Destinos Partilhados escrita por shamps_e_washu


Capítulo 10
Choque


Notas iniciais do capítulo

DISCLAIMER: DN e seus personagens não nos pertencem, isso é apenas um fanfic despretenciosa com intuito de divertimento (e correção de certas 'injustiças' que todos conhecemos muito bem...)

Contém spoilers do anime e do mangá, ao menos até o episódio 25.

IMPORTANTE: os capítulos que contém cenas lemon/hentai estarão devidamente sinalizados, para que os leitores que não curtem esse tipo de cena possam pula-lás.

MUITO OBRIGADA a todos que leram, comentaram e voltaram!Chegamos ao capítulo 10, finalmente, e esperamos que se divirtam!Boa leitura!



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Choque

RaiTO YAgami era um fRAco.

DecEPCionanteMENte Fraco.

Uma criança, é jOVEm

dEMais pARALEvar a

caBO toDo o

POTENCIAL.

vOCê é DiFeReNTe.

CenTrado,

obJetivo,

aduLto.

NãO uM idealISta apaiXonado, iSso NuncA.

SeRIa muito dIferente sE fOSse você.

Não é mESmo?

Você é diFErenTE dEle.

MelHOr que elE.

Não quer saber como é?

Apenas tente.


Os dias na Central vazia eram longos e tediosos. O único som, na maior parte do tempo, era do shinigami devorando as maçãs em algum canto do prédio. Estava satisfeito com seu suprimento ilimitado desde que revelara cada detalhe, regra e dera todos os esclarecimentos necessários sobre o Death Note e Kira.

Mesmo que fosse uma história mortal e fria, L não podia deixar de admirar a capacidade intelectual e a força de vontade de Raito. Mas também não podia evitar pensar que sua idéia de "deus do novo mundo" fosse tão exagerada e megalomaníaca que se tornava infantil, salvo o brinquedo perigoso que tinha em mãos. Brinquedo que observava neste exato momento.

- Caderno da morte... Raito-kun certamente teve muito trabalho... páginas e páginas sem intervalo.

- Afinal,você vai ficar só olhando pra ele o dia inteiro? - pela primeira vez a voz do shinigami ecoou pelo ambiente, no seu característico tom debochado. L não se incomodou em olhar.

- Por acaso achou que eu fosse usá-lo?

- Sei lá. Você faz o que quiser com ele.

- Verdade que seria interessante testá-lo, mas não há motivo. Tudo está claro como água. Preciso pensar em algo...

L suspirou, pegando mais um punhado de balas e jogando todas na boca, sentindo-se desmotivado. A verdade é que toda a pompa do caso Kira esvaiu-se na escuridão do quarto em que presenciara a decadência total de um Raito vencido por si mesmo. A maioria das pessoas diria que ele merecia isso pela mortandade que causou. E provavelmente mereceu mesmo.

Talvez uma parte dele soubesse que merecia. Era isso que L cogitava agora, mas também pensava que seus sentimentos afetavam seu raciocínio e julgamento. Lembrou-se de que Watari lhe dissera que “todos que amam, erram”. Então aquilo era amor mesmo? Estava assim tão óbvio? E se era tão óbvio assim, porque não tinha sido capaz de perceber? Encostou o queixo nos joelhos, pensativo.

- Mas é claro que percebi. Eu sabia o que eu desejava. Mas ‘amor’... é uma palavra forte. Eu nunca me permiti sequer ter amigos, quanto mais um ‘amor’. E encontro a ambos na mesma pessoa - a única que não me era permitida. E...eu não entendo.

A repentina conclusão de que jamais entendera de verdade o que se passava no íntimo de Raito e de si mesmo, levando-os a uma situação crítica, fez um calafrio percorrer-lhe a espinha. Precisava urgentemente remover esse incômodo doloroso.

Concentrou-se, tentando organizar os pensamentos como sempre fizera, separando fatos, situações e teorias em lacunas como se seu cérebro fosse um armário ordenado. Entretanto, em cada gaveta da memória, via a si mesmo de volta à sala da casa dos Yagami.

Via tudo claramente.

