Desejos Ocultos escrita por Mel


Capítulo 6
Capítulo 6 - Uma notícia inesperada.


Notas iniciais do capítulo

Uma notícia inesperada.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/15544/chapter/6

Cap. 6

 

Neji parecia outra pessoa, depois do telefonema. Estava feliz. E Hinata ficaria feliz por ele, se ela não estivesse triste por dentro. Só quem sabia o motivo daquela tristeza, era ela mesma. Mas não queria se sentir assim, nem pensar em tudo o que havia acontecido. Não agora. Não queria estragar a alegria de seu primo.

Eram três e meia da tarde. Neji dirigia de volta para a casa de Hinata. Ela, então, decidiu ir à casa de Sakura.

- Neji, se não se importar, pode me deixar na casa de Sakura?

- É no caminho?

- É logo ali. – Apontou para uma casa bege-claro, com um quintal verde-capim.

Neji estacionou o carro em frente a casa, Hinata abriu a porta, e saiu.

- Obrigada Neji. Não se incomode comigo. A Sá me leva para casa.

- Tudo bem. – Sorriu. E partiu.

Hinata andou em direção a porta. Tocou a campainha e esperou. Sakura não estava lá. Sentiu-se inútil. Estava sem carona para voltar para casa. Sorte a dela que a sua casa não era muito longe. Iria andando. E andando, logo mais à frente, viu aquela que parecia ser… sua irmã.

Sem ação, escondeu-se atrás d’uma árvore.

- O que será que Hanabi faz aqui?

Logo atrás da irmã estava um senhor, de feição pálida, numa cadeira de rodas…

- Pa… papai? – Chocou-se.

Foi como se o mundo desmoronasse sobre suas costas. Não podia acreditar no que vira. Era sua irmã, guardando as compras no porta-malas de um carro e seu pai, de cadeira de rodas, frente a um supermercado. “Como Hanabi cresceu! Está linda! Deve ter uns 18 anos, já!” Ela, agora, o ajudava a entrar no carro, no banco de trás. Como uma criança, Hinata não conseguiu conter sua fragilidade. Virou-se de costas, encostou-se no tronco e deslizou até o chão. Sentada, não agüentou: Chorou. “Ah! Papai!”

***

Sakura havia saído de moto com Sasuke. Foram à uma sorveteria na ponta da praia. Ela vestia um biquine por debaixo da roupa. Seu cabelo estava preso com um lápis. Sasuke a observava penetrante, vendo-a servir-se de bolas de sorvete de chocolate e flocos, numa casquinha em formato de cesta.

- Cobertura de chocolate ou caramelo? – Silêncio. – Ei?! Sasuke? Chocolate ou caramelo?

- Chocolate. – Respondeu entorpecido.

- Chocolate, moça, por favor. – Sakura virou-se para a servente, que a serviu com um sorriso amigável.

- São sete e cinqüenta. – Disse a caixa.

- Fique com o troco. – Falou Sasuke.

Foram sentar-se no murinho, perto da moto. Dois coqueiros os envolviam. As folhas pendiam sobre a cabeça deles, numa altura considerável, como se fossem tocar uma à outra. Quem visse aquela cena, desejaria estar no lugar deles.

Sakura pegou uma colher e experimentou o sorvete. A segunda deu para Sasuke. Quando terminaram, Sakura se levantou e encostou na moto, pedindo num gesto com o indicador, para ele fazer o mesmo. Chegando perto dela, entrelaçou-a pela cintura, deixando-a sem reação e a beijou. E beijando-a sentiu como se estivesse se apaixonando. O que era perigoso para ele. E de fato era, mas… Com ela, talvez, valesse a pena.

***

Já passava das quatro horas, quando Sakura e Sasuke encontraram Hinata, ainda sentada ao tronco. Parecia desconsolada. E, realmente, estava.

- Hina? Ah! Meu Deus, o que aconteceu? Levante-se! Vamos, eu te ajudo!

Hinata, sem falar nada, tentou levantar-se. Teve um pouco de dificuldade. Seu rosto já estava inchado, de tanto chorar.

- O que aconteceu? Fala para mim?!

- Não seria melhor levá-la para sua casa? – Ponderou Sasuke. – Dar um copo d’água com açúcar…

- Me ajude aqui.

Sakura enlaçou o braço de Hinata pelo pescoço, tentando levantá-la. Sasuke a ajudou. Juntos andaram até a porta da casa de Sakura. Enquanto a amiga abria a porta, Hinata era segurada apenas por Sasuke. Ao entrarem, ele a colocou sentada no sofá e levantou-se. Foi até a cozinha, onde Sakura estava preparando o copo d’água com açúcar.

