O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 37
A difícil e dolorosa descoberta de Edward


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é +18. Edward terá de passar por uma provação pessoal para conseguir se desvencilhar do perigo. O alquimista também descobre algo chocante sobre o filho.



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Edward ainda sem abrir os olhos, ouvia pingos espaçados caírem sob o chão. Abriu-os com dificuldades, depois de alguns minutos. Piscou várias vezes seguidas, tentando descolar os cílios, que grudaram um no outro de tanto tempo fechados. A cabeça ainda martelava. Sentia um leve gosto de sangue na boca. 

Avistou seus membros superiores presos acima da cabeça. O braço esquerdo estava totalmente dormente, mal o sentia. Sorte que ainda tinha o automail para tentar se desvencilhar. Tentou balançar as correntes, sem obter êxito. Eram tão pesadas que não podiam ser de metal, pareciam ferro ou chumbo. 

“Droga! Se continuar desse jeito, estou ferrado de vez!”, o desespero começava a contaminar sua mente. Saíra de seus próprios pensamentos quando ouviu passos vindo ao longe. Podia jurar que os passos pareciam de saltos. 

Após alguns segundos, a maçaneta girou, fornecendo a visão de longos cabelos negros e cacheados sob uma pele pálida. 

“Mais um homunculus”, franziu o cenho. 

Ed - O que é agora? - Recostou a cabeça para trás, entediado.

Lust - Olá. - Dera um meio sorriso. Parecia confortável. 

O alquimista a encarou, mal humorado. 

Lust - Trouxe comida. - Escancarou a porta e mostrou uma bandeja com alguns legumes, pão, água e algo que deveria ser uma sopa. O loiro arfou, debochado.

Lust - Não vai comer? - Desfez o sorriso e mostrou um olhar irritado. Colocou a bandeja em um banco, no pequeno cubículo que Edward estava preso.

Ed - Colocaram veneno aí também?  

Lust - Pouco importa, você vai morrer mesmo. - Fechou a porta atrás de si, mais irritada do que deveria. 

Ed - Se eu morrer de inanição antes de abrirem o portal não vão poder me usar. - Dera uma risada sarcástica. 

Lust - Gosto da sua coragem. - Cruzou os braços. O loiro deu de ombros para o elogio. 

A morena fitou-o por alguns bons segundos. O alquimista podia jurar que ela analisava seu corpo. 

Ed - O que é? - Falou, sem paciência.

Lust - Bom… - Arrastou o cabelo para atrás da orelha. - Você cresceu mesmo, Edward. - Deu um sorriso malicioso. 

Ed - É óbvio, achou que eu ficaria criança para sempre? 

Lust - Não… - Firmou o olhar no dele. - Essa ideia me agrada. 

Ed - Que ideia? - Juntou as sobrancelhas, confuso. A conversa estava estranha aos seus ouvidos. 

“Será que ela quer ganhar tempo para algo?” 

Lust - De você ser um adulto. Quantos anos você está? - Fez uma pergunta que ela mesma respondeu. - Vinte anos? É idade suficiente, não acha? 

Edward levantou o quadril, que encostava nos calcanhares, demonstrando uma feição desconfiada e desentendida. 

Ed - Quando vão me tirar daqui? 

Lust-  Já disse, somente quando for a hora de lhe usar como sacrifício. 

Ed - Não acha que tenho direito de saber o que vão fazer comigo? 

Lust - Por quê? - Descruzou os braços, dando alguns passos em sua direção. - Você vai se assustar bastante. - O loiro engoliu em seco. - Talvez enlouquecer? Isso não adianta para nós. Não nos ajuda. Se manter ignorante é uma benção, Edward.

A morena deu alguns passos para saída, displicente. 

Lust - Coma. - Ordenou. - Não desperdiçamos comida aqui. 

Ed - E um acordo? - A mulher parou de andar. 

“Está interessada em um acordo? Vai blefar, será?”, pensou o alquimista. Precisava tentar de tudo.

Lust - Muito audacioso da sua parte. - Deu uma risada, satisfeita. Voltou o olhar para o homem. 

“Está pensando em algo?”, o alquimista cerrou o olhar para a mulher.

Ed - Faço qualquer acordo… - Repensou o que disse. - Qualquer acordo razoável. - Balançou as correntes para se desvencilhar. 

Lust - Qualquer acordo, Fullmetal? - Parecia interessada. O plano do loiro estava dando certo. - Você sabe, garoto, o meu nome homunculus? - O alquimista parecia não entender aquela conversa desnecessária. - Você acha que o meu nome de homunculus ser luxúria é à toa? Cada um de nós tem o nome de algo que lhe representa. 

