Desejos Ocultos escrita por Mel


Capítulo 7
Capítulo 7 - Uma ajuda bem vinda.


Notas iniciais do capítulo

Uma ajuda bem vinda.



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Pouco a pouco a churrascaria crescia e Kankuro conseguia o retorno do capital usado na sua construção. O restaurante estava para completar um ano de existência. A clientela só aumentava; o lucro também.

Sentado à cadeira de couro em sua sala, Kankuro fechava o balanço do mês. Terminaria-o em pouco menos de 15 minutos.

- Ôh, belezinha! Até que lucramos bem este mês. - Se alegrou, erguendo os braços para cima, encostando as mãos em sua nuca, e riu.

Kankuro pensou em todas as melhorias que a churrascaria precisava, mas o dinheiro que tinha não era suficiente para mexer na estrutura do prédio, o que poderia fazer era investir no atendimento. Mesmo o considerando ótimo, queria excelência. Conquistando os clientes, já garantiria uma certa preferência. E preferência, no mundo dos negócios, significa dinheiro no caixa.

- No final do expediente, comunicarei que teremos uma reunião, amanhã, logo cedo. – E olhou para o relógio. 19:50h. – Daqui a pouco, os clientes começam a chegar. Vou ajudar Chouji na cozinha.

Kankuro desceu as escadas, vestindo o avental pelo pescoço e amarrando nas costas. Colocou a touca e abriu uma porta de cozinha industrial, como as de Saloon de Velho Oeste, mas que ia do teto ao chão.

- Comendo de novo, Chouji?

- Ô desculpa patrãozinho… estava experimentando para ver se estava bom.

- Sei. – Riu. – Muitos pedidos?

- Alguns.

- Eu cuido das carnes. Fique com as massas. – Disse colocando as luvas. - Mãos a massa, literalmente. – Riu.

***

A campainha tocou e Hinata foi atender a porta. Estava quase pronta. Colocara um vestido preto tomara-que-caia rodado que chegava a um palmo acima do joelho e calçara uma sandália de salto fino, também preta. Faltava arrumar o cabelo, apenas.

Kiba estava encostado na parede com uma de suas mãos e com a outra segurava o casaco por cima do ombro, quando Hinata abrira a porta. Ela parou um instante para fitá-lo, o que deixou Kiba um pouco encabulado.

- Oi?

Hinata não respondeu. Algo naquela cena chamara-lhe a atenção. Sabia o que era, só não se permitia lembrar. Voltou à realidade.

- Oi, entre. – Mostrou-lhe de leve, um sorriso.

- O que foi? – Perguntou curioso.

- Nada… é que você está lindo!

- Ora, muito obrigado… Nunca pensei que ficaria um dia com vergonha por causa de um comentário como esse. Acho que se deve ao fato de eu estar na presença de uma mulher encantadora, e muito bem vestida, também! – Riu.

- Galanteador como sempre… Vou arrumar o meu cabelo e já volto.

- Ah! Separe um agasalho. – Sugeriu. – Acho que vai chover.

- Sério? Acha melhor eu mudar de roupa, também? – Perguntou observando-se no espelho do quarto.

- Não, não precisa. Vamos de carro. O agasalho é mais para garantir que não sinta tanto frio.

- Vou pegar um, então. – Riu.

Hinata dirigiu-se ao armário e separou um casaco vermelho. Deixou-o em cima do encosto do sofá e voltou-se para o espelho. Jogou uma mecha de franja para o lado, colocou uma tiara prateada com enfeite borboleta e maquiou-se.

- Estou pronta. Vamos? – Disse, pegando o casaco e a bolsa preta sobre o sofá.

- Você primeiro. – Abrindo espaço para ela sair.

- Hm… - Agradeceu com a cabeça.

Hinata ainda tentava esconder a dor que sentia. De fato, ela em casa não resolveria os problemas. Fora de casa, pelo menos, não se sentiria tão incapaz, nem tão só. Era o melhor que fazia.

Kiba abriu a porta do carro para Hinata entrar e depois, deu a volta pelo carro, abriu a porta do motorista e entrou.

- Para onde vamos? – Perguntou curiosa.

- Fiz reservas num restaurante. Mas, antes disso, pensei num baile anos 80, o que acha?

- O que acho? – Riu. – Eu adoro! – E, franzindo a sobrancelha, perguntou. – Só por curiosidade… Que restaurante?

- Ah! Isso é uma surpresa.

- Você, heim… Sempre cheio de surpresas.

- O mundo não teria graça se soubéssemos tudo.

- Tem toda razão.

