Desejos Ocultos escrita por Mel


Capítulo 5
Capítulo 5 - O telefonema.


Notas iniciais do capítulo

O telefonema.



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Cap. 5

 

- Quem diria heim, Hina… Minha prima que há algum tempo era inofensiva até para uma mosca, virou uma mulher encantadora, linda, perversa!

- As moscas nunca me fizeram nada! – Riram.

- Você sabe do que estou falando. Você parecia uma criança indefesa e insegura. Um bibelôzinho. Hm… Quem sabe um cristal dentro d’uma caixa com inscrição: ‘Frágil’?

- Como você é exagerado, Neji! – Brincou.

- Sempre fui, meu bem… Sempre fui. – Confirmou na brincadeira.

- Até agora, só falamos de mim. E você o que me diz? – Tentando mudar o rumo da conversa.

- Eu estou muito bem, obrigado. – Continuando a brincadeira.

- Só isso? É isso que tem para me dizer, depois de três anos sem nem nos falarmos? - Perguntou pouco indignada.

- Ok, ok. Não faça chantagem emocional, nesta altura do campeonato. Somos adultos, agora.

- Então desembucha, homem! Que coisa!

- Tá bem… Tá bem... Eu também conheci uma pessoa. Uma pessoa incrível! – Confessou.

- E deixa para me falar só agora? Como você é insensível! Como pôde?

- Oras... Desculpe-me, mas você só me perguntou agora…

- E não podia ter falado, mesmo assim? Como você é bobo! Tá, mas qual o nome dela?

- Tenten. Lindo o nome, não? – Revelou.

Neji a conhecera na Austrália. Chegara lá, um ano antes que ele. Veio como intercâmbio. Tinha quase a sua idade. Queria aprimorar o seu inglês, e não gostava dos Estados Unidos. Achava os americanos um povo muito mal educado e o inglês deles, ela já sabia decor. Neji a achava encantadora, brincalhona… O único problema dela era que estava muito focada nos estudos, desde que a conhecera. Fora isso, ela era perfeita. Estava no último ano da faculdade. Em breve retornaria. Coisa de semanas. Neji, no entanto, já terminara a sua faculdade, e voltara agora, não dava para esperar.

- Você gosta dela? – Perguntou, curiosa.

- Gosto, não vou mentir. Mas eu não sei se ela gosta tanto de mim, quanto diz. – Respondeu, com expressão de chateado.

- Ora, e por que não gostaria?

- Demorei para me declarar para ela. Nunca tive coragem. Ela aceitou. Mas, nunca teve muito tempo para mim. Ontem, antes de pegar o vôo, por exemplo, liguei para ela, disse que queria vê-la, me despedir. Ela disse que queria se preparar para a semana de prova.

- E por que não foi até a casa dela?

- Es… Estava chateado demais para me rastejar aos pés dela. – Respondeu gaguejando um pouco. Seu machismo o impedia de ser tão franco, de vez em quando. Exceto com a presença de Hinata. Com ela, parecia ser mais fácil.

- Não vejo isso como se rastejar. De repente era isso o que ela queria. Que fosse até lá. Pelo que me contou, talvez ela o achasse previsível demais, certinho demais, regrado demais.

- Como assim? – Perguntou com expressão de quem já havia entendido.

- Talvez se você agisse por impulso, uma única vez, ela não te achasse assim. Já fez alguma coisa antes de pensar em como fazer, no que falar?

- Não…

- Viu só? O que tem vontade de fazer, agora?

- Agora?

- É… Agora. Beber até cair… Gritar dentro d’uma sala de cinema… Andar nu na rua… O que?

- Ligar para ela…

- Então liga! – Aconselhou. - Está esperando o quê?

Neji pegou seu celular do bolso da calça, e por surpresa dele, havia uma ligação perdida. Seu coração saltou para a boca. Seria ela? Olhou para Hinata e comentou:

- Uma ligação perdida. – Com um sorriso tímido estampado no rosto. – É dela.

***

- Mesa para quantos? – Recepcionou Temari.

- Cinco. – Respondeu um senhor que estava acompanhando sua esposa e seus três filhos.

- Me acompanhe, por favor. – Disse, andando em direção às mesas. - Área fumante, ou não-fumante?