O loiro tentou afastar o pensamento que lhe veio em um rompante. Não poderia ser aquilo. Sentiu-se enojado na mesma hora. Não estava se barganhando.

Lust - Eu posso fazer um favorzinho para você, se fizer um para mim. - Virou para o rapaz e esticou suas garras, alongando-as até chegarem a milímetros do dorso do rapaz. 

Em menos de um piscar de olhos, Lust fez um movimento com as garras, rasgando sua camisa branca. A única que lhe restava ali dentro, mesmo estando toda destruída dos confrontos que havia enfrentado nas últimas horas. 

“Droga, não tenho nada para me defender agora. Se ela quiser, vai me destruir aqui mesmo.” 

A única coisa que mantinha sua sanidade era saber que não poderiam matá-lo pelo menos por algumas horas. Estava perdido e não sabia que horas eram ou em que momento iriam usá-lo como sacrifício. 

As garras lhe fizeram sair do campo dos pensamentos. Olhou para sua cintura, enquanto a morena passava as garras carinhosamente por sua barriga e peito torneados. 

Ed - O que você está fazendo?! - Deu um grito, irritado. - Já não basta me deixarem aqui, agora quer ficar zombando de mim?

Lust - Não. - Olhou-o de forma maliciosa, ele podia jurar. Ela realmente lhe olhava com desejo. - Eu estou entediada, e você, garoto, parece ser um homem que tem potencial. 

Ed - O quê? - Cerrou os dentes, irritado. Tentou levantar os joelhos e sair da posição ajoelhada, mas suas panturrilhas estavam dormentes. 

A morena desceu a afiada lâmina até chegar  em seu cinto, que segurava a calça preta em seu corpo. O alquimista se rebateu, raivoso. Lust viu a respiração ofegante do rapaz subir e descer em seu peito, contraindo os músculos protuberantes da barriga. Era uma bela visão. 

“Definitivamente, virou um belo homem”, pensou a morena. 

Lust - Estou curiosa, alquimista de aço. - Cerrou os olhos, quebrando o cinto do loiro. - Sabe, tenho um certo fetiche em alquimistas federais. 

Ed - Você é podre. - Abaixou o cenho, não podia se debater porque tinha uma lâmina afiadíssima a milímetros de sua barriga. Aquietou. Matá-lo ela não poderia. Precisava se acalmar e pensar em um bom plano.

A calça escorregou ligeiramente do corpo do alquimista, dando uma leve visão de sua cueca. A morena desceu o zíper e puxou a calça em um rompante, deixando o alquimista completamente nu a sua frente, com a calças caídas no joelho.

A morena dera um sorriso, satisfeita. 

Lust - Eu nunca erro as minhas previsões. - Olhou-o ardentemente. - Quer se divertir um pouco? Eu gosto do que vejo. 

O loiro riu debochado. 

Ed - Você é desesperada ou coisa do gênero? - Em uma arfada de ar, a morena estava a milímetros de seu rosto. - Gostou do que viu? - Tentou se manter menos assustado possível, mas a homunculus tinha movimentos muito mais rápidos que sua visão. 

Lust - Não pode lutar comigo, que tal se divertir? Eu tenho um bom corpo e… - Chegou ao pé do ouvido do loiro - uma bela chupada. 

O alquimista estava enojado. 

Ed - Nunca. - Falou, encarando-a. 

Lust - Você é meu prisioneiro aqui. - Pegou o membro do homem nas mãos, fazendo-o soltar um grunhido. 

Ed - Vai me assediar? - Fitou seu rosto com nojo. - Vocês homunculus chegam tão longe assim?

Lust -  Eu não vou precisar. Quero que você me divirta. - Abaixou-se sobre o homem, começando movimentos com as mãos de vai e vem. O membro não estava excitado sobre suas mãos. 

Edward soltou um arfar, não acreditava que estava naquela situação tão absurda. 

Ed - Não vai funcionar, tenho nojo de você. 

Lust riu, parecia se divertir. O loiro a viu brincando com seu corpo e se sentiu invadido e enjoado. 

Ed - Pare de brincar comigo, sua nojenta. 

Lust - Você não vai ter como resistir. - Colocou o membro todo na boca, até chegar em sua garganta. O loiro empurrou o corpo para trás, tentando se desvencilhar daquela situação patética. 

Ed - Não adianta, não quero nada com você! - Tentou balançar o corpo para se desvencilhar da morena. - Não se acha patética fazendo isso? 

Lust - Não. - Olhou-o, segurando seu membro. - Já disse que ninguém me deixa na mão. 

