O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 34
O plano de fuga de Winry


Notas iniciais do capítulo

Após o nascimento de Maes Rockbell Elric, ameaças estão para se concretizar. Winry, Havoc e Riza decidem planejar estratégias no dia prometido.



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A noite chegou em Rush Valley.  

Riza cochilava na cama improvisada dentro da tenda. Pinako ensinava Winry a amamentar o bebê. Do lado de fora, Havoc e as Quimeras jantavam. 

Havoc - Estou ficando preocupado. Edward, Roy e Ellen ainda não voltaram da Igreja de Rush Valley. 

Darius - A catedral fica muito longe daqui, Segundo Tenente. 

Havoc - Precisamos sair logo. Não é seguro. 

Heinkel - Agora com esse bebê a tiracolo fica tudo ainda mais perigoso. Precisamos deixá-los em algum lugar. - Havoc interrompeu-o, bruscamente. 

Havoc - De jeito nenhum, não podemos deixar esse bebê sem escolta. - As duas quimeras se olharam, surpresas. 

Darius - Não vejo como perdemos tempo cuidando de uma criança em uma guerra. 

Heinkel - Um risco desnecessário. Melhor deixarmos ele em algum lugar seguro. 

Havoc - Não há lugar seguro. 

Darius - Segundo Tenente, está escondendo algo de nós? - Olhou-o, desconfiado. O nervosismo do homem era desproporcional ao evento. 

Heinkel - O foco dos homunculus não é atacar um cidadão aleatório. Eles querem os alquimistas federais. A população só precisa ficar longe do círculo de transmutação. Nós vamos conseguir. 

Darius - Exatamente. Assim que Ed e Roy chegarem, mandaremos a protética e sua avó para outro local. 

O loiro acendera um cigarro, tenso. 

Havoc - Vocês não entendem. A situação é mais grave do que parece. Tenho certeza que estamos sendo observados. - Olhou ao redor. - Mustang não deveria ter nos deixado aqui sozinhos. 

Darius - Ninguém imaginou que a criança nasceria tão rápido. 

Heinkel - Além disso, tem Alphonse que só chegará amanhã. Não podemos ir embora. 

Havoc - Droga, essa situação só deixa mais arestas para consertarmos. - Fechou o punho sobre o lábios, tenso. - Estamos mal. 

[Dentro da tenda]

Pinako - Estou impressionada, ele é muito quietinho. - A loira dera um tenro sorriso para a avó. - Não parece com os pais agitados. - A menina desfez o sorriso. Os problemas estavam sempre ocupando sua mente quando alguém falava o nome do alquimista. 

O silêncio pairou por alguns segundos até a senhora tomar coragem para perguntar. 

Pinako - Como foi a conversa com Edward? 

Winry - Ruim. 

Pinako - Conseguiram se acertar? 

Winry - Parcialmente. 

Pinako - Por isso ele não está aqui? - A mulher se calara. 

Winry - Eu não sei, ele não quis participar desse momento. - Olhou o bebê. - Considera essa criança um problema. 

A senhora fechara os olhos, lamentando. 

Pinako - Winry, ele não conseguiu digerir essa notícia, são muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Mas estou decepcionada, não imaginava que ele nos deixaria aqui nessa hora tão frágil.  

Winry-  Na verdade… eu pedi a ele para se afastar de mim. - Arrumara-se na cama, enquanto o bebê sugava seu peito ferozmente. - Mas foi ele quem decidiu não ver o filho nascer, não pretendo entender o motivo, vovó. 

Pinako - Não vamos tentar imaginar o que aconteceu, isso nunca dá certo. Dê um voto de confiança a ele. 

Winry - A senhora, por ver Edward crescer, acha que o conhece. Mas não entende que ele mudou? A guerra o mudou. Ele é um cão do exército, não é mais o menino de Resembool. 

Pinako parecia triste.

Pinako - Tem alguma coisa errada, não o vejo dessa forma. Nós conhecemos ele há 20 anos!

