Destinos Partilhados escrita por shamps_e_washu


Capítulo 13
A verdade escondida no sangue


Notas iniciais do capítulo

DISCLAIMER: DN e seus personagens não nos pertencem, isso é apenas um fanfic despretenciosa com intuito de divertimento (e correção de certas 'injustiças' que todos conhecemos muito bem...)

Contém spoilers do anime e do mangá, ao menos até o episódio 25.

IMPORTANTE: os capítulos que contém cenas lemon/hentai estarão devidamente sinalizados, para que os leitores que não curtem esse tipo de cena possam pula-lás.

MUITO OBRIGADA a todos que leram, comentaram e voltaram!Chegamos ao capítulo 13, finalmente e muito importante, e esperamos que se divirtam!Boa leitura!

E obrigada pelos comentários e por mostrarem que não se esquecem da gente, hehe. Acreditem, ficamos muito emocionadas! Amamos vocês!



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A Verdade Escondida no Sangue

donna hitotoki mo subete

wasurenai you ni

muchuu de shattaa kiru atashi no kokoro wa

setsunai shiawase datta

tada kimi wo aishiteru

tada kimi wo aishiteru

tada kimi wo aishiteru

tada sore dake de yokatta noni

Renai Shashin – Ai Otsuka


Antes e durante o jantar na casa da garota, Raito considerou ter tirado todas as informações possíveis dela, mesmo que poucas coisas fossem relevantes. Concentrou-se no caso da tragédia da família Fujitaka, e mesmo com alguma resistência, acabou conseguindo o que queria.

- Aquela mulher era uma perdida. Bem, ninguém sabia quem era o pai da garotinha, e ela sempre foi meio esquisitinha. Quando o carro onde as duas estavam perdeu o controle nas montanhas, ninguém se preocupou muito, mesmo. Claro que eu achei exagero a policia nem ter ido procurar... mas o delegado nunca gostou delas, mesmo que corram os boatos de que ele mesmo poderia ser o pai...

- Realmente, as mortes de ontem têm a ver com essa história. Será que posso usar essa garota mais um pouco ou ela já deu tudo o que tinha que dar?

- Então, Takahashi-kun... – deslizou as mãos nos braços dele – Que tal uma sobremesa? Fiz uma torta de morangos hoje pela manhã.

- Parece bom. Todas essas garotas são iguais. Tão fáceis, fúteis e sem graça, à procura de um rostinho bonito. E depois reclamam de serem manipuladas... mas será melhor do que dormir sozinho no mesmo hotel que L.

- Sua irmã volta para casa?

- Ela telefonou avisando que estava jantando no hotel com Yamada-kun. – serviu a cheirosa e vermelha torta – Acredito que ficará bem.

Raito pôs-se a comer, embora o doce parecesse repentinamente ácido em sua garganta. Bem, se Ryuuzaki aproveitaria, insistiria em aproveitar ainda mais.

- Mãos de fada, Yumi-chan. Assim como a beleza. – e engatilhou seu melhor sorriso, vendo os efeitos quase imediatamente.

- Eu já venho.

Foi só o tempo de terminar o primeiro pedaço, e já ouviu os passos de Yumi de volta à sala. Percebeu que ela trocara de sapato, e quando se virou, confirmou que havia sido muito mais do que isso.

- Sinceramente, eu não esperava lingerie de couro, chicote e algemas no primeiro encontro de um pequeno vilarejo. – sorriu, passando a mão nos cabelos. Ela lambeu os lábios e soltou uma pequena risada, aproximando-se.

- Não aparecem homens interessantes por aqui... e turistas, além de excitantes, não pesam na nossa reputação... – sussurrou no ouvido dele, mordiscando-o e correndo as mãos pela camisa. Mais rápido do que Raito pôde sentir o forte perfume, ela deslizou suas mãos para trás e o algemou, sentando no colo dele.

