Sk High School escrita por hyunnie


Capítulo 17
Capítulo 15: Say Yes


Notas iniciais do capítulo

Finalmente voltei! Peço desculpas a todos os meus fieis leitores pela demora, mas esse final de ano está sendo um tumultuo para mim :3
Espero que não se decepcionem com o cap depois de toda essa espera, mas adianto que coisas melhores estão para acontecer futuramente ^^



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Para mim ela era louca.

Simplesmente entrelaçou seus dedos aos meus e me arrastou para fora.

Senti-me dentro de um sonho.

Para onde estávamos indo eu não fazia ideia, e nem me atreveria a perguntar. Naquele momento ela poderia me levar para qualquer lugar do mundo que nada mais importava. Só queria estar ao seu lado, continuar a sentir sua presença.

A chuva não havia dado trégua, estava ainda pior do que horas atrás e, por mais que tivéssemos corrido por poucos segundos, percebi que estava completamente encharcada. As gotas se tornavam mais espessas a cada passo que dávamos, e os buracos da rua mal asfaltada deixavam o solo empoçado.

Quando finalmente voltei ao mundo real, vi que corríamos em direção a uma construção antiga de três ou quatro andares - provavelmente residencial. Sendo bem sincera, aquilo estava caindo aos pedaços.

Havia uma escada enferrujada que se estendia pela lateral do prédio, e foi por lá que ela me levou. Os degraus rangiam conforme nossos tênis pesados o tocavam, e eu fiquei um pouco assustada.

Subimos alguns lances e demos de frente para uma varanda coberta, no último andar antes do terraço. Ela soltou a minha mão e seus olhos procuraram algo no bolso de sua jaqueta, uma chave. Abriu metade da porta de correr e atirou o molho de qualquer jeito para dentro.

Parecia estar afoita, desesperada.

E eu, bem...

Conseguia sentir meu coração palpitar na garganta.

Puxou-me para dentro, fechando às pressas a porta atrás de nós e impedindo a ventania de nos acompanhar, guiando-me até um dos cômodos. Todas as luzes do apartamento estavam apagadas e ela não se preocupou em acendê-las, me deixando sem qualquer noção de espaço.

Mais uma vez ela soltou meu braço e sumiu do meu campo de visão, me deixando imóvel no meio daquele quarto completamente escuro. Pude ouvi-la passar a chave na fechadura da porta e imediatamente abri meus olhos o máximo que pude para tentar enxerga-la, mas sem sucesso. Não conseguia vê-la, e o silêncio que se fez a seguir me deixou completamente angustiada.

Dei um passo para trás e senti minhas costas tocarem algo, a maçaneta de um grande armário. Encostei-me a ele e fechei os olhos, tremendo compulsivamente. Tentei relaxar meu corpo molhado e controlar a minha respiração, me preparando para o que eu sabia que estava prestes a acontecer.

Ela caminhava lentamente, quase que em silêncio absoluto, ignorando toda a pressa de momentos atrás. Sua demora parecia eterna para mim. E proposital. Ela sabia o quanto eu ansiava pelo momento em que nossos lábios finalmente se encontrariam, em que ela seria inteiramente minha. Mas ainda assim, me torturava sem um pingo de piedade.

Percebi que, desde o primeiro dia em que a vi, estive cansada de esperar.

Kim TaeYeon definitivamente sabia me deixar fora do meu estado normal.

Já não tinha mais controle sobre as minhas emoções. Estava a ponto de começar a chorar em desespero quando senti, sem nenhum aviso, seus dedos molhados deslizarem cuidadosamente a lateral do meu rosto, o que fez uma forte vibração descer da minha nuca até a minha coluna, arrepiando todos os pequenos pelos que existiam no caminho.

Aproximou-se ainda mais, colando sua testa à minha e encostando suavemente seu nariz ao meu. Sua respiração quente e ofegante castigava a minha pele, e sua boca nunca estivera tão próxima como naquele momento. Desejei ensandecidamente tomá-la para mim, mas me contive.

E valeu a pena.

– Eu amo você.

Aquelas doces palavras soaram como uma brisa refrescante aos meus ouvidos, e fui invadida por uma enorme sensação de felicidade e alívio.

Minha vida enfim fez sentido. Era como se eu tivesse nascido para ouvir aquela frase sair da boca dela.

Quis retribuir sua declaração, dizer o quanto ela significava para mim e gritar a plenos pulmões que também a amava, mas fui impedida pelo toque sutil de seus lábios aos meus. Fiquei petrificada, sem nenhuma reação. Mais do que nunca, meu coração bombardeou meu peito, e um calor vulcânico se formou em meu baixo-ventre.

Seu beijo era lento e, ao mesmo tempo, devastador.

Sugava meus lábios de uma maneira tão pura, tão apaixonada que eu poderia ficar eternamente ali, apenas provando seu gosto, seus toques tão delicados.