Kiba dirigiria por mais meia hora. No tempo em que estavam no carro, Hinata nem percebera que não havia visto Neji em casa, até que esta dúvida começou a incomodá-la.

- Não vi meu primo em casa. Pensei que tivesse ido direto para lá.

- Ele mora com você?

- Chegou hoje da Austrália. Eu não te falei?

- Acho que não. – Franziu a testa.

- Onde será que ele está?

- E pergunta isso para mim? – Riu. – Ligue para ele e descubra. – Brincou.

- Engraçadinho… Mas, até que me deu uma boa idéia.

Hinata abaixou-se para pegar a bolsa que estava aos seus pés, embaixo do banco. Abriu-a para pegar o celular e começou a discar o número. Neji atendeu.

- Alô.

- Oi, Neji. Você está bem? Que bom que te encontrei. – Falou aliviada.

- Hina? – Reconheceu a voz. – Estou sim. Você é que não parece estar.

- Eu estou sim. Pensei que fosse para a casa, não o vi lá.

- Eu dei uma passadinha no mercado para comprar comida, de verdade. – Riu. – Se não eu morro de fome, com aquelas verduras e legumes todos. Preciso de carne vermelha no estômago.

- Você fala como se eu não comesse carne… - Riu.

- No Out Back você pediu filé de frango grelhado, arroz e batata frita. Podia ter pego aquela costela de porco…

- Muito pesado para mim.

- É disso que estou falando… haha. – Bufou. - Estou na fila, até agora, acredita? Ô mercadozinho demorado esse aqui, viu? Acredita que na fila do caixa rápido, só tem uma atendente? UMA! – Aumentando a voz.

- Ah! É assim mesmo…

- Está em casa?

- Não, e volto tarde. Estou com o Kiba. – Disse olhando para o rapaz ao seu lado que dirigia, atentamente.

- Tudo bem. Vou deixar um pedaço de lasanha na geladeira. Estou comprando uma congelada aqui, que… é boa para caramba, para não dizer outra coisa… - Riu.

- haha… Deixe no freezer, é melhor. Amanhã a gente divide no almoço.

- Pode deixar. Divirta-se, então, Hina.

- Obrigada, Neji. Beijinhos. Vou desligar, está bem?

- Beijos, também. Tchau.

- Tchauzinho. – Desligando o telefone.

Virou-se para Kiba e disse:

- Está no mercado. Tem fila lá.

- Novidade! – Riu.

- Eu disse isso a ele. Está nervoso que só…

- Também pudera. É uma falta de organização tremenda…

- Pois é.

A conversa prosseguiu-se por mais alguns minutos, estavam chegando ao salão onde seria o baile.

Enquanto Kiba estacionava o carro, uma pergunta surgiu-lhe à mente: “Será que Neji sabe o que aconteceu com o meu pai?”, mas logo foi interrompida com a voz de Kiba, ao seu lado, já fora do carro, com a porta ao seu lado aberta.

- Vamos, mocinha?

- Ah! Hm… Vamos.

- Está com o pensamento longe, hoje.

- Problemas na família, te avisei que não estava bem. – Não mentiu.

Levantou-se e Kiba fechou a porta. Girou a chave, e deu o braço a Hinata, que segurou, sem pestanejar. A porta do salão era logo em frente. A entrada era gratuita, os comes e bebes que não. Mas, isso não seria problema, já que o baile fecharia as vinte e três horas e a reserva no restaurante estava marcada para meia noite.

***

A Churrascaria estava cheia. Naruto e Sai se matavam para dar conta de tudo. Naruto servia quatro mesas, ao mesmo tempo em que anotava mais pedidos e levava bandejas com pratos vazios deixados por clientes ao irem embora. Sai estava quase louco com tantas “notinhas” que tinha que levar, outros tantos pedidos para anotar. Quando a clientela era pouca, Temari se dividia entre a porta e o caixa. Um perigo, dado ao fato de o caixa ficar sozinho quando Temari ia mostrar a mesa vazia aos clientes. Pela primeira vez, Gaara decidiu ajudá-los. Chamou Lee de lado, e pediu que ficasse no caixa.

- Eu fico no seu lugar. O caixa não pode ficar sozinho. – Falou.

 Naruto passava a seu lado. Gaara o olhou, com cara de pouco caso e disse:

- Não vá se acostumando. – E abriu um sorriso. Era, no mínimo, estranha aquela combinação.

Kankuro saiu da cozinha para olhar o movimento.

- "Preciso de uma ajudinha extra". – Correu para seu escritório, tirou as luvas e discou um número.

- Alô?!

- Tayuya?

- Oi amor…

- Pode vir me ajudar? – Riu.


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