- Você é bem rápida, hein... – a luxúria começava a acordar no rapaz, e suas perspectivas estavam muito positivas. Moveu a cabeça e a beijou violentamente, sendo enlaçado por ela.

Durante a troca de carinhos, ela escorregou a mão para dentro da calça e começou a estimulá-lo devagar. Raito fechou os olhos e de repente sentiu a palma dela maior e os dedos mais magros e longos. Sorriu.

- Agora, diz pra Yumi-chan...

Colou a boca em seu ouvido, em um sussurro baixo e lânguido como um devaneio.

- Seu verdadeiro nome.

- Você sabe... – na escuridão a voz dela era grave, limpa e serena, com um doce hálito de morango.

- Diz...seu verdadeiro...nome. – lambia seu pescoço repetindo os murmúrios, e quando o já embevecido Raito abriu os olhos para contemplar um rosto pálido e duas luas negras, a frustração fez o sorriso e as palavras “Raito Yagami” morrerem na garganta.

Cuspiu no rosto da garota, levando um forte tapa antes de ela se levantar. O chicote em suas mãos pareceu um brinquedo perigoso, e seu sorriso exalava mais do que libertinagem.

- Diz pra mim, docinho. Seu verdadeiro nome. Do meu jeito doeria menos e você até se divertiria.

- Que papo é esse de verdadeiro nome? – blefou, trincando os dentes para não falar mais sobre Kira e shinigamis, sentindo-se anormalmente propenso a dizer tudo o que viesse em sua mente.

- A torta estava boa, Takahashi-kun?

- Sim. – respondeu quase imediatamente, sentindo um alívio imenso por falar. Ao mesmo tempo em que atinou o que acontecia, a garota revelou.

- Soro da verdade. Dos bons. Aminto sódico não deixa a pessoa grogue, na dose certa, ela se torna comunicativa e facilmente abre seu coração. Não é fantástico? Por isso seria legal se a gente se entendesse...

- Não posso acreditar... que fui pego dessa forma ridícula!! - tentou arrebentar as algemas, mas, embora apeluciadas, elas eram fortes demais para um simples brinquedo de sedução.

- Qual seu verdadeiro nome? - olhou nos olhos dele profundamente, falando com clareza e em voz alta.

Reagiu mordendo a própria língua com força, vendo tudo em dobro por alguns segundos por causa da dor. Mas não cairia no jogo dela, mesmo que o preço fosse auto-mutilação.

- Responda-me qual seu verdadeiro nome! – uma chicotada ardida atravessou-lhe o rosto, e encarou-a com olhos de assassino. Entretanto, os dela não eram diferentes, até mesmo mais selvagens, e demonstravam que a paciência estava se esgotando.

- Não quer dizer? Tenha certeza de que seu amiguinho já entregou tudo... minha irmãzinha é um orgulho.

Raito jogou a cabeça para trás gargalhando freneticamente e espalhando sangue pelo queixo. Era uma piada deveras engraçada, alguém tentar fazer L confessar seu verdadeiro nome. Na pior das hipóteses, só conseguiria que ele arrancasse fora a própria língua.

- Responda... – tremia e suava, indignada pela relutância e chacota do forasteiro. Não esperaria até que ele ficasse manso através do veneno.

– SEU VERDADEIRO NOME, INFELIZ!!

Uma chicotada ainda mais forte calou a risada imediatamente. Raito tossiu sangue, abaixando a cabeça o mais que pôde. Sabia que os efeitos do soro logo seriam invencíveis, e via apenas uma opção.

- Não vai... ter outro jeito.

- Vamos ver o que acontece depois de perder um olho.

Ao mesmo tempo em que ela jogou o braço para trás impulsionando um golpe de efeito, Raito engoliu em seco e preparou a mordida que o calaria definitivamente.

