O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 35
O infiltrado em Rush Valley


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo algumas pontas soltas sobre o dia do nascimento do filho de Winry e Edward são esclarecidas.



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Edward ainda pensava incessantemente o que havia ocorrido no esconderijo antigo de Scar. Ainda era difícil pensar que teria um filho. Um filho com uma pessoa que não queria sequer contato com ele. Como seria olhar o rosto do bebê pela primeira vez? 

Balançou a cabeça, confuso. O sentimento de repulsa ainda corria em suas veias. A ideia não era nada agradável aos seus ouvidos. 

Uma sensação que havia alguém atrás de si o fez sair dos devaneios. Olhara para esquerda com o canto do olho. 

“Alguém está me seguindo.” 

O pôr do sol estava próximo. Os ataques haviam cessado na cidade, apesar do clima não ser amistoso. Edward tentava chegar à Igreja de Rush Valley para conversar com Greed. Acelerou o passo, mas a sensação ainda estava em sua escolta. 

Ed - Quem é? - Virou bruscamente, juntando as mãos sobre o chão. Emergiu uma grossa lança de pedra. O loiro apontou em direção ao barulho. - Saia daí, eu sei que está me seguindo. 

Envy - Sabia que iria perceber cedo ou tarde… - Saiu do meio de alguns escombros. - Edward Elric. 

A pupila do alquimista se contraíra. Homunculus. 

Ed - O que você quer? - Fechou a cara, em uma carranca. 

Envy dera um sorriso debochado. 

Envy - De você, nada. - Apontou o dedo em sua direção. - Agora da sua linhagem… 

Imediatamente o alquimista se chocou. As mãos que seguravam a lança tremeram. 

Ed - Do que você está falando? - Gritou, irritado. Tentava afastar pensamentos desastrosos. 

“Será que ele está falando daquela criança?” 

Envy - Ora, ora. - Fechou o cenho. - É a primeira vez que vejo um olhar tão apavorado. 

Ed- Maldito! - Cerrou os dentes, enquanto tentava manter a linha. 

Envy - Está tão nervoso pois sabe do que eu estou falando ou será que ainda não descobriu? 

Ed - Cala a boca! 

Envy - Sempre o último a saber de tudo. Coitado! 

Ed - Eu disse para você calar essa boca imunda! - Jogara a lança em sua direção. 

Envy segurou a lança, mas fora surpreendido por uma rasteira de Edward, atrás de si. 

Ed - Muito lento! 

Edward ficou por cima de Envy, prendendo suas mãos. 

Ed - Agora você vai me falar tudo. - Apontou a lança para a barriga do menino.

 Envy ria compulsivamente. Ed franziu o cenho, em um misto de desconfiança e desentendimento. 

Ed - Do que está rindo tanto? 

Envy - De você! Está achando que vai conseguir impedir alguma coisa. - O alquimista estava ficando farto da ladainha do homunculus. 

Ed - Está achando que eu estou aqui para brincadeira? - Apertou a lança sobre o abdômen, fazendo um profundo corte. 

O homunculus se contorceu de dor.

Envy - Desgraçado! Não sabe o que lhe espera! - Fechou a cara. - Já engravidou alguém hoje? - O loiro chocou-se.

“O que diabos está acontecendo aqui? Como ele sabe disso?” 

Ed - Não tem mais o que fazer e fica bisbilhotando a vida dos outros? 

Envy - Idiota! - Tossiu um pouco de sangue. - Não é a vida dos outros. É a nossa vida. 

Ed - O que está falando? - O rumo da conversa parecia tenebroso.

Envy - Você não vai ter a chance nem de ver o rosto desse bebê… - O loiro se desesperou com as palavras. 

“Sim, os homunculus sabiam de alguma forma”. 

Envy - Muito lento! - O loiro abaixou a guarda e o homunculus lhe acertou a cabeça, conseguindo se desvencilhar dos braços do alquimista. 

O golpe atingiu em cheio a cabeça de Edward, que caiu tonto no chão. Envy levantou, batendo a roupa, que sujou ao cair no chão. 

Envy - Sempre dando trabalho esse pirralho. - Tirou do bolso um pequeno frasco de vidro contendo um líquido esverdeado. Pegou o rosto do alquimista, abriu-lhe a boca e jogou todo o conteúdo. O loiro engasgou, tentou vomitar, mas era tarde. Já havia engolido parte do veneno. 

Envy - Agora você vai dormir, Edward. Logo nos veremos de novo.

Em seguida, as pálpebras do alquimista pesaram, ficando sua visão escura. Ficou inconsciente logo em seguida.

Envy - Edward sequestrado, o bebê nascendo, tudo nos conformes. Que a segunda parte do plano comece. - Cruzara os braços. 

—-- 

Heinkel corria sobre os escombros da cidade, em busca do alquimista de aço. Avistara o loiro caminhando com as mãos no bolso. 

Heinkel - Edward! - Gritou assim que o viu.

O loiro virou-se, parando de caminhar. 

Heinkel - Preciso que venha comigo, é urgente! - Chegou ao lado do homem, esbaforido. 

Heinkel - Estou correndo igual um doido atrás de você. - Buscou ar nos pulmões. - O seu filho está nascendo agora! 

Edward o olhou, chocado. 

Ed - Agora? 

Heinkel- Sei que está sem palavras, mas venha comigo? 

Ed - Naquele lugar? 

Heinkel - Sim, vamos para o esconderijo de Scar. - O loiro fechou a cara. 