- Eu dei a ele o que nunca havia dado a ninguém, mesmo sabendo dos riscos.

No sofá, Raito dormindo angelicalmente sobre seu peito, seus cabelos macios, a pele quente e o compasso tranqüilo da respiração.

- Ele me devolveu traição, e rebati na mesma moeda.

No hotel, Raito raivoso batendo sua cabeça no chão, tentando matá-lo.

- Sucessão de baixezas. Não me importei com as conseqüências, tão cego de raiva quanto ele.

No quarto, Raito paralisado com olhos vidrados, frio e sujo como um cadáver de indigente.

- Como posso entender o que aconteceu? Eu quero entender. Eu preciso entender.

Seu coração batia acelerado enquanto mordia o próprio dedão, como se isso pudesse fazê-lo compreender.

- Eu preciso trazê-lo de volta.

Quase imperceptivelmente, baixou seus olhos em direção à mesa, em direção ao Death Note. O âmago da questão.

- Como entender Raito-kun...?

Precisava saber como era.

Precisava tentar.

- Como entender Raito-kun.

Sob os olhos atentos do shinigami, chegou a abrir o caderno em uma página vazia e a brincar com a caneta entre os dedos. Uma estranha sensação pairava no ar. Teria sido assim com Raito ao confrontar o Death Note pela primeira vez?

Seria a sensação de qualquer ser humano ao perceber tanto poder em mãos?

Não chegaria a descobrir, sendo interrompido pelo chamado de Watari através do laptop.

- Ryuuzaki, ligação do Chefe Yagami.

- Transfira, por favor. - soltou a caneta sobre a mesa e girou a cadeira 180º, desviando a atenção imediatamente - Sr. Yagami?

Alguns minutos de conversa foram suficientes para que L se encolhesse, apertando as pernas, e seus olhos se arregalassem mais do que o normal, o incômodo transformando-se em um aperto esmagador no peito. Embora não tivesse palavras, precisava dizer algo ao telefone.

- Entendo... eu..irei visitá-lo assim que possível, Sr. Yagami. Eu é que agradeço.

Após encerrar a ligação, o silêncio ainda perdurou por um tempo. L deu com os olhos de Ryuuk o encarando enquanto devorava maçãs.

- O garoto se acabou de vez?

- Raito foi internado.

- Mas isso a gente já sabia, heh!

- ... em um hospital psiquiátrico. Ele...nesses dias... só piorou.

Mais cinco intermináveis segundos de silêncio ridículo.

- O deus do novo mundo ficou doidinho?DIVERTIDO! MUITO DIVERTIDO!! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHHAHHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHA!!

A gargalhada escrachada do shinigami era tudo o que L não precisava ouvir. Levantou-se com violência da cadeira, empurrando-a com impulso forte o suficiente para fazê-la bater na mesa, e recolheu o caderno apertando suas folhas.

- Pro inferno com shinigamis... Death Notes... caso Kira...

O jogou de volta no cofre do andar de baixo, com desprezo.

- Pro inferno com tudo isso. Ficar aqui não adiantará nada...

- Watari, estamos indo ao Hospital Psiquiátrico.


A primeira coisa que passou na cabeça de L quando chegaram ao hospital foi uma só, bastante simples.

- Odeio hospitais.

Por mais que não demonstrasse, gritava por dentro. Só de sentir o cheiro do lugar e vislumbrar de longe as paredes brancas, sentia um arrepio.

Uma das melhores coisas de ser o detetive L era que, desde que alcançara essa posição, nunca precisara entrar nesse tipo de ambiente. Mas agora, por aquele que deveria ser seu inimigo, ele entraria, ultrapassando mais uma vez os próprios limites de proteção.

Ampliando dia a dia o raio da redoma.

- Então é isso que o tal do amor faz com as pessoas, não é? Elas procuram pela dor.

E dor era algo que ele presenciava em cada canto do lugar, das formas mais chocantes. Atravessando o jardim e passando pelos corredores, sentia-se observado por mil olhos. Muitos deles não pareciam se fixar em seu corpo, mas ver através dele, dentro dele.