Mas nenhum dos dois chegou a acontecer, pois um baque surdo se fez ouvir logo antes da ameaçadora garota cair desmaiada. Ao ver isso, Raito levantou a cabeça no mesmo instante e, quando discerniu a silhueta embaçada de Ryuuzaki se aproximando na penumbra, foi como se visse um anjo.

- Raito-kun... essa passou mais do que perto...

Não conseguia falar e nem podia levantar-se, mas seus olhos arregalados traduziram seu grito interior e terror ao ver a metade esquerda da camiseta branca completamente vermelha e o sangue escorrendo sem parar do braço de Ryuuzaki, encharcando também sua calça, pés e o chão por onde passava.

- Ryuuzaki...!!

Ele veio se apoiando pelas paredes, completamente zonzo e mais branco do que um fantasma, e só Deus sabe como conseguiu pegar a chave da moça nocauteada e abrir as algemas, caindo logo em seguida e sendo puxado por Raito antes que tocasse o chão.

- Íuá-ki!! – a cada palavra mais sangue espirrava da língua ferida, mas não parecia notar – Auên-te!ÍUÁ-KI!

(Ryuuzaki!Aguente!RYUUZAKI!)

- Não fale...vai abrir mais... estou... vivo, ainda. – o fitou esboçando um sorriso, revigorado por encontrar um par de olhos castanhos grandes e brilhantes.

Rapidamente foi deitado no grande sofá da sala onde estavam, e Raito tirou-lhe a camiseta empapada de sangue e examinou melhor o ferimento.

- Certo. Esse braço... o que foi isso, o corte vem desde o ombro até quase o pulso... três dedos de profundidade, no mínimo!

- Ela me ofereceu.. frango recheado...no jantar... difícil de cortar, tinha... uma enorme faca...va...dia...

Raito pousou o dedo indicador sobre os lábios trêmulos dele, fazendo sinal de não com a cabeça. Os olhos deles se encontraram novamente, e L apenas mexeu a boca sem emitir som – mesmo porque era difícil dizer aquelas palavras.

- “Eu – vou- mor-rer.”

Mal balbuciou a frase, sentiu as mãos de Raito taparem sua boca completamente enquanto sua cabeça balançava efusivamente em gesto negativo. Ele engoliu um bocado de sangue e concentrou-se, respirando profundamente.

- “Eu ao-ou dehar.”

(eu não vou deixar.)

- Não podemos ir ao hospital, isso seria entregar nossas cabeças aos aliados de Kira...

- Pois não sabemos quantos são e o que sabem...

- E nem temos idéia de quanto tempo temos antes que descubram a situação...

- Logo, precisamos resolver sozinhos.

Raito ainda segurou mais forte as mãos de Ryuuzaki nas próprias antes de soltá-las e correr na direção do banheiro, revirando-o em busca de curativos. Recolheu o que pôde e danou-se feito um raio para a despensa, onde abriu um enorme sorriso de alívio ao encontrar um kit médico consideravelmente completo. Checou o que havia nele, e encarou o vidro de álcool com determinação.

- De uma só vez. – e despejou na própria língua quantidade suficiente para encharcá-la.

L já se sentia zonzo e fraco demais para continuar consciente, mas o grito que ouviu o reanimou. Reconheceu a voz de Raito e ainda tentou reagir, mas já não sentia suas pernas e a poça de sangue no chão lhe dava vontade de vomitar. Fechou os olhos, exausto. Em sua mente, pensamentos se embaralhavam até chegar ao ponto máximo.

Ponto em que planejara sua própria morte.


A sala de monitores de onde o fiel mordomo jamais saía, e onde dificilmente qualquer um entrava. Escura e impessoal, contrastando com a figura simpática do velho senhor inglês, surpreso ao ver o patrão e pupilo em frente a ele e trazendo uma seriedade rara na expressão.

- O que houve, Ryuuzaki?

Era chegada a hora.

- Raito-kun concordou em viajar para Yukishiromiya. Iremos nós dois.

- Pretende mesmo ir pessoalmente e sozinho com ele?