Colocou o membro do homem na boca novamente. 

Ed - Já falei que não vai adiantar… - Mas antes que pudesse terminar a frase, uma faísca dentro de seu corpo ascendera como um raio, bombardeando sua parte íntima de sangue. - O que você está fazendo?! - Edward se viu ficando excitado sobre a boca de Lust. Curvou-se para frente involuntariamente.

Fitou o canto da sala, enjoado. Que diabos estava acontecendo ali? Ele não tinha desejo nenhum na mulher, mas seu corpo agiu independente de seu cérebro.

O membro rígido ocupou todo o espaço na boca da morena, que o tirou observando como era bem maior do que imaginava. 

Lust - Eu sou uma homunculus. - Levantou ainda acariciando o membro pulsante do loiro nas mãos. - Digamos que tenho meu segredinho para animar os homens. Um remédio especial na língua. 

Edward empurrou a cabeça para trás sentindo o estômago revirar. O desejo estava pulsando em seu membro de forma contraditória. Ele não desejava a moça. Preferia ser Alphonse naquele momento para não ter de passar por aquilo. A vida só podia ser muito irônica a ponto dele desejar não ter um corpo físico. 

“A que ponto eu cheguei, meu deus?”, pensava ele, deprimido.

A mulher soltou seu membro, que balançou pesadamente. 

Lust - Você está fazendo um excelente trabalho aqui. - Limpou o canto da boca, já úmida.

Ed - Então… - Voltou a cabeça para frente e fitou o rosto satisfeito da mulher. - Você coloca essa substância no nosso organismo para conseguir transar com homens? 

Lust - Tenho meus desejos para saciar, Edward. Não posso esperar a boa vontade de vocês homens. - Passou a mão por seu peito até encostar novamente em seu membro. - Você é muito melhor do que eu esperava. - Tentou beijá-lo, mas o homem virou o rosto. 

Ed - Você até pode ter conseguido me deixar duro, mas tenho nojo de você. 

Lust - Vai continuar sendo tão grosseiro? - Fechou a cara, apertando-o sob sua mão. 

O loiro soltou um doloroso gemido abafado. 

Ed - Vadia maldita! 

A morena desceu seu corpo sob o dele e puxou o decote, deixando seus seios saltarem para fora. Os peitos eram fartos e se posicionaram sob o pênis. Colocou-o no meio deles e começou um movimento rápido de fricção. A situação estava ficando absurda e inapropriada, mas o membro parecia estar ainda mais rígido sobre os peitos da morena. 

“Que merda! Esse remédio maldito, parece que eu estou prestes a explodir”. 

Ed - Pare... Pare! - Gritou para a mulher, que parou o movimento e o olhou de baixo. Parecia vitoriosa. 

Edward estava prestes a gozar se não tivesse parado o movimento. Precisava pensar em algo antes que a situação ficasse ainda pior. 

Lust - Vai se render? - O silêncio pairou por alguns longos segundos.

Ed - Eu desisto. Confesso que estava conseguindo me fazer gozar. - Abaixou o rosto a ponto da sombra dos cabelos tamparem seus olhos. 

Lust - Eu sei. Caso se comportar direitinho, eu poderei fazer coisa muito melhor. 

Ed - Você quer isso, então? Quer que eu te foda com força?

A morena soltou um suspiro alto, quase um assovio. Levantou-se, com um sorriso muito debochado nos lábios. 

Lust - Agora você está falando minha língua, Edward. - Aproximou-se para beijá-lo.

Ed - Sem beijo. - Virou o rosto. A morena levantou uma sobrancelha. 

Lust - Justo. 

Ed - Você não disse que se eu te fizesse um favorzinho, faria outro para mim? 

Lust - A proposta está de pé. Qual a sua condição? 

Ed - Me solta que eu faço o serviço direito.

Lust - Acha que nasci ontem? 

Ed - Quer transar assim, nessa posição? 

Lust - Por quê? O que pretende fazer comigo, alquimista do aço? Eu quero ouvir da sua boca. Convença-me a te soltar. Preciso saber se vale o risco.

O estômago do loiro se revirou. Podia vomitar ali mesmo, mas se segurou. Ela estava o testando. 

Ed - Primeiro vou lamber os seus peitos, quase te fazer gozar na minha boca até você pedir chega. Vai me chupar até engasgar e depois vou te foder de quatro com tanta força que você não vai me esquecer nunca mais. 

Lust deu um longo respiro entrecortado, controlando-se.

Lust - Confesso que estou surpresa. Você tem esse lado tão sombrio que me deixa excitada. 

Ed - É pegar ou largar. - Seus olhos estavam sombrios. 