E isso o incomodava demais. Assim como os gritos que vinham das salas de estabilização - o nome bonito para as salas acolchoadas - e dos quartos de isolamento. Alguns estavam calmos, é verdade, mas todos tinham um ar de calmaria antes da tempestade, vestindo aqueles jalecos brancos largos e com os cabelos despenteados. L não se atreveu a olhar para as janelas, para não dar com seu reflexo encurvado, pálido e descabelado no vidro. Teve certa apreensão de que sua figura se encaixasse naquele ambiente.

E foi depois de um século de caminhada que o quarto com a plaqueta Yagami Raito chegou. L ficou aliviado por pelo menos ele estar em um quarto normal, sem especificações de contenção ou isolamento.

Mas foi um alívio pequeno, pois ele ainda permanecia catatônico, como constatou ao entrar e vê-lo entubado para alimentação e imóvel como qualquer objeto do quarto. Aproximou-se e viu que os olhos continuavam com a expressão vaga, imutável desde quando o encontrara em sua casa.

- Ele não teve nenhum avanço em todos esses dias? – perguntou ao enfermeiro que o acompanhava.

- Nada. Estabilizou-se assim, desde que foi para o hospital. Estamos tentando uma série de procedimentos para o caso, mas tudo pode acontecer nesse estado.

- Ou nada pode acontecer.

- Exatamente. É um caso difícil. Sem histórico de família, sem problemas anteriores, a maior probabilidade é que tenha sido um grande choque. Mas, infelizmente, apenas ele parece ter presenciado isso.

- Se soubessem o que causou isso, seria mais fácil trazê-lo de volta?

- Sendo sincero? Seria algo mais com que se trabalhar. Mas seria difícil do mesmo jeito.

- Gosto de pessoas sinceras. Se eu ao menos entendesse, poderia tentar descobrir o que causou isso. Sei de qual choque se trata, mas não... não é o bastante para reanimá-lo.

Pousou suavemente a própria mão sobre a dele.

- Sinto muito, Raito-kun. Mas eu ainda não desisti.

Agachou-se ao lado da cama, aproximando a boca do ouvido dele e falando tão baixo que parecia apenas ter transmitido um pensamento.

- Você é forte, Raito-kun. Sei que pode encontrar o caminho de volta. Eu...eu acredito em você. Se alguma parte aí dentro estiver me ouvindo, saiba que você deve acordar e me encontrar. Tem algo que peguei de você e creio que queira de volta. Nem que seja para isso, Raito, você precisa voltar. Precisa viver novamente.

Levantou-se e passou as mãos no cabelo dele com cuidado, penteando-os.

- Ele sempre foi muito asseado. Não ia gostar de acordar e ver-se descabelado.


Não havia mais como medir o tempo.

Não havia mais sol e nem lua.

Só existia chuva.

Como um cobertor sufocante, o negrume das nuvens e a parede de água envolviam tudo que a vista alcançava.

Mais do que a algema nos pés, essa chuva interminável e a exaustão o impediam de se mover.

Mal tinha consciência de seu estado. Se tivesse, ver-se-ia sozinho, estirado sobre a torre mais alta, encharcado e enregelado. Não adiantaria encolher-se para tentar amainar o frio, e mesmo que tentasse, seus braços e mãos estavam dormentes e feridos pelo esforço de escalar a corrente até o topo com as últimas forças que restavam.

A cabeça pendente para o lado proporcionava sempre a mesma visão do horizonte imutável e escuro.

Vez ou outra, um raio caía e aumentava as sombras em volta.

Aquilo era tudo o que existia.

Mas, quando um desses raios iluminou uma ínfima mudança na paisagem, os olhos de Raito a captaram imediatamente.

Uma torre que não existia até aquele momento se refletiu em sua pupila. Ela se erguia além do horizonte, além da chuva. Continuou a olhá-la fixamente, até que tivesse certeza de que não desapareceria. Os raios esparsos a clareavam, e mesmo que estivesse tão distante, era possível distinguir uma característica.

Os reflexos azuis.