- Ainda existe a possibilidade de que o próprio Raito esteja por trás desse incidente, e quero confirmar isso. Além de quê, sou o mais preparado para monitorá-lo e contra-atacar qualquer ameaça.

- Assumiu decididamente Raito Yagami como seu fardo pessoal.

L suspirou um sorriso triste, o suficiente para confirmar a afirmação. E o que mais havia a dizer? Apenas o necessário.

- Se eu não voltar dessa investigação, isso será a prova definitiva. Conto com você, Watari.

Virou as costas devagar, ainda ouvindo mais uma verdade daquele que passara a vida o ensinando a ser um mestre em ler segundas intenções.

- Não se martirize por ser insuportável condená-lo em vida, Ryuuzaki. Depois de tudo que aconteceu entre os dois, é exatamente o que você faria.

Comoveu-se pela suavidade que só Watari conseguiria transmitir ao ditar uma verdade tão dolorosa.

- Um perfeito covarde egoísta. É o que sou.


- Eu vim aqui para morrer primeiro. Não planejei. Mas desejei. Desejei morrer primeiro e dessa forma condenar Raito como Kira. Assim não precisaria receber parabéns dos inocentes, ver o sorriso de escárnio de meu prisioneiro e ainda correr o risco de ouvir suas palavras amargas antes do fim, revelando nossos segredos sob um prisma distorcido. Foi o que eu quis, sem perceber... mas não foi... não foi um plano dele...

Mas agora que seu sangue se esvaía em rios, que confirmara a inexistência da armação de Raito, que vira os olhos castanhos preocupados e ouvira o grito de dor, tudo mudava. Não podia deixá-lo sozinho, se acovardando em uma conveniente morte. Sentiu lágrimas quentes escorrendo pelo rosto, que o fizeram lembrar-se do ser humano que era, e do que era feito.

- Eu não terminarei assim.

Ouviu os passos desiguais de Raito se aproximando. Ele voltava com uma caixa de enfermagem nas mãos e um sorriso absolutamente destoante do rosto inchado e sujo de sangue e dos olhos avermelhados de dor. Olhou para Ryuuzaki fazendo gestos para que esperasse, e foi rapidamente até a geladeira retirar garrafas de vodka, uísque e tudo de alcoólico que pudesse carregar. Trouxe também uma colher grande de madeira. Como o outro o acompanhasse com olhar interrogativo, justificou-se.

- Vai pe-ci-sár pá dôr.

(vai precisar para a dor)

- Não tem nada mais... doce?

Em resposta, Raito pegou o pote de açúcar em cima da mesa e o deixou junto com as bebidas.

- hâ que in-histe... e hegure iho. – colocou a colher de madeira firme entre os dedos dele – êh pá morher.

(já que insiste... e segure isso. é para morder.)

Sentou-se ao lado dele e se pôs rapidamente a prestar os primeiros socorros. Com o ferimento limpo, tiveram noção do tamanho do estrago. Raito enxugou a própria testa suada, compenetrado, avaliando a situação e estudando o que tinha em mãos.

- No mínimo precisaria de uns 40 pontos... mas sem o anestésico correto, ele agüentaria? E se a lâmina estava enferrujada? E para esterilizar a agulha... mas é preciso costurar o mais rápido possível...

A mão suada e trêmula de L tocou as pontas dos dedos de Raito.

- Raito-kun... eu sei que se você decidir fazer algo, irá fazê-lo perfeitamente. Então... vá em frente.

- Íuáki... eo... – apertou forte a mão dele – Eo ão oso vahar hom ohê.

(ryuuzaki... eu...eu não posso falhar com você)

- Se é o seu desejo, você não falhará. Eu sei disso.

