No outro dia acordei ás seis horas da manhã e percebi que minha colega de quarto não estava lá, nem as coisas dela.

Levantei e fui tomar banho, estava nevando fraco então vesti o uniforme e tomei o café-da-manhã e fui para a aula e quando cheguei à classe me espantei por ver uma mulher no lugar de Michael, o nome dela era Cherry.

–Ãhn, com licença, o que aconteceu com o professor Michael?? –Disse eu um tanto preocupada.

–Nada! –Disse a professora confusa.

–Porque ele não esta aqui?

–Ele é professor de Geografia, Matemática, Informática, Educação Física, Química e Espanhol. E eu dou aula de História, Inglês, Ciências, Biologia e Física.

–Oh, me desculpe, sou nova aqui e eu não sabia.

–Oh, você é a Anny!

–É, sou.

–Seja bem vinda querida!

A aula passou e era hora do almoço, como há essa hora a lanchonete era lotada então eu tinha comprado um lanche reserva ontem para comer hoje.

Logo depois de comer, fui à biblioteca para ver como era. Era enorme, a bibliotecária Gina me disse que havia mais de mil e quinhentos livros lá!

Havia três andares lá e mesas para estudo e leitura.

Logo depois que sai da biblioteca meu celular tocou:

–Alô?

–Oi, Anny. Sou eu, a Tiff!

–Oi... -Disse eu começando a chorar- Eu to com saudades de vocês!!

–Onde você está? O que aconteceu? –Disse Tiffany preocupada.

–Eu briguei com a Lesse e fui expulsa, minha mãe me mandou pro Alaska e agora to em um colégio interno. –Eu já não controlava minhas lágrimas e elas estavam caindo como uma tempestade, eu estava começando a ficar desesperada.

–Ai, amiga. Eu não acredito. –Disse Tiffany chorando.

Olhei para o começo do corredor e eis que a figura de Michael aparece e quando percebe, grita preocupado e acelera o passo em minha direção:

–Anny? O que houve?

Tiffany acabou ouvindo e me perguntou:

–Anny, que voz de homem é essa?

–É meu professor Michael...

Michael já estava praticamente do meu lado quando colocou sua mão no meu ombro, se abaixou, olhou para o meu rosto e disse:

–Ei, o que houve? –A voz dele passava a impressão de que ele estava angustiado.

Fiz um sinal de que não era nada e disse:

–Tiff, vou desligar agora. Conta pra Whitney por mim, se não vou chorar e não quero. Quando der a gente se fala.

Desliguei o celular e olhei para Michael:

–Anny, olha pra mim. O que houve?

–É uma das minhas primas e amigas lá de New York que não sabiam de nada. Ela me ligou e comecei a contar e... -Comecei a chorar de novo. Michael enxugou minhas lágrimas e disse:

–Não precisa continuar, fica calma. Sei que é difícil, mas uma hora ou outra você irá superar. - Disse ele me abraçando, me senti como se nada daquilo estivesse acontecendo, senti paz.

–Parece que nunca vou superar... Elas são minha vida!

Senti que ele tinha músculo beeeeeeeeem definidos.

–Pode contar sempre comigo! –Disse ele fazendo carinho em meus cabelos.

Ele me soltou e percebi que minhas lágrimas tinham molhado a camisa dele:

–Oh, desculpa. Te molhei.

–Não foi nada... Quer desabafar?

–Se for te contar, eu vou chorar. Deixa quieto...

Ele segurou minha mão, ergueu minha cabeça e me deu um beijo na testa.

–Tenho que ir, tem reunião dos professores agora. –Disse ele em um tom triste.

–Tudo bem, até mais. – Ele virou e foi.

Durante a tarde fui à aula de música, vou aprender a tocar Violão, Guitarra e Piano, já que meu sonho é ser cantora, é melhor investir!

Logo depois fui dormir, queria que aquele dia acabasse logo.