Diário de Uma Adolescente. escrita por Mayzinhah015


Capítulo 11
Visita inesperada.


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, capitulo dez aí!
Sinceramente. Tô começando a ficar com pena da Anny...



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Estávamos nos olhando, minha cabeça estava girando com trilhões de perguntas:

–Droga! –Sussurrou Michael.

–O que foi?

–Não era pra ter acontecido isso entre nós. –Ele agora estava triste e com olhar meio culpado.

–Por quê? –Eu estava confusa, se não podia acontecer porque aconteceu?

–Eu... Eu sou seu professor! –Ele tinha levantado e estava com a mão na cabeça. –Se descobrirem podem te expulsar do colégio!

Eu estava atordoada, não sabia no que pensar primeiro.

Quando me dei conta o filme tinha acabado e Michael tinha ido para a cozinha, ele estava sentado e com a cabeça apoiada nos braços em cima da mesa. Sentei na cadeira ao lado dele e ergui a cabeça dele.

–Não é culpa sua, escuta: eu ainda não entendi o que exatamente aconteceu, minha cabeça ta girando em pensamentos.

Ele ergueu a cabeça e vi que ele estava chorando, será que eu ia estragar a vida de outra pessoa que amo?

–Eu sou seu professor, você é minha aluna. Se alguém descobrir isso... –Ele estava olhando em meus olhos intensamente, como uma súplica.

–Se alguém descobrir seremos expulsos, é. Isso eu sei. Me escuta e pensa: estamos nas férias, já é quase madrugada, estamos na sua casa, sozinhos e está tudo trancado. Não tem como descobrirem! –Tentei fazer ele perceber isso.

–Olha, pode até ser. Vamos fingir que nada disso aconteceu?

–Claro. Toda essa confusão me cansou. Vou dormir. –Forcei um sorriso e subi o mais rápido possível para meu quarto.

Entrei e tranquei a porta, fui tomar um banho e coloquei meu pijama de frio, me enterrei na minha cama e me cobri.

Agora era inevitável pensar, eu não era uma fã da minha mente e ela sabia disso.

Eu estava triste e no mesmo momento que minha mente me dominou, eu tentava, em vão, lutar contra as lágrimas que inundavam meus olhos.

Michael estava apaixonado por mim, e eu por ele. Eu sabia que ele estava fazendo isso para o meu bem, confesso que será um enorme sacrifício me manter como uma “grande amiga” apenas.

Eu tinha alguns CDs das bandas de rock que eu amava, peguei um CD da Dimmu Borgir e ergui o volume até o barulho machucar meus ouvidos, os acordes cortantes da guitarra não me deixariam pensar, e eu sairia no lucro.

Quando acordei, escutei o silêncio. A coisa que eu mais temia no mundo. Estava calor então levantei e fui tomar um banho, e coloquei a primeira roupa que vi na frente e liguei o computador para distrair minha mente, eu tinha um e-mail de Whitney:

Oi, prima!

Estou te mandando esse e-mail pra pedir o endereço da onde você esta.

Logo depois de você me falar o endereço vou pegar um avião aí pro Alaska, quero te ver.

Beijos.

Que ótimo justo no dia que eu queria passar o dia trancada no quarto!

Mandei o endereço e ela logo me ligou dizendo que estava chegando.

Coloquei um vestido florido, passei corretivo para esconder as olheiras que formaram de eu chorar noite passada e logo vi um carro estacionar e ela descendo.

Destranquei a porta do meu quarto e fui descendo devagar, reavaliando o que eu deveria manter em segredo como o dia de ontem.

–Anny, é pra você. –Disse Michael parado na frente da porta aberta.

Acelerei o passo e atravessei a cozinha rapidamente e fui ao encontro de Whitney e a abracei.

–É tão bom ver você! –Senti uma lágrima cair de meus olhos.

Michael ainda estava na porta e eu, infelizmente olhei para ele e ele viu que eu estava chorando e colocou a mão em meu ombro.

–Está tudo bem?

–C-claro! –Gaguejei hoje eu estava péssima em mentir. –Michael essa é minha prima Whitney, Whitney esse é meu... Esse é Michael.

–Prazer em conhecê-la, Anny fala muito de você. –Ele estava cumprimentando ela e a voz dele transparecia calma.

–Vou pro jardim com ela. –Eu queria evitá-lo ao máximo e ficar sozinha com minha prima.

Peguei a mão dela e a arrastei pro jardim dos fundos, sentamos e começamos a conversar.

–Ah, Anny. Esse é meu namorado Paul.

Paul tinha cabelos loiros e era alto.

–Oi. –A voz dele era de um verdadeiro adolescente.

–Olha você ta namorando. –A abracei. –Minha menininha cresceu!

–E você e seu professor? –Olhei para dentro e vi ele na sala, me lembrei de ontem..

–Falou tudo, meu professor. Não existe e nem pode existir nada entre nós dois.

–Ai, que horror. –Ela fez uma careta que me fez rir.

–Como estão as coisas em Nova Iorque?

–Sem você tá tudo horrível!

–Não fala assim, eu não vou voltar, tem que se acostumar!

–Você sabe que não vou me acostumar. –Ela segurou minha mão e lembrei-me de tudo que passei com ela e nunca mais eu passaria sequer dois dias direto com ela.

–Para com isso, tá? Vai me fazer chorar e eu não quero.

Passamos o dia todo conversando sobre ela e o namorado, sempre que ela perguntava algo sobre mim, como sempre, eu mentia.

–Aaah, já está anoitecendo!

–Que pena. –Na verdade, eu não ligava muito.

A única coisa que eu queria é que o dia acabasse logo, ou melhor, que as férias acabassem logo.

–Bom Anny. Eu tenho que ir...

–Tudo bem, se cuida!

Ela me deu um abraço apertado e se foi. Entrei e...

–Sua prima foi embora? –E lá estava ele, lindo e perfeito como sempre. Eu ia ter que me acostumar!

–Foi sim. Foi bom conversar com ela... Ela transmite... Ares de Nova Iorque. –Nós dois rimos, afinal, sempre falo bobagens!

–Que bom que está feliz. Deve estar com fome... –Era incrível a calma que ele mantinha em relação à ontem!

–É, um pouco! –Menti. Eu estava com muita fome. Fazia muitas horas que eu não comia nada, mas isso, geralmente, não me incomodava.

Ele colocou o jantar: Enroladinho primavera com molho agridoce, uma delícia. Sentamos e começamos a comer em silêncio e assim ficamos. Terminei de jantar e me levantei.

–Aonde vai?

–Eu... Estou um pouco, quer dizer, beeem cansada. Vou dormir.

Subi as escadas e entrei no meu quarto e tranquei a porta. Fui tomar um banho pra tentar me livrar de umas memórias, do dia anterior, que me incomodavam. Demorei no banho e á todo momento eu tentava me concentrar no barulho da água saindo do chuveiro, lutando contra minha mente.

Coloquei uma camisola rosa que minha mãe me dera no meu aniversário de 12 anos, prendi meu cabelo em um “rabo-de-cavalo”, e fiquei olhando o céu lá fora, pela janela, olhando o céu tudo parecia fácil.

Deitei na cama e, quando percebi que minha mente iria me enlouquecer, fechei os olhos bem forte e acabei dormindo.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? (Espero que sim! )
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