O olhar de confiança que L transmitia deu forças a Raito na mesma medida que causou um aperto em seu peito. Depois de tanto judiar, ofender e destratar Ryuuzaki nos últimos dias por puro orgulho, ele ainda era capaz de agir dessa forma. Vir em disparada salvar sua pele mesmo estando ferido gravemente, sem demonstrar remorso, sem proferir uma palavra que o fizesse sentir-se culpado.

Mas era como se sentia. Por mais errado e problemático que fosse, sentia vergonha e culpa por L estar sofrendo dessa forma, e não deixaria terminar assim.

- Hai icar huo hên. Ahi, omhe un ohe hiso.

(vai ficar tudo bem, aqui, tome um gole disso.)

Fez com que tomasse um pouco da vodka, mesmo com uma careta de desgosto, enquanto improvisava um fósforo e uma vela para esterilizar os instrumentos. Antes de começar, ele mesmo alcançou uma garrafa de uísque e a entornou com vontade.

- Hem, ão ei í ího hé un conhoo... has hias roas hanho hem Enerahem hanrro Harhes ei abahos ãuais hemre ôam áhimars.

(Bem, não sei se isso é um consolo... mas minhas notas tanto em Enfermagem quanto Artes e Trabalhos Manuais sempre foram máximas.)

- Me sinto... aliviado. – sorriu, contendo ao máximo o nervosismo quando Raito imobilizou seu braço utilizando duas cadeiras e colocou a linha na agulha. Encheu a boca de açúcar bem na hora em que recebeu o primeiro ponto. O começo é sempre pior, e tremeu da cabeça aos pés. Raito esforçou-se para esquecer as próprias dores e ser forte por ambos.

- Ohê he emba, Íuáki – começou a falar assim que adquiriu firmeza nas mãos – De hanho hoaos ênis ah caha ha eshoa?

(Você se lembra, Ryuuzaki... De quando jogamos tênis na quadra da escola?)

- Lembro sim... – um brilho de conforto nasceu em seu olhar dolorido – Foi uma das melhores partidas de tênis que já tive...

- Has ihas amhém, he ão a ehor. Heu ie henhi uiho iho. Heshô he henha ihao ashanhe anhao.

(Das minhas também, se não a melhor. Eu me senti muito vivo. Mesmo que tenha ficado bastante cansado.)

- É mesmo... nós nos cansamos bastante. Mas depois... você me pagou um suco.

- Éh. Ê ós onerhaos. Hesho he ão eha ido ua honersa aaáel...

(É. E nós conversamos. Mesmo que não tenha sido uma conversa agradável...)

- Nossas melhores conversas foram enquanto estivemos algemados. Não concorda?

- Ím! – abriu um sorriso largo – Eo em ia o hempo ahar âeha éhoga... hohei huio haehers emhors. E heno erhea ê ge o ainho hóigo ehá ê ahenho ahar eais.

(Sim! Eu nem via o tempo passar naquela época... eu gostava daqueles tempos. E tenho certeza de que o aminto sódico está me fazendo falar demais.)

- Seremos dois então, Raito-kun. – respirou fundo, como se o ar lhe faltasse. – Eu poderia... falar com você por dias... sem intervalo...

- Ahareos! – aumentou o tom de voz, preocupado. Era o décimo ponto ainda, e o corpo de L fraquejava mais e mais. – Hor hias ehios... huo... huo he ão ahaos heees hiars...

(Falaremos! Por dias seguidos..tudo..tudo que não falamos nesses dias...)

- Estou feliz... – o fitou, uma lágrima escorrendo pelo rosto – Por ter visto esse seu olhar mais uma vez.

Raito passou suavemente a mão na face exausta, limpando a lágrima. Concentrou-se o máximo que pôde, engolindo mais sangue que se juntara na boca.

- Nã. . Ta.

Ofereceu a vodka novamente e continuou o trabalho com a máxima precisão de que era capaz, sabendo que estava apostando todas as fichas na força de vontade do amigo. Mas confiava tanto na própria habilidade quanto na vontade de viver de Ryuuzaki.

