Diário de Uma Adolescente. escrita por Mayzinhah015


Capítulo 12
"Liberdade Condicional".


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas chegou, rs.
Desculpem galera, alguns contratempos, mas o capítulo já tá aí. Prometo não demorar com o próximo.
Boa leitura!



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Acordei e estava frio, percebi que era por isso que eu não estava sentido minha mão.

Coloquei meu conjunto de moletom favorito do Mickey e desci as escadas.

-Bom dia! –Michael estava parado ao lado da mesa, como sempre, perfeito, mas havia algo de diferente em sua expressão.

-Bom dia, hmmm, que cheiro bom é esse?

-Nosso café da manhã. Senta.

Sentamos e comemos nosso café da manha em silêncio, logo quando terminei me levantei e fui em direção ao segundo andar, mas ele me chamou.

-Anny, tem algo importante para fazer?

-Bom, eu só ia ler, como sempre. Por quê?

-Posso falar com você?

-Claro. –Me sentei para ouvir.

-Bom, sobre aquele dia... Quando nos beijamos... –Ele estava com medo, hesitante. E eu também.

-Olha, eu sei. Está dificil, mas estou conseguindo escurecer um pouco as memórias... –Meus olhos estavam dando sinal de que lágrimas estavam por vir. Droga.

-Eu andei pensando durante as noites seguintes e...  Não dá mais! –Ele agora estava chorando.

-O quer dizer com isso?

-Não consigo mais fingir que nada aconteceu, e acredito que você também não.

-É, isso dói muito. – Minha respiração falhou e as lágrimas desabaram.

-Então vamos parar de fingir?

-Como assim?

-Hmm, que se danem quem descobrir. – Ele estava levantando de sua cadeira e indo em minha direção, quando tudo fez sentido para mim.

Ele me amava e quis esconder isso para me proteger. Isso estava sufocando ele e a mim também. Sufocando tanto ao ponto de ele colocar sua profissão em risco por mim, pelo nosso amor. Ou talvez eu esteja errada, mais uma vez. Quando percebi eu estava de pé.

-Você me perdoa? –Disse ele pegando meu rosto entre as mãos.

-É claro que sim, seu bobo!

-Eu te amo muito Anny. –Sussurrou ele em meu ouvido.

Paralisada pela felicidade, o choque e a desconfiança, eu automaticamente o abracei.

Ele me abraçou e continuou olhando meu rosto, acompanhou a linha de meu maxilar com a ponta dos dedos até meus lábios.

-Então não precisamos mais fingir?

-Eu não ia conseguir nem se eu quisesse! –Disse ele abrindo um sorriso.

Ele colocou a mão em minha nuca e me aproximou dele fazendo com que eu não tenha escapatória. Ele me encostou na parede e me beijou, quase fomos longe demais. Seus olhos encontraram os meus e eu abaixei a cabeça, corando.

-Então, já que estamos em “liberdade condicional”, o que acha de fazermos um passeio?

-“Liberdade condicional!” - Dei uma gargalhada. – Como dizer não pra esse sorriso lindo do dono mais lindo ainda?

-Legal! Então... – Disse Michael me analisando de cima á baixo e rindo. – Você vai de moletom do Mickey ou quer um tempinho pra se trocar?

-Eu acho que um tempinho pra me trocar valeria à pena, posso? –Gesticulei para os braços dele me prendendo na parede.

-Ops! – Disse ele tirando os braços da minha volta. –Pode ir se trocar, eu vou pegar a câmera e fazer uns lanchinhos pra comermos no parque.

-Pick- Nick?

-É. Já está na hora de sair um pouco de dentro de casa.

-Vou me trocar.

Subi para meu quarto e peguei uma calça jeans preta com alguns detalhes metálicos na cintura, uma blusa preta que eu mesma personalizei. Soltei os cabelos e penteei... Fiz uma chapinha rápida, confesso, mas é porque ficam marcas no cabelo quando ele está preso e, logo depois, desci para encontrar Michael.

-Nossa... –sussurrou Michael.

-O que foi?

-Você está linda!

-Hmmm, obrigada.

-Vamos pro carro?

Saímos e fomos em direção ao centro da cidade. Chegamos á um parque bem distante e ele parou o carro, desceu e abriu a porta para mim.

-É lindo aqui!

-Pode acreditar que fica bem mais bonito com você do meu lado. O que acha de...

-De?

-Dançar. –disse ele rindo.

-Mas eu não sei dançar...

-Eu te ensino.

Ele me pegou em seus braços, tirando meus pés do chão, e começou a girar fazendo minhas pernas “voarem”. Logo caímos como dois retardados mentais e nós não conseguíamos parar de rir.

-Gostou da nossa “super dança?”

-É uma dança?

-Claro que é! –Disse ele ainda rindo como eu.

-Como chama?

-Chama: Só dois tontos dançam.

-“Só dois tontos dançam?” - repeti dando gargalhadas.

-No caso, nós somos os dois tontos.

-É, eu concordo!

