido tinha; suas feições eram definidas, delicadas, suaves e angelicais. Ela parecia ter mais ou menos um ano de idade.

O ambiente ficou totalmente tenso e silencioso quando se deram conta de minha presença.

E como eu suspeitava, Carol Anne tinha o melhor cheiro do mundo, mas não era cheiro de comida, nem perto disso.

Era um cheiro típico de bebês, misturado com um aroma amadeirado delicioso – que com certeza ela tinha puxado do pai -, um cheirinho de algodão misturado com lavanda.

Taylor sorria. Ele sabia o que estava passando em minha cabeça então cutucou minhas costas me incitando a continuar.

A essa altura, Carol Anne estava com os braços abertos e os dedinhos das mãos abrindo e fechando em minha direção. Ela ansiava por mim e eu ansiava por ela.

Eu estava totalmente certa de mim mesma, mas não queria assustar ninguém. Todos me observavam caminhas lentamente em direção a elas e pegá-la dos braços de Nessie com uma certa ferocidade. Carol Anne aninhou a cabeça em meu peito e me abraçou também. Eu a envolvia totalmente, sentido sua temperatura morna – como a minha era antes -, agradável.

Nossos corações batiam juntos, a mesma velocidade, como um só.

Ela me olhou com aqueles olhos negros enormes, com cílios negros e compridos e deu um sorriso banguela – não era totalmente banguela, seus dentes inferiores estavam começando a crescer.

Seu cabelo era negro como de Taylor e curto como o meu. Eram os mesmos cortes.

Eu também sorri para ela.

Senti braços quentes segurando minha cintura e Taylor beijou meu cabelo.

- Ela é inacreditável, não é? – Ele disse – Tão inacreditável quanto você.

Eu sorri.

- Ela tem os mesmos poderes que você – ele sussurrou – só que, além dos poderes, ela suga certas lembranças também.

Eu arregalei os olhos.

- Jura? – Ofeguei e voltei a olhar para Carol Anne – Nossa!

Ele riu.

- E parece que a monstrinha adorou o poder da tia! – Ele riu – Desde que descobriu o dom de Renesmee não parou de usá-lo.

Eu ri.

- Quer pegá-la? – Perguntei a Taylor que parecia um pouco ansioso. Ele não queria me deixar magoado e eu também não queria preocupar ninguém.

- Tudo bem – ele disse pegando Carol Anne quando ela estendeu os braços para ele.

Nós assistíamos televisão enquanto Carol Anne me mostrava os brinquedos que tinha ganhado enquanto eu estava, hã... Incapacitada. Ela ria – bom, não era bem um riso, mas era um som alegre que fazia todos sorrirem. Eu ainda não tinha visto Aaron desde que eu tinha acordado e estava prestes a perguntar sobre ele quando o ouvi descer as escadas.

- Juliet! – Ele disse, ainda rouco de sono – Poxa vida, finalmente você acordou!

Eu ri e Carol Anne ficou animada ao ouvir a voz do primo.

Aaron me deu um beijo na bochecha e eu corei. Ele olhou para Carol Anne. Seu olhar estava cheio de carinho e admiração.

- Oi! – Ele disse de um jeito engraçado – Você também é outra dorminhoca. – Ele disse levantando-a no ar e beijando-a na testa. Carol Anne ficou vermelha – Já mostrou toodos os seus brinquedos para a sua mãe?

Ela “riu” novamente e deu alguns tapinhas no rosto de Taylor.

- Carol Anne! – Repreendeu Taylor de forma divertida – Você não poder bater no seu primo desse jeito!

Ela encarou o pai e Taylor mostrou a língua para ela, Carol Anne sorriu e esticou o tronco na direção de Jacob.

- Mas que grude que essa menina tem pelo tio! – Aaron murmurou – Já estou começando a ficar com ciúmes.

Nós todos rimos quando Jacob pegou Carol Anne dos braços de Aaron.

- Jules, nós temos que inventar um apelido para ela. Carol Anne é um nome muito comprido.

Eu sorri.

- Vamos providenciar isso.

E do mesmo jeito que ela fez com Aaron, Carol Anne deu tapinhas no rosto de Jacob e depois começou a bater palmas, brincando com um bichinho de pelúcia em suas mãos.


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