Mas eu precisava de mais. Logo me acostumei àquela sensação tão boa e entreabri minha boca, como quem concedia autorização, e ela entendeu. Estremeci quando senti sua língua tão áspera e quente chocando-se contra a minha, tornando aquele beijo ainda mais intenso. Meus joelhos fraquejaram e eu delirei quando sua língua roçou o céu da minha boca, incapaz de acreditar que tamanho prazer pudesse ser proporcionado pelo simples ato de beijar.

Nossas línguas dançavam em perfeita sincronia, como se já tivéssemos feito aquilo mil vezes. E a cada vez que ela cessava nosso beijo para retomar o fôlego, eu protestava com um pequeno grunhido.

Ela explorava com urgência cada canto da minha boca, e eu fazia o mesmo. Estava tão entregue que nem me dei conta quando levei uma mão sua nuca e a trouxe para ainda mais perto, envolvendo depois seus cabelos e os puxando com certa força pela raiz. Ok, muita força. Ela retrucou, deslizando os dedos por dentro da minha camiseta molhada e arranhando metade das minhas costas. Fiquei extasiada e não consegui segurar. Deixei escapar um gemido rouco.

O quarto foi ficando cada vez mais abafado, e minhas roupas mais pesadas e grudentas. Em pouco tempo o frio havia dado lugar a um calor úmido e incômodo. Comemorei quando as mãos de TaeYeon alcançaram meus ombros e se livraram do meu casaco já aberto.

Tudo aquilo que estava acontecendo era mágico para mim. Perfeito de mais para ser real.

Já não havia mais vestígios de nervosismo. Eu estava completamente hipnotizada por seus movimentos.

Dezenas de imagens se passavam pela minha mente enquanto ela sugava a minha língua e afagava meus cabelos, agarrada ao meu pescoço. Por um momento me perdi um pouco em meus pensamentos, e fui surpreendida por uma forte mordida em meu lábio inferior.

– Ei, você me mordeu! - reclamei, mas não em reprovação.

Jura?! – Ela sussurrou de uma maneira sarcástica, porém extremamente sexy. Senti sua respiração pesada subir e queimar meu ouvido, trazendo consigo uma onda gelada de prazer que percorreu por todo o meu corpo, como em um choque térmico – Até quando você vai achar que eu sou santa?! – ela me provocou mais uma vez, apertando minha cintura com força, sugando e mordiscando delicadamente o lóbulo de minha orelha, me levando a um estado quase que completo de delírio.

– Até você me provar o contrário.

Como eu fui capaz de dizer aquilo sem querer saltar de um penhasco depois eu não sei, mas não me arrependo. Imediatamente TaeYeon agarrou minha cintura, girou meu corpo e me levou às pressas para o outro lado do quarto. Eu não conseguia enxergar nada além do branco de seus olhos, mas percebi que sua áurea havia mudado. TaeYeon estava possuída por Jessica Jung, só podia.

A parte de trás das minhas pernas tocou a cama, e ela não pensou duas vezes antes de me empurrar em cima dela.

Mal tive tempo de me recompor do susto e ela se sentou sobre a minha cintura, curvou o corpo e ligou um abajur que estava na escrivaninha ao lado. Lançou-me um olhar determinado, tirou sua jaqueta e arrancou minha camiseta em uma rapidez inacreditável.

– Nossa, que rápida! – brinquei, apoiando meus cotovelos no colchão e levantando o tronco para encará-la. Estava mais linda do que nunca com os cabelos molhados caindo levemente sobre o rosto.

– Você não viu nada.

Eu estava amando o clima de provocação entre nós duas. Mexia com a minha imaginação de um jeito inexplicável. Já não me importava com mais nada. Acima de qualquer coisa, eu estava morrendo de felicidade por estar ali com ela e queria aproveitar aquele momento.

Ela sorriu maliciosamente e voltou a me beijar de uma forma ainda mais quente. O tecido gelado de sua camiseta tocou meu peito seminu, e novos tremores agitaram meu corpo. Sem romper o beijo, sentei-me com as pernas para fora da cama e a ajeitei melhor em meu colo. Levei as mãos até suas costas e a acariciei, desfazendo o feixe de seu sutiã. Ela murmurou alguma coisa que eu não consegui decifrar quase dentro da minha boca, e eu retomei de onde tinha parado. Retirei, de uma única vez, sua camiseta e seu sutiã, e os joguei de lado.

Fiquei com um pouco de medo. Nunca havia entrado em “modo de criação” antes. Nas minhas pouquíssimas experiências anteriores, era Jessica quem tinha todo o controle da situação. Mesmo assim, minhas mãos alcançaram seus pequenos seios, e eu os massageei gentilmente, traçando círculos em torno de seus mamilos. TaeYeon suspirou profundamente e deitou sua cabeça, deixando seu pescoço exposto. Aproveitei para distribuir pequenos beijos e mordidas em toda a sua extensão, e ela pareceu ainda mais excitada. E eu, claro, enlouqueci. Não esperava receber uma resposta tão positiva logo na primeira vez que o fazia.