Ficamos rindo por curtos dez segundos.

-Hmm, oooops!

-O que foi?

-O parque todo está olhando pra gente! – Senti meu rosto corar enquanto Michael deitava em cima de mim.

-A única coisa que importa é que eu te amo, e você?

-Eu te amo muito!

-Então os outros que se danem! – E me beijou.

Logo depois do beijo ele deitou ao meu lado e ficou me olhando.

-O que foi?

-Está com fome?

-Sinceramente? Não sei!

Ele encostou o ouvido em minha barriga.

-É, acho que sim.

-Tá bom. Estou com fome. E você?

-Também. Você espera eu voltar com nosso lanche?

-Claro, vai lá.

Ele pegou a chave do carro em minha bolsa e foi pegar nosso lanche.

-Cheguei! – Disse ele pulando ao meu lado.

-Hmmm, que cheiro bom!

-É mesmo. Mas você só vai comer se adivinhar o que eu trouxe.

-Não é justo! Sou péssima em adivinhar as coisas.

-Ta bom, eu te ajudo. Tenta.

-Hmm, uma dica?

-É uma delícia.

-Nossa! Me ajudou pra caramba!Hambúrguer?

-Não. Próximo palpite.

-Pizza?

-Hmmm. Acertou!

-Sério?

-É sim. E agora, vamos comer!

Ficamos comendo e conversando por um tempo e logo paramos.

-O tempo está bem escuro, vou guardar as coisas no porta-malas. –Falei para Michael.

-Eu espero.

Fui guardar e saí correndo quando percebi que tinha começado a chover.

-E agora, Michael? Vamos embora?

-Não. –Disse ele pegando minha mão. –Vem comigo.

Saímos correndo até o outro lado do parque e fomos até o quarteirão de baixo. Entramos em um pequeno corredor entre os prédios até chegarmos a um lugar rebaixado. Michael pegou uma chave no bolso e ergueu uma porta no chão e me puxou pra dentro.

-Bem Vinda ao meu cantinho!

O lugar até que era grande. Havia repartições para separar ambientes, havia uma sala, uma cozinha, um quarto e um banheiro. Tudo bem básico, mas aconchegante.

- Hãn? –Perguntei ofegante.

-Depois te explico, acho melhor você tomar um banho e trocar de roupa.

-O banho tudo bem, mas eu não trouxe roupa.

-Então vem comigo, é rápido.

Ele pegou minha mão, saímos do “esconderijo” e entramos no prédio da frente onde havia várias lojas. Entramos em uma delas.

-Compre alguma roupa pra você, vou ver alguma pra mim.

Depois de algum tempo analisando as roupas, escolhi duas trocas. A primeira era um vestido curto, preto e tomara-que-caia e a segunda era uma calça jeans escura com uma blusa azul sem mangas.

Michael já estava no caixa com suas roupas, me juntei a ele. Todos estavam olhando nós dois, afinal, estávamos encharcados!

Logo depois de sairmos da loja, voltamos ao esconderijo.

Fui a primeira a tomar banho e, enquanto eu me trocava, Michael foi tomar banho.

Coloquei o vestido preto e fui pra sala assistir televisão, logo depois ele saiu do banho. Ele estava com uma calça jeans de tom marrom puxado pra preto e uma camiseta vermelha.

-Nossa, você está linda!

-Obrigada.

-O que está passando na TV?

-Um filme idiota, com dois protagonistas mais idiotas ainda.

-Puxa! Deve ser bem interessante!

-Você não sabe o quanto... –Respondi rindo.

-Acho que estou te devendo uma explicação, não é?

-É sim

-Bom, esse lugar servia pra quando eu queria dar um tempo do mundo lá fora. Sabe, me acalmar, pensar um pouco. Eu mesmo fiz.

-Hmmm, então, pode chama esse lugar de “cantinho das lamentações” não é?

-Pode ser. –disse Michael rindo. –Quer tentar ir pro carro?

-Talvez, e você?

-Acho que estaremos mais seguros.

-Então está bem, mas vamos nos molhar.

-Fácil! Coloca a roupa molhada.

E lá fomos nós trocarmos de roupa. Logo depois, ele pegou minha mão e saímos do “cantinho das lamentações” e corremos até o carro. Estava muito, muito, muito frio.

Eu estava abraçada com ele e encostada na porta do carro, quando ele abriu a porta, caímos dentro do carro feito idiotas.

-Você está com frio? –Perguntou Michael em cima de mim.

-N - não. –Respondi com a boca tremendo.

-Pode deixar, eu resolvo.

Michael se aproximou de mim, e me deu um beijo, mas não foi um beijo qualquer, ele queria algo mais. Enquanto me beijava, passava a mão em minhas pernas e costas, me puxando pra, cada vez mais, perto dele.

Quando o beijo acabou ele pulou para o banco da frente e começou a dirigir. E eu caí no sono.


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Notas finais do capítulo

E aí galera?
Tava bom?
Reviews ?
Kisu ~