Aquele tom de azul foi puxando o corpo de Raito como um ímã, tanto que ele nem percebeu levantar-se e sentar-se de joelhos com o pescoço esticado na direção longínqua.

Seria tão bom mergulhar naquela calmaria azul. Até esboçou um sorriso ao pensar nisso.

Não era verde a cor de sua esperança.

Quanto mais se concentrava na torre, mais aquecido se sentia. Mesmo com a chuva sobre a cabeça, respirava melhor e recuperava os sentidos aos poucos. Como se vivesse novamente.

Viver novamente.” Alguém lhe dissera algo assim.

Que bobo. Ele sabia o que era aquela torre azul.

- Ryuuzaki.

Precisava alertá-lo de que havia acordado.

- Ryuuzaki...!RYUUZAKI!!

Chamava e acenava com o braço, independente da lonjura da torre. Tinha certeza de que ele ouviria.

Afoito nesse exercício, não percebeu os raios aumentando.

E se aproximando de sua torre.

- RYUUZ...

Até demais.


- Tem algo que eu não estou sabendo.

Por mais alguns dias, L se limitou a fazer perguntas esporádicas a Ryuuk, sem mais se aproximar no Death Note. Notara que talvez fosse mais parecido com Raito do que pensava, e que não seria bom arriscar-se desta forma.

Embora a situação do menino ocupasse seus pensamentos, decidira só se aproximar novamente quando tivesse certeza de que poderia fazer algo. Sentir-se impotente era uma das coisas que mais detestava, afinal. E nesse caso tão delicado, a tendência era que tudo piorasse.

Por vezes falava com Sr. Soichiro, e percebia que a voz dele ficava cada vez mais cansada e desesperançada. O quadro de Raito não mudava, segundo ele, mas era quase uma covardia tentar esconder de Ryuuzaki que o garoto só piorava a cada dia.

E de alguma forma, L sentia dentro de si uma urgência aumentando na mesma proporção em que o seu contato com a família Yagami diminuía.

- Watari, vamos ao hospital novamente.

- O Sr. Yagami deu notícias?

- Não. Já faz dias que não telefona e você sabe disso, pois é você quem atende, não é verdade?

- Sim, senhor. Tirarei o carro imediatamente, se é o que deseja.

- Obrigado. Eu preciso ver com meus próprios olhos, independente do que for.

E assim, mais uma vez L encarou as paredes brancas e os olhares vidrados do hospital psiquiátrico. Mas ao chegar lá, o quarto de Raito estava vazio.

- Ele está em tratamento agora. O senhor não foi avisado?

- Tratamento? Que quer dizer?

L teve um péssimo pressentimento. Notou que a enfermeira começou a desviar o assunto e que não o ajudaria, por isso olhou em volta procurando alguma pista. Felizmente, flagrou o olhar rápido e temeroso da moça para um corredor específico.

- É naquela direção. Então, eu volto depois. Pode me acompanhar até a saída?

Mal deram cinco passos, a inocente acompanhante perdeu a visita de vista.

- Não estou gostando nada disso. Mas mesmo assim, preciso saber.

Após percorrer a passos rápidos alguns corredores, parou em frente a uma das salas onde pôde ouvir movimentação. Na placa lia-se Terapia de Eletrochoque, e pelo vidro da porta, L teve a pior visão dos últimos dias.

Finalmente o encontrara.

E em um segundo seu péssimo pressentimento e o silêncio de Sr. Soichiro se explicaram. Nunca pensara em ser pai, e não poderia ter a menor idéia do que seria ter o filho ser submetido a uma terapia assim.

- Será que ele... já presenciou isso...?

Havia visto um filme há muito tempo, Um Estranho no Ninho, onde os pacientes passavam por algo semelhante.

Bem, o filme era realmente muito leve, se comparado àquele procedimento que testemunhava. Agarrou a maçaneta da porta, incrédulo, ao ver o rapaz amarrado e plugado à mesa, pronto para receber uma bateria de choques.

- Isso ainda é feito nos dias de hoje?