Vontade essa que se renovou ao sentir o carinho de Raito na pele. Quem sabe a luz estivesse próxima, quem sabe não fosse demasiado tarde.

- Preciso viver para tentar.

Ao final do último ponto, a colher de madeira já havia rachado entre os dentes de Ryuuzaki e o sofá se encharcara completamente de suor. L estava tão molhado que parecia ter acabado de sair do chuveiro, e conservava a consciência por milagre.

- .Ou. – Raito confidenciou ao ouvido dele, ouvindo um suspiro de alívio. Terminou de fazer as ataduras rapidamente, e lhe deu um remédio para infecção.

(acabou.)

- Quanto suor... isso que procurei tirar o excesso de tempos em tempos.

Começou a enxugá-lo com cuidado, aproveitando para verificar se não havia mais ferimentos. Inclinou-se sobre ele para passar a toalha no rosto e cabelos, dando com o olhar cansado e o sorriso tranqüilo na expressão de seu paciente. Aproximou-se mais até chegar próximo ao ouvido dele.

- Ohiado. Pôr. Vi-r.

(obrigado por vir)

- Eu não te deixaria para trás. – abaixou o tom de voz, confidenciando – Eu não te deixaria cair.

L sentiu uma gota quente rolar por seu pescoço. E mais uma. E outra em seguida. Até que Raito enterrou o rosto em seu ombro.

- Vai ficar tudo bem, Raito-kun. – usou a mão livre para afagar os cabelos castanhos tão suados quanto os próprios – Vai ficar tudo certo.

- Oí. Te her ahim. Dói muito aqui dentro... eu não me importo mais. Com o que possa ter feito comigo, com o que te fiz. L. Kira. Dane-se. Não quero Ryuuzaki morto. Não o quero sofrendo.

(dói te ver assim)

- Eoheaho.

- O quê? Não entendo, Raito-kun. Acalme-se... não vou discernir nada com você chorando assim.

Raito ergueu as faces molhadas e feridas, onde as chicotadas mostravam as carnes vivas e o sangue da língua que secara na boca e no queixo. Apenas moveu os lábios para que Ryuuzaki entendesse claramente.

- “E-U-TE-A-MO.”

Quarenta e um pontos no braço. Cheiro de sangue e suor impregnado nas carnes. Ferimentos ainda abertos arriscando infeccionarem. Um lugar desconhecido e hostil.

Miudezas insignificantes comparadas à luz vívida do reencontro de dois gênios solitários.


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Notas finais do capítulo

Notas finais: então, é isso. Depois de muito suor, sangue e lágrimas, literalmente, se faz valer a pena a espera. Desejamos do fundo do coração que essa parte tenha feito vocês se emocionarem tanto quando a gente se emociona com essa fanfic. Ainda mais porque foi nesse ponto que a gente parou, se olhou, e pensou, “cara, essa história ta ficando massa”.

E um tempo depois, essa brincadeira que começou com uma tiração de sarro do tal do “famoso mangá Death Note que todo mundo diz que é bom” acabou fazendo duas anti-yaoi virarem fãs alucinadas de LxRaito e não sossegarem até contar a história do modo como queriam, consertando aqui e ali para ficarem satisfeitas.

E a brincadeira não parou mais. Como diz a Rewrite, 4ª abertura de Fullmetal, Reescreva, apague e reescreva.

E isso não é um adeus, obviamente. Esperamos todos no próximo capítulo, para conferir como a vida desses meninos muda radicalmente e para sempre.

E detalhe absolutamente importante: a música do começo, Renai Shashin, é o tema da fic. Abaixo, a tradução do pedaço colocado:

Não importa o que aconteça

Eu não posso esquecer tudo

Nos sonhos a lente do meu coração fecha

Em uma felicidade dolorosa

Entretanto, ainda te amo

Entretanto, ainda te amo

Entretanto, ainda te amo

Entretanto, eu agradeço que seja assim apesar de tudo.