Encostado na viga da porta, com as mãos no bolso da bermuda e a fitava. Parecia preocupada. Tinha motivos.

- Há tempos não a vejo desse jeito. – Soltou.

- Tenha calma, Sakura. Assim não vai ajudá-la.

- Tem razão. Vou levar o copo para ver se ela se acalma.

- É o melhor que tem a fazer.

Sakura passou por ele, sentou-se do lado da amiga e serviu-lhe o copo. Hinata bebeu alguns goles, abaixou a cabeça e tentou se acalmar.

- Está melhor?

- Sim.

- Pode me contar o que aconteceu?

- Meu pai, Sá… Meu pai.

- O que tem?

- Eu o vi. E…

- E…?

- Ele estava de cadeiras de roda!

- Desculpe a pergunta… E você não sabia disso? – Intrometeu-se Sasuke.

- Não falo com ele há seis anos.

- Hm… - Soltou Sasuke.

- Mas… O que ele está fazendo aqui?

- Não sei. Eu não tive coragem de chegar perto dele. Fiquei olhando de longe. Vi minha irmã o ajudando a entrar no carro…

- Amiga… não fique assim… - Disse Sakura, abraçando Hinata!

- Querendo ou não, é o meu pai, Sá.

- Fique calma! Beba mais água. Não adianta ficar desse jeito. Acho que o melhor que tem a fazer é procurá-lo e descobrir a verdade.

O semblante de Hinata mudou. Agora olhava para baixo. Mais calma… como quem concordava com o que ouvira.

- Sá. Me leva para casa?

- Levo. Levo sim. – Olhando para Sasuke, como quem perguntasse se houvesse algum incômodo. Ele entendeu, respondendo que não.

Sakura separou os documentos e pegou a chave. Sasuke olhou-a e aproximou-se.

- Nos vemos amanhã? – Sakura concordou com a cabeça e deu-lhe um selinho.

Despediram-se assim. Hinata estava um pouco melhor. Pelo menos, parara de chorar. Entrou no carro, calma. Colocou o cinto e esperou que Sakura fechasse a porta.

- Enfim, favor retribuído. – Fazendo Hinata rir. – Sexta-feira foi a sua vez, hoje é a minha.

- Obrigada, Sá. – Agradeceu.

Durante o caminho, Hinata não dissera mais nada. Sakura bem que tentara, mas não obtivera sucesso. Sua amiga estava longe, olhando pela janela do seu lado. Os pensamentos de Hinata se esvaiam… e um único só ficava: “De cadeira de rodas? Meu pai está de cadeira de rodas? O que deve ter acontecido?” Não tinha como saber a verdade, a não ser perguntando. Mas, antes disso, precisava matar seus medos. Isso, é que era difícil.

***

- Ele está se aproveitando do fato de ser irmão do Kankuro, Sai.

- Ele sempre foi arrogante, Naruto. Você ficar encanado por causa disso, não vale a pena. – Aconselhou, Sai.

- Talvez não valia mesmo. Mas, que eu queria pô-lo no seu lugar… Ah! Eu queria. – Revelou, Naruto.

- Como se sentiria, sendo garçom numa churrascaria do seu irmão? Não acha que como irmão, ele não se sente um tanto quanto… humilhado? – Indagou Sai.

- É… Faz sentido! – Ponderou, Naruto.

E, de fato, fazia. Mas, Temari e Gaara trabalhavam lá, para ajudar Kankuro. A churrascaria era nova, precisava crescer. Estava começando agora a receber o retorno do capital. Mais alguns meses e ele já poderia contratar mais pessoas.

***

O relógio marcava sete horas. Hinata, então, resolveu ligar para Kiba. Tentaria desmarcar o jantar.

- Oh, menina… A menos que não queira me ver, eu desmarco. Fora isso, não aceito um não como resposta.

- Kiba, por favor… Eu não estou muito bem.

- Por isso mesmo. Prometo que vamos nos divertir. Já fiz até reservas.

Por uns instantes, Hinata ponderou a hipótese de ficar em casa, mas Kiba convenceu-a, finalmente. “De que me adiantaria ficar em casa, agora? As coisas não iriam mudar se eu saísse. Só eu que me descontrairia. E eu preciso disso”.

- Está bem, eu vou.

- Te busco, às oito.

- Tudo bem. Já estarei pronta.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um pouco de drama não faz mal a ninguém, certo?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Desejos Ocultos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.