Lust - Com força? 

Ed - Muita força. - A morena considerava a hipótese. Os olhos do loiro a fitavam, talvez ele tenha se dado conta que seria sua última transa. 

Lust- Você é um homem esperto. - Sorriu, desistente, soltando os braços do rapaz, deixando seus peitos roçarem no rosto do loiro. Ele virou o rosto para se esquivar. 

Assim que o soltou, ele desabou no chão com os braços dormentes. 

Lust - Vamos esperar sua circulação voltar, enquanto isso, eu faço os trabalhos. 

Ed - Espera. - Olhou o braço esquerdo roxo e formigando. - Você está com muita pressa. Não quer fazer as coisas com calma? - Tentava ganhar tempo até suas pernas e braços voltassem a bombear sangue.

Lust - Não. Curto algo mais agressivo. - Puxou-o pelo pé direito, arrastando-o pelo chão molhado até o homem estar embaixo dela. Colocou-o novamente na boca.

“Merda, não posso demonstrar má vontade. Preciso achar uma posição certeira” 

Sentiu uma pontada de prazer no seu membro. Se contorceu. Estava enjoado, excitado e com nojo de tudo aquilo. Queria morrer ao olhar aquela cena. De tantas bocas que poderiam estar ali, a de Lust era a última que ele desejava. Colocou o braço sobre os olhos, tentando se controlar. 

Aguentou por alguns minutos, tenso. Assim que os braços e pernas voltaram a funcionar, o loiro afastou-a rapidamente. 

Ed - Assim a festa acaba rápido. 

Colocou-a de quatro no banco de forma bruta. Arrancou sua roupa rispidamente e jogou a bandeja com a comida para longe. A mulher tinha um belo corpo, não podia negar. Focou seu pensamento no plano, precisava ser ágil. Ela tinha os movimentos um segundo mais rápido que sua visão. 

Lust - Não vai me chupar, Fullmetal? - Aquelas palavras quase fizeram o resto de comida no seu estômago saírem por suas entranhas. 

Ed - Eu mando agora. - Empurrou a cabeça da mulher contra o banco, deixando seu quadril pronto para ser encaixado. Puxou seus cabelos, deixando suas costas a mostra. 

Precisava ser certeiro no golpe. Precisava acertar o coração da pedra filosofal. Chutou os calcanhares da mulher, afastando suas pernas. 

Ed - Agora você vai ver, sua imunda! - Dera um passo à frente, embarrando seu membro quente na úmida entrada da homunculus. 

Aquela leve sensação a fez se distrair no prazer. O loiro a puxou pelos cabelos, levantando sua cabeça. 

Ed - Te vejo no inferno. - Sussurrou em seu ouvido, desferindo um golpe certeiro com seu braço automail. O golpe perfurou suas costas, pulmão, até chegar aonde estava a pedra filosofal.

A mulher arqueou os joelhos, caindo no chão, agonizando. Olhou para seu busto e o desenho do símbolo de ouroboros se desfez. 

Lust - Maldito seja… - Balbuciou, contorcendo-se. A visão do homem em pé, pelado e ereto a fez dar um sorriso. - Não houve forma melhor de morrer. 

O olhar sombrio no rosto do alquimista a fez sorrir. 

Lust - Você sabe que… - Tossiu, vendo seu pés se desfazerem em pó. - Eu que mandei… - Suspirou ao ver seu corpo se dissolvendo. - a garota engravidar de você. 

O sombrio rosto do homem se transformou em um misto de horror, surpresa e desespero. Ele abaixou-se, pegando o que restava de seu rosto. 

Ed - Me fala! - Berrara. - O que você fez?! Maldita! Fala! - Sacudiu-a completamente aterrorizado. 

A última visão de Lust foi o rosto aterrorizado do homem. Que injusto era o destino para ele. Deu um sorriso e desapareceu no ar. 

Edward viu a homunculus se dissolver sobre suas mãos. Viu o pó fino em sua mão. O silêncio esmagador tomou conta do ambiente. Uma forte náusea se apossou sobre seu corpo, até fazê-lo colocar toda a comida para fora de seu estômago.

Após quase colocar sua bile para fora, tamanho o nojo da situação que havia acabado de viver, sentou-se sobre as pernas aterrorizado. Uma tristeza incontrolável tomou conta da sua garganta e olhos, um nó apertado se desfez em um choro descontrolado e desesperado. 

“Que merda aconteceu na minha vida?”, colocou as mãos sobre o rosto desamparado. 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Tentei não ser vulgar, a intenção é ser uma situação absurda. O que será que vai restar a Edward depois de tudo isso? ;p



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