Powerful escrita por Haru


Capítulo 3
Capítulo 3 - Proibido




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     Renata está em sua mansão, ela vislumbra pela janela o tempo fechado que está. A chuva cai pesada escorrendo pelo vidro, a chuva está forte consegue-se ouvir bem. Ela está com um cálice na mão dentro dele um liquido cor vinho no qual ela sente seu aroma e passa seu dedo indicador na boca do copo.

     Um garoto chega escoltado por dois seguranças, é Daisuke, os seguranças o deixam na sala e Renata não se vira continua de costas, olhando pela janela. Daisuke olha para ela, uma menina um pouco mais baixa que ele, com cabelos castanhos compridos, magra com uma camisa social preta risca de giz e uma calça jeans.

     - Então, você achou o helicóptero caído e veio salvar a todos... é muito coragem... – diz ela ainda de costas.

     - Bem, não foi nada de mais, eu só...

     - Como não foi nada de mais? Você salvou minha vida, isso é um ato de heroísmo.

     - Eu só quis ajudar...

     - E ajudou, ajudou muito... – diz ela virando-se e olhando nos olhos dele, da mesma forma que no outro dia, como se olhasse por dentro da sua alma. Daisuke se sente meio encabulado ao ser olhado daquele jeito e desvia o olhar. – Qual o seu nome?

     - Vinicius, mas pode me chamar de Daisuke – ele olha para a mão da moça e vê o cálice na mão da moça. – Você está bebendo vinho? Você não é menor de idade como eu?

      Renata ri levemente e responde:

      - Isso poderia ser apenas suco de uva, não podia? Eu conheço as regras, Daisuke. Sei como elas funcionam, as vezes, nem tudo que parece é. – Daisuke apenas olha e fica sem palavras, Renata se aproxima, coloca a mão no ombro do rapaz e lhe dá o sorriso mais amigável que consegue, acaba de tomar toda a bebida de seu cálice e o põe em cima da mesa. – Vamos, tenho um presente para você.

      Ela anda sem olhar para ver se ele a segue, ela anda rápido e Daisuke tenta acompanhar o seu passo.

      - Como você conseguiu ser tornar rica? – diz ele vislumbrado com tantas riquezas e sofisticação que havia naquela casa.

      - Meu pai era rico, o pai do meu pai também e assim sucessivamente, mas quando meu pai morreu e eu herdei esse império, eu comecei a cuidar do patrimônio e as coisas mudaram, sabe... eu não tenho amigos, as pessoas me parecem tão simples hoje em dia, são como meros servos servindo ao seu servente, as únicas pessoas que eu tenho alguma simpatia já estão mortas a anos. César, Alexandre o grande, Homero, Maquiavel, Napoleão e porque não citar também... Hitler. – eles seguem andando até chegar a uma garagem aonde se encontram vários carros estacionados.

      - Wow... são todos seus? – diz Daisuke impressionado.

      - Não, todos menos um.

      - Qual? – pergunta ele.

      - O que você escolher, eu não tenho como te dar algo que valha a minha vida, mas quero te recompensar de alguma forma, escolha o carro que você quiser, ele será seu.

      - Mas, mas eu não tenho idade para dirigir...

      - Se quiser você pode vender, faça o que você quiser com ele.

      - Eu não vou poder sair com ele agora.

      - Tudo bem, busque o que você quiser, quando puder. Agora se me dá licença voltarei aos meus compromissos. Se você quiser, meu motorista te leva até em casa. – diz Renata saindo. Daisuke segue até a rua aonde um carro lhe espera. Renata volta a  sua sala e observa Daisuke entrando no carro com atenção, olha papéis que mostram o dano e fotos do helicóptero aonde deixa claro que não havia como o helicóptero cair sem ter explodido, ela olha os papéis e se serve com mais uma taça de vinho.

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     Steh ainda está pasma de saber que sua cidade está um dia atrasada no calendário. Ela tem que ir encontrar Babi que a espera na rodoviária.