Winry - O que mais ele deve fazer para a senhora entender que não há interesse no que aconteceu aqui? E eu não faço questão que ele esteja presente. Como eu lhe falei durante esses nove meses, eu não quero contato com Edward. Serei mãe solo e apenas isso. Entende agora que esse é o melhor caminho?

Pinako - Tudo bem, não vamos mais falar disso por enquanto. Vou comer algo lá fora. - Levantou-se da cadeira, mas sua neta pegou sua mão. 

Winry - A senhora pode trazer o Tenente Havoc até aqui, por favor? 

Pinako - O que pretende, minha filha? - Olhara-a, interrogativa. 

Winry - Confie em mim, apenas preciso conversar com ele. 

Pinako - Tudo bem. - Saíra da tenda com passos apressados. 

Riza acordara com a movimentação. Tirou o cobertor de si e esfregou um dos olhos. 

Winry - Primeira Tenente? - Assim que a militar levantou e começava a prender os cabelos, Havoc adentrou a tenda. 

Havoc - Pois não? - O cigarro caíra de seu lábio quando avistou o pequeno bebê nas mãos da protética. Não poderia negar que era filho do alquimista de aço. Um frio percorreu sua espinha. - Parabéns pelo bebê, senhorita Winry. Diga, o que deseja?

Winry tinha um semblante frio. 

Winry - Vocês sabem, não sabem? - Riza deixou a presilha do cabelo cair de sua mão. Seus cabelos despencaram sob os ombros. 

Riza - Winry… - Lamentava com os olhos. 

Winry - Sei que a essa altura vocês já ligaram muitos pontos nessa história. 

Havoc - Como você sabe? - Seus olhos eram sérios e frio.

Winry - Tenho as minhas informantes, digamos assim. Amigas no exército. Sei que mataram Lee Clarsters e descobriram que a pedra filosofal é feita de humanos. 

Havoc - Nós juntamos o quebra cabeça. O fato de necessitar de uma linhagem da família Elric deixa as coisas muito mais problemáticas. Você sabe o que carregou e o perigo que essa criança nos representa. 

Winry abraçou instintivamente Maes. 

Winry - Ajudem-me a fugir. - Ambos abriram os lábios, ligeiramente assustados. 

Riza - Como pretende fazer isso? E Edward? Ele não sabe de nada do que está acontecendo. 

Winry - Você quer entregar Maes para Dante refazer seu corpo ou quer me ajudar a fugir? 

Havoc - Espera aí, espera aí. - Fizera um sinal com a mão. - Que história é essa? 

Riza - Quem foi atrás de você? 

A protética respirou fundo, não podia esconder mais o segredo. No melhor e no pior dos cenários as coisas acabariam mal se ela não tentasse angariar aliados. Engolira em seco. 

Winry - Eu guardei esse segredo por muito tempo. - Respirou novamente, com calma. - Há uns nove meses, Lust apareceu na minha antiga casa, em Resembool. - Olhou para cima, tentando encontrar forças. - Ela me ameaçou dizendo que iria dizimar a cidade se eu não engravidasse de Edward. 

Os dois militares piscaram várias vezes. Eles já tinham ciência da história de forma geral, mas ouvir em detalhes parecia ainda mais aterradora. 

Riza - Isso aconteceu um pouco antes de irmos para Resembool? 

Winry - Um tempo antes. 

Riza - Sabia que tinha algo estranho acontecendo. Então… - Pausara a fala, juntando as peças. - O trem desviado e a sucessão de acontecimentos estranhos são por causa disso? 

Winry - Sim. 

Havoc - Aonde Dante entra nisso? 

Winry - Dante está com seu corpo apodrecendo, eles querem um novo corpo. Querem abrir o portal novamente.

Havoc - E como o criador dos homunculus é o Hohenheim, eles precisariam de um sangue Elric… - Cerrara os olhos, triste em toda a sua teoria se confirmar. - Não colocaram Edward porque ele não tem perna e braço. - Dera um meio sorriso. - Essa história só fica pior. 

Winry - Sim. Passei todos esses meses sendo ameaçada em todos os lugares. 