Sua pele era tão macia quanto eu imaginava.

Senti como se estivesse tocando uma nuvem, abrindo caminho para o paraíso.

Escorreguei minhas mãos até sua saia e me deparei com um zíper inconveniente, quase impossível de abrir. Tentava de todas as maneiras desatá-lo, mas parecia ter emperrado. Entrei em pânico, temendo arruinar nosso momento com o meu desastre, mas ela deu um jeito de contornar a situação. Saltou do meu colo e tirou rapidamente a própria saia com uma facilidade incrível, atirando-a em cima das outras peças que se acumulavam pelo chão.

Meus olhos estudaram cada detalhe de seu corpo esguio que a luz os permitia alcançar.

Tão linda que chegava a doer.

Ela corou, notando como eu a observava, e praticamente pulou em cima de mim quando voltou à cama.

Minhas mãos corriam as curvas de seu corpo enquanto ela fazia declarações ao pé do meu ouvido. E eu, besta como sou, não era capaz de respondê-la a altura.

– Você significa o mundo para mim.

Lágrimas ameaçavam se formar, mas ela não me permitiu deixa-las escorrer. Desceu uma mão até o cós da minha calça e a desabotoou. Tirou minha calça jeans devagar, e o alívio instantâneo que senti ao estar livre daquela peça tão molhada e pesada deu rapidamente lugar a um enorme constrangimento. Eu estava agora praticamente nua. Tentei me cobrir com os braços, e ela riu.

– Não tem nada aí que eu já não tenha visto, sua boba.

Dei um riso envergonhado, lembrando do incidente no vestiário. Ela afastou minhas mãos e deitou novamente sobre mim, encaixando-se entre minhas pernas e friccionando seu joelho sobre o tecido úmido da minha calcinha. Meus músculos mais íntimos se contraíram, e eu respirei pesadamente. Como se não bastasse, abriu meu sutiã e me fez tirá-lo. Em questão de segundos, sua boca e dedos trabalhavam em meus seios, enrijecendo meus mamilos a ponto de quase latejarem.

Era tão bom.

Mas tão bom...

Que me deixava com ciúmes.

Sim, sempre com ciúmes.

Não conseguia simplesmente aproveitar. Passava pela minha cabeça onde é que ela tinha aprendido a fazer tudo aquilo. Ou melhor: com quem tinha aprendido. Mas disse a mim mesma para esquecer. Não queria deixar um sentimento tão bobo como esse transparecer.

Sua língua deslizou pela minha barriga, contornando o meu umbigo, e com uma mão ela apertou com força a parte interna da minha coxa. Pude sentir uma pressão começar a crescer no meu estômago e o suor se formar no meu pescoço.

Agora eu estava nervosa. E muito.

Para o meu desespero, ela enfim se livrou da minha última peça de roupa. Uni meus joelhos, em uma tentativa de adiar o que estava por vir. Ela aproximou os lábios do meu ouvido e perguntou.

– Pronta?

Não, eu não estava pronta.

Não para aquilo.

Ao mesmo tempo em que ansiava por isso, tive medo. Confiava nela mais do que tudo, mas não tinha ideia do que iria acontecer.

– É... Acho que não. – ela respondeu por mim e desentrelaçou sua perna da minha, se curvando e beijando de leve a ponta do meu nariz.

Quis sair correndo de lá, tamanho o meu constrangimento.

Não dava para acreditar que aquela tensão toda tivesse me invadido logo na hora “H”.

Para variar, tinha arruinado tudo.

– Você vai ficar frustrada, né? – minha voz saiu pouco mais alta que um sussurro.

– Claro que não vou! – ela riu, e eu corei – Eu amo esse seu jeitinho inocente!

– Ai, ufa.

Respirei mais aliviada, e ela me puxou para outro beijo.

Longo, lento e apaixonado.

Quando nossos lábios se separaram, ela se deitou ao meu lado. Revirou os travesseiros junto à cabeceira da cama e retirou de baixo deles um grande edredom, nos cobrindo. Abraçou-me forte pela cintura e distribuiu beijinhos e pequenas mordidas pelo meu ombro. A sensação de ainda ter sua respiração tocando a minha pele me reconfortava.

– Eu... te... amo.

Aproveitei que ela não me olhava para finalmente revelar o que já era óbvio.

Ela não respondeu.

Novamente o silêncio tomou conta daquele quarto, e eu já estava começando a imaginar que tinha mesmo conseguido estragar tudo. Tentei formular inúmeros pedidos de desculpa em minha mente, e até mesmo um plano de como pegar minhas roupas e sair correndo daquele apartamento.

Mas fui pega de surpresa.

– Você aceita namorar comigo, Lee SunKyu?


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