     - Você demorou – diz Babi emburrada.

     - Desculpa, é que aconteceu uma coisa estranha... muito estranha...

     - O que?

     - A cidade está com um dia de atraso. Como se tivesse perdido um dia!

     - Sério? Para de bobagem, Steh. Isso é impossível!

     - Eu também achava que não era possível, até acontecer.

     - Você tem certeza disso? Parece tão surreal... – Steh mostra um jornal para Babi. Ela se assusta ao ver. – Meu Deus, é realmente verdade! Como isso aconteceu?

     - Eu não sei, só sei que aconteceu. Espera! Eu tive um sonho ontem, no qual a cidade inteira explodia e todos morriam, parecia tão real... será que tem alguma ligação?

     - Não seja boba, Steh! Isso deve ser só um erro ou sei lá e você só deve ter tido um pesadelo, calma – diz Babi abraçando Steh.

     Nesse momento os olhos de Steh dilatam, sua visão fica nublada, tudo se embaralha e ela começa a ver que está em outro lugar, ela está embaixo d’água, está se afogando, tem alguém lhe segurando pelos ombros, é um homem, ela não consegue reconhecer, será que ela está sendo afogada? Mas ela não está tentando se desvencilhar, ela quer morrer, ela merece morrer, por tudo que fez a ele. A visão de Steh volta ao normal e ela vê que está caída no chão, respirando forte com Babi olhando para ela preocupada.

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     Daisuke chega em casa correndo em casa, está feliz com a noticia, seu pai está na garagem consertando o velho trator da família.

     - Pai, se lembra aquela garota rica que eu salvei? Ela quer me dar um carro!

     - Você não aceitou não é?

     - Como assim? Porque?

     - Você tem apenas 16 anos, não tem idade, carteira de habilitação e nem responsabilidade para dirigir, você não vai ganhar esse carro!

     - Mas pai...

     - Sem mais! Essa é a minha decisão! – Daisuke sai correndo de casa, como toda vez que ele quer livrar-se de sua irritação ele vai ao cemitério da cidade, o único lugar aonde era calmo de noite, aonde ninguém podia lhe atrapalhar a não ser que os mortos voltassem a vida. Ele começa a andar entre as lápides pensando na vida, quando ouve um barulho por perto, ele vai olhar o que é e é Ash, deixando flores em dois túmulos, ele tenta se esconder mas acaba tropeçando e fazendo-se notar.

     - Quem está aí? – diz Ash preocupada.

     - Calma, não precisa se preocupar, sou eu Daisuke.

     - Oi, Daisuke, você é meu colega na escola, não?

     - Sou sim, desde a terceira série – diz ele sem jeito com as mãos no bolso. – O que você faz aqui?

     - Vim visitar a lápide dos meus pais. Eles morreram a muito tempo atrás, quando eu ainda era muito nova, lembro pouco deles, mas sinto saudades todos os dias.

     - Meus pêsames...

     - Tudo bem, eu gosto de vir aqui parece que eles estão me cuidando quando estou aqui. Eles morreram a muito tempo atrás exatamente 11 anos hoje.

     - Que coincidência, a 11 anos exatamente hoje, também aconteceu uma coisa comigo, eu estava em um milharal aqui perto e...– diz Daisuke apontando.

     - Foi aonde o acidente de carro dos meus pais aconteceu, eu fui a única sobrevivente.

     - Bem, ali perto caiu alguma coisa na terra e que me mudou de formas incríveis... – diz Daisuke olhando para sua própria mão.

     - Como assim?

     - Vou te mostrar – Daisuke se levanta e se prepara para dar um soco em uma arvore, Ash olha sem entender nada, Daisuke dá um soco com toda sua força na arvore e dá um berro de dor. – Não é possível, era para eu quebrar essa arvore facilmente! – Ash começa a rir.

     - Ok, superman. É melhor irmos no pronto-socorro ver esse seu machucado.

CONTINUA...


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