Riza - Por que você não falou conosco? 

Winry - Eu tive medo, tenho medo. 

Riza - Você sabe que pode confiar em nós. 

Winry - Não sei. Maes foi assassinado a mando do próprio exército. O Fuhrer é um desertor homunculus. Como poderia deixar o mínimo de risco dessa notícia se espalhar? Eles saberiam. 

Riza sabia que os homunculus tinham ouvidos pela Central. Contar a eles realmente não seria uma boa possibilidade, não enquanto eles estivessem lá. 

Riza - Tudo bem, vamos resolver isso de uma vez por todas. Temos uma vida em jogo. - Fechou o cenho, compenetrada. - Várias vidas. 

Winry - Preciso fugir para Drachma. 

Havoc - Que? - O loiro passou as mãos pelo cabelo. - Como diabos você pretende passar pelo muro e por aquelas montanhas sem morrer você e o bebê? - Cruzou os braços.

Winry - Qual saída eu tenho? 

Riza - Xing.  - Referia-se ao país vizinho ao leste de Amestris. 

Havoc - Não. - Andava de um lugar a outro. - Como ela vai atravessar o deserto? 

Winry - Eles vão imaginar que eu escolherei o caminho mais perto porque estou com um bebê. Preciso escolher o mais difícil para imaginarem que eu não conseguirei. 

Os dois militares calaram-se. Realmente ela estava certa. Havoc tirara a mãos dos lábios, parecendo ter uma ideia. 

Havoc - E se você não sair daqui por nenhum minuto? 

Riza- Havoc! Está louco? 

Havoc - Não. - Colocou o dedo indicador nos lábios. - Eles sabem que Winry tentará fugir. Provavelmente já possuem homunculus por todas as fronteiras. Por qual motivo você acha que Lust, Glutony e Envy não estão aqui? 

Ambas se olharam, compreendendo aonde o Segundo Tenente queria chegar. 

Havoc - Vamos agir de forma contrária ao que eles esperam. Ou melhor, vamos ficar na boca do leão. - Dera um meio sorriso. 

Winry - Você diz… - Respirara fundo. - que eu devo ficar na Central? 

Havoc - Exatamente. Uma ousadia que eles jamais imaginariam. Eles não vão lhe procurar no principal lugar em que você deveria estar. 

Riza-  Mas eles não vão acabar descobrindo? Lembre-se que a Sede Central do Exército está tomada, Havoc. 

Havoc - Eu tenho lugar, mas você precisa confiar em mim, senhorita Rockbell. 

Riza - Aonde você pretende deixá-la? Quem aceitaria algo assim? 

Havoc - Digamos que uma admiradora secreta. - Olhara-a, com uma feição satisfeita.

—--

Roy - Ellen, chegamos. - Apontou ao longe a fogueira feita por Darius. 

Ellen - Graças a Deus, vamos descansar um pouco.

Quando ambos se aproximavam da tenda, avistaram Heinkel. 

Roy - Tudo bem por aqui? 

Heinkel - Nasceu o bebê da protética. - Ellen e Roy chocaram-se. 

Roy - Que?! - Saíra em um rompante, sem nem deixar a quimera esclarecer o ocorrido. 

Adentrou a tenda rapidamente, avistando apenas Riza e Havoc jogando xadrez. Ellen chegou ofegante alguns segundos depois.

Roy - O que diabos está acontecendo aqui, Primeira e Segundo Tenente? - Falara, abismado. - Cadê a garota e o bebê? 

Riza - Sumiu. - Olhou-o, friamente. O moreno franziu o cenho, tentando entender sua expressão. 

Roy - O que está acontecendo aqui? Havoc? - Fitou o subordinado a fim de uma explicação. 

Havoc - Saímos para comer, quando voltamos, ela não estava mais aqui. - Virou o olhar para o Coronel. - Cheque-mate, Riza. 

Riza - Perdi. - Esboçou um meio sorriso. - Que pena. 

Roy - O que diabos vocês fizeram? - Arfou, desistente. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. ;)



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