Mesmo que o garoto não se mexesse e nem gritasse, o que não poderia fazer de qualquer forma por conta do tubo na boca, a dilatação da sua pupila e a respiração rápida denunciavam o momento de dor que cada descarga causava. Seu corpo chegava a se estirar inteiro, pulando alguns centímetros para cima da maca.

Gradativamente, os choques iam ficando mais fortes e duradouros, tanto que a convulsão durava alguns segundos após a pausa. Nesse ponto, injetaram algo nele pelo braço, e continuaram a aplicação.

A cada espasmo, L endurecia a expressão e apertava mais a mão na maçaneta como se os choques atingissem seu corpo também. Se a porta não estivesse fechada à chave, certamente já teria sido escancarada pela pressão de seus dedos.

Nesse caso, ele poderia ir até a cama, retirar todos os fios, soltar as amarras e colocar Raito nos ombros, dizendo “Vamos para casa.” Sem médicos, sem remédios e sem terapias drásticas.

- Parem com isso.

Ele tremia de olhos arregalados, enquanto a sessão parecia não ter fim.

- A mente dele já está em frangalhos. Pra quê mais? Pra quê mais?

O vidro se embaçava pela respiração muito próxima, e limpá-lo era um reflexo condicionado para que não perdesse os olhos dele.

- Ao menos o deixem dormir. Se ele quer dormir, deixem assim...

Olhar aquilo doía, mas não se permitiu desviar um milímetro que fosse. Não podia deixá-lo sozinho. Seus joelhos encostaram-se à porta, pois o corpo começava a amolecer.

- Vai terminar de apodrecê-lo. Não vai curá-lo, idiotas. IDIOTAS... morram... vou...

Finalmente, quando estava a ponto de forçar a porta, viu que o liberavam do aparelho e o colocavam de volta na cadeira de rodas, completamente incapacitado. Acompanhou discretamente e à distância, como o último seguidor de um velório, até que o levassem de volta ao quarto. Podia ouvir os comentários de que aquela havia sido a terceira sessão, e nada se alterara. Chegou a ouvir a expressão ‘caso perdido’, e isso fez seu coração se torcer de um modo que parecia estar sangrando.

Quando todos se afastaram, entrou sorrateiramente no quarto. Trancou a porta e encostou-se a ela por um momento, reunindo as forças.

- Não posso acreditar... Raito-kun.

Foi até ele e o abraçou sem mais delongas, amparando o corpo amolecido e ainda quente das descargas elétricas. Pôde ter noção do quanto ele estava magro e enfraquecido, com grandes marcas no rosto e o cabelo quase rente à cabeça. Os olhos estavam escuros como nunca.

- Até isso, hein... – sorriu amargamente ao pensar nos delicados fios sendo tosados sem dó e sem chance de protesto. O ajeitou delicadamente na cama e entrelaçou sua mão na dele, falando em tom de confidência.

- A próxima vez que eu voltar, será definitiva. Espere só mais algumas horas.

Beijou a mão dele e saiu do quarto, não sem antes acenar uma última vez da porta. O baque da trágica visão finalmente se convertera em energia para agir. Havia sido paciente o bastante; mas se tudo estava sendo levado às últimas conseqüências, não ficaria de fora.

E foi com esse olhar que encontrou Watari do lado de fora do hospital.

- Foi produtivo, senhor?

- Absolutamente. Temos trabalho pela frente.


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Notas finais do capítulo

Notas finais: ahhhh meu deus que tormento!! é um tormento escrever essas partes, mas a gente JURA que isso acaba...tomara que não achem dramático demais, mas logo logo a ação volta, viu?é uma promessaa (mesmo porque não tem como pular essas partes, sabe como) E sim, eles sempre escolhem o caminho mais complicado. Ai ai. Esses meninos. A gente ama eles. Sei que as vezes não parece, mas é verdade então, se leu até aqui, deixe um comentariozinho para sabermos o que estão achando!

Agradecimento especial para todas que estão lendo a fic desde o começo e se emocionando junto com a gente. amamos todas também

No próximo capítulo: Se quer as coisas bem feitas, as faça do seu modo. Isso é algo em que L sempre acreditou. E, uma trégua?