Ed- Lá não é um lugar seguro para um parto. Por que não trazem ela para cá? 

Heinkel fez uma expressão incompreensível. 

Heinkel- Como assim? Ela não tem como vir! Ela está parindo! 

Ed - Que problemático. - Arfou. 

Heinkel - Problemático? Edward Elric, está tudo bem? 

Ed - Está tudo bem. Anote bem o que eu vou lhe dizer. Não me importa se vai nascer essa criança. Eu não participei de nada até agora, não faço parte disso. Pode dizer a ela que não me importo. Ela que lhe lide com isso. 

Heinkel - O quê? - Dera um passo para trás, chocado. Não sabia que o alquimista era tão frio e egoísta. 

Ed - Não me olhe com essa cara. Não quero uma família. Além disso, ela que quis transar comigo. - Colocou os braços atrás da cabeça. - Eu sou homem, não resisti àqueles peitos.

Heinkel - Como pode falar assim da mulher que está parindo o seu filho? Você é um moleque por acaso? - Respirou fundo, ainda tentando entender o que estava acontecendo. - Você não merece as pessoas ao seu redor, não imaginava que era tão frio. Talvez seja por isso que virou um alquimista federal.  Talvez seja eu que ainda tenha esperanças nas pessoas.

O alquimista andou alguns passos adiante. 

Ed - Tenho mais coisas para me preocupar no dia de hoje. Não estou a fim de ficar lembrando com quem eu transei. Não me incomode mais com isso. 

A quimera cerrou os punhos, indignado. 

Heinkel - Moleque maldito. - O loiro estacou o passo. 

Ed - Preciso lhe contar um segredo, Heinkel. Sobre Greed. - Andava até o canto da rua. 

Heinkel - E isso importa agora para você? 

Ed - Está a fim de morrer? Escuta o que eu tenho a dizer e vai entender por que não estou preocupado com o bebê. 

Heinkel desfez a carranca, talvez houvesse uma explicação plausível para toda aquela infantilidade. Aproximou-se do local que Edward se encaminhava. 

Heinkel - Precisa ser tão isolado? Não tem ninguém na rua. 

Assim que chegou ao beco,percebeu uma presença atrás de si. Quando virou para trás, avistou um pássaro passar rente a sua cabeça. Respirou aliviado, voltando o corpo para conversar com Edward. No instante em que virara, o alquimista lhe desferiu um golpe certeiro no estômago, fazendo-lhe se curvar e cair de joelhos. 

Heinkel - Edward… - Gritara de dor. - O que é isso? 

O rosto do loiro foi se transformando em outro ser. 

Envy - Seu otário de coração mole. - Dera uma risada alta. - Edward está bem longe daqui, quem sabe engravidando mais gente? 

Heinkel - O quê? - Chocara-se. 

Envy - Pode descansar agora, quimera. Vou precisar de um favorzinho seu. 

A quimera olhara o machucado em seu estômago, havia pontos esverdeados. Havia sido envenenado. Logo em seguida, caíra no chão desacordado. 

—----

Havoc - Heinkel está voltando. - Avisou Darius, que levantou-se da pedra que estava sentado. 

Darius - Voltando sozinho. - Desfez o sorriso que estampava. 

Havoc arfou, cansado. 

Havoc - As coisas só pioram. 

Heinkel - Não consegui convencer o Edward. 

Havoc - Ele não quer ver o filho nascer? 

Heinkel - Disse que não se importava, não adiantou eu insistir. 

Darius - O que está acontecendo no dia de hoje? Tudo parece nos surpreender para pior. 

Havoc - Tudo bem. - Secou o suor que escorria sobre o rosto. - Ela está em trabalho de parto. Vamos esperar esse bebê nascer. 

Heinkel olhou a tenda compenetrado. 

Heinkel -  O bebê está bem? 

Havoc - Só Deus sabe. 

Heinkel - Ele tem que nascer saudável. - Havoc estreitou os olhos sobre ele. 

Havoc - Aconteceu mais alguma coisa nesse meio tempo, Heinkel? 

Heinkel - Não, nada. Edward seguiu para a catedral, apenas isso. 

Darius - Moleque insensível. 

Havoc - Darius! Controle-se! Não é hora de se deixar levar pela emoção. Edward é um alquimista federal, precisamos confiar nele. A vida pessoal não nos interessa. Não vamos fazer juízo de valor. 

Ambos assentiram com a cabeça. 

Heinkel continuou olhando compenetrado a tenda em que Winry dava a luz. 

Após uma hora, ouviram o choro ao lado de dentro. A Primeira Tenente correra para avisá-los. Após algumas horas, Havoc foi chamado na tenda, ficando Darius e Heinkel sozinhos. 

Heinkel - Darius, por que você não vai buscar mais lenha? Está acabando aqui. 

A quimera olhara o fogo se esvaindo. 

Darius - Volto já. Qualquer coisa me avisa. - Saiu rapidamente em busca de madeira. 

Heinkel  cumprimentou rapidamente Pinako que saíra para fumar um cachimbo um pouco longe da tenda. A quimera se aproximou para ouvir a conversa de Havoc, Riza e Winry dentro da tenda. 

Após ouvir tudo, dera um sorriso triunfante.

Heinkel - Então é na Central que você pretende esconder essa criança, Rockbell? Essa história só fica mais instigante. 


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Notas finais do capítulo

As coisas estão ficando complicadas, não estão? ;)



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