- Não fumante. De preferência, perto da janela. – Temari achou um pouco incoerente, um não-fumante preferir a janela, afinal, a janela era para os fumantes, mas preferiu não falar nada. O senhor tinha cara de poucos casos.

- Pode ser aqui? – Apontando para uma mesa de 6 lugares.

- Está ótimo, obrigado.

- Deixando no verde, a gente serve. No vermelho, não. No meio, é para pedir a conta. Sintam-se a vontade. – Disse Temari explicando o funcionamento da Plaqueta de Controle do Pedido e Mesas. – Com licença.

Gaara vinha logo atrás dela, com um bloquinho de papéis numa mão e uma caneta na outra, para anotar algum pedido.

- Bebida? – Perguntou Gaara, fingindo simpatia.

- Sim, por favor. Dois Guaranás, uma Coca e duas Brahmas. – Falou, enquanto Gaara anotava os pedidos.

- Sim senhor. Vou pedir para o garçom servi-los. Salada para entrada?

- Pode ser.

Cinco minutos depois, estava Naruto servindo a mesa com os pedidos. Sozinho.

“Só porque é irmão do patrão, acha que tem que trabalhar menos… E eu é que me fodo!”

***

Terminado o almoço, Neji e Hinata voltaram para casa. A conversa continuara:

- O que será que ela queria? – Perguntou eufórico.

- Liga e pergunta para ela. – Riu.

- Assim, sem mais nem menos? – Perguntou confuso.

- Vai me dizer que não está com vontade de ligar para ela?

- Estou, mas… o que vou dizer?

- O que vier na sua cabeça, Neji.

Hinata estava certa, Neji precisava aprender a fazer aquilo que tinha vontade de fazer, ao invés de ficar arranjando desculpas para tudo.

- Experiência própria, Neji. Você precisa parar com essa frescura de ficar se politizando antes de agir. Seja impulsivo, de vez em quando…

- Só para variar…

- É! Só para variar. Que bom que entendeu.

- Vou ligar para ela. – Decidiu.

- Isso! Liga. “Era o que eu deveria ter feito!”

***

- Gaara, tem como me ajudar aqui? – Perguntou Naruto, segurando com uma mão uma bandeja com 15 pratos.

- Você ainda tem a outra mão. – Desdenhou.

- Esta mão, auxilia a outra mão. Só estou te pedindo uma ajudinha. Passa o prato aê, mew! “Que merda!”

- Se vira! – Desdenhou, novamente.

“Seu grande filho da puta! Até parece que vai arrancar um dedo se me ajudar um minuto”.

***

- Neji?

- Tenten? Oi. – Falou tremelicando.

- Pensei que não fosse me ligar. Te liguei mais cedo. Mas, você já deve saber disso. – Pensou alto.

- É. Mas não te liguei por conta disso.

- Não? – Perguntou curiosa.

- Não. Liguei porque queria ouvir sua voz. – Olhou para Hinata, que sentia orgulho do seu primo, agora. Não era mais aquele rapaz medroso de agora há pouco.

- E… Você chegou bem da viagem? – Perguntou, pouco encabulada.

- Cheguei sim. Saí há pouco do shopping, estava almoçando com minha prima.

- Neji, - Pigarreou – me desculpe por não ter ido me despedir.

- Não tem problema. Você estava ocupada. Eu entendo.

- Não ficou chateado?

- Não. Quer dizer… - Respirou fundo. – Um pouquinho.

- Ah! Meu amor, me perdoa! Eu sou uma tola, mesmo. Prometo que te recompenso, quando chegar.

- Quando chegar?

- É. Quando acabarem as provas. Talvez no sábado.

- Sério? Não está brincando?

- Não. A menos que não queira que eu vá te ver.

- Claro que eu quero. Eu quero muito. – Olhou para Hinata e tampando o celular, cochichou para ela: - Ela vai vir semana que vem. – Abrindo um sorriso de ponta a ponta.

- Nê, eu te amo!

- Também te amo, Tenten.

 


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Notas finais do capítulo

Ainda não foi desta vez que a história se desenrolou. Mas, estamos indo... mas já engatados na primeira, pelo menos. Chega de enrolação. Um capítulo romantiquinho pra vocês se deliciarem... e quem sabe, compreender certas entrelinhas...



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